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A simplicidade e competência de Enderson Moreira, que poderá ser campeão com o Botafogo, com menos recursos e menos estrutura que o Cruzeiro

Foto: O Globo

Ótima entrevista do treinador botafoguense ao O Globo. Pegou o time numa situação difícil na Série B e garantiu o acesso à A com duas rodadas de antecipação. No primeiro ano do Cruzeiro na segunda divisão, ele conseguiu zerar os seis pontos de punição da FIFA nas duas primeiras rodadas e começou muito bem a disputa. No primeiro baque, foi demitido, dentro daquela máxima de que “Santo de casa não faz milagres”.

Outra característica admirável do Enderson é a mineiridade dele. Valoriza o nosso estado em toda oportunidade que tem. Como nesta conversa com O Globo, em que ele destaca Fortuna de Minas, a encantadora cidade onde mora, 35 Km depois de Sete Lagoas, vizinha da terra do pai dele, que é Cachoeira da Prata. Vale lembrar que também em Fortuna, mora o Vitor, ex-goleiro do Cruzeiro; o ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas, agora comentarista da Rádio Itatiaia e Orlando Augusto, grande jornalista, apresentador do programa Jogada de Classe (https://www.facebook.com/orlandoaugusto.carneiroguerra/videos/269755441764228), e até há pouco tempo morava lá o Raul Plasman, ex-goleiro do Cruzeiro e Flamengo.

Mas, o assunto agora é Enderson Moreira, que na última rodada enfrentará o Brasil em Pelotas, lanterna da competição. O concorrente ao título, Coritiba, que tem dois pontos a menos, recebe o CSA.

A entrevista do treinador:

* ‘O Botafogo é um dos pilares do futebol do Brasil e precisa resgatar isso’, diz o técnico Enderson Moreira

Rodado treinador mineiro recusa alcunha de salvador da pátria do alvinegro…

(Tatiana Furtado)

Enderson Moreira saiu de Fortuna de Minas rumo ao Rio, de carro, com contrato de cinco meses e uma missão: reorganizar o futebol do Botafogo e levá-lo de volta à Série A. O rodado treinador de 50 anos recusa a alcunha de salvador da pátria alvinegra, não se ilude com a lua de mel de momento e deixa as chaves a postos se precisar refazer o caminho de volta para casa. Mas continua sendo um apaixonado pelo que faz, e até se pega cantarolando na estrada: “Técnico bom, é o Enderson”, paródia de Marcelo Adnet para “Marrom Bombom”, do grupo Os Morenos, sucesso entre a torcida alvinegra.

*Quando aceitou o convite para treinar o Botafogo, no meio da temporada, o que esperava encontrar e o que realmente encontrou?*
Quando você chega num clube como o Botafogo, o objetivo é muito claro. Tem que conquistar resultado porque a pressão é enorme. Mas internamente o ambiente era bom. A expectativa e imagem que as pessoas têm do Botafogo, não condizem tanto como é realmente o clube. Mesmo com essas dificuldades é um clube organizado. Aquela ideia de clube desorganizado não existe, e isso facilitou muito.

*O elenco escolhido levou em conta a questão do grupo. É fundamental o ambiente bom?*
Isso é tão importante quanto as outras coisas (talento, técnica). É a gestão do grupo e como esse grupo se relaciona. No futebol, os atletas são levados a ser muito individualistas, mas é um esporte que só funciona no coletivo. Prefiro ter um elenco com boa capacidade de entendimento da questão coletiva porque isso ajuda muito no processo. No momento mais difícil do clube eles tiveram a capacidade de enfrentamento, não se omitiram e a torcida sente.

*Pode-se dizer que a química com a diretoria e com o elenco foi instantânea?*
A primeira conversa no vestiário foi: “Não está chegando aqui nenhum Salvador da Pátria”. Falei que tudo que eu tenho é uma forma de trabalhar e que precisaria que eles abraçassem as minhas ideias. Tentaram abraçar as ideias desde o primeiro jogo, e estão sempre tentando fazer.

