Blog do Chico Maia

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Disputa de estratégias entre Milito e Larcamón será tão importante quanto os jogadores em campo

Este clássico marcará o terceiro confronto entre os técnicos Gabriel Milito e Nicolás Larcamón. Cada um tem uma vitória defendendo clubes pelo campeonato do Chile (Foto: Pedro Souza/Atlético)

Minha coluna no BHAZ:

Milito x Larcamón. Treinadores serão tão protagonistas quanto os jogadores nessa final do Mineiro

Ambos argentinos, porém, de escolas distintas, mas certamente iguais numa filosofia bem típica deles: gana, determinação!


Interessante também é que não será o primeiro enfrentamento entre eles. Em 2017 o atual técnico do Cruzeiro dirigia o Antofagasta do Chile, e derrotou o O’Higgins, do Gabriel Milito, por 2 x 0, na casa do O’Higgins. Em 2018 foi a vez de Milito vencer Larcamón: 2 x 1. Ele no O’Higgins, Larcamón no Huachipato. Jogo novamente no Estádio El Teniente, em Rancagua, casa do O’Higgins.


Milito chegou a Belo Horizonte com atos e discurso completamente diferentes da maioria dos técnicos brasileiros. Do aeroporto deu “uma passada” no hotel e foi para o gramado da Cidade do Galo, conhecer os jogadores e iniciar o trabalho. Já anunciando que vai se sentar no banco de reservas e comandar o time nos jogos finais do campeonato.
Na primeira entrevista coletiva, ontem, disse: “Clássico não pode falhar, tem que ganhar”.


Totalmente diferente do antecessor, que tinha fama de motivador, mas que tratou o primeiro jogo contra o Cruzeiro na “casa própria” do Galo, como “apenas mais um jogo”. Perdeu o primeiro e perdeu o segundo, nem aí para o sentimento do torcedor, como se uma partida contra o maior rival fosse como uma qualquer outra. Para ele sim, em fim de carreira, sem mais nenhum objetivo a buscar na profissão, e que iria embora na primeira turbulência, como foi.


Larcamón chegou sob desconfiança, por ser um jovem desconhecido do futebol brasileiro, porém, logo de cara ganhou crédito, pela forma aguerrida do Cruzeiro jogar e aplicação tática dos jogadores.
Com um grupo inferior tecnicamente ao Atlético, ganhou o clássico, na Arena do Galo, no dia três de fevereiro. Deu um baile no Felipão, que antes da partida o cumprimentou no gramado dizendo: “sinta-se em casa”.
A confiança nele passou a ser tão grande que nem a eliminação da Copa do Brasil, 18 dias depois, na primeira rodada, pelo Sousa, da Paraíba, abalou o seu prestígio na Toca da Raposa.


Certamente serão dois ótimos jogos para se assistir, com todos os ingredientes dos grandes clássicos: tensão de ambos os lados, nervos à flor da pele, determinação e até futebol bonito. Este “até”, porque clássicos assim são mais decididos nos erros que nos acertos, em função do nervosismo, ou então, por um lance genial de algum jogador diferenciado ou que faça diferença em algum momento da partida.
Imperdível.

Pena que tenha havido esse acordo idiota de torcida única do mandante. Atestado de impotência, omissão e incompetência dos dirigentes dos clubes, da FMF e das autoridades públicas responsáveis pela segurança, que ao invés de prender e punir os bandidos, punem o cidadão de bem, maioria da população, que não pode exercer o seu direito de ir a um estádio de futebol.


Muitos gols, sem VAR e sem racismo. Amistoso diferente entre Brasil e Espanha

(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Minha coluna no BHAZ:

Minha expectativa maior era quanto a atitude do Vinicius Jr, como capitão da seleção, caso houvesse alguma manifestação racista. Felizmente não houve e ele foi aplaudido efusivamente quando saiu, substituído, aos 25 minutos do segundo tempo.

