Blog do Chico Maia

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“Pompas e circunstâncias”! A chegada de Matheus Pereira ao Cruzeiro e o que esperar do suposto reforço

Foto: twitter.com/Alhilal_EN

Dizem os dicionários que a expressão “pompas e circunstâncias” significa “de modo requintado e de acordo com a etiqueta”. Também é o título de uma marcha composta para orquestra pelo britânico Edward Elgar (1857-1934), cujo título é inspirado num trecho do terceiro ato de Otelo de Shakespeare. Aliás, bem famosa e vale a pena ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=buISDilVfM0&list=RDbuISDilVfM0&index=1

Este lero-lero todo para dizer que é assim que as competentes drietorias de marketing dos clubes brasileiros tratam qualquer contratação, de jogador, executivo de futebol ou membros de comissão técnica. Vendem a figura como se fosse o “maior do mundo”, e que o sujeito optou pelo clube porque sempre foi “um sonho antigo” de vestir essa camisa e bla,bla,bla…

E a imprensa, em grande parte, cordeira ou amansada (na maioria das vezes as duas coisas), aceita tudo de bom grado e repassa ao torcedor. Este, “apaixonado”, acredita piamente e vai pro estádio ou se senta diante da TV, esperando um grande retorno daquele jogador ou “professor”, que custou os olhos da cara e que “dizem” sem bom demais da conta.

De cara, a “estrela” em questão até costuma mostrar algum serviço, mas daí a pouco cai no lugar comum e o resultado, na sequência é nulo ou quase isso, não justificando o investimento e nem as “pompas e circunstâncias” da promoção do marketing e da “mídia especializada”. E como tem especialista, agora, principalmente nas redes sociais.

Em Minas, o caso atual é do Matheus Pereira, novo contratado do Cruzeiro, cuja aquisição vem sendo tratada pelo marketing cinco estrelas e pela imprensa, como o feito do ano. A chegada do salvador da pátria.

Quando ouvi a manchete sobre ele a primeira vez, pensei se tratar de algum ex-Manchester, Real Madri, Barcelona ou Bayern de Munique. Liguei para alguns companheiros mais atualizados com o futebol europeu e nenhum deles tinha “certeza” de quem se tratava.

Recorri ao “São Google” e veio uma chuva de informações e a satisfação de saber que é mineiro, da Capital, descoberto jogando lá no Filadelfia e depois Democrata da nossa querida Governador Valadares, por um olheiro bom de serviço do Sporting de Portugal, que o levou para Lisboa em 2010. Promovido pelo Jorge de Jesus ao profissional (interessante, hein!?), depois emprestado ao Chaves, também de Portugual, e de lá para o Nurenberg (Alemanha) e depois para o West Bromwich Albion, da segunda divisão inglesa. Lá, se destacou como um dos mais importantes do time no acesso à primeira divisão, fazendo 43 jogos, oito gols, 20 assistências. Com isso, despertou o interesse do Al-Hilal (Arábia Saudita), que contratou em 2021. Ficou lá até janeiro deste ano, quando foi contratado pelo Al-Wahda (Emirados Árabes Unidos), onde fez 18 partidas e marcou um gol.

Está com 27 anos de idade e chega como a grande esperança de resolver o maior problema do Cruzeiro no momento que é a marcação gols. Vai ganhar um pouco mais de R$ 1 milhão por mês. Isso, 1 milhão de reais, de acordo com o site da Itatiaia: “o salário de Pereira no país árabe supera os R$ 2 milhões por mês. O Cruzeiro, em um esforço enorme, mas sem fazer loucuras saindo do seu orçamento, aceitaria pagar pouco mais da metade disso, segundo informações da reportagem…”

Nota-se que a SAF Cruzeiro está com mais dinheiro do que se imagina.