*Você é tido como um técnico que transmite as ideias de forma muito clara. Também ouve os jogadores?*
Eu não quero que o atleta faça o que eu quero só porque estou mandando. Preciso que eles façam porque eles acreditam realmente que é a melhor coisa a ser feita. Então é um trabalho de convencimento constante. Eles precisam saber os porquês. Se eles me propõem uma mudança também tem de ser bem argumentada. Nós conversamos muito. Eu digo que o trabalho de toda a comissão é de facilitar o trabalho deles, ajudá-los a desempenhar cada vez melhor em campo. Temos construído isso na temporada.

*Antes de chegar, você sabia apontar os problemas?*
Antes de eu vir, eu acompanhei a derrota para o Goiás. Foi jogo muito ruim. Isso me deixou atento. Cheguei para dar uma ajustada no time com as minhas ideias, mas sabendo que não ia conseguir fazer tudo num primeiro momento. Conseguimos rapidamente resultados não com boas atuações, mas com um pouco mais de consistência defensiva.

*A defesa foi sua prioridade?*
Em campeonatos de pontos corridos, o time que tem mais destaque quase sempre é aquele que tem boa estrutura defensiva definida. É assim que eu vejo o futebol moderno. Um jogador moderno é o que tem a mesma capacidade tanto defensiva como ofensiva.

*Qual foi o maior desafio?*
O jogo posicional que eu tenho como proposta é o desafio maior. É mais difícil do jogador entender no Brasil e demanda um pouquinho de tempo. Em alguns momentos, o jogador precisa esperar a bola chegar. Mas o jogador brasileiro gosta muito de ir ao encontro da bola. Estamos evoluindo, mas tem de ter paciência.

*O Carli estava sendo pouco utilizado. Por que decidiu trazê-lo de volta?*
A primeira coisa que perguntei ao Freeland (Eduardo, diretor de futebol) foi se ele estava com alguma limitação para jogar. Não havia. Acreditei muito que ele pudesse ser a nossa referência dentro de campo. Não adiantava ter um jogador com com a liderança dele fora do processo. Fizemos a reincorporação dele, recuperou-se fisicamente, teve algumas dificuldades no começo, mas conseguiu fazer a função muito bem.

*O Navarro encaixou bem no seu estilo de jogo? E o Chay?*
Eu sempre gostei de jogar com centroavante e com meia. São posições que a cada dia temos mais dificuldades de encontrar. O Navarro é um jogador que ajuda muito defensivamente, tem muita força e faz muito movimento de profundidade. Isso casa muito bem comigo. O Chay tem uma história muito bacana. Não teve grandes oportunidades mais jovem, mas de repente as coisas aconteceram. Como ele não teve a mesma preparação física de quem joga na base, tivemos preocupação com isso. Ele fazia um jogo muito bom, mas no outro não conseguia sustentar até o fim. Entendemos isso e conseguimos promover uma sequência maior de jogos, que foi muito importante.

*O Botafogo mudou quase todo o elenco. É o melhor a fazer?*
Quando um gigante cai a primeira coisa que vem na cabeça é que tem de tirar todo mundo. Quando você não tem uma uma base de sustentação, a equipe está sendo criada em cima de nada. E o começo é sempre muito difícil. No Botafogo, está dando certo, mas poderia ter dado errado. O risco é grande. Mas o Botafogo não tinha outra alternativa porque o elenco era oneroso.

*Como você lida com essa pressão da torcida? No jogo com o Avaí, houve o bate-boca com alguns torcedores…*
Eu não sou um cara midiático, não faço média com ninguém e respeito demais o torcedor em todo lugar que eu vou. Mas naquele dia eu tomei as dores dos jogadores, como se fosse um pai querendo protegê-los. Eles não mereciam ser vaiados. Mas o torcedor é a principal razão de ser de um clube. Vou te falar que em três ou quatro jogos, se não é a nossa torcida aqui, não teríamos ganhado. Eles foram nossos centroavantes.