Outra novidade foi a ausência do VAR, essa invenção que chegou para acabar com as injustiças e furtos no futebol, mas que ainda não atingiu plenamente seus objetivos, principalmente no Brasil.
Boa parte da imprensa brasileira reclamou da arbitragem do português António Nobre. Não vi nada de anormal.


Outro exagero absurdo de muitos: querer comparar Endrick com Pelé! Como dizia o Mestre Rogério Perez: “menos, gente! Muito menos”. Ou, como diz o diamantinense Waldivio Marcos de Almeida: “para com isso gente!”

(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

No mais, as opiniões de três comentaristas do blog sobre a seleção e este amistoso:


Amaury Alkimim – Montes Claros
“Chico e demais amigos! Embora o Brasil já não tenha mais o mesmo futebol de outrora gostei do resultado. Tenho uma opinião diferente da maioria quanto ao Vinícius Júnior, pois o acho apenas um bom jogador que tem mais grife do que futebol. Ele dispara com muita velocidade, mas na hora de finalizar ele embola e quase sempre perde a bola ou não faz nada de muito interessante. A imprensa supervaloriza esse jogador. Tomara que Dorival monte um time bem organizado e operário, pois não temos nenhum jogador acima da média. Torcerei sempre para o nosso BRASIL, mas com os pés no chão.”

Julio César Ramos
“Brasil não foi nada disso contra Inglaterra e menos ainda do que contra Espanha.
Mas parte da imprensa gosta de passar pano.
Como o objetivo é Copa do Mundo, seleção brasileira é azarão.
Nesse amistoso a Espanha deitou.
Sem contar lambança que o goleiro espanhol aprontou. Responsável pelo “triunfo” brasileiro.
Inda mais com o “craque” de confiança do Dorival: Lucas Paquetá! Então tá!
Deveria ser expulso e um outro também.
Mas os penaltis viraram muletas!
E são só amistosos.”

Nivaldo Alves
“O problema do futebol brasileiro é puxa saquismo pró Eixo. Em Wembley, Savinho entrou e jogou muito bem, ajudando na marcação, bom toque de bola e puxando contra ataques, inclusive no último lance, quando o Endrick – novo xodó da imprensa brasileira – perdeu um gol cara a cara. Hoje, sequer foi lembrado. Essa de jogo na Europa sem VAR foi duro de ver!”

(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)


Atualmente, o assunto que gera menos comentários nas mídias envolvendo futebol é seleção brasileira

(FotoRafael Ribeiro/CBF)

Minha coluna no BHAZ:

O bom começo do Dorival Jr., a coragem do Vinícius na luta contra o racismo e jogo de hoje contra a Espanha

Vini Jr com o agasalho “uma só pele, uma só identidade”. A batalha contra o racismo continua (Foto Rafael Ribeiro/CBF)

Atualmente, o assunto que gera menos comentários nas mídias envolvendo futebol é seleção brasileira. Natural. Afinal, há tempos é uma seleção de nascidos no Brasil, mas que não jogam por clubes daqui. Os tempos são outros e a tendência é que esse distanciamento cresça.

A vitória sobre a Inglaterra em Wembley, em seu primeiro jogo à frente da seleção brasileira, foi um prêmio à opção do Dorival pela simplicidade, sem toda aquela pompa e chatice, até na fala, dos tempos do Tite.

O novo comandante da seleção não inventa, segue a cartilha do “feijão com arroz”, dando corda ao talento e à liberdade das novas promessas de ídolos maiores do nosso futebol, como o Vinicius Jr. e o Endrick. Aliás, jogador de 17 anos, pedindo passagem para ser titular da seleção. Nos clubes, a maioria dos treinadores pipoca para dar chances reais a jogadores até mais velhos, como o Alisson (18), no Atlético, que segundo o Felipão, ainda não está preparado.

Dureza!   

