Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Resultado da pesquisa por "Lisca Doido"

O que esperar do América de Lisca Doido? Eleito o segundo melhor treinador do Brasil no Brasileiro de 2018

Foto:https://twitter.com/AmericaMG

O América tem duas vitórias (Tupynambás em Juiz de Fora e Uberlândia no Independência) e um empate (Caldense também no Indepa) e entra na “Era Lisca Doido” a partir de agora, em substituição ao Felipe Conceição, que venceu o Palmeiras hoje pelo Campeonato Paulista, em Bragança.

O Coelho quase fechou com o Enderson Moreira, que acredito, teria sido ótimo pelo fato de conhecer bem o clube, gosta de trabalhar com a base. Mas Lisca foi uma boa aquisição e pode fazer um grande trabalho em Minas. Em 2018 ele foi eleito o segundo melhor treinador do Brasileirão, na verdade em terceiro, já que Felipão e Renato Gaúcho empataram em primeiro) com 12,2% dos votos de 106 jogadores da Série A entrevistados pelo portal Uol. Scolari e Renato tiveram 19,8%. Mano Menezes e Odair Hellmann ficaram atrás do Lisca, com 7,5%. Em seguida, Cuca, Dorival Júnior e Tiago Nunes 4,7%, Abel Braga 3,7%, Alberto Valentim e Fábio Carille 2,8%, Tite e Thiago Larghi 1,8%, lembram dele?

Na época foram eleitos também os piores e o ranking foi:

1º Jair Ventura: 14,1%

2º Milton Mendes: 10,3%

3º Celso Roth e Rogério Micale: 5,6%}

4º Marcelo Oliveira e Renato Gaúcho: 4,7%

5º Diego Aguirre e Enderson Moreira: 3,7%

6º Felipe Conceição, Jorginho, Osmar Loss e Marcos Paquetá: 2,8%

7º Levir Culpi, Lisca e Vanderlei Luxemburgo: 1,8%

8º Argel, Carlos Alberto Parreira, Cuca, Fernando Diniz, Guto Ferreira, Joel Santana e Roger Machado: 0,9%

Abstenções: 23,5…

A primeira vez que o trabalho do Lisca me chamou a atenção foi num jogo espetacular em Porto Alegre e escrevi aqui no blog, no dia seis de setembro de 2018:

“A intensidade de um jogo das 11 horas de um domingo no fim de setembro me fez parar diante da TV para ver de quem se tratava. Era jogo do Brasileiro, mas parecia do inglês ou espanhol. O time de camisa branca dava um sufoco danado no listrado de preto e azul. Uai, Grêmio? Sim, e em casa, tomando sufoco do Ceará. Jogaço, vitória gremista, de virada, 3 a 2. A partir daí passei a prestar mais atenção ao trabalho do Lisca “Doido”, que tirou o Ceará da penúltima colocação do campeonato, venceu o Flamengo no Maracanã, Corínthians  e está quase conseguindo tirar o time do rebaixamento.

Era treinador do juvenil do Internacional, quando o Mano Menezes comandava o júnior. O técnico do Cruzeiro e Abel Braga, são os dois colegas de profissão mais admirados por ele, que concedeu ótima entrevista ao “Estadão”:

https://blog.chicomaia.com.br/?s=Lisca+Doido


Felipão e Renato Gaúcho os melhores treinadores do ano; Jair Ventura, o pior. Mas Lisca Doido à frente do Mano Menezes é de lascar!

Mano no programa “Aqui com o Benja” no canal Fox Sports

O Uol entrevistou 106 jogadores da Série A para apontar os melhores e piores, treinadores e árbitros de 2018. Opinião é opinião, igual a preferências. Concorda-se ou lamenta-se, mas, acima de tudo, respeita-se. Já escrevi aqui, logo no início da reação do Ceará, que considero Lisca Doido um bom treinador, possivelmente o melhor entre os “emergentes”, mas daí a colocá-lo como o segundo melhor geral do nosso futebol, é muito. Na votação dos jogadores ele ficou só atrás do Felipão.