*Por isso você evita redes sociais?*
Agora eu tive de fazer uma conta oficial para ver se eles param de fazer essas fakes. Fico chateado, nunca tive redes sociais e vários se passam por mim. Falam como se fosse eu e, às vezes, até acredito que fiz alguma coisa e não me lembro (risos).

*Então você viu a paródia feita pelo Marcelo Adnet. Aprovou?*
É impossível não ter acompanhado, né? Foi muito bacana. Às vezes eu me pego dirigindo e vem a música. Me sinto muito homenageado assim. Eu sou apenas um grãozinho de areia nessa praia toda aqui que é o Botafogo. Às vezes, eu acabo aparecendo mais, mas eu queria estabelecer uma justiça. É um trabalho muito coletivo, não é o trabalho do Enderson. O Enderson sozinho não conseguiria nada.

*Você quase sempre deixa a família em Minas. Por quê?*
Em Curitiba, eu assinei um contrato de locação na sexta-feira; na segunda-feira de manhã, fui mandado embora. É uma uma concessão que você faz quando abraça a profissão. Eu sou muito feliz com o que eu faço, eu não vejo isso como trabalho. O trabalho mesmo é a pressão externa. Mas é uma profissão muito solitária. Eu prefiro não sair muito por causa da exposição. O tal do iFood é uma invenção para treinador.

*Este ano, você esteve internado por Covid-19, perdeu sua sogra e teve um infarto. Pensou em dar um tempo do futebol?*
Quando eu estava com 40 anos, tive um AVC transitório. A partir daquele momento, minha vida mudou muito. É uma vida muito estressante, então comemoro os bons resultados e aproveito a vida. Gosto de dirigir, de andar de moto, jogar squash, ouvir música, vinil, pedalar. Lá na fazenda, em Minas, criei um Instituto para compartilhar mais com as pessoas da região.

*Você costuma ir de carro para as cidades onde vai trabalhar. Ele vai ficar na garagem do Rio ano que vem?*
Isso é com o presidente. Eu comprei um apartamento aqui, mas não foi por alguma promessa da diretoria. Eu gosto daqui, é muito perto de BH e vou tem um lugarzinho aqui quando vier. Eu tinha um FGTS parado e aproveitei para investir aqui. Eu estou muito feliz aqui e gostaria muito de continuar.

*Hoje, a torcida do Botafogo é a mais feliz do Rio, ao contrário de qualquer análise feita meses atrás?*
Eu espero que eles possam se sentir bem representados pelo time dentro de campo, que tenta fazer o seu melhor. Ninguém queria que a queda acontecesse, mas se aconteceu o clube precisa tirar coisas positivas. O Botafogo está buscando outro caminho, e isso é fundamental para reestruturação do clube. Esse clube é gigantesco, é um dos pilares do futebol brasileiro e precisa resgatar isso. Espero que a torcida realmente possa estar muito feliz no final deste ano. E acho a conquista da Série B muito importante para mostrar que essa conquista foi o divisor de águas de um novo caminho.

https://oglobo.globo.com/esportes/futebol/o-botafogo-um-dos-pilares-do-futebol-do-brasil-precisa-resgatar-isso-diz-tecnico-enderson-moreira-25277139

Mais sobre a recuperação do Botafogo:

“Da pior campanha do clube na Série A ao acesso antecipado: como o Botafogo se reconstruiu em nove meses”

Sob a égide do profissionalismo, Alvinegro não mudou os rumos do planejamento e apostou no bom ambiente com poucos recursos

(Tatiana Furtado)

Da terra arrasada em fevereiro à briga pelo título da Série B em novembro, a trajetória do Botafogo no retorno à primeira divisão não tem um herói definido. Muitos até poderão se lembrar, no futuro, do atacante Rafael Navarro, autor do gol da virada sobre o Operário nesta segunda-feira, ou de Chay, que conquistou a torcida. Mas não será isso que vai explicar como o clube que cortou mais da metade da folha de pagamento do departamento de futebol, começou o campeonato desacreditado e trocou de técnico no meio do caminho devolveu o sorriso aos exigentes alvinegros, que fizeram a festa no Estádio Nilton Santos.