Muito a favor do Matheus Pereira, uma twittada de alguém que o viu jogar de perto na difícil liga da Inglaterra. Marcelo Courrege, correspondente da Globo na Europa, que mora lá, e disse escreveu o seguinte: @MarceloCourrege:

* “Obviamente, não vi as temporadas do Matheus no Al Hilal… Mas acompanhei de perto os anos dele no West Bromwich. Jogava muito! Meia passador clássico, grande batedor de faltas, perna esquerda enjoada. @Cruzeiro acertou muito nessa contratação.”

Foto: @Cruzeiro/@marcoferraz85

***

Como dizia o Adilson Batista, “vamos aguaaardaaarrr”!

Se os gols saírem aos borbotões e o Cruzeiro passar a aproveitar as tantas oportunidades perdidas, um reforço de verdade, “negoção”. Caso contrário, mais uma contratação equivocada.

O resto é perfumaria!


A gingada do Vitor Roque e razões do Felipão para cravar que acabaram com o futebol de verdade

O VAR está sendo a “tampa do caixão”, mas uma série de medidas adotadas pela FIFA e autoridades públicas vão tirando a graça da maior paixão nacional. “Arenas”, “padrão FIFA” que enveloparam e encheram os estádios de frescuras; fim da “geral”, que garantia ingressos baratos e dava oportunidade de quem ganha pouco ir aos jogos; proibição da entrada de bandeiras com mastros; proibição até dos radinhos de pilhas; tratamento de gente a bandidos que se organizam em torcidas, garantindo a violência sem fim, etecetera e tal…

Vamos à frase do Felipão após a derrota do Galo para o Grêmio, sábado: “Infelizmente não existe mais futebol no Brasil. O termo futebol não existe mais. Futebol não existe mais. Acabou o assunto, é a minha opinião. Bola ao cesto, bola quadrada. Futebol, não”.

Importante lembrar que o Atlético também já foi beneficiado por erro grave do VAR, contra o Palmeiras, por exemplo. quando aquele golaço de bicicleta do Rony, foi anulado, no Mineirão.

A tecnologia que funciona tão bem em outros esportes, realmente, no futebol não está funcionando no Brasil. Constantemente algum absurdo tem sido praticado pelo VAR e por consequência pela arbitragem. Nem falemos da demora para se definir os lances, que esfria os jogos e mata o torcedor de raiva. Os excessos em determinadas marcações, a falta de critério dos árbitros para chamar ou não a ajuda das câmeras e por aí vai.

O gol anulado do Alan Kardec ontra o Grêmio foi um exagero, uma ducha de água fria em quem gosta de futebol. Porém, se o mesmo critério tivesse sido usado no jogo Vasco 0 x 2 Athletico/PR, o mundo do futebol teria sido privado de uma das mais belas jogadas dos últimos anos, pois não seria repetida por nenhuma TV. Aos 30 minutos, Vitor Roque (ex-América e Cruzeiro) invadiu a área pela esquerda, deu uma ciscada, daquelas que entortam os defensores, pra cima do zagueiro Zé Vitor e foi derrubado. Pênalti incontestável. Fez lembrar Garrincha, Jairzinho, Joãozinho, Ronaldinho Gaúcho e outros gênios da bola. Quando o Vitor Bueno pegou a bola para bater, o árbitro mineiro Paulo Cesar Zanovelli mandou esperar, porque foi chamado pela turma do VAR que pensou que o Vitor Roque poderia estar impedido quando recebeu o belíssimo lançamento que originou a jogada.

Felizmente, as tais linhas que determinam se um pedaço da camisa, do cotovelo, do tornozelo, da unha do pé de alguém estavam juntas, e o VAR então confirmou que não houve impedimento.

Coisa de doido, que dá razão ao Felipão. O futebol de verdade está dando lugar a um circo ruim, ridículo.

Neste caso específico, a maioria dos editores de imagens das TVs também contribui para atrapalhar: só mostram a cobrança do pênalti. Não mostram a jogada.

E vida que segue!


