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Jogo decisivo para ambos: o melhor América que já vi, contra um dos melhores times que o Atlético já teve

Otávio Di Toledo (de boné), do Viação Cipó e do Alterosa Esporte, é um dos meus grandes companheiros de profissão. O pai dele, Toledo, que não tive o prazer de ver jogar, pertence à história do América. “Toledinho” pertence à história do futebol de salão de Minas e do país. Jogou muito também.

Os filhos, à direita dele, são americanos, como ele e o avô, de verdade. Essa foto foi feita no Maracanã, antes do jogo contra o Fluminense. Eles estão mais otimistas do que nunca para o clássico contra o Galo nesta reta decisiva do campeonato.

Será um grande jogo, em que os treinadores terão papel fundamental. Em todas as minhas décadas de jornalismo nunca vi um América tão forte para enfrentar o Atlético, especialmente no Campeonato Brasileiro. A única deficiência que vejo no time é no ataque, já que o excesso de peso dos finalizadores comprometeu e compromete em jogos cujos pontos perdidos fazem falta. Apesar disso, briga por vaga inédita na Libertadores ou na Sul-americana. Claro que se vacilar a Série B voltará bater a porta. Mas, os indicativos mostram que a briga é pela prateleira de cima.

Outro grande americano, que conheço pessoalmente e de quem gosto muito, é o Márcio Amorim, que me pediu um comentário sobre um tema importante: “Caro Chico!
Gostaria que você se manifestasse sobre a decisão de setores extrafutebolísticos sobre torcida única no domingo quando inclusive a diretoria do Atlético se posicionou a favor. A partir do momento em que foi liberada a lotação total do estádio, não está cheirando a algo ligado à incompetência, má vontade contra o América ou má fé?”.

Não, caro Márcio, os protocolos da Prefeitura, estabelecidos pelo Comitê Covid-19, composto por especialistas reconhecidos nacional e mundialmente, são “imexíveis”. O Imperial College, de Londres, foi quem disse que, se as demais capitais do Brasil tivessem seguido o modelo adotado por Belo Horizonte, teríamos quase 400 mil mortes a menos no país.

Aproveito para repetir comentário do Márcio, feito após a vitória do Coelho sobre o Fortaleza, que mostra que o América está no caminho certo: “Caros amigos, caro Chico e caro Marcão!
Eu, de novo! Sempre que por aqui passar, devo meus respeitos a este Atletimericano do Blog, o Marcão de Varginha. Trata o meu América com muito respeito e admiração e merece os respeitos e admiração de todos americanos.

Penso que estamos naquele ponto em que é necessário refletir, sonhando e com pés no chão.
Em primeiro lugar, quero atribuir os resultados positivos do Coelhão a duas pessoas: primeiramente ao competente Lisca. Creio que a sua herança maior, além de ter dado ao time um esquema tático – poucos técnicos no Brasil conseguem isto, incluindo os que passam pela Seleção – mostrou ao Brasil que o América pode enfrentar times grandes, sem o complexo de vira-latas. Desde a sua passagem pelo clube, o América tem vencido equipes poderosas como nunca fizera antes dele.

Entendi perfeitamente o seu pedido de demissão. Perdeu os três primeiros jogos da Série A e preferiu deixar a diretoria à vontade, inclusive para contratar, o que seria complicado se ele fosse demitido.

A segunda pessoa é o Vagner Mancini. Mexeu em algumas peças e mesclou o time da Série B e da Copa do Brasil de 2020. Mudou radicalmente a maneira de jogar e deu sequência ao belo trabalho do Lisca. Infelizmente, se este agiu com lisura ao sair, aquele deixou-se vencer pelo canto da sereia. Entretanto, não é motivo suficiente para execrá-lo. Dinheiro sempre será dinheiro.

Este é o América de hoje. Um time que deixou de ser motivo de gozação nacional e pré-derrotado frente a times grandes. Tirou pontos importantes (o maior beneficiário foi o Atlético Mineiro), tanto no primeiro quanto no segundo turnos, de times de ponta: Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Santos, Inter, Grêmio. Athlético PR, Corínthians. Coisa impensável há pouco tempo atrás.

Bastaram as entradas no time do Lucas Kal, do Fabrício, do Zárate e, principalmente a recuperação do Alê. Falta ainda encaixar o Zé Ricardo, devidamente recuperado. Hoje, time que vai jogar com o América pensa duas vezes antes de se sentir vencedor antes do final dos jogos. Ao Marcão, pode crer que o seu Atlético vai levar este jogo muito a sério. Sabe o que terá pela frente.

Espero que este grupo invicto do Mineiro Sub-20 satisfaça à diretoria e que ela devolva aos profissionais jogadores como C. Alberto e Gustavo e que inclua também no grupo o Rodriguinho.”


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Comentários:
13
  • Horacio disse:

    É, o Galo vai ter que entrar ‘veiaco’. O cuei sempre veio com as barcas quando a coisa ia mal, trocava de técnico pra dar satisfação pra spike, marca de “gestão” de cartola. Mudou muito, acho que pode ser uma parceria com investidores, ou uma “prévia” disto. Vejo trabalho profissional, contratações técnicas, e não conversa mole de cartola querendo aparecer.

    O Cuca é quem sabe como estão os jogadores, mas o cuei vai segurar o jogo no início e depois tentar saídas rápidas e roubadas que têm sido o problema do Galo.

