Blog do Chico Maia

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Parabéns ao Tostão, que chega aos 75 anos, hoje!

Em Ozoir La Ferrière (35 Km de Paris), durante a Copa do Mundo de 1998, assistíamos diariamente aos treinos da seleção, comandada por Zagallo, que perderia de 3 a 0 a final para a França. Eu cobria para a Rádio Alvorada FM. Ao centro, Maurílio Costa, da Itatiaia (hoje aposentado) e à direita, Tostão, na época colunista do Jornal do Brasil e Alvorada FM.

Muita saúde e felicidade sempre, é que desejo ao Tostão, um dos maiores craques da história do futebol, com quem tive a honra de dividir a bancada do Minas Esporte, na Band, colunista na mesma época no jornal O Tempo e também na Rádio Alvorada FM 94,9.

Para que tenham ideia do reconhecimento mundial ao tanto que ele era craque, vale a pena reler esta história que contei aqui no blog no dia 07 de julho de 2014:

Na Copa de 1994, durante um treino da seleção brasileira em Detroit, antes do jogo contra a Suécia, estávamos eu e o Tostão na lanchonete do estádio quando um senhor bem desgastado pelo tempo, mancando, abordou o nosso já colega de imprensa. Olhou a credencial pendurada no pescoço e disse:

__“Eduardo Andrade, ‘Tostao?’

Diante da afirmativa do próprio, o senhor continuou:

__ Dê-me a honra de apertar a mão do maior jogador que vi jogar na Copa de 1970!

Com a timidez que sempre o caracterizou, Tostão agradeceu e quando o senhor começou a se afastar tive a curiosidade de perguntar de onde ele era: “Sou argentino, mas vivo há muitos anos na Espanha”. Tostão agradeceu de novo e perguntou o nome dele: “Alfredo; Alfredo Di Stéfano!”

Aí foi a vez do Tostão, se emocionar e manifestar a honra de estar conhecendo um dos maiores mitos da história do futebol.

Di Stéfano morreu aos 88 anos. Tinha fama de “ranzinza”, mas além dessa passagem com o Tostão, a história registra outro gesto de humildade dele que só grandes seres humanos são capazes.

Grato ao que o futebol lhe deu na vida, mandou erguer um monumento à bola no jardim da sua casa em Madri, com a inscrição “Gracias, vieja”.

Nos bons tempos de Minas Esporte, 1993/94: Tostão, Valdir Barbosa, eu e o saudoso Luiz Carlos Alves


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Comentários:
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  • Juca da Floresta disse:

    Bom dia Chico,

    Meu pai era uma cruzeirense que viu o time crescer na década de 60, acompanhava todos os jogos, ele morreu em 1988. Alguns anos antes de sua morte, ainda na década de 80, eu o levei a uma consulta no hospital São José, da Faculdade Ciências Médicas em BH. Sua saúde estava complicada e os médicos estavam tentando descobrir o que estava causando tantos problemas. Entrei com ele no Consultório sem saber por quem ele seria atendido. Na sala estava o Dr. Eduardo Andrade, que na época era professor da Faculdade, com um aluno de residência médica. Muito educado Tostão conversou com meu pai e foi medir a pressão arterial. A pressão estava multo alta, Tostão resolveu fazer mais alguns exames e conversar com meu pai, passados uns 15 minutos ele mediu novamente a pressão arterial, estava normal. Ai ele perguntou porque a pressão estava alterada no começo, o que teria acontecido para isso. Meu saudoso pai disse: “Posso falar doutor, o Senhor não vai ficar chateado?” Tostão riu um pouquinho, já adivinhando o que ouviria e concordou. Meu pai falou: “Assisti todos seus jogos no barro preto e no Mineirão, sou seu fã, cruzeirense e a emoção tomou conta.” O Médico Tostão riu mais à-vontade e conversou de uma maneira mais próxima com meu pai. Essa cena não me sai da cabeça passados quase 40 anos. Vi de perto a grande figura humana que é o Dr. Eduardo Tostão.

  • Ed Diogo disse:

    Vida longa ao mestre Tostão que na minha singela opinião só não é melhor que Pelé! No futebol brasileiro considero Pele ,Tostão e Reinaldo os 3 maiores que vi jogar. Parabéns grande jogador ,doutor colunista e pessoa .

  • stefano venuto barbosa disse:

    Uma das poucas figuras sensatas do esporte nacional, ao meu lado. Mesmo quando não concordo com ele, tenho prazer em ler os textos do Tostão. Um feliz aniversário e vida longa ao mestre!