No dia dos 10 anos da conquista da Libertadores, uma entrevista sensacional do Alexandre Kalil, ao Ge

Foto:  ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg

Parabéns ao Fred Ribeiro, Guilherme Frossard e Pedro Spinelli pelo excelente trabalho nessa conversa com o maior presidente da história do Atlético. Tantas histórias, de tantos detalhes até a chegada ao título, que ao terminar a leitura fica aquela sensação de frustração em saber que dificilmente o Galo terá outros Kalil, Ronaldinho Gaúcho e essa geração fantástica que deu a maior alegria de todos os atleticanos na história.

* “Atlético-MG: a toalha, a profecia e o “delay” de Alexandre Kalil no título da Libertadores há exatos 10 anos”

Título do Galo completa uma década nesta segunda-feira e aquece memória do ex-presidente

Há 10 anos, uma bola bateu na trave e explodiu a vida do Atlético, na conquista do maior título esportivo do clube. Aquele barulho histórico, entretanto, foi visto com alguns segundos de atraso – o famoso delay – pelo então presidente do clube, Alexandre Kalil. Ele acompanhou a decisão da Libertadores de 2013 dentro do vestiário do Galo, no Mineirão.

É um passado presente todos os dias no apartamento do nono andar de um prédio no bairro de Lourdes (o mesmo onde está a sede do Galo). Em sua casa, Kalil, hoje com 64 anos, recebeu o ge para relembrar aquela conquista da virada do dia 24 para 25 de julho de 2013. Justamente um dos maiores símbolos da conquista, justamente a bola que bateu na trave de Victor, está na memorabília de Kalil.

“Aquele dia foi um acúmulo de emoções para chegar no ápice. Acho que só caiu a ficha quando entrei no gramado Mineirão. Porque eu estava lá embaixo (no vestiário). Quando entrei no Mineirão, eu senti o tamanho da festa e o tamanho da emoção que eu ia sentir.”

Logo na entrada do apartamento, réplicas de tamanhos reais do troféu da Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014, no crepúsculo da sua administração, iniciada em outubro de 2008. A taça original da conquista, inclusive dormiu com Kalil. Em um cômodo separado das salas de TV e de estar, há uma espécie de museu do Galo, ou de museu de Alexandre Kalil no Galo. Com referências ao seu pai, Elias Kalil, ex-mandatário entre 1980 e 1985.

Entretanto, há um objeto que não dialoga com o restante da decoração, ao menos visualmente. Mas é ele quem será o condutor do bate-papo no estilo “túnel do tempo” para a Libertadores de 2013. Trata-se de uma toalha de rosto rosa, devidamente esticada e enquadrada. Posição de destaque, ao lado da camisa de Ronaldinho Gaúcho devidamente preparada para a sua coletiva de despedida, em 2014.

Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois. Na entrevista, Alexandre cita várias vezes Elias Kalil. Falecido em 1993, o ex-dirigente do Galo chegou a profetizar, em 1983, logo após a conquista do hexacampeonato mineiro: “Agora que atingimos hexa, vamos ao Mundial”. Meta cumprida pelo filho, 30 anos depois.

Alexandre Kalil segue tocando seus negócios pessoais, curte as cinco netas, alimenta sua paixão por motocicletas Harley-Davidson e ainda tem no currículo a prefeitura de Belo Horizonte (2017-2022), em dois mandatos. Recentemente, foi alvo de uma CPI (“Abuso de Poder”) na Câmara dos Vereadores.

No relatório final, realizado na sexta-feira, não houve imputação de irregularidades ao ex-chefe do executivo municipal. Um dos temas da CPI foi as contrapartidas da Arena MRV. O estádio, a Liga e até mesmo a votação da SAF do Atlético (aprovada na última quinta, seis dias depois da gravação da entrevista) são outros temas abordados por Kalil.

Alexandre beija a foto do pai, na galeria dos ex-presidentes do Galo na sede de Lourdes. Elias Kalil foi o presidente que modernizou o Atlético e pôs o clube no mapa do futebol mundial com as grandes excursões à Europa nos anos 1980.

