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O América daqui a pouco pela Libertadores e a misteriosa saída do Rodolfo

Fiquei feliz demais ao ver nas redes sociais da Conmebol esta manhã:

“Se inicia el Grupo D en Belo Horizonte!

@AmericaMG  recibe a @IDV_EC por la primera fecha de la Fase de Grupos de la CONMEBOL #Libertadores. El Coelho enfrentará su segundo rival ecuatoriano en la Copa tras eliminar a #Barcelona en la Fase 3. #GloriaEterna

Muito bom ver o longo e transparente trabalho de recuperação do Coelho sendo coroado com a participação na fase de grupos da competição mais importante do continente. Pena que citar nomes seja complicado, pois dá vontade de elogiar um a um, nominalmente, os dirigentes que participaram dessa missão. Sendo assim, na saudosa figura do Magnus Lívius de Carvalho, que foi um grande presidente e iniciador deste processo, a minha homenagem a todos, das diversas áreas e épocas.

Vejamos como será o comportamento do time, na forma diferente de disputa das fases anteriores. Todos contra todos, classificando-se os dois melhores pontuados de cada grupo.

Assim como a muitos americanos, o trabalho do técnico Marquinhos Santos até hoje não me convenceu. Diferentemente dos antecessores Wagner Mancini e Lisca, não vejo o América com uma forma definida de jogar, nem mudanças táticas e individuais convincentes durante a partida. O Coelho vem se dando bem, mais pela motivação dos jogadores, mas chega um determinado momento em que é preciso o dedo do treinador, na escalação e ou nas escolhas táticas. Mas, de repente, chegou a hora dessas virtudes do treinador finalmente aparecerem.

Um outro tema importante do time se refere à saída do atacante Rodolfo, que lamentei e não entendi. Caiu vertiginosamente de produção de quase dois anos para cá, mas foi muito importante para time anteriormente. Será que houve um bom trabalho da comissão técnica e diretoria para saber o que se passou com ele e tentar recuperá-lo? Não é sempre que se encontra um jogador com tanto potencial como o dele. E o mais triste: saiu magoado, tanto que apagou o América das redes sociais dele.

Um mistério, para o qual pedi ajuda ao americano tradicional Marcio Amorim, para tentar explicar. Mas, pelo visto, nem ele, frequentador assíduo dos jogos e atento aos noticiários, conseguiu decifrar, pelo que as senhoras e senhoras podem conferir a seguir:

“Sobre o Rodolfo, não comentei ainda porque poderia ser uma opinião não muito clara ou muito filosófica. O Rodolfo é um ótimo jogador. Não é “nenhuma Brastemp”, mas compôs muito bem, aliás, o grupo vitorioso que deu origem a esta arrancada espetacular do América. Devemos, sim, muito a ele, que se identificou com o clube e com o time de então. Creio que a cabeça dele ficou na Série B em que o time seguia à risca as táticas e maneira do Lisca de conduzir o grupo com competência, brilho e carisma. Para mim, um marco na história recente do América. Entrou em decadência com o time na Série A e não evoluiu como se esperava, com a chegada de novos elementos para um grupo pretensamente mais qualificado. Foi regredindo e, hoje, não tem mais força de reação.

Com a chegada de novos elementos, viu-se na reserva e diminuído com o Pênalti perdido contra o Atlético em cujo jogo, se não estávamos superiores, havia uma paridade de forças até aquele momento. De lá para cá, só caiu de produção e não acha em campo o lugar que ele sempre ocupou muito bem. Estranho não ter aparecido alguém para alertá-lo sobre isto.

Sem uma orientação, parece que hoje ele definiu que há culpados para isto, menos ele: o América, a torcida – por vezes cruel – a imprensa, e, pior, os colegas de clube.

Penso que a mudança de ares será muito boa para ele. Não sei se terá as chances de que precisa no Cruzeiro. Hoje, o time está bem e se organizando. O futuro continua uma interrogação. Talvez, para ele, melhor seria mudar de Estado, mesmo na Série B. A repulsa impensada e, com certeza, passageira à camisa do América é uma forma de ingratidão pelo espaço que teve e pela boa fase que lá passou, mas indica que ele não se culpa pela queda de rendimento e pela sua apatia em campo, aceitando (ou não?) a reserva. Pelo caráter que ele tem, mais para a frente vai rever este gesto. Grande abraço!”

Marcio Amorim

AFC


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