O comunicado da CBF sobre este jogo, “além de ser um clássico do futebol mundial, o amistoso (17h30), faz parte da campanha de combate ao racismo promovida pela CBF e pela Federação Espanhola de Futebol. Vítima de uma série de ataques racistas nos últimos anos, o atacante Vinicius Júnior receberá o apoio das duas torcidas…”

Tomara que realmente ele receba o apoio da torcida espanhola porque tem sofrido demais lá em quase todas partidas que faz pelo Real Madri.

Louvável a força e coragem dele para botar a boca no mundo a cada ataque que sofre, por menor que seja. Ele poderia fazer como outros, que simplesmente desprezam os racistas e deixam passar batido. Sofreria menos, mas em compensação não haveria essa mobilização cada vez maior, em todo o mundo contra o racismo.

Vini Jr com o agasalho “uma só pele, uma só identidade”. A batalha contra o racismo continua (FotoRafael Ribeiro/CBF)


Parabéns Atlético, 116; parabéns Alexandre Kalil, 65 anos, hoje também

Minha coluna no BHAZ:

Falar mais o quê pra homenagear o Clube Atlético Mineiro no dia do seu aniversário?
Que Galo é Galo, de tantas alegrias!!!
Até morrer!


Como são infinitos os benfeitores dessa história gigante, começando pela torcida inigualável, passando por jogadores, dirigentes e funcionários, faço um resumo, dos tempos atuais, quando comecei a gostar de futebol, lá pelos sete anos de idade, e quando me tornei repórter setorista do Galo, na Vila Olímpica e Mineirão, aos 16.

Este, o maior time que vi jogar e o privilégio de cobrir, pela Rádio Capital:
João Leite, Cerezo, Osmar Guarnelli, Orlando, Luizinho e Jorge Valença;
Pedrinho, Chicão, Reinaldo, Palhinha e Éder.

Alexandre Kalil em entrevista à Mariana Godoy, na Rede TV em fevereiro de 2017 (Foto: divulgação/RedeTV)

Coincidentemente o seu maior presidente nasceu na mesma data: Alexandre Kalil, que completa hoje, 65 anos.
É até difícil falar que ele foi o maior da história do Galo, porque o pai dele, Elias foi o maior dirigente de futebol que o Brasil já teve. Muito à frente do tempo dele.
Porém, quando ele assumiu o Galo, em 1979, o clube tinha uma situação financeira saudável e um grande time, deixado pelo Walmir Pereira, que considero um dos três melhores presidentes da história do atleticana.


Elias Kalil buscou o lateral direito Orlando, na Caldense, Chicão no São Paulo, Palhinha, no Corinthians e trocou o Paulo Isidoro pelo Éder, que estava no Grêmio. O técnico era o Procópio Cardozo Neto, importantíssimo na montagem dessa máquina de jogar futebol.
Alexandre Kalil assumiu o Galo em 2008, com crise política (o antecessor, Ziza tinha renunciado), três meses de salários atrasados, time correndo risco de rebaixamento no Brasileiro, quase 400 ações trabalhistas e uma dívida colossal.


Teve que tirar o clube do atoleiro e montar um time inteiro, “do goleiro ao ponta esquerda”.
Fiquemos “apenas” em Ronaldinho Gaúcho, como exemplo de audácia e competência, pra contratar e fazê-lo jogar ainda em alto rendimento.
Entregou o clube com a sala de troféus lotada, Libertadores e Copa do Brasil (em cima o Cruzeiro), por exemplo. Um três dos maiores faturamentos em publicidade e direitos televisivos do país e no mapa mundi do futebol.

Elias Kalil (esq.) sendo empossado na presidência do Atlético, com a presença do governador Francelino Pereira (centro). À direita, o antecessor Walmir Pereira, outro grande presidente que o Galo teve. Ao fundo, o saudoso repórter Paulo Rodrigues, na época, da Rádio Inconfidência. (Foto: CAM/acervo)

Durante a entrevista à Mariana Godoy, a produção da Rede TV mostrava fotos de momentos de Alexandre Kalil como presidente do Galo. Como nesta capa da revista Placar, em foto feita pelo Eugênio Sávio

E essa, comemorando com Cuca a conquista da Libertadores, no Mineirão!