LEIA A ENTREVISTA COM ALEXANDRE KALIL

Foto: twitter.com/ppedrospinelli

ge: Qual foi o primeiro pensamento após o título da Libertadores?

Kalil: “Não lembro (…) é muita coisa. Vem um turbilhão. Eu não lembro de nada. É um negócio completamente fora de contexto. Eu não esperava que o Atlético fosse campeão da Libertadores. Eu não esperava quando tudo começou. Isso demora pra gente. Primeiro que eu não estava no ambiente, eu estava solitariamente no vestiário do Mineirão (na final). Eu tive que me incorporar à festa pra começar a sentir. Eu lembro que eu estava com um filho do meu lado, o Felipe (Kalil, médico da Seleção), que é o mais velho, nós nos abraçamos na solidão do vestiário. Ainda mais nesse momento, vestiário fica vazio mesmo. Estava no vestiário com os dois roupeiros e o Felipe. Então, naquele momento, quando a bola explodiu… Antes de a bola explodir, eu escutei o Mineirão explodindo, porque tinha um delay da televisão do vestiário. Eu abracei, nos abraçamos, os roupeiros vieram também. Aí que nos fomos incorporar, sentir a festa.

E por que decidiu ver jogo no vestiário do Mineirão, pela TV?

– Por covardia. Eu estava apavorado. E eu estava com muito medo de perder. Nós tínhamos um 2 a 0 contra. Quem conhece de futebol sabe que dois contra… Então, fui pro vestiário por medo. Apavorado, fiquei lá trancado. O medo é uma coisa que você não compartilha. É tão vergonhoso que você fica sozinho. Meu filho só foi pro vestiário, não porque eu chamei, porque avisaram: ‘Seu pai tá no vestiário’. Deve ter acontecido alguma coisa. Aí, quando ele ficou e nós fizemos um gol, eu falei: ‘Agora você não vai sair. Vai ficar do meu lado’.

Houve algum momento que você teve aquela sensação de “deu merda”? (mais…)


Despropósito: horário especial de trabalho em jogos da seleção brasileira; masculina ou feminina

Ary Borges marcou os dois gols da seleção brasileira na estreia contra o Panamá, no primeiro tempo – Foto: twitter.com/FIFAWWC

***

Bela estreia (especialmente o primeiro tempo, que assisti) da seleção na estreia da Copa feminina na Austrália/Nova Zelândia. Mas, concordo com o Fernando Rocha, que fez essa crítica na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Vale para as duas seleções, em qualquer Copa. Confira este e outros temas abordados por ele:

“Achei um despropósito os decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte, estabelecendo horários especiais para seus respectivos  servidores nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina. Nem mesmo para as partidas da seleção masculina, que tem visibilidade mil vezes maior, acho válido ação semelhante. Quem sai prejudicado como sempre é o cidadão que necessita do serviço público. A instalação de aparelhos de TV nas repartições seria uma boa e simples solução para o caso, mas aqui no Brasil esta cultura de feriados por qualquer motivo ultrapassa todos os limites.”

  • Todo clube quando é vítima de suposto erro de marcação do VAR reage assim como acontece agora com o Galo, contando sempre com o apoio de parte da imprensa bairrista de sua região. Algumas rodadas atrás o Galo foi beneficiado pelo VAR, que anulou um belo gol de Rony do Palmeiras no Mineirão, no entanto não me lembro de algum dirigente alvinegro ter reconhecido publicamente o erro da arbitragem. A orientação é da FIFA e só ela pode mudar o critério de milímetros para marcar impedimentos e anular gols, algo que também acho injusto.

(Fecha o pano!)   (mais…)


Treinador já mostrou que é bom. O elenco é que é muito limitado. A realidade do Cruzeiro

Cruzeirense dos mais participativos, o jornalista Fernando Rocha, ex-Globo, perguntou da derrota de 1 a 0 para o Goiás, no Independência:

@fernandoroch “Queria saber a opinião de vocês depois de mais um jogo sofrível; É o time ou é o técnico? Eu realmente estou estou em dúvida”.