Na maioria das vezes a visão de um jogador de futebol é diferente de um jornalista e diferente também do torcedor. Cada um tem um tipo e grau de informações para formar o seu conceito.

Para mim, os melhores técnicos do Brasil, são: Mano Menezes, Tite, Renato Gaúcho, Felipão, Levir Culpi e Cuca. Óbvio que cada um com suas virtudes e falhas, como qualquer profissional de qualquer atividade.

Na lista dos piores, Jair Ventura, que em 2017 era o “queridinho” do Brasil, se despontou como o primeirão este ano. O mesmo Jair que condenou a vinda de treinadores estrangeiros para o Brasil, quando o Flamengo contratou o colombiano Reinaldo Rueda.

O ranking: 1º Felipão e Renato Gaúcho: 19,8%

2º Lisca: 12,2%

3º Mano Menezes e Odair Hellmann: 7,5%

4º Cuca, Dorival Júnior e Tiago Nunes: 4,7%

5º Abel Braga: 3,7%

6º Alberto Valentim e Fábio Carille: 2,8%

7º Tite e Thiago Larghi: 1,8%

8º Diego Aguirre, Pep Guardiola, Rogério Ceni e Zé Ricardo: 0,9% Abstenções: 1,8…

O ranking dos piores:

1º Jair Ventura: 14,1%

2º Milton Mendes: 10,3%

3º Celso Roth e Rogério Micale: 5,6%}

4º Marcelo Oliveira e Renato Gaúcho: 4,7%

5º Diego Aguirre e Enderson Moreira: 3,7%

6º Felipe Conceição, Jorginho, Osmar Loss e Marcos Paquetá: 2,8%

7º Levir Culpi, Lisca e Vanderlei Luxemburgo: 1,8%

8º Argel, Carlos Alberto Parreira, Cuca, Fernando Diniz, Guto Ferreira, Joel Santana e Roger Machado: 0,9%

Abstenções: 23,5…

https://esporte.uol.com.br/reportagens-especiais/pesquisao—futebol-brasileiro—2018/index.htm#campanha-no-corinthians-da-o-titulo-de-pior-treinador-a-jair?cmpid=copiaecola


Lisca Doido é a novidade do returno e hoje o América precisa cumprir com o dever de casa

Lisca Doido, treinador do Ceará, em foto do Diário do Nordeste

Depois de vencer o Flamengo no Rio, o Ceará venceu o Corinthians em Fortaleza e provocou a queda do técnico. Já já muita gente  estará pedindo o técnico Lisca Doido no lugar do Tite na seleção.

E o América precisa vencer o Vasco, no Independência, para não ser ultrapassado por ele e começar a fazer contas contra a zona do rebaixamento.

CLASSIFICAÇÃO PG J V E D GP GC SG %
Internacional 46 23 13 7 3 30 13 17 67
São Paulo 46 23 13 7 3 35 19 16 67
Palmeiras 43 23 12 7 4 35 16 19 62
Flamengo 41 23 12 5 6 33 20 13 59
Grêmio 40 22 11 7 4 29 11 18 61
Atlético-MG 38 23 11 5 7 38 28 10 55
Cruzeiro 32 23 8 8 7 19 19 0 46
Corinthians 30 23 8 6 9 25 20 5 43
Bahia 28 23 7 7 9 24 28 -4 41
10° Santos 27 21 7 6 8 26 23 3 43
11° Atlético-PR 27 22 7 6 9 25 22 3 41
12° Fluminense 27 22 7 6 9 22 27 -5 41
13° América-MG 26 22 7 5 10 22 27 -5 39
14° Botafogo 26 23 6 8 9 21 32 -11 38
15° Vitória 25 22 7 4 11 22 40 -18 38
16° Vasco 24 21 6 6 9 25 32 -7 38
17° Sport 23 23 6 5 12 20 36 -16 33
18° Ceará 23 23 5 8 10 15 25 -10 33
19° Chapecoense 22 22 4 10 8 22 32 -10 33
20° Paraná Clube 16 23 3 7 13 11 29 -18 23

