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Paulo Roberto Pinto Coelho: homenagem a um grande da imprensa que nos deixou hoje

Eu estava no ar, na BHNews TV, e não ouvi a homenagem que o Emanuel Carneiro fez ao agora saudoso Paulo Roberto Pinto Coelho, o “Repórter que sabe de tudo”, que morreu na manhã de hoje, aos 71 anos de idade.

Um recado na caixa de mensagens, do sempre amigo, prestativo e solidário da nossa categoria, Luiz Carlos Alves, informou-me do triste acontecimento.

Às voltas com uma diabates e outros problemas de saúde, lá se foi o grande Paulo Roberto, com quem tive o privilégio de trabalhar e aprender demais. Da profissão e da vida; o que fazer e o que não fazer!

Foi meu chefe na Rádio Capital.

Dentre tantas histórias vividas com ele, uma que sempre conto a futuros colegas ou a turma mais nova que está no jornalismo:

Procópio Cardozo era o técnico do grande time do Atlético no início dos anos 1980.

O Galo se concentrava no “Casarão do Planalto”, na Avenida Portugal.

Era uma quarta-feira, dia um grande jogo pelo Brasileiro, desses que as emissoras punham repórteres de plantão desde cedo nas portas das concentrações dos times.

A Rádio Capital travava uma guerra impressionante pela audiência com a Itatiaia, em todos os horários, mas principalmente no esporte e transmissões esportivas.

Procópio Cardozo proibiu a entrada da imprensa na concentração.

Paulo Roberto fez contato com o nosso carro de reportagem, pelo rádio, já que não existia telefone celular, e disse:

__ Chico, quero a fala do maior número possível de jogadores, para rodarmos no programa das 11 horas, na Resenha e durante a programação da rádio.

Argumentei que ninguém entrava e ninguém saia do “Casarão” naquele dia; que era ordem do Procópio. E o Paulo berrou do outro lado:

__Não quero nem saber; estou mandando você entrevistar os jogadores!

Com 18 anos de idade, recém chegado da Rádio Cultura de Sete Lagoas, tentei argumentar com o chefe que era impossível, e que o portão estava trancado, com seguranças na porta.

__PQP! Você quer ser repórter da Rádio Capital ou quer voltar para Sete Lagoas? Resolva aí do seu jeito e quando você voltar nós conversamos! A escolha é sua!

Ora, ora! Cumpria a ordem ou perdia o emprego. Com a ajuda do motorista do fusca da Rádio, Geraldo Tito Pereira, o “Tatu”, demos a volta no quarteirão, consegui ajuda para escalar o muro, pulei para dentro, para perto de onde os jogadores sempre tomavam café. Com o gravador e um microfone com fio da “unidade móvel” da Capital. Entrevistei Chicão, Fernando Roberto, Palhinha, Heleno, Orlando, Eder e o então supervisor Mussula, que me alertou:

__ Se o Procópio te pega aqui dentro você está ferrado, hein!?

Mal fechou a boca e a fera apareceu gritando, perguntando quem havia autorizado a minha entrada, que eu tinha que respeitar as normas, que aquilo era um desrespeito, que reclamaria com a minha chefia, e…

Não fiquei para ouvir o resto porque joguei o microfone pelo muro, passei o gravador por debaixo do portão e foi a conta de saltar para o lado de fora, correndo do Procópio.

E eu que cobri o América durante três meses, a partir daquele dia fui efetivado na cobertura do Galo.

O Luiz Carlos Alves tem muito mais histórias que eu, principalmente com o Paulo Roberto, seu contemporâneo.

Ele enviou-me cópia de e-mail que mandou hoje para o Carlos Eduardo, um dos filhos do Paulo, e com a autorização dele, repasso aos amigos do blog, nessa homenagem ao saudoso companheiro:

“Carlos,

Muita gente vai lembrar histórias do seu pai. Eu mesmo tenho dezenas delas.

Mas, de todas, a mais importante é que ele está na história do rádio mineiro e brasileiro.

E nada, nem ninguém, vai tirá-lo de lá.

Fui seu colega, chefe e amigo.

Com ele aprendi muito e sempre digo que foi um dos melhores entrevistadores do rádio brasileiro.

Verdadeiro repórter, que perguntava sem receio da reação do entrevistado.

Nunca “perguntava respondendo”, subservientemente, pelo entrevistado, essa coisa pusilânime que muitos fazem em detrimento do interesse do ouvinte ou daquilo que a audiência quer mesmo saber.

Paulo Roberto, um talento natural, veio pronto para o rádio e honrou seus microfones.

Seguem as fotos que lhe prometi e aqui a identificação que a memória me permitiu quanto àquela do Méxio, em 70. Estou mandando para o Chico Maia e para o Kleyton Borges também.

Esses é que fazem e elevam a audiência. Como os que estão na foto de 1970, na sede da Rádio Comerciales de Guadalajara.