Outro cruzeirense conceituado da imprensa, e da turma mais experiente, Orlando Augusto, ex-Rádio Guarani, TV Alterosa e Rede Minas, praticamente respondeu em seu twitter: “Sabe quando a gente cobra reforços e alguns torcedores dizem que estou torcendo contra, que estou fazendo onda, que está tudo bem? Pois é. O time do Cruzeiro hoje,até agora 30 do segundo tempo levou um banho de bola. Pode até empatar. Mas o futebol foi muito fraco. Deus me livre”.

***

E concordo com o Orlando. O Pepa tira água de pedra deste  grupo. Consegue mais do que todos nós imaginávamos antes de começar o campeonato. Porém, numa disputa longa como essa, elenco “conta do chá” como ele tem, não consegue manter o nível de competitividade das primeiras rodadas.

Foi-se o tempo que em que o peso camisa fazia diferença. Agora, se não tiver time, será engolido pelos adversários. O problema maior é que os departamentos de marketing dos clubes são cada dia mais criativos e sem compromisso com o que vai acontecer com o sentimento do torcedor que acredita em tudo que lhe é passado. Douram pílulas que não merecem ser bronzeadas. E quando a bola rola, cadê futebol? Cadê resultado?

Neste jogo contra o Goiás, duas belas ações de marketing: homenagem ao saudoso Palhinha, que nos deixou segunda-feira, e homenagem ao Filipe Machado.

Palhinha pertence à galeria dos melhores atacantes do futebol brasileiro. Ajudou o Cruzeiro a ser grande como é!

Filipe Machado alcançou uma marca pessoal, de fazer 100 jogos vestindo essa camisa que é forte porque jogadores como Palhinha trabalharam muito para isso.

Mas Filipe Machado ainda não deu ao Cruzeiro os resultados em campo que o clube precisa. Ao homenageá-lo por uma marca pessoal, o marketing passa ao torcedor a falsa impressão de que o rapaz joga muita bola. Além do mais, o que são 100 jogos perto de cinco, dez anos, em que os jogadores ficavam nos grandes clubes em outros tempos?

Outro exemplo: chegou com grande pompa Matheus Pereira, atacante, 27 anos, vindo do Al-Hilal da Arábia Saudita e do Al-Whada, dos Emirados Unidos. Mineiro de Belo Horizonte, despontou no Filadélfia e Democrata de Governador Valadares, visto por um olheiro do Sporting de Portugal em 2010, emprestado ao Chaves de Portugal, depois ao Nuremberg da Alemanha, depois West Bromwich Albion da Inglaterra e de lá para a Arábia.

Do jeito que foi anunciado pelo marketing do Cruzeiro, parecia que tinha jogado nos maiores clubes europeus.

A maioria da imprensa acompanhou o tom do que o marketing da Raposa mandou para ela e repassou para a torcida. Como não me lembrava dele, fui pesquisar.

Vamos ver como será a performance dele quando o Pepa o escalar.

O jogo de hoje? Ah, gol do Goiás aos 27 do primeiro tempo e falta de futebol do Cruzeiro para reagir. Nenhum chute a gol.

E viva Palhinha! @Cruzeiro

Na conquista da Libertadores de 1976, Palhinha foi o artilheiro do Cruzeiro e da competição, com 13 gols marcados.  Ele é um dos 6 jogadores da história do time a fazer 3 ou mais gols em uma única partida da Copa Libertadores. Eternamente ídolo! #PalhinhaEterno

No oitavo jogo sem vencer, sete com Felipão, melhor atuação do Atlético na derrota para o Grêmio

@Atletico/Pedro Souza – Hulk foi muito bem marcado pelo zagueiro Kanneman

Sete  jogos pelo Brasileiro e um pela Libertadores, 1 x 1 com o Libertad. Felipão disse de novo que o time está no caminho certo, que está evoluindo e culpou a arbitragem pela derrota. Exageros à parte, hoje foi a melhor atuação sob o comando dele.