Alguns jargões já batidos no vocabulário do futebol terão de ser usados. A começar pela ‘gestão profissional”. O bonito termo muito utilizado no mundo dos negócios não pode ser ignorado ao refazer o caminho de um clube que chegou a dever R$ 1 bilhão e tinha a difícil tarefa de disputar vaga com outros grandes do Brasil, como Vasco e Cruzeiro, considerados até em mais condições do que o Botafogo.

A descrença fazia sentido. Além das dívidas gigantescas, o clube caiu pela terceira vez ao fazer sua pior campanha em um Brasileiro. A queda tirou, pelo menos, R$ 100 milhões dos cofres alvinegros e atrasou a possibilidade de conseguir um investidor para se transformar em empresa o quanto antes.

O início do Carioca encavalado com a derrocada no Brasileiro somado à troca de mais de 2/3 do elenco já antecipavam uma transição difícil. A má campanha no Estadual e os primeiros tropeços na Série B não eram uma surpresa diante da reconstrução que se fazia necessária. Nem mesmo a troca de técnico na 14ª rodada era algo totalmente fora do script.

*Planejamento mantido*

Não quer dizer que a gestão profissional tenha sido capaz de prever cada passo do Botafogo e se antecipar a todos os possíveis erros. O que permitiu que a receita não desandasse foi não mudá-la completamente ao longo do caminho. O projeto iniciado ainda em janeiro, num momento já de total apatia com a queda iminente, teve aval de toda a diretoria e a filosofia foi mantida.

À frente dele, Eduardo Freeland, diretor de futebol do Botafogo, teve de reduzir drasticamente a folha salarial dos jogadores, negociar atletas não mais desejados e contratar dentro das possibilidades financeiras do clube naquele momento. Para minimizar erros, o planejamento tinha alguns pilares: elenco com opções complementares em todas as posições que foram sendo preenchidas ao longo da temporada (Luiz Henrique veio no segundo semestre para ser o “par” do Chay no meio) e perfis pré-estabelecidos que levavam em consideração tanto a parte técnica (liderança, como Carli e Ricardinho) quanto o lado humano dos atletas.

– Quando falamos de profissionalismo, falamos do trabalho baseado em dados, estudos e um embasamento rico para todas as decisões a serem tomadas. Para que não se mude tudo com uma derrota ou outra. A saída do Marcelo Chamusca, por exemplo, foi por uma questão técnica e tática, os encaixes não estavam acontecendo nos jogos. Os jogadores não queriam a saída dele, mas decidimos que era o momento depois do empate com o Cruzeiro. Pensamos muito para não entrarmos no círculo vicioso de troca de técnico. Em 2020, foram cinco trocas. Tínhamos que ser justos e assertivos na saída de um e assertivo na chegada do outro – diz Freeland, admitindo que houve erros na montagem do elenco, como as contratações de Marcinho e Rafael Carioca, que não deram certo e foram negociados.

Aí entra a outra palavrinha mágica: o ambiente. Ao optar por analisar não apenas o talento dos jogadores pretendidos, a diretoria sabia que precisava de um elenco unido e comprometido, sem conturbações internas ou externas. Mesmo nos momentos de maior oscilação, quando chegou a ocupar a 14ª posição e ter apenas 36% de aproveitamento, o vestiário se manteve calmo e a política do clube não interferiu como em outros momentos.

*Bom ambiente e química com Enderson Moreira*

Enderson Moreira foi contratado dentro dessa filosofia. Ele não era a primeira opção. Lisca foi procurado naquele momento, mas disse não ao Botafogo e sim ao Vasco. A opção por um técnico mais caro e de nome, que custaria mais aos cofres do clube, porém que tem amplo conhecimento da Série B. Mais do que isso, respaldado pela dezena de telefonemas feitos por Freeland em busca de referências do treinador.

