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Falando do que importa I: o Cruzeiro dentro de campo, ontem contra o Fluminense e depois de cumprir a pena na Série B

Nas redes sociais e grupos de whatzapp, rolando duas cenas da torcida do Cruzeiro no Mineirão, durante e depois o jogo. Primeiro recebi a de uma, de muita porrada entre cruzeirenses num setor de cadeiras, em frente a um camarote. Socos e empurrões pra todo lado, enquanto a bola rolava no gramado.

Daí a pouco recebi outra, do cruzeirense Alex Elian, lá das cadeiras do alto, depois da partida, festa, cantoria danada e bandeiras sendo agitadas, com o comentário dele: “prefiro essa imagem aqui, quando estava 0 x 3”.

Daí a pouco chegou este comentário, do Alisson Sol, também cruzeirense, colaborador de primeira hora deste blog, direto dos Estados Unidos, onde mora. Faço minhas as palavras dele:

“Se fosse dirigente do Cruzeiro, iria focar em 3 coisas apenas, pois senão nada é corrigido.
1) Torcida: há uma radicalização de grupos na torcida. Foi ótimo separar o clube da SAF. Mas agora, os extremistas torcedores da SAF, que nunca frequentaram o Clube, querem continuar a farra. Se não vai com a venda de camisas de torcidas ou ingressos gratuitos, parecem querer forçar algo diferente com estas catracadas. Claramente, isto é não apenas para forçar a entrada sem ingresso mas também para levar drogas e gente violenta para dentro do estádio. Todos os clubes precisam se unir para resolver isto.
2) Já citado mas importante: Pezzolano é um bom técnico, mas será melhor ainda se passar calma aos jogadores. Ontem, eu mesmo achei que depois de sua expulsão a vaca iria para o brejo. E foi. Mas ele já havia errado na estratégia de jogo e creio que isto gerou parte de sua irritação.
3) Estratégia de jogo errada. O Pezzolano pensou o que? Que iria golear o Fluminense? Será que não sabia a regra de que 1×0 iria para penalidades. Será que achou que fazendo 1×0 logo iria ter time para continuar pressionando, ao invés de começar a levar pressão de um time de Séria A contra uma defesa fraca? Ou será mesmo que ele acha que tem uma boa defesa? O problema nunca é apenas um lateral mas o posicionamento de toda a defesa em um contra-ataque.

Vamos esperar que leiam e reflitam no absurdo que foi a estratégia de jogo ontem, o comportamento do treinador, e a tolerância com grupos de torcedores que não querem mesmo o bem do clube.  – Alisson Sol”


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Comentários:
10
  • Eduardo Silva disse:

    Prezado Alisson Sol, boa noite,

    Querendo contribuir para o debate, algumas observações:

    1) O que tem ocorrido em jogos de grande público no Mineirão é que se formam longas filas e catracas param de funcionar, deixam os torcedores nervosos e os atendentes da Minas Arena junto a Polícia Militar liberam a entrada para que crianças e mulheres não se machuquem. Mas toda a “experiência” de ir ao estádio é ruim! Acesso de carro pelas avenidas, estacionamento, entrada, compra de bebidas, segurança interna, TUDO É RUIM!

    Veja o relato de um torcedor que filmou a DESorganização:

    https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/cruzeiro/2022/07/13/noticia_cruzeiro,3972992/cruzeirense-relata-minutos-de-caos-no-acesso-ao-mineirao-e-cobra-solucoes.shtml

    2) Sobre o Pezollano o cara é uruguaio, é pilhado mesmo! É o jeito de ser do cara e isso é difícil mudar, prefiro assim do que técnico de outro time ai que fica sentado lá no banco vendo o pau quebrar em campo.

    3) Sobre a estratégia de jogo, achei que funcionou bem até metade do segundo tempo, depois faltou reservas que entrassem para manter o ritmo e dar mais qualidade ao time e isso o técnico não tem. Mas qual a sua estratégia que teria sido mais acertada para esse jogo?

    Grande abraço.

    • Alisson Sol disse:

      Caro Eduardo Silva,

      Obrigado pela atenção. Em relação às suas considerações.