Principalmente no primeiro tempo o Galo foi melhor que o Grêmio. Porém, tomou o gol de forma infantil, aos 10 minutos, quando o gremista Ronald se antecipou à defesa e teve que se abaixar para cabecear. Otávio, Igor Gomes e os zagueiros vacilaram feio.

A partir daí o goleiro Gabriel fez pelo menos três defesas espetaculares, evitando o empate. O segundo tempo foi mais equilibrado, mas com Gabriel trabalhando muito mais que o Everson. Com Hulk muito bem marcado, Pavón foi o maior destaque entre os atacantes. Paulinho fez outra má partida.

Luiz Felipe Scolari fez várias mexidas, mas ao invés de tirar Paulinho, que não estava bem, tirou Pavón. Alisson, que entrou, melhorou o time. Sairam também: Mariano para a entrada do Saravia, Rubens para a entrada do Pedrinho e Igor Gomes para a entrada do Alan Kardec, que marcou de cabeça mas o gol foi anulado pelo VAR.

Anulação muito contestada, inclusive por gente boa da imprensa sem coração atleticano, como o Arnaldo Ribeiro, da Band e TV Cultura, que escreveu: @ArnaldoJRibeiro “VAR no telão tornou a arbitragem brasileira ainda mais caseira . E os caras falavam que essa porcaria traria Justiça. Inocência. Só pode ser isso …”

O VAR tem disso. Questões milimétricas, mas se a FIFA determinou isso, fazer o quê? Cumpra-se. Felipão disse depois da partida que “acabaram com o futebol”.

@Grêmio

O público pagante foi 35.073, presentes: 37.085 para uma renda de R$ 2.685.567,00
Próximos jogos do Galo pelo Brasileiro: Flamengo em Belo Horizonte, São Paulo lá, e Bahia em Belo Horizonte.


Que partida fez o América contra o Flamengo no Maracanã

Direto do Bar do Lair, 55 anos de tradição no Bairro Bethânia em Belo Horizonte, protestam Firmínio e Tymão: “gol no Flamengo, tem que fazer dois pra valer um, e se tiver pênalti contra, esqueça, pois até o VAR dá um jeito de anular”.

***

O Márcio Rezende de Freitas, que foi um grande árbitro, disse na Itatiaia que daria pênalti no Benitez, quando jogo ainda estava 0 a 0.

Mas, vida que segue!

Importante é que o América fez um jogaço, que dá esperanças de que vai sair da zona do rebaixamento. Tem time, o treinador é competente e os jogadores estão mostrando vontade.

Estranheza geral pelos sete minutos de prorrogação determinados pelo árbitro pernambucano Rodrigo Jose Pereira. Se tivesse dado três, estaria de ótimo tamanho. Depois ainda deu mais dois.

Absurdo, apenas 10 pontos até agora no campeonato. Mas, a luta continua. Próximo jogo, Palmeiras, domingo, 30, no Independência às 16 horas.


Copa do Mundo é oportunidade para o futebol feminino brasileiro abrir e ocupar mais espaços no país

Em foto do twitter.com/SelecaoFeminina, Marta e Aline, esperanças da seleção brasileira.

Começou quinta-feira, 20, a Copa do Mundo feminina na Austrália e Nova Zelândia e enquanto escrevia este texto, cinco partidas já tinham sido realizadas: Nova Zelândia 1 x 0 Noruega; Suíça 2 x 0 Filipinas; Espanha 3 x 0 Costa Rica; Austrália 1 x 0 Irlanda e Nigéria 0 x 0 Canadá.

O Brasil estreia segunda-feira, 8 horas, horário nosso, contra o Panamá, em Brisbane/Austrália. Foi lá que a seleção olímpica brasileira foi eliminada dos Jogos de Sydney 2000, com Ronaldinho Gaúcho, Alex Talento e um monte de outros craques, comandados pelo Vanderlei Luxemburgo, que era o treinador mais badalado do país naquela época.