Parabéns Lisca, 48 anos, hoje! Treinador brilhante, que de doido não tem nada

A Fox Sports prestou homenagem, hoje bem cedo, ao técnico do América, a quem considero um dos melhores do país na atualidade. Ainda não tem a grife dos mais badalados do mercado nacional, mas deverá chegar lá, breve. Alguém pode até me chamar de “doido”, mas a forma de escalar o time e as opções táticas dele, têm muito a ver com o Jorge Sampaoli. À primeira vista, passam a impressão de coisa de doido mesmo, mas na maioria das vezes, dá certo, e o placar termina a favor. O argentino se inspirou no início da carreira, principalmente no patrício Marcelo Bielsa, chamado de “El loco”, e reconhecidamente competente. Lisca sempre foi ousado, apesar de se inspirar em treinadores de estilo “conservador”, como o Abel Braga e Mano Menezes, de quem foi contemporâneo no Internacional. Ele dirigia o juvenil e Mano, o profissional.

Parabéns e sucesso na caminhada com o América na busca da vaga na Série A 2021.


Inspirado em Mano Menezes e Abel Braga, Lisca (que de doido não tem nada), caminha para a prateleira de cima dos treinadores

Lisca Doido é o atual técnico do Ceará. Foto: Bruno Aragão/Ceará

A intensidade de um jogo das 11 horas de um domingo no fim de setembro me fez parar diante da TV para ver de quem se tratava. Era jogo do Brasileiro, mas parecia do inglês ou espanhol. O time de camisa branca dava um sufoco danado no listrado de preto e azul. Uai, Grêmio? Sim, e em casa, tomando sufoco do Ceará. Jogaço, vitória gremista, de virada, 3 a 2. A partir daí passei a prestar mais atenção ao trabalho do Lisca “Doido”, que tirou o Ceará da penúltima colocação do campeonato, venceu o Flamengo no Maracanã, Corínthians  e está quase conseguindo tirar o time do rebaixamento.

Era treinador do juvenil do Internacional, quando o Mano Menezes comandava o júnior. O técnico do Cruzeiro e Abel Braga, são os dois colegas de profissão mais admirados por ele, que concedeu ótima entrevista ao “Estadão”:

* “’Meu sonho é me firmar no mercado dos 12 grandes’, afirma Lisca Doido”

Por Renan Cacioli, O Estado de S.Paulo

Nos próximos dias, é capaz de Muricy Ramalho receber um telefonema inesperado. Do outro lado da linha, estará Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca Doido. Recentemente, o agora comentarista esportivo e colunista do Estado durante a Copa disse em um programa de TV que o técnico do Ceará era bom, mas seu jeito não o levaria muito longe. “É muito bom treinador, só tem de acabar com esse negócio de louco”, opinou Muricy.

Não que Lisca não goste da segunda parte do apelido que o tornou personagem querido no futebol, principalmente dos torcedores das equipes que dirige. O problema é ser visto apenas da forma folclórica, pejorativa. “Chamou a atenção, porque o Muricy é um cara renomado e comentou isso. Vou ligar pra ele”, promete.

Alucinado por futebol, mas também por qualquer esporte que esteja passando na televisão e do qual possa tirar conceitos táticos para aplicar no seu trabalho, Lisca, de 46 anos, é do tipo metódico. Diz que acorda às 6h da manhã desde os 10 anos. Em Fortaleza, isso significa correr na praia e dar um mergulho antes de pensar no Ceará, que luta para se manter na Série A do Nacional.

Lisca vive solitário, já que a mulher, Danielle, e as filhas Giovanna, 12 anos, e Antônia, 9, moram em Porto Alegre, cidade onde iniciou a trajetória, treinando as categorias de base do Internacional. Lisca não foi jogador. Nas horas vagas, estuda. Lê, assiste, escuta. E fala, muito, sem freios, como nesta entrevista ao Estado.