E o Chico Pinheiro também prestou homenagem ao Galo e a quem lhe proporcionou tantas alegrias:


Gabriel Milito pode dar certo no Atlético sim. Mas é “sistemático”. Tem que saber mexer com ele!

Gabriel Milito, 43 anos. Foto: Divulgação: twitter/Argentinos Juniors

Minha coluna no BHAZ:

Não tenho dúvidas, que taticamente Milito sabe o que faz. E está na hora de ganhar títulos, coisa que ainda não o fez. O Atlético dá uma oportunidade de ouro a ele: um dos melhores centros de treinamento da América latina e um grupo com ótimos jogadores, faltando lateral direito e um zagueiro.


Gabriel Milito não é um Dudamel, o venezuelano que foi um dos maiores erros da história do Galo. Nem é um Turco Mohhamed, o argentino/mexicano, muito bom de prosa, mas que não tinha competência para dirigir um grande clube brasileiro. Nem se trata de um Felipão, com data de validade vencida.
Foi o zagueiro vitorioso, primeiro no Independiente, da Argentina, e consagrado no Barcelona, mesmo como suplente dos titulares absolutos Piqué e Puyol, de 2009 a 2011. Neste período foi campeão espanhol, da Champions, Mundial de Clubes e essas Supercopas que inventaram nos últimos anos, que valem para os clubes ganharem dinheiro.
Seu treinador era o Pep Guardiola e ele deve ter aprendido muito com ele.


Parou de jogar no Independiente, em 2012. Em 2014 iniciou sua carreira de técnico, no time B do Independiente.
Pavio curto e de personalidade própria, deu uma banana para o presidente do clube argentino, Hugo Moyano, que ia promove-lo ao time principal, mas queria que ele escalasse o centro avante Del Castillo, irmão de Sergio Agüero, de quem ele não gostava como jogador.
O ex-meio-campista, capitão e então presidente do Estudiantes, Sebastián Verón, era fã dele e o contratou para comandar seu time.


Foram 31 jogos, 16 vitórias, nove empates e seis 6 derrotas. Mas, se o Estudiantes estava satisfeito com o trabalho dele, ele não estava satisfeito com a torcida e com os bastidores do clube. Chamou Verón e “chutou o balde”, entregando o cargo, mesmo com o presidente fazendo insistentes apelos pra que ele continuasse.


Passou quase dois anos no O’Higgins, do Chile e retornou à Argentina para fazer um bom trabalho no Argentinos Juniors, com 135 jogos, 58 vitórias, 33 empates e 44 derrotas. Em agosto do ano passado o Cruzeiro tentou acertar com ele para o lugar do português Pepa, mas ele queria ficar um tempo parado e não quis nem ouvir propostas.


Jornalistas argentinos dizem que Milito tem disso: “sistemático”, não precisa mais trabalhar para ganhar a vida e tem estopim curto. Chuta o balde fácil, quando alguma coisa o incomoda.
Com a torcida exigente que tem, o Atlético vai ter que saber mexer com ele.


Emanuel Carneiro questiona: “que mal fez o Marcelo Oliveira para não ter o reconhecimento que merece?”

Fotos de minha autoria

Que prazer rever pessoalmente um dos maiores radialistas da história, empresário da prateleira de cima do setor e um dos melhores comentaristas esportivos do país.


Fui conhecer as instalações da Rádio Light FM 103,9 a atual emissora do Emanuel Carneiro, criada por ele depois que vendeu a Itatiaia para o Rubens Menin.


Entrou no ar em 22 de setembro de 2022 e já está brigando pelos primeiros lugares de audiência na categoria dela: musical e jornalística.