Da esquerda para a direita, em pé:

Vilibaldo Alves (Itatiaia), Jorge Marins (operador da Mauá, Rio), Luís Orlando (Mauá), Paulo Roberto (Itatiaia), João Saldanha (Globo), um mexicano, atrás dele Jorge Curi (Globo), na frente Valdir Amaral (Globo), o grande árbitro, escritor e jornalista Pedro Escartin (Fifa), Orlando Batista (Mauá), um mexicano, Flávio Araújo (Bandeirantes) Joseval Peixoto (Pan), Denys Menezes (Globo), Osvaldo Faria (Itatiaia), Roberto Silva (Bandeirantes) e Luiz Carlos Alves. (Itatiaia).

Agachados: Luís Mendes (Globo), Flávio Alcaraz Gomes (Coordenador Geral), Ademir Marques de Menezes (Mauá), um mexicano, outro mexicano e Januário de Oliveria (Mauá).

Essa turma – perdoe-me a falta de modéstia – está na história do melhor rádio brasileiro.”

Obrigado,

LUIZ CARLOS ALVES

PAULOROBERTO3


Precisando de informações sobre o 3G da Claro!

Estou precisando de informações de quem usa muito a internet e possui o 3G da Claro!.

Ontem recebi um telefonema, em pleno domingo, hora do almoço, na roça, de uma gentil funcionária da Claro!

Oferecia um plano espetacular, de preço super convidativo, com a promessa de um 3G “inigualável” no Brasil, que funciona em alta velocidade até no inferno, se for preciso.

Respondi a ela que não acredito em Papai Noel, que tenho um 3G da Vivo, que me atende razoavelmente, porém, que fica lento e me mata de raiva justamente onde eu mais preciso: na minha roça, entre Capim Branco e Sete Lagoas, onde costumo escrever minhas colunas, mas tenho dificuldade para enviá-las.

Boa de serviço, dona de uma lábia ímpar, a gentil vendedora insistiu que a Claro é a única operadora que tem cobertura em todo o “território nacional” e que eu vou me surpreender com este 3G que será enviado a mim dentro de, no máximo, 15 dias.

E mais: depois de receber o modem, terei sete dias para conferir o que ela disse e caso não atenda à minha expectativa, posso devolver, sem qualquer custo.

Como eu já tinha tomado meia garrafa de vinho, resolvi acreditar e a partir de hoje estou aguardando a chegada do 3G milagroso da Claro.

Milgroso sim, porque se funcionar como a moça prometeu, será novidade absoluta, ainda mais pelo valor mensal combinado, bem abaixo do que eu pago à Vivo, que não dá a menor bola a seus clientes.

Estou com ela desde que lançou 3G e nunca recebi nem um cartão de boas festas. Um modem mais moderno de brinde? Nem pensar.

Por isso, se a Claro for melhor mesmo, um abraço para a Vivo, aquela que ocupou o lugar da nossa saudosa e eficiente Telemig Celular. Lembram?

Meu telefone é da Oi, 3G da Vivo e ambos me fazem passar muita raiva. Sempre que cai uma ligação ou conexão, tenho saudade da África do Sul, onde esses serviços são quase perfeitos.

Há lugares onde costumo ir onde a Oi não fala, e fico sem telefone. Funilândia, por exemplo, onde mora a minha irmã Edilse, a menos de 30 Km de Sete Lagoas.

Ano passado eu estava em São Gonçalo do Rio das Pedras (45 Km de Diamantina) e quis postar notas e fotos no blog, mas a Vivo não tem cobertura lá. Já a Oi, tem!

Dessa forma, peço a colaboração de quem tem experiência com o 3G da Claro para que eu já vá me preparando, pois a fama dela, também, não é nada boa.


Empate na classificação final vale jogo-extra em campo neutro

Destacar classificação com apenas duas rodadas do Brasileiro é perda de tempo, porém, serve para esclarecer critérios de desempate em caso de igualdade de pontos e número de vitórias. Além de quantidade de cartões amarelos e vermelhos, os placares dos jogos entre quem estiver empatado também valem, dando vantagem a quem tiver melhor saldo de gols entre ambos nos jogos de ida e volta.

E outro detalhe importante: se for em caso de decisão do título ou briga contra o rebaixamento, é previsto um jogo-extra entre aqueles que estiverem empatados.

A reportagem é do Globo.com:

* Atlético e Vasco: líderes iguais até nos cartões amarelos

Ao fim da segunda rodada, equipes chegam à liderança do Brasileirão com números idênticos em todos os critérios de desempate

O Campeonato Brasileiro mal começou e já deu o tom do equilíbrio que deverá mais uma vez caracterizá-lo. A segunda rodada terminou com dois líderes, empatados em todos os critérios de desempate. Atlético e Vasco estão iguais com seis pontos conquistados e até mesmo na quantidade de cartões amarelos recebidos.

O Atlético venceu por 3 a 0 o Atlético-PR na primeira rodada do Brasileirão, enquanto o Vasco vez 3 a 1 no Ceará. No último sábado, o Galo levou a melhor sobre o Avaí, fazendo 3 a 1. Neste domingo, a equipe cruzmaltina venceu por 3 a 0 o América-MG. Assim, as duas equipes empataram em gols marcados e sofridos, além do saldo, como consequência.