      1) Não me lembro de “catracadas” na Copa do Mundo no Brasil (não fui) ou na Olimpíada (fui). Ou seja: nem vou citar que o problema já foi resolvido em outros países: foi resolvido aí no Brasil quando tiveram vontade de resolver.

      2) Este negócio de “uruguaio é pilhado” é um mero estereótipo. Temos de resistir a isto. Ele é pago para ser técnico de futebol, não “debatedor de juízes”. E se tiver outras pretensões, dizem que a tal Liga de Luta Livre paga muito bem!

      3) Tática pode “funcionar agora e depois não”. Estratégia não: ou funciona ou não! Tática é a “batalha”. Estratégia é a guerra. Veja que o Cruzeiro no Rio jogou por muito tempo com 10 jogadores e perdeu de 2×1. Em BH, jogando com 11, perdeu de 3×0. Será que jogar com 10 jogadores é melhor? Claro que não: o Cruzeiro jogou pelo regulamento no Rio mas queria jogar para a torcida em BH.

      Quem acha que o Cruzeiro “começou bem” o jogo, na minha opinião, viu alguma outra partida. Se você revê os melhores momentos (link) notará que já no começo desta partida o Fluminense teve duas chances claras. Era hora de o técnico acalmar o time, reposicionar a defesa e lembrar que “1×0” ao menos leva para as penalides, e 1×0 aos 45 do segundo tempo é melhor do que 1×0 aos 10 do primeiro tempo. Mas não: com uma defesa fraca e um ataque incompetente, vai para cima fazendo os jogadores correrem ao invés da bola. Tentou jogar uma partida de Copa de igual para igual contra um time tecnicamente superior. Deu no que deu…

      • Eduardo Silva disse:

        Meu prezado!

        1) Na Copa do Mundo e em jogos da Seleção Brasileira o esquema de entrada do público é diferente! Existem dois bloqueios que os torcedores apresentam os ingressos. Outra questão é que pelo alto valor dos ingressos os torcedores das ditas organizadas não comparecem. O público é em grande parte de Patricinhas e Mauricinhos com seus iphones fazendo selfies e “assistindo” o jogo de costas para o gramado, em pé em cima das cadeiras e postando fotos em seus stories do instagrans..kkk O tumulto e briga existe é porque atrapalham quem quer assistir o jogo.

        2) Talvez na Premier League ingleza ou na Major League Soccer dos EUA funcione bem um técnico polido, de terno, gravata e sobretudo, sentado no banco de reservas durante todo a partida e aneve caindo no campo. Aqui no Brasil o cara tem que gritar com os jogadores toda hora, mostrar posicionamento, incentivar, xingar e ficar cornetando o trio de arbitragem e demais assistentes o jogo inteiro. O tal do Mouhrramedi no último jogo contra o Flamengo fica lá com cara de pastel, não orienta, não fala nada e o resultado nós vimos, um time apático, sem garra, sem gana de jogar e vencer o jogo, A CARA DE BOBO do técnico! Não a toa que o Pezollano é muito elogiado pelo seu trabalho no Cruzeiro pela imprensa e pelos seus pares no país inteiro e o resultado que ele vem obtendo é MUITO satisfatório com o elenco limitado que possui.

        3) Sobre o jogo a gente comentar depois do acontecido é fácil. SE tivesse jogado atrás da linha da bola e o Fluminense metesse um monte de gols no primeiro tempo, seria chamado por todos de retranqueiro, medroso e covarde! Na minha opinião e de muitos comentaristas esportivos da mídia nacional fez o certo! Soltou o time em cima do Flu, SE tivesse feito uns dois gols que teve oportunidade, poderia ai sim administrar o placar… A torcida apoiou, foi o 12o. jogador, faz muita diferença o grito da arquibancada! NÃO DEU! Perdeu o jogo, mas o placar não representa necessariamente o que foi a partida!

        O trabalho é bom, com o nível de jogadores que tem no elenco! O objetivo é o acesso a série A, passar de fase em uma CB era um bônus, principalmente financeiro!

        Vamos ver os reforços chegando se qualifica mais o elenco…

        Como diz o filósofo, vamos aguardar….