Até que ponto ajuda o lado engraçado de ser o Lisca Doido, e até que ponto atrapalha na sua ascensão como treinador?

Depende muito de quem está recebendo a mensagem. Tem o Lisca Doido superpositivo, que as crianças gostam, a torcida tem empatia, que é doido por aquilo que faz, apaixonado pelo trabalho. Mas tem o lado pejorativo. Acompanho os programas, alguns colegas teus que nem conhecem o que acontece, mas o negócio do Doido vira um adjetivo pejorativo.

Tem superstição ou mania?

Sou treinador desde 1990, já ganhei de um jeito, perdi de outro, usando o mesmo tênis, dando ré com o ônibus, três pulinhos… Já foram tantas vitórias e derrotas de tantas maneiras. Em alguns jogos, fico mais agitado. Em outros, dou uma meditada antes, tento relaxar.

Costuma apelar mais ao aspecto emocional ou tático nas preleções?

Depende do momento. Em alguns casos, posso trabalhar mais o emocional. Mas a preleção é o resumo final da preparação para o jogo, da parte tática. É preciso cuidado para o jogador não receber muita informação. A parte mental entra também, dependendo da situação, como quando é necessário acender o botão da competitividade do time. (mais…)


Muita coisa valendo neste Galo x Avaí: vaga na Libertadores pra um; permanência na Série A pra outro; credibilidade do Cuca, credibilidade do Lisca

Hoje, às 16h30, um dos jogos mais importantes do ano para o Atlético, que começou a temporada como candidato a todos os títulos e corre o risco de ostentar só o Mineiro. Vaga na Libertadores 2023 já será motivo de muita comemoração. Fica fora, seria um absurdo, mas o futebol é traiçoeiro quando se comete erros difíceis de se consertar.

Na busca por culpados “estratégicos”, o maior deles é o próprio técnico Cuca, comprovadamente competente para treinar, montar e escalar times, mas instável emocionalmente. A mania que quer sair “por cima”, depois de conquistas, liquidou com os planos e sonhos do Galo em 2022. Não tivesse chutado o balde no fim do ano passado, Cuca teria dado sequência ao trabalho bem feito em 2021 e neste momento a história poderia estar sendo outra.

Por outro lado, a diretoria apostou num técnico que estava “aposentado”, que não conhecia e ainda não conhece o futebol brasileiro e deu no que deu. Apostou no retorno do Cuca, que chegou como salvador da pátria, mas todos sabemos também que ele leva tempo para arrumar os times que dirige. Voltou, encontrou quase o mesmo grupo, mas o ambiente era outro, com divisões internas pelos mais variados motivos. E corrigir isso também leva muito tempo. O Atlético patina no Campeonato e precisa pensar já na próxima temporada, para perdê-la de novo, como perdeu este ano.

E aí? Apostar no Cuca de novo? Ele topa pra valer? Ou vai deixar o clube na mão novamente, por alguma motivo “familiar”, “pessoal”, “lugar do Tite”, “proposta irrecusável”, ou etecetera e tal?

Difícil, mas a diretoria está lá para mostrar competência e resolver. É com ela.

O Avaí luta contra o rebaixamento. Contratou Lisca, que está fazendo tudo para voltar a ser mais conhecido como “Doido”, ou “Mala”, “Chato” e por aí vai. Também, reconhecidamente como muito bom treinador, sabe montar e dirigir seus times, mas instável fora de campo, fala demais, comete absurdos como fez com o Sport Recife. Não por aceitar a proposta do Santos, mas por mentir sobre os motivos da sua saída poucos dias depois de chegar a Recife, naquele circo todo que ele aprontou. O futebol “comercial” como atualmente é, não está aceitando mais este tipo de comportamento.

Certamente teremos um belo jogo esta tarde na belíssima Florianópolis. Dois treinadores em suas respectivas provas de fogo, precisando ganhar. Vão para cima um do outro.