O critério seguinte de desempate seria o número de cartões amarelos recebidos. Mas há igualdade até mesmo nesse quesito, com três para cada lado. Na primeira rodada, Toró foi advertido pelo Atlético, e Diego Rosa e Jéferson pelo Vasco. Na segunda rodada, Patric e Guilherme, do Galo, receberam o amarelo, enquanto o vascaíno Jumar foi advertido.

A situação se repete na parte de baixo da tabela. Cruzeiro e Santos estão iguais até mesmo nos cartões amarelos recebidos – cinco para cada equipe. Assim, eles dividem a 16ª posição.

De acordo com o regulamento do Campeonato Brasileiro, os critérios de desempate são os seguintes, pela ordem:

1 – Maior número de vitórias
2 – Maior saldo de gols
3 – Maior número de gols pró
4 – Confronto direto
5 – Menor número de cartões vermelhos recebidos
6 – Menor número de cartões amarelos recebidos
7 – Sorteio

No entanto, está claro que o título nacional jamais poderia ser decidido na “moedinha”. O regulamento do Brasileirão (capítulo IV, artigo 11, parágrafo 4º) mostra que, na igualdade entre duas equipes em todos os critérios nos casos de luta por título ou contra o rebaixamento, haveria um jogo extra, em campo neutro.

Além disso, dentro do confronto direto, a CBF considera o resultado dos jogos de ida e volta, nos dois turnos do Campeonato Brasileiro. Dessa forma, no caso de igualdade no placar, a decisão sairia pelo maior número de gols marcados na casa do adversário.

* http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/05/atletico-mg-e-vasco-lideres-iguais-ate-nos-cartoes-amarelos.html?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=globoesportecom


Marcos, do Palmeiras, ganha carne de sol do Norte de Minas pela atuação

Sempre gentil com todos, o goleiro foi show de simpatia ontem, depois do jogo contra o Cruzeiro, quando fez uma despedida dos gramados de Minas Gerais, já que encerrará a carreira no fim do ano, e não sabe se estará em campo nos jogos contra Atlético e América.

Ganhou até a tradicionalíssima carne de sol, do Norte de Minas, como melhor em campo, eleito por uma rádio da região.

Infelizmente ainda não consegui saber qual foi a rádio e qual o companheiro que entregou o presente. Quero escrever uma nota sobre isso na coluna de quarta-feira no Super Notícia.

Se alguém souber, por favor, me informe.

A notícia está no portal da Revista Placar:

* Em primeiro adeus a Minas, Marcos é agradado até com carne de sol

Marcos nem precisava da atuação decisiva que teve no empate com o Cruzeiro para se tornar astro em Minas Gerais. Escolhido por boa parte das rádios locais como o melhor da partida, o pentacampeão era aguardado ansiosamente até para receber carne de sol como prêmio por seu desempenho.

Um profissional de uma rádio do norte mineiro esperava o goleiro deixar o campo no qual disputou a provável penúltima partida de sua carreira no Estado para entregar o presente. ‘Minha mulher vai fazer para mim nesta semana’, sorriu o ídolo, em agradecimento.

Último a deixar o gramado na Arena do Jacaré, o camisa 12 palmeirense foi elogiado também por seu característico bom humor para atender todos que queriam entrevistá-lo. Os mineiros eram os mais preocupados em ouvir as palavras do arqueiro chamado de santo que garante estar em sua última temporada como profissional.

Marcos disse sentir esta sensação em todas as viagens que tem feito com o Verdão. E brincou que gostaria de dar adeus aos cruzeirenses. ‘Era um dia para me despedir da torcida do Cruzeiro, mas eu olhava para trás e eles me xingavam demais’, contou.

De qualquer forma, o veterano declarou estar satisfeito pela atuação. Somente lamentou não poder pisar novamente no Mineirão, que continuará fechado para reformas até o final do ano visando a Copa do Mundo de 2014.

‘Sempre gostei muito do Mineirão, apesar de lá sempre ter levado muito sufoco do Galo e do Cruzeiro’, relembrou, elogiando também o estádio em Sete Lagoas.. ‘Mas o Mineirão já era bom e vai ficar bem melhor do que era. A felicidade fica para os jogadores que poderão disputar a Copa no Brasil e os do futuro’, concluiu.

* http://placar.abril.com.br/brasileiro/palmeiras/marcos/noticias/em-primeiro-adeus-a-minas-marcos-e-agradado-ate-com-carne-de-sol.html?utm_source=twitter&utm_medium=microblog&utm_campaign=twitter-abril


Tenso, presidente da Fifa pede mais respeito

Com a desistência do único oposicionista que tinha se candidatado, Joseph Blatter será reeleito presidente depois de amanhã:

Notícia do Super FC:

BLATTER

* Visivelmente tenso, Blatter nega crise na Fifa e pede mais respeito a jornalistas

Nuvens negras pairam sobre a entidade maior do futebol mundial. O clima tenso reflete até mesmo nas expressões do presidente Joseph Blatter, acuado em meio a uma série de denúncias de corrupção no alto escalão da Fifa. Nesta segunda-feira, o suíço concedeu uma entrevista coletiva marcada pela evidente irritação.

