Foto: José Tramontin/athletico.com.br
No Diário do Aço, de Ipatinga, a coluna do Fernando Rocha, que começa falando sobre Vitor Roque, vendido por uma fortuna ao Barcelona:
“O timotense Vitor Roque, aos 18 anos, garantiu sua independência econômica e de toda a família, com esta transferência para o Barcelona. Pelo que se sabe, a transação foi selada pelo Athlético(PR) com o clube catalão por 74 milhões de euros (cerca de R$ 395 milhões), entre fixo, bônus e impostos. O contrato tem cinco anos, com a possibilidade de renovação por mais um. O América tem 15% e o Cruzeiro também vai levar uma pequena beirada, por ser clube formador do jovem atacante. Este foi o grande erro até agora da SAF/Cruzeiro, que não acreditou no potencial do garoto, além de não perceber o olho grande de muita gente, sobretudo do atual diretor de futebol do Furacão, Alexandre Mattos, que sabia da situação contratual do atleta e aplicou no ex-clube o famoso “Perdeu Mané!”.”
Novo vexame
Passou batido para muita gente, mas no último sábado se completou mais um aniversário, agora de nove anos, do maior vexame já visto na história gloriosa da nossa seleção brasileira.
No dia do “7 a 1” para a Alemanha, que valeu a desclassificação na semi-final da Copa de 2014, disputada na nossa casa, o treinador protagonista daquele time não esteve no banco de reservas do Mineirão, pelo simples fato de ter sido expulso na última rodada por reclamação e estava suspenso.
Luiz Felipe Scolari, Felipão, atual técnico do Galo, deixou no seu lugar o auxiliar, Carlos Pracidelli, que comandou um time débil, muito parecido com aquela Seleção do “7 a 1”: frágil na defesa, confuso no meio de campo e incompetente no ataque.
Sem Hulk, que representa uma exceção neste atual elenco, o Galo foi uma presa fácil para o Corínthians, um dos piores times da atual disputa, sendo que desta vez a velha e esfarrapada desculpa do “não tivemos tempo para treinar”, não pode ser usada pela comissão técnica e os jogadores, pois todos tiveram a semana cheia para “trabalhar” na Cidade do Galo.
Mais um vexame, diante da torcida, que já não aguenta mais a apatia e a falta de comprometimento de vários jogadores, que ganham fortunas mensais e não dão o retorno desejado.
Perto do G-4
Com os portões de São Januário fechados e arquibancadas vazias, resultado de uma punição imposta ao Vasco, por conta de tumultos e violência praticados pela sua torcida, o Cruzeiro venceu o time carioca na tarde do último sábado, em jogo de muita força e correria mas fraco tecnicamente.
Importante para a Raposa foi a vitória e os três pontos conquistados, que colocam o time na 9ª posição, distante apenas três pontos do 4º, Fluminense, que tem 24 pontos ganhos.
Por outro lado, o time comandado por Pepa consegue uma distancia confortável e se afasta 10 pontos do Goiás, 17º e primeiro time da zona de rebaixamento. O gol que deu a vitória sobre o Vasco da Gama foi marcado por Filipe Machado, cobrando falta, que é sua especialidade.
Um belo gol que mantém o time celeste como um dos melhores visitantes da disputa: em sete jogos são três vitórias, três empates e apenas uma derrota na primeira rodada contra o Corinthians.
Se os atacantes continuam devendo gols, não tem faltado empenho e dedicação de todos os jogadores, o que deixa o torcedor estrelado contente, a sonhar com uma vaga nas competições continentais do próximo ano, além de cumprir a missão principal que é escapar do rebaixamento.
FIM DE PAPO
- O Botafogo disparou na liderança, agora 10 pontos à frente do vice-líder, Flamengo, com a vitória contundente de 2 x 0 sobre o Gremio, com quase 50 mil torcedores presentes na Arena do tricolor gaúcho. O técnico interino, Claudio Caçapa, ex-zagueiro do Galo, cumpriu muito bem sua tarefa à frente do alvinegro carioca, ao obter três vitórias contra Palmeiras, Vasco e Gremio. O seu grande mérito, conforme ele mesmo disse na coletiva à imprensa do último domingo, foi não mexer no esquema tático que vinha sendo adotado, sob o comando de Luís Castro, que deixou o clube e será substituído por outro técnico português, Bruno Lage, cuja cartilha é a mesma do seu antecessor. Ou seja: o “jabuti” subiu na árvore e dá sinais de que não irá cair tão cedo como se previa.
- No Atlético, o técnico Felipão fez exatamente o contrário do que se vê no Botafogo, pois desmontou imediatamente todo o trabalho tático que havia sido implantado há seis meses pelo argentino Eduardo Coudet. O Galo, que estava no G-4 quando Felipão assumiu, agora é 12º, à frente apenas dos times que lutam para escapar do rebaixamento. Felipão ainda não conseguiu vencer e acumula 2 empates e três derrotas à frente do Galo. Se o ambiente interno dos jogadores melhorou com a sua chegada, o time piorou e não consegue se acertar em campo.
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- “A nova SAF do Galo, se concretizada, não deixa ponto sem nó. Veja o caso do estádio. Seu terreno seria inviável para o simples loteamento e construção de prédios de apartamentos. Liberar uma área verde daquele tamanho, com nascente de água e pássaros em extinção, só seria possível graças ao interesse social da obra. Tal terreno foi “doado” ao estádio do time da cidade. Concluído, será agora entregue ao doador, ao mesmo tempo o vendedor e o comprador do clube do qual se era tão somente “mecenas”. Se os mecenas de Michelangelo fossem os mecenas do Galo, teriam terminado donos do Vaticano e da Igreja Católica”. Fred Melo Paiva, em sua coluna do último domingo no “Estado de Minas”. (Fecha o pano!)
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