Alerta feito por Lisca como garoto propaganda valeu pra ele mesmo: já caiu no Vasco!

Depois de sete derrotas, quatro vitórias e um empate, Lisca se despediu do Vasco na tarde desta quarta-feira. Numa frase usada como personagem da propaganda dos cursos técnicos do governo de Minas, ele dizia que a formação técnica era emprego mais garantido que de técnico de futebol. E ele durou muito pouco no clube carioca. No dia 25 de agosto, o colunista Leandro Mazzini do jornal Tribuna, de Juiz de Fora, deu mais detalhes sobre a atuação de Lisca como garoto propaganda:

* “Doido não é”

Por Leandro Mazzini

Luiz Carlos Cirne Lorenzi, o “Lisca Doido”, ex-técnico do América mineiro e hoje no Vasco da Gama, de doido só tem o apelido. Deixou saudade na torcida em Belo Horizonte, mas pelo visto também no coração do Governo de Minas, que o contratou para uma cara campanha de TV ao custo total de R$ 6,5 milhões. Lisca aparece nas telas dando dicas para o programa ‘Trilhas de Futuro’, da Secretaria de Educação. Segundo a assessoria do Governo, Lisca “foi convidado a participar da ação, mostrando que os cursos técnicos do Governo de Minas proporcionam empregos que duram muito mais tempo que o de técnico de futebol” (pelo notório no América, sim).

Cachê misterioso

A campanha feita por uma agência contratada pelo Governo, que não informou à reportagem qual foi o cachê do treinador.

https://tribunademinas.com.br/colunas/esplanada/25-08-2021/doido-nao-e.html

No SuperFC, detalhes da passagem dele pelo Vasco:

“Após dois meses no time, técnico Lisca é demitido pelo Vasco”

Treinador chegou ao clube carioca em julho deste ano, após passagem duradoura pelo América

O Vasco anucniou na tarde desta quarta-feira (8), a demissão do técnico Lisca. O treinador, que chegou ao clube em julho, se despede do comando da equipe carioca após exatos 50 dias.  A queda de Lisca ocorre dois após a derrota por 3 a 1 para o Avaí, pela 23ª rodada da Série B do Brasileirão. (mais…)


Cuca x Lisca. No confronto destes sulistas, o título deverá ficar com o melhor estrategista nos momentos cruciais da final

Foto/montagem www.esportenewsmundo.com.br

Atlético e América vão decidir o Campeonato Mineiro em dois jogos e uma disputa à parte fora das quatro linhas, entre treinadores, ambos do Sul do país, de gerações diferentes, porém da mesma escola, a gaúcha. O curitibano Cuca, 57 anos de idade, se destacou inicialmente como atacante do Grêmio e rodou o país jogando em vários estados, trabalhando com técnicos dos mais variados estilos. Como treinador, iniciou a carreira no Uberlândia, em 1998.

Lisca está com 48 anos, nasceu em Porto Alegre, nunca foi jogador, mas sempre foi um estudioso do futebol. Como técnico, começou nas categorias de base do Internacional e depois São Paulo. Nos profissionais, a primeira experiência foi comandando o Brasil de Pelotas. Rodou quase todo o país, com trabalhos mais destacados no Nordeste, até chegar ao América, onde encontrou ambiente e estrutura para desenvolver um trabalho de maior profundidade. Deu retorno ao Coelho e está obtendo um reconhecimento nacional que até então não obtivera.

Lisca e América formaram uma parceria que deu certo, tanto que ele recusou propostas de clubes mais famosos, para dar sequência ao que tem feito no Coelho. Graças ao trabalho dele e à retaguarda americana, deixou de ser tratado pela mídia nacional como “Lisca Doido”, para ser reconhecido como Lisca “estrategista”, e apenas às vezes, “doido”, quando chuta a lata das arbitragens, do VAR, dos adversários e por aí vai.

