Fotos: Pedro Souza/Atlético
Perguntado sobre isso, o técnico Cuca ficou no muro, citando exemplos do lado bom e do lado ruim da paralisação por causa das datas Fifa e os jogos da seleção pelas eliminatórias. E ele está certo. O Galo ganha tempo para recuperar jogadores fisicamente, treinar e não jogar tão desfalcado, já que tem atletas servindo a várias seleções do continente. Em compensação corre o risco de perder o embalo, que diminuiu de intensidade nas duas últimas rodadas, com os empates com Fluminense e Bragantino.
O jornalista/radialista Fernando Rocha escreveu sobre isso e outros assuntos envolvendo Atlético, Cruzeiro e seleção brasileira, na coluna Bola na Área, no Diário do Aço, de Ipatinga:
* “Nível baixo”
Depois de derrotar o Chile fora de casa, a Seleção da CBF encara neste domingo a Argentina de Messí, no Itaquerão, em São Paulo, buscando manter 100% de aproveitamento, e a liderança absoluta nessas Eliminatórias para a Copa do Qatar, em 2022.
A nossa superioridade, inclusive sobre a Argentina, que está 6 pontos atrás dos 21 somados em 7 jogos pela equipe comandada por Tite, nos credencia para conquistar o próximo Mundial?
Acho que não, pois também salta aos olhos como nossos adversários são ruins, pois se já tínhamos aqui no continente patropí um futebol de baixa qualidade técnica, com a pandemia piorou ainda mais.
Faltam cerca de 14 meses para o Mundial e contar apenas com o o talento individual de Neymar e mais alguns, não nos fará voltar a ser protagonistas, diante do poderio das principais seleções europeias.
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Muitos leitores cruzeirenses, que guardam boas lembranças dos grandes momentos do time celeste, em partidas até internacionais disputadas no Ipatingão, sobretudo no fim dos anos 90 e início da década passada, não escondem que gostariam de ver o seu time do coração jogando novamente no “Gigante do Parque Ipanema”.
Acho pesou na escolha de Sete Lagoas, além do fato de ser uma bela e acolhedora cidade, a sua proximidade da capital, apenas 74Km pela Br-040, rodovia duplicada e muito mais segura que os 200Km de sofrências, insegurança, que teria de enfrentar na BR-381 até o Vale do Aço.
Na época das vacas gordas, o Cruzeiro se deslocava até aqui em vôos fretados, chegava horas antes das partidas e regressava logo após, levando na bagagem além de vitórias, uma boa grana gerado pelo Ipatingão sempre lotado pela sua enorme torcida na região.
Hoje, sem torcida nos estádios devido à pandemia da Covid-19,o custo do fretamento de aeronaves superaria o aluguel até mesmo do Mineirão, o que inviabiliza a transferência de jogos para o Ipatingão.
FIM DE PAPO
· Segundo apurou a coluna, por força de contrato com a Minas Arena, o Cruzeiro paga cerca de R$ 55 mil pelo aluguel do Mineirão, valor este que cai para R$ 35 mil, quando o palco escolhido é o Independência. Na “Arena do Jacaré”, que pertence ao Democrata de Sete Lagoas, os custos são reduzidos em menos da metade do menor valor cobrado pelo Independência.
· A crise financeira é tão grande no Cruzeiro que chega a assustar, como foi na última semana o caso da citação feita pela Justiça, dando prazo de 15 dias para o clube efetuar o pagamento de R$ 330 milhões, por uma ação movida pelo Grupo D.I.S e a GT Sports, pela contratação do zagueiro Dedé, em 2013. Este caso ainda terá muitos desdobramentos e vai demorar anos para que se chegue a uma solução.
· Mas, há outras dívidas de menor vulto, que desgastam cada vez mais a imagem do clube, como por exemplo, a cobrança judicial feita pela Supermix, que forneceu concreto para uma obra na Toca da Raposa, em 2019. Segundo despacho do juiz Henrique Mendonça Schvartzman, o Cruzeiro teria três dias para pagar a dívida, que hoje está na casa de R$ 36 mil, mais custos processuais e honorários advocatícios.
· O Atlético vive neste momento outra realidade e sua diretoria não abre mão de jogar dia 28 próximo com o Palmeiras, pela semi-final da Libertadores, com torcida presente no Mineirão, ou em outra praça, que pode ser Brasília, Sete Lagoas, até mesmo o Ipatingão. Com os números da pandemia da Covid-19 estáveis na nossa capital, também não será surpresa se até o dia 14 deste mês, data máxima permitida pela Conmebol para que o Atlético indique o local da partida, os jogos no Mineirão e Independência já estejam liberados para receber público. (Fecha o pano!)
* Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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