O espetinho do Reginaldo estava cheio quando chegou um atleticano dizendo que o Cruzeiro tomava ferro, do Brusque, aos 39 minutos do segundo tempo. Com outros alvinegros que já estavam no bar, ele comemorava a derrota do Cruzeiro e pediu a saideira, quando o Renê apareceu.
Cruzeirense tradicional do arraial, perto de Sete Lagoas, sempre vestindo a camisa do Cruzeiro em qualquer circunstância, Renê surgiu de forma surpreendente vestindo uma camisa da seleção olímpica brasileira que acabava de ser campeã em Tóquio.
A Raposa perdia, na reestreia de Vanderlei Luxemburgo no comando do time.
Nos tempos das vacas gordas azuis, Renê nunca deu trégua para os atleticanos, mas anda retraído nos últimos tempos. Vê-lo sem a camisa do Cruzeiro é a coisa mais rara do mundo. Chegou aos 38 do segundo tempo. Naquele presente momento, a camisa da CBF caía bem, para evitar maiores aporrinhações. Acabou de entrar no bar e Felipe Augusto empatou o jogo.
Outro cruzeirense apaixonado, Chiquinho já estava lá há muito tempo, caladinho, com a patroa Suely. “Nem aí” para o futebol. De costas para a TV, que mostrava uma das disputas dos Jogos de Tóquio. Deu de ombros quando um dos atleticanos à sua volta pediu ao Reginaldo para mudar o canal da TV, para ver o resto do sofrimento do Cruzeiro em Santa Catarina.
Porém, de soslaio, numa meia jota dessas despretensiosas, Chiquinho deu um pulo, quando viu o Zé Carlos, goleiro do Brusque, engolindo um frangaço, e o Cruzeiro virando o jogo.
Não perdeu tempo e gritou, na hora: “Cruzeirão cabuloso, Libertadores 2023 à vista!”
De Ponte Nova, conterrâneo e amigo do Reinaldo, Chiquinho é também flamenguista, de raiz!
Dureza!
Leitor assíduo do SETE DIAS!
Os secadores atleticanos sifu, dessa vez!
E viva o futebol!
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