Em certo momento, Blatter chegou a falar em tom mais elevado e pediu “respeito” aos repórteres. “Eu aceitei ter uma entrevista coletiva. Por favor, respeito. Respeitem a mim e às regras da entrevista coletiva. Não estamos em um bazar aqui. Estamos em uma sala de conferência da Fifa. Estou aqui e só vou responder a perguntas que estejam relacionadas a mim, não a outras pessoas. Por favor, respeito, senhores!”, esbravejou.

Às vésperas de ser reeleito presidente da Fifa, Blatter criticou a interferência externa na entidade, já que governos de alguns países sugeriram que a eleição deve ser adiada.

“Se os governos decidem intervir na Fifa e na organização da Fifa, alguma coisa está errada. Somos fortes o suficiente para resolver nossos problemas internamente. Tenho certeza de que o Congresso de depois de amanhã vai mostrar unidade e solidariedade. Nós somos capazes de resolver nossos problemas sem interferência externa”, declarou.

Na sequência da entrevista, Blatter ainda afirmou que não existe nenhum tipo de crise na Fifa. “Crise? O que é crise? Se alguém descrever o que é crise, eu posso responder”, rebateu. “O futebol não está em crise. Vimos agora a final da Champions League, um espetáculo. Não estamos em crise na Fifa, mas passando por algumas dificuldades. Temos problemas que podem ser resolvidos por nossa família.”

“Se alguém quer mudar alguma coisa na eleição ou no congresso, são os membros da Fifa. Isso não pode ser feito pelo Comitê Executivo ou nenhuma autoridade fora da Fifa. É uma decisão do Comitê Executivo por si só”, completou.

Sem adversário na eleição, já que o catariano Mohamed Bin Hamman anunciou a desistência de sua candidatura devido a denúncias de corrupção, Blatter será reeleito presidente da Fifa nesta quarta-feira. O suíço se irritou com jornalistas que questionaram a respeito da desistência de Hamman, e ainda declarou que a Fifa só será reerguida caso ele continue no comando.

“Você deve perguntar a ele por que ele desistiu de concorrer”, disse Blatter a um repórter. “Nós estamos em um jogo. E nesse jogo eu posso dizer a vocês que há muita trapaça. Nós começamos a lutar contra algumas coisas ruins que aconteciam. E a família do futebol tem a possibilidade de dar a sua resposta na quarta-feira. Se eles quiserem restaurar a credibilidade da Fifa e se querem restaurar a credibilidade da Fifa comigo.”

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=43224,ESP&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


Prefeito do Rio faz ciclovia ao preço de rodovia

Como não podemos nos surpreender com nada que os políticos fazem no Brasil com o nosso dinheiro.

Isso é apenas um pingo d’água no oceano.

Está no O Globo, de sábado:

“MP investigará ciclovia de R$ 20 milhões”
A ciclovia de R$ 20 milhões inaugurada pelo prefeito no domingo, cheia de problemas, vai ser investigada pelo Ministério Público e pode se tornar alvo de CPI na Câmara. A chuva mostrou que, além de tudo, ela empoça.

FILHO FEIO NÃO TEM PAES

Cinco dias após exaltar a obra, prefeito agora reclama do acabamento

PAES pedala na ciclovia milionária na inauguração

O prefeito Eduardo Paes, que no último domingo inaugurou e exaltou os benefícios da nova ciclovia da Zona Oeste, ontem mudou o tom do discurso, dizendo ser inadmissível que uma obra que acabou de ser entregue tenha problemas técnicos, entre eles rachaduras:

— Fiz um investimento de um valor alto numa obra que não pode ficar malfeita — admitiu o prefeito.

Durante a inauguração, Paes chegou a percorrer de bicicleta cinco quilômetros da ciclovia, da Praça Santa Sofia, em Cosmos, até a 18ª Região Administrativa, em Campo Grande. Ele atribuiu à sua equipe a responsabilidade pela escolha do local para o passeio:

— Não poderia pedalar nos 20 quilômetros. O trecho que passei não tinha nada de errado. O que posso fazer se me botaram para andar nesse trecho? — eximiu-se Paes.

Entre outros problemas da pista, o prefeito não viu os orelhões e postes que servem de obstáculos para os ciclistas. Diante da reportagem do GLOBO, ele reconheceu que alguns dos obstáculos terão de ser reposicionados.

— É um absurdo ter um orelhão no meio da ciclovia — admitiu.

Quanto aos trechos da faixa compartilhada entre ciclistas e pedestres que passa a poucos centímetros de casas e lojas, moradores e comerciantes é que terão de se adaptar:

— É como a ciclovia da Rua Visconde Silva, em Botafogo, que também fica próxima dos prédios. Vou é cobrar uma sinalização adequada e uma campanha para educar os ciclistas da Zona Oeste. Não há lugares mais importantes para se construir ciclovia do que a Zona Oeste e a Baixada de Jacarepaguá, onde as pessoas usam muito a bicicleta como meio de locomoção.