Mineiridade na veia, ao sabor de bolo e broa de fubá, servidos pela Ioiô (Iolanda) tomamos um longo café na bela sala dele, com o saudoso Januário Carneiro nos observando, emoldurado no quadro pendurado na parede atrás do Emanuel.

Irmão mais velho, fundador da Itatiaia, Januário era um gênio da Comunicação, pensava muito à frente do tempo dele e infelizmente se foi quando ainda tinha muito a contribuir com a sua inteligência, aos 66 anos de idade, vítima de infarto, no dia 8 de maio de 1994.


Conversamos sobre tudo, “resolvemos” todos os problemas de Minas e do Brasil, rapidamente, e entramos de sola no assunto futebol, como se estivéssemos na ‘Turma do Bate Bola’, o programa apresentado de segunda a sábado, às 18h03, pelo Emanuel, na Itatiaia.


Assim como eu, ele lamenta que os próprios dirigentes do futebol mineiro não valorizam técnicos, diretores de futebol e até árbitros mineiros. De uns anos para cá, nem brasileiros, como se nós, de Minas, e o país não tivéssemos passado e presente no assunto.
Dois exemplos atualíssimos: lembrei ao Emanuel que, de forma vergonhosa, a Federação Mineira de Futebol, junto com Atlético e Cruzeiro vão trazer árbitro de fora para apitar a final do campeonato mineiro. O América já tinha exigido isso nos jogos contra o Atlético. Diferente dos gaúchos, que mesmo com a rivalidade tão ou mais pesada do Grenal, não aceitam apitadores de outro estado nas finais entre eles. Se valorizam, apesar de brigarem demais entre eles.
E assim, Minas vai perdendo a sua força e protagonismo, no futebol, na política, na economia, enfim…
Ele lembrou de um outro exemplo mais absurdo ainda: nossos principais clubes gastaram e gastam fortunas com treinadores inexpressivos.

O Atlético apostou até num venezuelano para dirigir o time; o Cruzeiro teve Mozart, que nunca dirigiu um clube da prateleira de cima antes; o América teve Marquinhos Santos, Fabián Bustos, enquanto o mineiro Marcelo Oliveira, que só não ganhou a Libertadores e o Mundial de clubes, está de molho desde dezembro de 2020. É difícil entender uma situação dessas!


Vale ressaltar algumas características da personalidade e da vida do Marcelo: simples em tudo; nunca teve lobistas para trabalhar o nome dele; nunca foi ligado a empresários nem “agentes” FIFA para encaixá-lo em clubes; nunca bajulou nenhum dirigente, jornalista ou algum dos novos donos dos clubes de futebol país afora.
Depois que parou de jogar se dedicou a atividades profissionais fora do futebol que lhe deram uma ótima condição de vida. Ficou um tempo fora do mundo da bola e retornou por gostar, não por necessidade.
Não aceita qualquer convite. Recebeu e recebe muitos, porém, só abre mão da vida familiar e de morar em Belo Horizonte, se for para um clube e uma cidade que sejam muito interessantes.
Um profissional correto, bom de serviço, transparente e apaixonado por Minas e por nossa Capital, mas que não serve para Galo, Raposa e Coelho!


No mais, obrigado ao Emanuel Carneiro pelo convite, pelo prazer e honra de desfrutar do papo dele e da turma ótima que o ajuda na Light FM.


Como a Juliana, a secretária, simpatia de pessoa, que está com ele há quase 20 anos, e tanta gente boa, entre locutores, operadores, produtores e administrativos.