A química entre diretor e técnico foi instantânea. Com linguagens e ideias semelhantes sobre futebol, Enderson ratificou os pontos fracos já observados pelo diretor de futebol, que tem larga experiência no campo. O estafe trazido pelo mineiro também encaixou com o corpo técnico fixo do clube.

Bastaram poucos jogos para que o estilo de Enderson fosse incorporado pelo grupo, que teve poucas modificações como as chegadas de Luiz Henrique, Carlinhos e do lateral Rafael. Um time mais consciente e organizado em campo, ofensiva e defensivamente, conseguiu impor seu jogo a partir da 14ª rodada sem grandes oscilações. Alguns nomes se sobressaíram como Marco Antônio e Oyama. Nem mesmo o bate-boca com alguns torcedores na derrota para o Avaí, a primeira em casa depois de oito jogos, desestabilizou o bom ambiente.

– Acredito muito que um ambiente bom traz confiança extra a todos os profissionais envolvidos. Um time confiante pode evoluir mais do que o esperado, até jogar melhor que outros com jogadores melhores. Aquele jogador nota 7 consegue produzir um futebol nota 8. Pensamos muito, em determinado momento, em fazer um trabalho mental específico. Mas percebemos que era uma questão do futebol no campo. Precisávamos dos resultados. Ele trouxe os resultados e isso devolveu a confiança ao elenco – analisa Freeland.

*Primeiros tijolos*

A duas rodadas do fim da temporada, o Botafogo pode e deve comemorar o fim de ano até melhor do que se imaginava. Meta alcançada e um título próximo. O embalo do alvinegro, no entanto, não tira os pés do chão de quem sabe que ainda é um clube em reconstrução.

A estrutura para evitar nova queda está estabelecida, mas os desafios serão ainda maiores em 2022. O aporte financeiro da Série A só chegará em maio. Até lá, os recursos ainda serão de um clube da segunda divisão.

– Não podemos achar que vamos sair do cenário de janeiro de 2021 para um de disputa por vaga na Libertadores. Alguns tijolos foram colocados para a reconstrução do clube, mas faltam muitos. Se cuidarmos desse ambiente e mantivermos as pessoas embuídas no espírito de reengrandecimento do Botafogo, por maior que seja a diferença financeira com outros clubes, podemos conseguir ir bem, como outros vêm fazendo na Série A.

Em nove meses, o Botafogo renasceu, recuperou a autoestima e agora pode dar os primeiros passos para reconstruir sua história gloriosa.

https://oglobo.globo.com/esportes/futebol/da-pior-campanha-do-clube-na-serie-ao-acesso-antecipado-como-botafogo-se-reconstruiu-em-nove-meses-1-25273316


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Comentários:
2
  • Alisson Sol disse:

    Minha opinião na época era que o Enderson Moreira não escalava o Cruzeiro, ou ao menos era obrigado a colocar alguns jogadores em campo. De qualquer forma, se aceitava isto, tem alguma responsabilidade pelo pouco desempenho do time. Não o vejo como injustiçado: o time do Cruzeiro estava bem ruim quando ele foi demitido.

    Bom que tenha aprendido com a experiência e se tornado um técnico melhor. Como ele mesmo diz: o ambiente é importante. Que não se engane: os times da Série A estão em outro patamar. Jogando o mesmo deste ano, o Botafogo cai novamente. Que é o motivo pelo qual o Cruzeiro teve é sorte de não subir este ano.

  • Raul Otávio Pereira disse:

    Uma pessoa injustiçada pelo Cruzeiro. Não é o primeiro, e não será o último. A lista é grande.

    Mas que foi um belo tapa de luva na atual diretoria, isso foi. E merecido. O presidente, sempre tão falante, poderia tentar explicar a demissão dele no início do ano passado. Só tentar, já que não vai convencer ninguém mesmo.

    Foda-se nós cruzeirenses. Mais um ano na Série B, e sem nenhuma perspectiva.