Do resultado da obra na Reta João XXIII, que liga Santa Cruz a Itaguaí, no entanto, Paes já tinha conhecimento do resultado da obra bem antes da inauguração. Há duas semanas, ele passou de carro pela rua:

— A ciclovia me pareceu estreita. Mas as mudanças necessárias serão feitas.

Quanto ao custo, Paes garantiu que a ciclovia foi feita de forma transparente. Segundo ele, a obra foi orçada com base nos preços do Sistema de Custos de Obras e Serviços de Engenharia, pesquisados pela Fundação Getúlio Vargas para a prefeitura. Disse ainda que a obra foi contratada através de concorrência pública, cujo edital foi previamente examinado e aprovado pelo Tribunal de Contas do Município.


Belo Horizonte continua no páreo para abrir a Copa

As obras do Itaquerão finalmente começaram hoje, em São Paulo, faltando 36 meses para a abertura da Copa de 2014.

A FIFA tem entre os seus mandamentos, que um estádio para ficar em condições de receber jogo de Copa, leva, no mínimo, 38 meses para ser construído.

E diz que a capital paulista pode ser excluída de 2014, caso haja atrasos na construção do estádio do Corinthians.

Ou seja: os paulistas terão apena dois meses de “carência” para qualquer pepino que surja nesta obra.

Da Copa das Confederações, São Paulo já está fora, porque a competição só pode ser disputada em estádios que serão palco do Mundial no ano seguinte.

Correndo por fora para receber o jogo de abertura da Copa, estão Belo Horizonte, Brasília e Salvador. O Rio de Janeiro, que também estava de olho, foi anunciado como centro principal da imprensa e sossegou, já que também será sede do encerramento e em julho próximo, palco do sorteio das eliminatórias.

Sábado, o jornal O Globo deu mais detalhes dessas tratativas:

“Rio ganha comitê; e SP puxão de orelha”

Rio, a capital do Mundial

A Fifa anunciou a escolha do Rio para sediar o Centro Internacional de Rádio e TV, que receberá 13 mil jornalistas. A entidade advertiu que São Paulo pode ficar fora do Mundial devido ao atraso no estádio.

COPA 2014

Sede da final e do sorteio das eliminatórias, cidade é escolhida também para receber o Centro Internacional de Transmissão (IBC), o que deve atrair mais de 13 mil jornalistas em dois meses

O Rio de Janeiro obteve nova vitória na definição dos papéis de cada cidade brasileira na Copa do Mundo de 2014. Após o Maracanã ter sido escolhido como palco da final do Mundial, a cidade foi apontada ontem como sede do Centro Internacional de Transmissão, o IBC, conforme antecipou Ancelmo Gois em sua coluna. A estrutura, que será montada no Riocentro, era alvo de disputa com São Paulo e Brasília.

Além de sacramentar o Rio de Janeiro como principal sede da Copa do Mundo, receber o IBC dá à cidade a oportunidade de vantagens econômicas ligadas, especialmente, ao turismo. Em geral, dirigentes internacionais e jornalistas permanecem por mais tempo na cidade onde está o Centro de Transmissão, o que representa que gastarão mais no Rio de Janeiro com hospedagem e refeições, por exemplo. Em geral, receber o IBC significa atrair um turismo de elite durante o Mundial.

Na África, mais de 13 mil

Os números da última Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul, reforçam tais argumentos. O IBC, localizado em Johanesburgo, recebeu 13 mil profissionais de 179 empresas jornalísticas de 70 países do mundo. No IBC são geradas as imagens do Mundial para todo o planeta. De lá, emissoras de rádio e TV realizam as suas transmissões.

Eu seu projeto, enviado ao Comitê Organizador Local (COL) e à Fifa, o Rio de Janeiro ofereceu duas opções para sediar o IBC na cidade – a outra era o Centro de Convenções Sul-América, no Centro. O Riocentro, que foi escolhido, sediou a estrutura de transmissão nos Jogos Pan-Americanos de 2007.

– O Rio terá, claro, um papel de protagonista no Mundial – comemorou o prefeito Eduardo Paes. – É um reconhecimento de todo o trabalho que está sendo feito no Rio

desde a escolha do Brasil como sede da Copa.

Em seu dossiê de candidatura, o Rio citou transformações sociais recentes na cidade, como a implantação de UPPs, o pacote de incentivos para o aumento da rede hoteleira e o calendário de eventos esportivos de grande porte na cidade nos próximos anos, como os Jogos Mundiais Militares, em julho, além dos Jogos Olímpicos de 2016. O dossiê lembrava que a cidade vai receber, ainda, o Encontro Mundial da ONU para o Clima, no ano que vem. O sorteio dos grupos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014 também acontecerá no Rio, no dia 30 de julho, na Marina da Glória.