Comparando os elencos, o Atlético tem jogadores consagrados, famosos internacionalmente, porém, o América tem, além de muito bons, em quase todas as posições, uma turma mais jovem, e um banco que responde melhor, quando o treinador precisa mexer. Ambos os técnicos gostam de atacar. Acredito que o título será do melhor estrategista. O que mexer melhor nos momentos cruciais de cada jogo. Contra o Cruzeiro, Lisca pôs o Felipe Conceição no bolso. Vamos ver como será neste confronto com o Cuca.


De contrato renovado e na expectativa de ser campeão, ótima entrevista do Lisca

Foto: Mourão Panda/América

Que o ataque volte a fazer gols, que o time todo volte a jogar determinado e solidário esta noite, 21h30, contra o Avaí, no Independência. Precisa vencer bem, por placar que o mantenha na frente em número de gols que a Chapecoense, que jogará em casa, no mesmo horário, contra o Confiança. Em caso de empate em todos os primeiros critérios, o título vai para quem tiver menos cartões vermelhos, depois amarelos e até sorteio.

O técnico Lisca bateu um papo muito legal com o Guilherme Frossard, no Globoesporte.com. Entrevista longa, mas vale demais a pena ler ou assistir:

* “Muito Lisca, pouco Doido”

Técnico supera personagem e alcança novo patamar com o América-MG: “Chegou a hora de ganhar seis dígitos”

Era um sábado de lazer na casa da família De Lorenzi, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Como um bom gaúcho, Lisca assava uma carne na companhia da esposa Danielle, das filhas Giovanna e Antônia, da mãe Ana Maria, do irmão Jorge, do sobrinho Matheus e do auxiliar Márcio Hann. Recebeu o ge para um bate-papo, não sem antes oferecer o churrasco que comprou após indicação do goleiro Everson, do Atlético-MG, um dos vários amigos que fez no futebol.

Na televisão, duelo de dois times de meio de tabela no Campeonato Inglês, sucedido por um jogo de mesmo nível do Espanhol. Quando questionado sobre quanto acompanha futebol, Lisca diz que assiste oito jogos por semana. Minutos depois, informalmente, Dani denuncia: o marido fez conta errada, e, às vezes, são oito em um só dia.

Carne de primeira na churrasqueira, piscina grande para as crianças, campinho para bater bola, conforto para a família. A casa é de alto padrão, mas não foi esse o padrão de sempre. Apesar de vir de família “abastada”, como ele mesmo define, Lisca faz questão de destacar que nunca morou em um lugar assim.

Saiu de casa muito cedo, aos 17, e nunca teve dinheiro fácil dado pelos pais – Paulo Roberto, o pai, veterinário; Ana Maria, a mãe, cerimonialista. Teve que correr atrás. E, após trinta anos de futebol, entende que está pronto para alcançar um novo patamar. “Chegou a hora de ganhar seis dígitos”, brinca.

Na temporada em que chegou à semifinal da Copa do Brasil, o América-MG anunciou na última quarta-feira a renovação com o treinador até o fim de 2021. Se cumprir todo o contrato, Lisca alcançará o trabalho mais longevo de sua carreira. Antes de pensar no futuro, porém, o técnico pode “encerrar 2020” nesta sexta com o título mais importante da vida dele no futebol, a Série B pelo Coelho.

No passado, centroavante

Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi tem o esporte no DNA. Lisca é bisneto de Carlos de Lorenzi e neto de Jorge de Lorenzi – ambos foram goleiros do Internacional. Na infância e adolescência, era esportista convicto. Jogou vôlei, basquete, nadou, foi surfista e, claro, jogou futebol. Chegou até os juniores do Colorado.

– Eu era um jogador bem cerebral. Aquele centroavante que saía para articular, organizar, eu já tinha essa compreensão tática do jogo. Acho que se tivesse investido um pouco mais eu teria condição de ter feito uma boa carreira.

Não investiu tanto. Aos 17, ao terminar o segundo grau, optou pela faculdade de educação física. E teve o privilégio que pouquíssimos estudantes têm: conseguiu um estágio, já no futebol, antes mesmo de pisar na sala de aula pela primeira vez.