Prazer conhecer o programador Robson (centro), responsável pela ótima qualidade do que vai ao ar, e rever o Vicente Campos, conterrâneo, já que ele é de Inhaúma, da ‘grande’ Sete Lagoas, hehehe…


Robinho na cadeia, Daniel Alves ainda não pagou fiança e também continua

Foto: SantosFC

Minha coluna no BHAZ:

Nelson Rodrigues dizia que “dinheiro compra até amor verdadeiro”. A frase pode ser adaptada para a justiça da Espanha, que dá liberdade para condenado por estupro, desde que pague 5,4 milhões de reais, ou 1 milhão de euros, caso do Daniel Alves. A mesma justiça espanhola que dá atenuante se o criminoso alega que estava sob efeito de álcool.


Enquanto isso, no Brasil, a nossa tão mal falada justiça deu um bom exemplo no caso do Robinho. Agiu rápido para prender o ex-atacante, depois de concordar com a justiça da Itália, de que ele deveria cumprir a pena de nove anos aplicada lá, numa penitenciária daqui.
Está em Tremembé, que segundo a imprensa “especializada” é a cadeia dos ricos e famosos no interior de São Paulo.


Antes de ser preso Robinho fez outro papelão ao dizer que sua condenação na Itália se deu porque se trata de um país “racista”. É muita canastrice!
Daniel Alves tinha que pagar a fiança até às 15 horas de Barcelona, mas não pagou a tempo e deverá ficar mais este fim de semana na cadeia.


Curioso é ele não ter esta grana disponível para uma situação dessas. Milionário, mesmo com bens bloqueados, não ter R$ 5,4 milhões?
Um jornalista amigo meu, acostumado a cobrir tramoias de gente graúda, comentou: “Pode ser que além dos bens bloqueados no exterior, também não tem como movimentar no Brasil por outras questões: rolo, pra não chamar a atenção. Esse povo vive fazendo manobras para escapar do Fisco. Por isso, vira e mexe um é pego lá fora”.


Diante de tanta repercussão negativa e pressão popular, Neymar e o pai dele tiraram o corpo fora dessa. Certamente os patrocinadores não queriam mais queimação de filme por tabela. Já tinha dado péssimo exemplo, entrando com os 150 mil euros, depositados antes do julgamento, para reduzir a pena do Daniel pela metade.


Enfim, pelo menos nestes casos do Robinho e Daniel Alves, caiu a história da “justiça dos ‘parças’, dos ‘brothers’, de proteger o amigão, a qualquer custo, mesmo que ele tenha cometido o pior dos crimes.
O mundo do futebol deveria transformar estes casos em exemplos, mostrando que nem uma pessoa famosa fica impune ao praticar tamanha violência contra mulheres.


Diretoria do Atlético não pode errar de novo na contratação de treinador

Milito começou como treinador no Estudiantes de La Plata- em 2015. Passou depois pelo O’Higgins (Chile), Independiente e por último Argentinos Juniors. O Cruzeiro tentou contratá-lo ano passado (Foto Jorge Junes/prensa Arg Jrs milito)

Minha coluna no BHAZ:

Atlético está diante do momento mais importante do ano ao contratar Gabriel Milito ou outro treinador

Este é o momento da diretoria mostrar competência: a escolha de quem vai comandar o time no Brasileiro e Libertadores. Errou ano passado ao desaposentar Felipão, que ficou no caro quase um ano, “jogando” com o nome, com o prestígio de tempos passados. Um ex-técnico em atividade, desatualizado e birrento.


Pelo que tem sido dito, a bola da vez é o argentino Gabriel Alejandro Milito, 43 anos, que foi um bom zagueiro, com vários anos na seleção argentina. Seu maior sucesso como jogador foi no Barcelona, de 2007 a 2011. O Cruzeiro tentou contratá-lo ano passado depois de demitir o português Pepa.


É treinador recente, que ainda não tem títulos no curriculum. Não vejo isso como um problema, já que nem todo treinador começa ganhando. Porém, as colocações do time que mais dirigiu (Argentinos Juniors) no campeonato argentino, Libertadores e Liga da Argentina, não são lá essas coisas: ano passado, eliminado da Copa Argentina nas oitavas de final, eliminado pelo San Martín; eliminado da Copa da Liga Argentina na fase de grupos; eliminado da Libertadores nas oitavas; eliminado pelo Fluminense e terminou em 10º lugar no campeonato argentino.