– Foi uma escolha difícil, todos os projetos eram de alta qualidade, mas o melhor para a Fifa foi o Rio de Janeiro. O IBC estabelece a ligação entre a Copa do Mundo e o resto do mundo. Será um dos centros de informação mais avançados do mundo durante junho e julho de 2014 – disse Jerôme Valcke, secretário geral da Fifa.

Fifa ameaça excluir São Paulo

Atraso preocupante

No mesmo dia em que afirmou que não vai tolerar atrasos em obras, o secretário geral da Fifa, Jerôme Valcke, fez abertamente uma ameaça a São Paulo. As obras para a construção do estádio do Corinthians sequer começaram e a entidade avisa que São Paulo pode ficar fora da Copa de 2014.

– Se São Paulo acha que estará na Copa somente por ser São Paulo, está errado. Para estar no Mundial é preciso ter estádio – disse Valcke.

Como não terão estádios prontos a tempo, São Paulo e Natal estão definitivamente excluídas da Copa das Confederações de 2013, considerado evento teste para o Mundial. A ideia de indicar um outro estádio na capital paulista para o torneio foi descartada pela Fifa, que só autoriza a realização de jogos da Copa das Confederações em estádios do Mundial. Em Natal, sequer foi inciada a obra de demolição do estádio Machadão e do ginásio Machadinho. No lugar deles, está prevista a construção da Arena das Dunas.


Duke, hoje no Super Notícia

DUKE


Hoje em Dia fala do patrimônio do Zezé Perrella, que ameaça a repórter

Pelo visto, a partir de agora o Zezé vai ter que ameaçar jornalistas do país inteiro.

Reportgaem de destaque do jornal Hoje em Dia deste domingo.

* “Zezé Perrella (PDT) tem patrimônio invejável que o TRE desconhece”

Primeiro suplente do senador Itamar Franco, cartola dos gramados de futebol, também é rei das pastagens e guarda uma riqueza, que os eleitores não sabem

Amália Goulart – RepórterFAZENDADOZEZEVista da Fazenda Guará, em Morada Nova de Minas, propriedade de Perrella avaliada em R$ 60 milhões

É uma fazenda muito grande. Tem terra e boi, daqueles…nelore, pra todo lado. Para entrar na granja de porcos tem que usar máscara e roupa especial. A casa fica no fim de uma rua de pedra. E sabe, ele é bom para os funcionários. A única coisa ruim são as estradas. Ele mesmo só vem de avião”. Este foi o relato de uma senhora que já trabalhou na fazenda do “rei do campo” e dá uma pequena dimensão de uma das propriedades rurais mais completas do Estado. Todo morador de Morada Nova de Minas, a 300 Km de Belo Horizonte, sabe na ponta da língua de quem é a Fazenda Guará: Zezé Perrella (PDT). O cartola dos gramados de futebol também é rei das pastagens. Mas os eleitores não sabem que o ex-deputado e primeiro suplente de senador guarda tamanha riqueza.

A propriedade está avaliada em cerca de R$ 60 milhões, segundo corretores ouvidos pelo Hoje em Dia na região. “Aqui, nenhuma fazenda de mil hectares sai por menos de R$ 10 milhões. Recentemente, foi vendida uma, até barata, por este preço. A do Perrella vale uns R$ 60 milhões, sem dúvida. Ela tem quase 2 mil hectares”, afirmou o corretor Alisson de Faria Braga, sem saber que a informação era para uma reportagem sobre o patrimônio de Perrella.

As terras do presidente do Cruzeiro se perdem no horizonte aos olhos de quem passa pelo local. Os registros oficiais obtidos pelo Hoje em Dia são discrepantes. No Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), uma única propriedade de nome Guará está registrada em Minas Gerais. Tem área de 1.262 hectares. Porém, uma escritura da mesma, emitida pelo cartório de Morada Nova de Minas, aponta área de 480 hectares.

Segundo Alisson Braga, o preço de venda do hectare que informou refere-se a terra nua na beira do Rio São Francisco, sem equipamentos. Já o corretor Alan Israel Costa, da JA Imobiliária, em Patos de Minas, uma das imobiliárias de maior prestígio na região, onde o agronegócio é forte, informou que a localização da Fazenda Guará é uma das mais valorizadas do Estado. “São terras vermelhas, férteis, e que têm água”, disse.

Pensando tratar-se de uma reportagem sobre a valorização imobiliária da região, Costa disse que o preço médio do hectare a região da Guará é de R$ 3.500, mas pode ser maior devido à falta de oferta de fazendas para venda. “Lá (em Morada Nova de Minas) tem fazendas boas. O preço é de R$ 3.500 o hectare, em média, para terras sem benfeitorias”, informou.

Costa disse que está vendendo uma fazenda de 9 mil hectares por R$ 130 milhões. Possui cinco pivôs centrais e está localizada em uma região de terras piores do que a do presidente do Cruzeiro. A fazenda de Perrella é equipada com sete pivôs centrais de irrigação. Segundo o corretor, somente as terras de Perrella, sem benfeitorias, valeriam R$ 7 milhões. Sites especializados na venda de fazendas apresentam opções de compra de terrenos na região da Guará que se aproximam desse valor. O próprio presidente do Cruzeiro admitiu ao Hoje em Dia que a fazenda de Morada Nova de Minas, considerando os equipamentos e benfeitorias, vale mais de R$ 60 milhões.