O time de Marta e cia., comandado pela sueca Pia Mariane Sundhage , está no Grupo F, junto com França e Jamaica, que aliás, jogam neste domingo às 7 horas.

O time brasileiro deve passar às oitavas, junto com a França, a partir daí, tudo pode acontecer. Diferentemente do masculino, a seleção feminina está longe de entrar como favorita nesta Copa.

A modalidade vem crescendo muito e rápido. Em 2019 cobri a Copa realizada na França. Foi um sucesso de público, mas a tendência é que esta edição seja melhor ainda. Trabalhando bem os patrocinadores, como sempre, a FIFA deita e rola de arrecadar, dourando bem a pílula para vender seu peixe.

Em termos de Brasil, a CBF força a barra para que todos os clubes montem times e disputem os campeonatos estaduais e nacional. Obrigados, os filiados obedecem, mas se dependesse apenas da vontade deles, a maioria não investiria nada na modalidade. Nem time teriam. O torcedor brasileiro ainda não abraçou o futebol jogado pelas moças, muitas excelentes, que valem a pena assistir e bater palmas. Alguns jogos, nas fases decisivas, levam bons públicos, mas de modo geral, estádios quase vazios.

Para melhorar da água pro vinho o ideal seria que a comunidade escolar de todo o país fosse envolvida, do ginasial às universidades. Foi por aí que os Estados Unidos se tornaram uma das potências mundiais, dentro e fora de campo.

Me lembro que durante a Copa de 1994, lá, a seleção brasileira que viria a ser tetracampeã, contra a Itália, treinava em um campo e num outro ao lado treinavam as meninas da Universidade de Santa Clara, com estrutura de causar inveja em muitos clubes profissionais masculinos nossos.

Assisti uma comentarista da Globonews reclamando que a Marta ganha 175 vezes menos que o Neymar, o equivalente a ela entre os homens. E deu números da Marta, que superam muitos do Neymar e se comparam aos de Pelé. Ora, ora, a cobrança seria lógica se o raciocínio comparasse também os números da audiência e do faturamento de uma e de outra modalidade e categoria. O futebol feminino ainda é quase nada no comparativo da grana que entra no masculino.

Sucesso às meninas da Pia Mariane Sundhage, uma grande treinadora.

O Boulevard Périphérique (anel rodoviário de Paris), passa debaixo do Parque dos Príncipes e tem 35 Km de extensão. O estádio foi o maior palco da Copa feminina de 2019, que aliás, foi um grande sucesso.


A criação da SAF no Brasil e as perspectivas do Atlético com a sua transformação

Foto: @Atletico

Um comentário e uma cobrança aqui no blog, na postagem anterior, me motivaram a voltar ao assunto:

Martens

“O Galo tambem e uma página virada na minha vida, agora sou exAtleticano ex torcedor de futebol !!!”

 

Márcio Luiz45

“Chico, como seu leitor desde o “Hoje em Dia” como colunista (e desde a “Capital” como repórter), gostaria muito de ler a SUA opinião (na visão de jornalista) sobre tudo isso.
Agradeço desde já.”

***

Vamos lá: os empresários que estão assumindo o Atlético são todos muito conhecidos em seus negócios e são atleticanos. Sabem o tamanho da responsabilidade que tomaram para si e sabem também que terão de mostrar no futebol do Atlético, a mesma competência que têm em seus negócios pessoais. O Galo é futebol! O resto é perfumaria.

Em princípio, é estranho mesmo, torcer para uma “empresa”, e entendo o sentimento do atleticano Martens.

Ainda mais no Brasil, onde quase tudo no é na base do “jeitinho”, do “imbondo”.

Na teoria, a criação da Sociedade Anônima do Futebol – SAF – pelo Congresso Nacional, veio para corrigir o absurdo que é, tradicionalmente, a gestão do nosso futebol, desde que se transformou em profissional: uma bandalheira. Clubes, federações e CBF, nenhuma transparência e ninguém sujeito aos ritos da justiça e códigos penal e civil a que qualquer pessoa física ou jurídica está.