– Meu ex-treinador de natação dava aula nas escolinhas do Inter. E ele ficou sabendo, através do meu pai (que eu faria Educação Física). Ele me ligou e perguntou: “Você não quer fazer um estágio aqui?”. Isso antes de eu começar a faculdade. Eu tinha 17 anos.

Depois do estágio, foi contratado pelo Inter em 1989, quando já cursava Educação Física. Foi monitor das escolinhas de futebol do clube, começando a trabalhar com garotos de 11 anos. (mais…)


A relação custo/benefício dos três principais treinadores de Minas II: Lisca alça voo no América

A primeira vez que o trabalho do Lisca despertou a atenção foi no Brasileiro de 2018, quando ele dirigia o Ceará e fez um jogo memorável contra o Grêmio, em Porto Alegre. Na época escrevi aqui no blog: “A intensidade de um jogo das 11 horas de um domingo no fim de setembro me fez parar diante da TV para ver de quem se tratava. Era jogo do Brasileiro, mas parecia do inglês ou espanhol. O time de camisa branca dava um sufoco danado no listrado de preto e azul. Uai, Grêmio? Sim, e em casa, tomando sufoco do Ceará. Jogaço, vitória gremista, de virada, 3 a 2. A partir daí passei a prestar mais atenção ao trabalho do Lisca “Doido”, que tirou o Ceará da penúltima colocação do campeonato, venceu o Flamengo no Maracanã, Corínthians  e está quase conseguindo tirar o time do rebaixamento.

Era treinador do juvenil do Internacional, quando o Mano Menezes comandava o júnior. O técnico do Cruzeiro e Abel Braga, são os dois colegas de profissão mais admirados por ele…”

Posteriormente escrevi sobre outras vezes, inclusive em dois de fevereiro deste ano, quando foi anunciado pelo América: “… Lisca foi uma boa aquisição e pode fazer um grande trabalho em Minas. Sempre foi ousado, apesar de se inspirar em treinadores de estilo “conservador”, como o Abel e Mano….

… Naquele mesmo 2018 ele foi eleito o segundo melhor treinador do Brasileirão, na verdade em terceiro, já que Felipão e Renato Gaúcho empataram em primeiro) com 12,2% dos votos de 106 jogadores da Série A entrevistados pelo portal Uol. Scolari e Renato tiveram 19,8%. Mano Menezes e Odair Hellmann ficaram atrás do Lisca, com 7,5%. Em seguida, Cuca, Dorival Júnior e Tiago Nunes 4,7%, Abel Braga 3,7%, Alberto Valentim e Fábio Carille 2,8%, Tite e Thiago Larghi 1,8%, lembram dele?…”

Pois é! O tempo passou e Lisca só cresceu como treinador, cujo trabalho está sendo coroado nesta ótima campanha do Coelho, com chances gigantes de se classificar para a Série A 2021.

O América é o time mineiro que mais dá prazer ver jogar, elogiado pela imprensa de todo o Brasil. Cheio de opções ofensivas, jogadas trabalhadas, futebol solidário em sintonia quase perfeita entre os sistemas defensivo e ofensivo. Mostra disciplina técnica e tática, o que demonstra que o treinador tem o controle do grupo, apesar de ainda não ser um medalhão nacional ou mundial, como os colegas dele em Belo Horizonte.

Enquanto Felipão está iniciando o fim da trajetória como treinador e Sampaoli estabilizado, já no auge; Lisca é o ascendente que mais evolui, com sustentabilidade, diferente de tantos outros que passaram feito um cometa ou se revelaram “foguetes molhados”, mesmo tendo oportunidades em clubes da Série A e muito mais endinheirados que o América.

Além do mais, é desses que conversa, troca ideias com quem pode acrescentar alguma coisa ao trabalho dele e do clube, sem estrelismos, se arrogância.

Não tenho dúvidas em dizer que o comandante americano é o de melhor relação custo/benefício atualmente mp futebol brasileiro. Em Minas, nem se fala!