A Fazenda Guará é banhada pelas águas da represa de Três Marias, no Rio São Francisco. Produz de grãos, aves, suínos e gado. A granja é climatizada. “Perrella tem 1,3 mil matrizes (fêmeas reprodutoras)”, disse um funcionário. Uma porca gera em média 8 filhotes a cada gestação. Por dia, saem quatro caminhões da fazenda carregados de suínos para o abate. Parte da carne é exportada.

As pastagens para o gado, na maioria da raça nelore, estão na margem do São Francisco. Quem está do lado de fora da propriedade pode avistar centenas de animais da raça espalhados. O curral é informatizado. “Ele (Perrella) costuma participar de leilões”, contou um profissional da área.

Diariamente, saem da Guará caminhões carregados de arroz, trigo, feijão, milho e soja. Num intervalo de aproximadamente de três horas, o Hoje em Dia flagrou quatro caminhões sendo carregados e despachados da fazenda. Grandes silos compõem a paisagem opulenta da propriedade.

Apesar de vizinhos da fazenda e outros moradores do município assegurarem que a Guará pertence ao presidente do Cruzeiro, o imóvel não consta da declaração de bens do deputado entregue à Justiça Eleitoral em 2010, quando se apresentou como primeiro suplente do senador eleito Itamar Franco (PPS). Ao contrário, a julgar pelo documento, Perrella nem mesmo pode ser considerado rico. Depois de dois mandatos parlamentares, um como deputado federal e outro como estadual, e de dez anos na direção do Cruzeiro, ele informa ter um patrimônio de apenas R$ 490 mil.

Oficialmente, a Guará é de propriedade da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. Segundo a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, 95% das cotas da empresa são divididas entre os filhos de Perrella: a estudante Carolina Perrella Amaral Costa, de 25 anos de idade, e o deputado estadual Gustavo Henrique Perrella Amaral Costa (PDT), de 27 anos. Um sobrinho do presidente do Cruzeiro, André Almeida Costa, de 29 anos, detém os restantes 5% das cotas da Limeira e figura no documento como administrador da Fazenda Guará.

Fazenda lucra com gado e grãos

A constituição da Limeira Agropecuária criou uma situação curiosa. Oficialmente, o jovem Gustavo Perrella é um milionário, enquanto o pai, empresário há 40 anos, tem patrimônio compatível com o de um brasileiro da classe média.

Graças ao prestígio de Zezé Perrella, Gustavo foi eleito deputado estadual no ano passado. Na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, Gustavo tinha patrimônio de R$ 1,9 milhão. Deste total, segundo o documento, R$ 900 mil se referiam às quotas da Limeira.

Gustavo indicou na mesma declaração que uma parcela, no valor de R$ 250 mil, do patrimônio total era procedente de doação do pai, em dinheiro. Os demais bens listados são um carro, um apartamento, quotas de outras duas empresas e saldo em caderneta de poupança.

Carolina ‘Perrella’ parece detentora de um grande tino empresarial. Em 2009, na última alteração contratual da Limeira registrada na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), as cotas da jovem estudante na empresa, equivalentes a 47,5% do total, valiam R$ 855 mil. Os valores eram os mesmos atribuídos ao irmão Gustavo. Mas, a julgar pelas avaliações informais atualizadas da Fazenda Guará, o patrimônio real de Carolina pode chegar a quase R$ 30 milhões.

Isso porque, embora dona de fazendas avaliadas em dezenas de milhões de reais, a Limeira valia em 2009, segundo o contrato social, apenas cerca de R$ 1,8 milhão. Mas, além das avaliações de corretores, é certo que a fazenda tem gerado lucros com a criação de gado, porcos, aves e com a produção de grãos. Pela declaração de bens à Justiça Eleitoral de 2010 de Gustavo Perrella, houve variação patrimonial positiva de R$ 55 mil em relação ao valor das cotas indicado na alteração contratual registrada na Jucemg em 2009.

Segundo o contrato social, as atividades da Limeira são cria, recria e comercialização de bovinos, suínos, aves e peixes; a produção, beneficiamento, reembalagem e comercialização de grãos e sementes; extração e comercialização de leite e derivados; produção e comercialização de madeira; industrialização e comercialização, no mercado interno e externo, de produtos agropecuários.

Abrigo para descansar

Para quem tem uma rotina intensa, a Fazenda Guará é um ótimo local de descanso. O ex-deputado estadual Zezé Perrella que o diga. É lá que ele gosta de passar os finais de semana. Em meados de janeiro, por exemplo, o Hoje em Dia entrou em contato com o motorista do ex-deputado. Conhecido como Dadá, ele informou que o patrão (Zezé Perrella) estava na Guará, descansando.

