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Dois títulos em disputa pela frente. Galo precisa evitar o efeito “depois da queda, o coice”

Fotos: twitter.com/Atletico

Líder com uma boa gordura do Brasileiro, boas chances na semifinal da Copa do Brasil contra o Fortaleza, o Atlético precisa trabalhar bem para evitar que a auto estima do grupo não sinta os efeitos da eliminação da Libertadores. Cada jogador reage de uma forma a situações como essa. Uns nem aí, outros até se motivam e crescem em campo, mas há os que se abatem e caem de produção.

Neste contexto, recebi e repasso aos senhores e senhoras do blog, e-mail do advogado Gerardo Figueiredo, mineiro, que reside em São Paulo, atleticano da gema:

* “Ainda temos dois títulos pela frente e a responsabilidade agora aumenta”

Deixamos escapar a chance de uma nova final na Libertadores! Méritos do adversário? Sem dúvida, foram fiéis à proposta do treinador em jogar por uma única bola e conseguiram converter uma das poucas oportunidades que tiveram, além de anularem as principais peças do Galo na maior parte das duas partidas disputadas. Venceu a proposta que se mostrou mais eficiente, simples assim.

Mas e o Galo? Por que as estrelas não brilharam? Difícil saber. Talvez o cansaço pela maratona de estar em três competições com chances reais de títulos, talvez tenha faltado aquele momento mágico que define uma trajetória em uma Libertadores. Enfim, um pouco de tudo!

A pergunta que fica é se realmente precisamos ser craques em todos os lances? Será que simplificar não ajudaria em alguns momentos? O pênalti do Hulk no jogo de ida, não poderia ser mais “feio” e ter entrado? O Vargas precisaria mesmo tentar tirar tanto assim do goleiro e chutar para fora a confirmação da classificação? E o jovem (e ótimo) zagueiro Nathan Silva? Não poderia simplesmente despachar a bola em um lance que era todo dele?

Quantos jogos foram decididos pelo biquinho da chuteira do Romário, disparando reto contra o gol adversário em uma tacada de sinuca? Dadá Maravilha foi artilheiro de quantas competições dizendo que “feio é não fazer o gol”? No fim da noite de ontem, quem chegou à final foi quem apresentou o futebol menos vistoso, mas mais eficiente.

Nossa defesa já provou ser segura e o Nathan é, sem dúvida, um excelente jogador. Infelizmente, errou em dois lances, talvez por excesso de confiança ou de nervosismo, quem poderá dizer além dele próprio? Um desses lances nos custou a vaga na final, mas não foi só ele! Nossas estrelas não superaram a vontade dos palmeirenses. Coisas de Libertadores, sem dúvida!

Ainda temos dois títulos pela frente e a responsabilidade agora aumenta! A cobrança será enorme, ainda mais com a volta da torcida aos estádios. Que a lição tenha sido aprendida e que nossos craques também saibam a hora de jogar “feio”, de chutar de biquinho, de cobrar a penalidade no meio do gol e de bater para o mato, pois o jogo é de campeonato!!

* Gerardo Figueiredo – advogado – São Paulo


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