Em 2022 terminou o campeonato argentino em 8º lugar; saiu da Copa Argentina nas oitavas; eliminado pelo Defensa y Justicia; eliminado na semifinal da Copa da Liga Argentina pelo Tigres. Em 2021, terminou em 14º lugar no campeonato argentino; eliminado na semifinal da Copa Argentina pelo Boca Juniors; eliminado nas oitavas da Libertadores pelo River Plate.


O que vejo como estranha é fala de um jornalista argentino, que segundo a Rádio Itatiaia é biografo do Milito, que teria dito que o Atlético precisará “seduzi-lo” no chamado “projeto esportivo”, já que “a questão financeira fica em segundo plano”.
Uai, que frescura é essa? Quem é Gabriel Milito para fazer uma exigência dessas?
Papo parecido com o do Eduardo Coudet e do venezuelano Dudamel, outros equívocos da diretoria do Atlético na contratação de treinador.


Nada é por acaso: os 44 anos do Ronaldinho Gaúcho, hoje, e a tragédia do Ninho do Urubu

Minha coluna no BHAZ:

Um dos grandes da história chega aos 44 anos hoje: parabéns Ronaldinho Gaúcho (Foto: Bruno CantiniAtletico)

Um dos melhores livros que já li sobre futebol foi o ‘A bola não entra do por acaso’, publicado em 2013, do Ferran Soriano, um dos responsáveis pela revolução administrativa e esportiva que tirou o Barcelona do atoleiro, de 2003 a 2008. Ronaldinho Gaúcho foi contratação dele e ali o Barça começou reencontrar o caminho das grandes conquistas.


Soriano se tornou um dos executivos de futebol mais requisitados do mundo e desde 2012 comanda o City Football Group, braço futebolístico do Abu Dhabi United Group, dos Emirados Árabes. Empresa dona de vários clubes de futebol mundo afora, Manchester City, como o maior e mais famoso. Adquiriu o Bahia em 2022, um dos donos do Girona, atual sensação do futebol espanhol, majoritário do New York City, do Melbourne City, do Montevideo City Torque e sócio minoritário do Yokohama Marinos.
No livro, Ferran Soriano fala da importância fundamental do Ronaldinho na recuperação do Barcelona, situação bem parecida com a importância que ele teve para o Atlético em 2012 e 2013, já quase no fim da carreira.


E impressionante a felicidade do Soriano na escolha do título do livro, já que realmente a bola não entra por caso, pois tudo traduz na competência e visão de quem comanda.
Coincidentemente assisti de ontem para hoje ‘O Ninho: futebol e tragédia’, na Netflix, que em três episódios, conta em detalhes a morte de dez jogadores do juvenil do Flamengo e o drama vivido pelas famílias. E nenhum responsável pelos crimes na cadeia até hoje. Vale demais a pena assistir.
Os rapazes moravam em contêineres, improvisados como moradias, até que os definitivos ficassem prontos em 2018, no suntuoso Ninho do Urubu.


Pois Ronaldinho Gaúcho se concentrava num destes contêineres, quando foi jogar no Flamengo, em 2011. O clube era uma bagunça, devia a todo mundo e num ambiente daqueles não tinha como dar certo. E não deu. Ele teve uma saída complicada, foi marginalizado e quase nenhum clube queria saber dele. “Quase”, porque o Atlético tinha Alexandre Kalil como presidente, que ouviu Cuca, que era amigo do Assis (irmão e mentor do Ronaldinho). Quase 100% da imprensa brasileira chamou Kalil de louco, por apostar naquele “marginal”, “acabado” e etecetera e tal.
O resto da história todo mundo conhece!