        • Alisson Sol disse:

          Caro Eduardo Silva,

          Vamos por partes, como diria o esquartejador…

          1) Leia o que você escreveu no primeiro comentário e depois o que escreveu na réplica. No primeiro, você citou que há problemas. Mas no terceiro, reconheceu que há soluções. É quase um caso de discriminação que só se apliquem as soluções quando se quer.

          2) Não me lembro de Telê Santana gritando desesperado com jogadores e juízes. Mesma coisa com o Carlos Alberto Parreira, ou mesmo o Claudio Coutinho. E, para não ficar no passado, veja o mineiro … Fernando Diniz. Concordo que Pezollano é um bom técnico, que será melhor quando gritar mais nos treinos, não no jogo.

          3) Não apenas comentei depois do acontecido. O problema de “fundamentos” do Cruzeiro continua, e já citei aqui mesmo neste blog há tempos (link). Este negócio de “SE” no futebol é incrível. Lembra-me uma entrevista do Felipão depois do 7×1 onde ele diz que o Brasil começou o segundo tempo bem, e teve umas 5 chance e “SE” concluísse todas teria empatado o jogo no inicio do segundo tempo! E depois disse também esta mesma coisa: “o placar não representa a partida”! Vamos ter de concordar em discordar.

  • José Carlos Albuquerque disse:

    Comentario sobre a escalação do time e tática de jogo, totalmente rídícula e desnecessário. O que o cara quer? o time estava desfalcado e perdeu seu melhor jogador no 1o. minuto. O que o comentarista “americano” faria diferente?

  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    O que de menos lamentável aconteceu ontem foi a desclassificação, que de certa forma já era esperada, embora sempre tenha havido uma tênue esperança.

    Essas brigas, confusões e as vaias para Fábio me envergonham como cruzeirense.

    Essa questão da violência é um problema sem solução, entretanto. Acontece com a maioria dos times. Não adianta esbravejar e nem pedir providências, simplesmente porquê não dá prá colocar um policial tomando conta de cada torcedor.
    Esses bandidos não se cansam de prejudicar o time ? Toda hora acontece alguma coisa, e quem perde é o Cruzeiro (além de claro e principalmente, as vítimas).

    Teremos que conviver com isso ou então apelar para coisas mais radicais como todos (absolutamente todos) jogos com uma torcida só, ou sem torcida.

  • ivan junior disse:

    “Aconteceu uma coisa chata ontem na Pampulha…”
    Mensagem muito enviada hoje no Whatsapp em todo o Brasil

    “O CSA/MG entrou pelo cano pela CB ontem a noite”
    Da serie Trocadilhos Infames

  • Alexandre Daniel (Igarapé) disse:

    O mundo não dá voltas…ele capota…kkk. A torcida azul sempre ridicularizou o apoio e as demonstrações de apoio que a torcida do Galo dava ao time nos momentos mais difíceis. Faziam chacota e clamavam em altos pulmões…Com a gente é diferente….não aplaudimos derrotas e somos um time vencedor, cobramos sempre e por aí vai. Ontem, numa festa belíssima da Chipre Azul (é preciso reconhecer) o Cruzeiro foi aplaudido e apoiado depois do sacode. Essa é a verdade, a dor e o sofrimento nos torna mais humildes, mais sensíveis e realistas em muitos momentos. É claro que em alguns causa revolta e ódio. No caso da torcida azul, me parece que agora, a grande maioria (não todos é claro) estão sentindo de verdade o que é amar um time de futebol e não surfar na onda de títulos e conquistas. O sentimento de amor ao clube sendo forjado para muitos. É o futebol, em alguns pontos, retratando a vida. A vaidade sendo castigada.

    • Marcão de Varginha disse:

      Sim, foi aplaudido depois do sacode mais por carência do que saber amar e torcer para um time de futebol.. estão descontrolados, desmotivados, arruinados, humilhados, mas sempre arrogantes, vaidosos, invejosos.. quero mais é o circo azul pegando fogo, e os bombeiros jogando gasolina pra apagar as chamas!
      – Não se pode sentir dó, compaixão ou empatia por quem já declarou ter comprado literalmente arbitragens.. daí vfica fácil conquistar títulos, mesmo suspeitos!
      – #jacompraramarbitragens