Ninguém paga pelos erros administrativos. Nem presidente, nem diretor, nem ninguém. Prestações de contas, na maioria absoluta dos casos, são para “inglês ver”. Os conselhos fiscais são formados por amigos, conselhos deliberatios servem para eleger e reeleger ou não diretorias e para constar nos estatutos que existem.

O Mestre Kafunga dizia que um dirigente quando assumia, dizia que o dinheiro do clube ficaria num bolso e o dinheiro pessoal dele ficaria em outro. Passado algum tempo, o sujeito não sabia mais em qual estava o dinheiro de um e de outro. Ou seja: nenhum controle, honesta ou desonestamente.

Ao se transformar em empresa, teoricamente, o clube passa a se submeter à legislação federal que as regula, inclusive quanto à prestação de contas e fiscalização.

O problema é a forma e velocidade de como estes clubes centenários, de marcas e patrimônios incalculáveis estão sendo entregues a novos “donos’.

Como é tudo muito recente, só com o tempo para dizer se no Brasil isso vai funcionar ou se apenas vamos continuar tapando o sol com a peneira, varrendo a sujeira para debaixo do tapete.

A transformação do Cruzeiro foi rápida demais. O  clube foi entregue ao Ronaldo por um valor incrivelmente baixo. Quase toda a imprensa embarcou naquela do “se não virar SAF, vai fechar”, e fez a cabeça da maioria da torcida. Ai de quem fizesse qualquer observação crítica!

A verdade é que não fecharia coisa nenhuma, porém, como estava na Série B e na mão de dirigentes incompetentes, o nome do Ronaldo surgiu como pedra da salvação, o “salvador da pátria”, e fim de papo.

O Botafogo começou mal dentro de campo, debaixo de muitas críticas, cobranças e desconfianças, sob um dono norte-americano. Mas este ano está surpreendendo a todo mundo, líder disparado do Brasileiro, contra todas as perspectivas. Ninguém tem bola de cristal para dizer com certeza sobre a sequência. Nem teria dado tempo para os efeitos de uma SAF operar este “milagre”. Se for campeão, a transformação será exaltada ao extremo. Se não for, muita gente dirá que foi “fogo de palha”.

No caso do Atlético, situação parecida. Como se endividou de forma absurda nos últimos anos, entrou nessa de que “só a SAF salva”. Entendo que antes, deveria ter havido um esclarecimento melhor desse endividamento e os responsáveis por cada erro que levou a isso. Além de avaliação melhor de quanto valem as marcas Atlético e Galo.

Mas o trator foi passado e não adianta mais ficar aqui fazendo previsões e o que deveria ou não ter sido feito. É torcer para que os donos contratem gente que entenda de futebol e montem times que justifiquem a existência do Clube Atlético Mineiro, que é disputar tudo na parte de cima da tabela.

Começando pelas categorias de base. Não pode o time sub-17, tomar de 7 a 1 do Corinthians no Campeonato Brasileiro, como o ocorrido quarta-feira. É da base que se espera o surgimento de jogadores que mantenham o Galo entre os maiores do país, dentro e fora de campo.


Página virada no Atlético. Aprovada a SAF, Galo é Galo, viva o Galo e bola pra frente!

Foto: @Atlético

Que a história do Clube Atlético Mineiro continue como sempre foi: depois de divergências e muito quebra pau, o mundo alvinegro se une e a vida segue. Que os novos tempos sejam de paixão e muitas glórias!
Alcançados os
273 votos. 75% da SAF pertencerão à Galo Holding, por R$ 913 milhões, junto com 100% da dívida que é de R$ 1,8 bilhão.

Agora é pensar no Grêmio pelo Brasileiro, sábado, 20 horas, em Porto Alegre.

Imagem: Atlético/Divulgação

E o Fred Ribeiro informou no Ge. @fredfrm “O presidente Sérgio Coelho será o CEO do futebol da SAF. Informação confirmada pelo Rubens Menin.”