Alisson Sol disse:

Antes de copiar o modelo de outros países é preciso entendê-los corretamentes e completamente. Não estou dizendo que é o seu caso, mas vejo muita gente que observa apenas um ou outro aspecto de um modelo distante, e ainda entende errado.

Lembre-se que em uma liga não há rebaixamento, não há ascensão, mas os times pertencem à Liga, e estão sendo explorados pelos seus “donos”, em algo que é como uma franquia. A liga faz exigências que podem levar cidades à falência para não mudar um time. Imagine a CBF agindo como “Comitê Olímpico” e querendo mudança de leis em cidades, como isenção de impostos e estádio novo. Do contrário, poderia mudar o Cruzeiro para Manaus, que pode oferecer um estádio sem muito uso, isenção de impostos e patrocínio de empresas que já tem isenção na Zona Franca de eletrônicos. Isto já aconteceu várias vezes nos EUA em todas as ligas. Na citada NBA, o caso mais recente eu conheço bem, pois foi a relocação do Seattle Supersonics para Oklahoma City (mudando de nome para Oklahome City Thunder) (link). Apesar da perda do time, a cidade e condado, mesmo sabendo do risco, haviam votado uma lei proibindo novos acordos com as ligas, que tinham construído dois enormes estádios (para beisebol e futebol americano) com maior parte dos gastos vindo do contribuinte. Isto não é o que se deve fazer com o dinheiro público.

A longo prazo, Seattle conseguiu que a antiga arena do basquete fosse reformada completamente com dinheiro privado, recebeu um novo time na liga de hóquei no gelo (link), e já se fala na volta de um time de basquete. Isto exige um alto nível de conscientização da população, a maioria aprovando leis de iniciativa popular, e dos governantes, para seguir tais leis sem ficar procurando brechas. Pergunto: acha que isto aconteceria no Brasil?