Vi o melhor time do Atlético das últimas décadas jogar, o de 1980, cheio de craques incontestáveis como Reinaldo, Cerezo, Luizinho, Éder e Palhinha. Mas o que deu a maior alegria a todos os atleticanos foi o de 2013, comandado pelo Ronaldinho Gaúcho, campeão da Libertadores. Assim como tirou o Barcelona da fila de títulos, mudou o Galo de patamar.
Parabéns a ele pelo aniversário, muita saúde e vida longa. Tem a gratidão eterna da massa atleticana em todo o planeta!
Nada é por acaso!


O Atlético o homenageou em suas redes hoje:
@Atletico


Dia de Ronaldinho Gaúcho! Nesta quinta-feira, o Bruxo completa mais um ano de vida! Com o Manto,
@10Ronaldinho conquistou os históricos títulos da Libertadores e Recopa, e proporcionou inúmeros momentos mágicos pra Massa! Obrigado por tudo, ídolo! AQUI É #GALO!”


A revista eletrônica da Conmebol também o homenageou:
“Ronaldinho Gaúcho: sorriso marcante e espetacular habilidade com a bola na Seleção Brasileira”
O Bruxo estreou com Seleção Brasileira na Copa América™ de 1999.
Ronaldinho marcou uma geração com seu talento, gols e títulos que o levaram a ser considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos.
Quando falamos de Ronaldinho Gaúcho, estamos falando de um dos jogadores que melhor lidava com a bola. Sua habilidade, qualidade inata e visão de jogo fizeram dele um jogador excepcional, sem contar as distinções pessoais e as conquistas coletivas que acumulou ao longo de sua carreira de sucesso.
Brasil chegou à Copa América™ Paraguai 1999 com a ideia de defender o título continental conquistado na edição anterior, realizada na Bolívia em 1997.
A seleção brasileira tinha um elenco repleto de estrelas, como Ronaldo Nazário, Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos. Ao lado desses astros, Ronaldinho Gaúcho, de 19 anos, deu seus primeiros passos na seleção e começou a atrair a atenção mundial…

No ano 2002, Ronaldinho participou da Copa do Mundo da FIFA disputada naquele ano na Coreia e no Japão. Ele jogou seis dos sete jogos disputados pelo Brasil no torneio que levou o país ao quinto título mundial, marcando gols sobre a China na fase de grupos e contra a Inglaterra nas quartas de final.

Ronaldinho também venceu a Libertadores em 2013, quando deu ao Atlético Mineiro sua primeira estrela na competição de clubes mais prestigiada do continente…

https://www.conmebol.com/pt-br/noticias-pt-br-2/a-estreia-e-as-conquistas-de-ronaldinho-na-selecao-brasileira/



E lá se foi o Humberto Alves Pereira, grande atleticano, ex-presidente do Jornal da Cidade

Foto: acervo pessoal, publicada pelo diariodocomercio.com.br

Humberto era um boa prosa, amigo dos amigos, sempre de bem com a vida, mas desses que perdia o amigo mas não perdia a piada, principalmente quando o assunto era futebol e era para zoar os amigos cruzeirenses.

Assumiu o Jornal da Cidade em 1989, um semanário voltado quase que 100% a Belo Horizonte, especializado em economia, veículos principalmente, e o mundo social. Jornal fundado pelo pai dele, Jofre Soares, em 1958.

Com o avanço da tecnologia se tornou o Cidade Conecta, um sucesso eletrônico atualmente, comandado pelo filho, o Humbertinho Alves Pereira Filho, outra figura brilhante, a quem mando os meus sentimentos e à toda a família.

Humberto estava com 74 anos de idade e se travata de um enfisema pulmonar.

O velório está começando agora, na Sala Phoenix do Funeral House – Avenida Afonso Pena, 2.159, Funcionários, de 8 às 14 horas.

Descanse em paz, caro Humberto! Missão cumprida.