    O Galo está mais desgastado, tem jogado muito mais, tem também o desgaste emocional da pressão, não é só físico. Vamos precisar de movimentação na frente, jogo fechado não é jogo para jogadores rápidos, mas uma boa movimentação abre estes espaços. Temos aceitado a marcação na frente, marcado mal as saídas e dado muito espaço na defesa. Se o adversário tem pontas rápidos, tome bola nas costas dos laterais, problema quando os zagueiros não são rápidos.

  • Silvio Torres disse:

    Que os deuses do futebol tenham piedade do carroceiro colocado no volante de uma Mercedes.

  • Guilherme Leôncio disse:

    Não gosto de Hulk e D. Costa juntos, o Galo criou essa gordura sem o D. Costa. Com os dois, um tira o espaço do outro, o Diego facilita aos defensores fechar a entrada da área e com os dois o time do Galo fica mais lento, embora eu ache o Diego um bom jogador, mas eu o guardaria para o segundo tempo. Hulk com Savarino ou Keno é mais produtivo. O América marca muito bem e explora os contra ataques com o Fumacinha, espero que Arana tenha uma boa cobertura.

  • Antonio da Silva disse:

    A torcida do Galo tem que apoiar o time do início ao fim, mesmo se levar gol, incentivar. Vai ser um jogo muito difícil, pois além do América ser um time bem armado, dirigido por um bom treinador, o Galo está muito afoito e ansioso para marcar gol logo no início com a possibilidade de ser campeão. Muita calma nesta hora, porém, sem deixar de agredir o adversário.

  • Jerônimo disse:

    Eu ja escrevi isso aqui outras vezes, mas vou repetir: Hulk e Diego Costa não produzem jogando juntos.
    Por quê?
    Porque já está mais do que comprovado que o Hulk joga bem pelo meio, como homem de referência, porém, com o Diego Costa em campo o Cuca manda o Hulk jogar aberto, mas com liberdade para ele circular…e nessa dele circular ele fecha para o meio e embola com o Diego Costa.
    Resultado: isso faz com que a dupla não funcione, uma vez que sem a jogada de linha de fundo o Diego Costa rende pouco, pois não recebe bolas cruzadas e o Hulk, sem estar na referência, desenvolve pouco.

    Mas uma…das muitas burradas do Cuca.

    O correto é jogar um ou outro. A insistência de colocar os dois em campo é prejudicial ao time, pois:
    – facilita a marcação da zaga adversária, uma vez que os dois afunilam e acabam jogando próximos.
    – sobrecarrega os laterais do Galo, pois não tem um homem aberto nas pontas combatendo os pontas do adversário.
    – enfraquece a armação do Galo, pois o time passa a dar chutoes e apostar na força física dos dois.

    O Galo chegou até aqui tendo o Hulk como homem de referência e tabelando com um jogador aberto na ponta (Savarino ou Keno).
    É desmotivador para o Hulk o Cuca mudar o que deu certo só para encaixar o Diego Costa. O time tem que ter um homem de referência só e que o melhor seja o titular. No momento, o melhor é o Hulk.

    O América sabe que se o Galo jogar com Hulk e Diego Costa ele ficará fraco mas beiradas, logo ele virá pelas laterais, enquanto o Galo ficará tentando jogar pelo meio com tabelas curtas.

  • JESUM LUCIANO DA SILVA disse:

    Acho o cuca excelente técnico, mas não entendo a desvalorização de um ativo, Allan franco, e valorizar passivo tchê tchê, isto deixa nos torcedores chateados e sem entender o motivo desta insistência já que não deu nenhuma oportunidade ao Franco, e o tchê tchê todo jogo é utilizado, gostaria de entenderais este mistério do futebol

    • Edson de Morais disse:

      Jesus, talvez isso se deva ao fato de não ser permitido relacionar mais de cinco estrangeiros em uma partida e, por isso, o Cuca tem de escolher um “gringo” para ficar de fora.

  • Ed Diogo disse:

    Hoje vai um verdadeiro clássico como a muito tempo não se via pois o Atlético ainda hoje tem um elenco melhor que do meu Coelhão mas os dois times estão num excelente momento . Atualmente o América tem grande chance de vitória porque aprendemos a jogar contra times grandes com respeito mas sem medo.
    Acredita Coelhão

  • Humberto disse:

    Quantas vezes quando o mando do jogo era do mequinha a sua diretoria de mente reduzida dificultou a entrada da torcida do Galo? Inúmeras vezes, agora ficam de mimimi.

  • Pedro Vitor disse:

    Jogo hoje não tem favorito, no momento atual, pela tabela do returno, do Campeonato brasileiro, são os dois times, melhores colocados na tabela.

    O melhor esquema pra surpreender o time Americano, é jogar com 3 zagueiros, liberando, Os alas, Jair e Allan armando o time, com Diego Costa e Hulk dentro da área.

  • Marcelo de Andrade disse:

    Penso que torcidas que viajam, vindas de outros estados, carregam novas variantes. Por isso faz sentido. Mas esse não é o caso da torcida do América, porque é daqui. Mas como liberar só do América e as outras não?

    • Jerônimo disse:

      Pois eh…isso foi explicado mil vezes: torcidas de fora podem trazer novas cepas, por isso o jogo é com torcida única. Caso fosse aberta uma exceção para o América outros clubes poderiam pedir ingressos também.

      Enfim, é incrível como uma coisa simples de entender se torna um cavalo de batalha.

    • Fred disse:

      Exatamente, o bom senso diria que no clássico dos dois maiores times de BH não haveria necessidade de torcida única. Mas acontece que isso não está previsto em artigos e alíneas do protocolo, então seria a deixa pra outros clubes reivindicarem parte das cadeiras pra suas torcidas.