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De novo, América domina a partida mas não faz gol em casa. E escapou de tomar, de pênalti, no penúltimo minuto

Decisão da vaga para a fase de grupos da Libertadores continua aberta, depois do 0 x 0 contra o Barcelona de Guayaquil. O Coelho enfrentou um grande adversário e foi bem, mas faltou finalização. No fim, contou com a má pontaria do Carlos Garcés, que chutou pênalti para fora. O resumo do que houve de melhor no jogo, descrito pela revista Trivella:

“. . . A metade final do primeiro tempo ficou mais aberta e mais intensa, com bons avanços das duas equipes. O Barcelona era mais contundente em suas chegadas, na base da velocidade, e assustaria aos 27, num chute cruzado de Jonathan Perlaza que saiu ao lado do gol. A grande chance dos Canários viria nessa sequência, num giro de Gonzalo Mastriani, que exigiu uma defesa milagrosa de Jaílson. Isso acordou o América, que teria sua principal oportunidade com Wellington Paulista na área, mas o chute veio em cima de Burrai. Porém, os equatorianos cresceram na partida e incomodavam mais, com novas intervenções seguras de Jaílson até o intervalo.

O segundo tempo começou com o América mais ligado. Logo no primeiro minuto, Wellington Paulista tentaria e seria travado na área, em lance no qual os mineiros reclamaram de pênalti. O jogo se desenvolvia no campo de ataque americano, já que o Barcelona recuava bastante e via suas tentativas de partir em velocidade frustradas pela marcação adversária. Raros eram os momentos em que os Canários se aproximavam da área mineira. Ao menos, também não concediam muito ao Coelho, em minutos silenciosos, no máximo com uma batida de Everaldo por cima aos 21.

O Barcelona só voltaria a incomodar aos 24, em cruzamento perigoso na área. Já a entrada de Matheusinho deu novo gás ao ataque do América, mesmo que não surgissem chances tão claras. À medida que os minutos passavam, todavia, o duelo ficava arrastado. Os times não apresentavam muitos recursos e o desgaste se evidenciava. O Coelho tinha dificuldades para converter seu domínio territorial em finalizações. E, como na ida contra o Guaraní, o preço quase foi pago no final. Aos 43, a arbitragem marcou um pênalti de Jaílson sobre Michael Carcelén. A sorte dos mineiros é que Carlos Garcés errou a mira na cobrança e mandou para fora.

Os acréscimos, enfim, tiveram sua dose de emoção. O Barcelona ensaiou uma pressão, mas o América também ganharia uma chance de ouro no fim, com uma falta marcada na lateral da grande área. Seria a deixa para o Coelho mandar a bola para o meio do pagode. Na confusão depois do cruzamento, Felipe Azevedo apareceu livre para fuzilar. O goleiro Burrai acabou fazendo uma defesa espetacular e salvou a pele também do Barcelona, aliviado no último instante.

O empate em casa não é o melhor resultado para o América Mineiro, até pela maneira como o time teve o domínio do jogo. Porém, o Barcelona criou as melhores chances e desperdiçou uma oportunidade imensa para sair com o triunfo. O duelo permanece aberto antes do reencontro em Guayaquil. Quem sabe, para que o Coelho complete uma trajetória épica escrita desde a fase anterior.”

https://trivela.com.br/america-do-sul/libertadores/apesar-do-final-dramatico-america-mineiro-e-barcelona-de-guayaquil-nao-sairam-do-zero-no-independencia/


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Comentários:
8
  • Pedro Vitor disse:

    Dessa vez eu vi o jogo, falta ao América um ou dois jogadores que aumentem a qualidade do time.

    Pedrinho me pareceu um bom jogador, ainda um pouco verde.

    Tem que contratar um meia pra ajudar nas ações ofensivas.

  • luiz disse:

    O América é isso!
    Além de suas limitações tudo é muito, mas muito difícil. Parece que esse time gosta de sofrer.
    Só Jesus na causa!

  • STEFANO VENUTO BARBOSA disse:

    Assisti uns 30 minutos do segundo tempo, a impressão que passa é que o Coelho joga com muita aça, vontade, mas que os jogadores não têm muito mais pra dar.

  • JOÃO CARIBE disse:

    O problema principal é que, apesar do trio de meio-campo ser formado por bons jogadores, nenhum deles tem bom chute. Kal é zagueiro/volante, Juninho é pulmão, corre muito e ajuda em tudo, mas não chuta, e o Alê é um condutor de bola. Precisamos de alguém que se aproxime do centroavante e que pegue rebotes na entrada da área chutando para o gol.
    Aliás, vários times de hoje parecem se esquecer que o gol é o objetivo único do futebol. O resto – posse de bola, domínio territorial, o quarto terço do campo, é tudo balela! A bola fica rodando de um lado para outro do campo, sem nenhuma objetividade. Isso está arraigado no futebol mundial, e mais ainda no brasileiro.

  • Wallison disse:

    O América transpira muito, mas tem pouca inspiração.
    Na libertadores, tropeça dentro de casa.
    No Mineiro, está fora do G4.
    Acho que está na hora da diretoria repensar o planejamento deste ano.

  • Julio Cesar disse:

    Vi o primeiro tempo. América começou tentando imposição. Aos poucos o Barcelona foi entendendo o jogo e após 15 minutos já estava melhor e controlando a partida.
    Até o fim do primeiro tempo o América teve dificuldade. Vai precisar mais que sorte que teve no Paraguai no jogo da volta no Equador.

  • Roberto Fonseca disse:

    Ficou claro que a perda do Ademir e talvez Zarate estam sendo criticas. Vamos ver o jogo de volta.

    • Hernando disse:

      Esse é o problema! A diretoria americana é lenta, não acredita e depois fica chorando o leite derramado. Quem eles trouxeram que hoje é destaque? Assim fica dificil! A próxima chance como essa, ninguém sabe quando acontecerá!!