“Ele não pode falar porque está na fazenda dele”, afirmou Dadá. Na ocasião, Perrella estava sendo procurado para falar sobre a acusação feita pelo empresário Antônio César Pires de Miranda Júnior de que o presidente do Cruzeiro teria feito acerto prévio com um terceiro empresário para vencer licitação do Governo estadual.

Frequentemente, Perrella é visto na companhia de amigos e de parceiros de negócios na Fazenda Guará. Um desses visitantes é Ildeu da Cunha Pereira, superintendente do Cruzeiro. Ildeu foi preso pela Polícia Federal em 2008, junto com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do esquema conhecido como mensalão.

Moradores da região e funcionários disseram que Perrella invariavelmente aterrissa de avião ou de helicóptero na pista particular da fazenda de Morada Nova de Minas, a poucos metros da casa sede. Parentes do deputado, originários de São Gonçalo do Pará, cidade natal de Perrella, também costumam visitar a propriedade. Mas, segundo amigos da família, eles ficam acampados pela fazenda. “Ele (Perrella) quer cortar isso porque o lugar fica uma bagunça”, disse um outro visitante da Guará.

A casa usada por Perrella na Guará não segue os padrões de grandeza das pastagens e dos equipamentos agrícolas. É aconchegante, mas discreta. Tem duas suítes, mais três quartos, piscina e área de lazer. A decoração é rústica. Uma grande varanda rodeia a edificação. Árvores estrategicamente plantadas garantem privacidade aos donos e frequentadores. Nas proximidades, habitações para funcionários e uma casa para hóspedes.

Transação tem cifras discrepantes

Mesmo sendo avaliada por corretores da região em pelo menos R$ 60 milhões, a Fazenda Guará foi vendida, oficialmente, à Limeira Agropecuária por R$ 360 mil. A escritura da propriedade, registrada no cartório de imóveis de Morada Nova de Minas, dá conta de que ela tem 480 hectares e foi negociada no dia 9 de novembro de 2009.

O vendedor foi Waldemar Alves de Moura, um pequeno fazendeiro de Biquinhas, município vizinho a Morada Nova de Minas. Procurado pelo Hoje em Dia, Waldemar negou a venda da fazenda. “Não vendi nada para ele não”, disse. Ao ser informado que na escritura da fazenda constava a venda com o número do CPF dele, mudou a versão. Confirmou que vendeu “uma pequena propriedade” a Zezé Perrella. “Vendi para ele uma fazenda em Biquinhas. Mas não era nem uma fazenda, era um pedaço de terra”, disse, confirmando o negócio com o deputado, não com os filhos, e o valor de R$ 360 mil da negociação.

“Mas aquela fazenda lá não é a Guará. Ela chama Néris e é muito menor”, afirmou. Néris era o nome da Guará antes da venda. “Terras na Fazenda Néris, município de Biquinhas, que a partir desta data será denominada Fazenda Guará”, diz trecho da escritura da propriedade. No documento, a fazenda está localizada em Biquinhas. Mas, no contrato social da Limeira consta que a Guará está localizada em Morada Nova de Minas.

Corretores da região informaram que, em 2009, a fazenda já valia mais de R$ 40 milhões, e que ela foi comprada, numa transação anterior, por cerca de R$ 10 milhões. Os corretores não souberam informar com precisão o ano em que Perrella teria adquirido a propriedade. Um amigo da família informou que esteve na Guará em 2008, na condição de convidado. Neste período, segundo ele, a fazenda já pertencia a Perrella. O amigo do deputado exibiu duas fotografias feitas durante a visita.

Na escritura da fazenda consta também que ela possui uma reserva florestal. “Esta fazenda é tão grande que ela vai de um vilarejo a outro”, disse um trabalhador rural da região. A Guará começa próximo à comunidade de Val das Flores e termina na Frei Orlando. “Aqui no Val das Flores quase todo mundo trabalha na fazenda de Zezé Perrella”, informou o trabalhador que pediu para não ser identificado na reportagem. Cerca de 200 funcionários são contratados da Guará. Dois ônibus passam, por dia, recolhendo os trabalhadores nas comunidades para levá-los ao trabalho.

Empresa possui outra fazenda

A Limeira Agropecuária e Participações Ltda. tem uma segunda fazenda, a Mato Dentro. Fica no município de Igaratinga, no Centro-Oeste de Minas, e é especializada na produção de bovinos e suínos. É administrada pelo irmão de Zezé Perrella, Geraldo de Oliveira Costa.
Graças a um documento de 30 de julho de 2008 da Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Alto São Francisco, é possível mensurar a propriedade. Segundo fiscais do meio ambiente que estiveram na fazenda para emitir parecer sobre um pedido de licenciamento, as terras abrigavam 4.500 porcos, 250 cabeças de gado e 75 hectares de pastagens.

A ração que alimenta o rebanho é produzida na fazenda. A Mato Dentro se dedica a engorda de leitões até o ponto de abate. “Os animais são mantidos em galpões com comedouros, bebedouros, lâmina d’água, grades plásticas, gaiolas, cortinas para propiciar conforto térmico, praticidade, economia de água e facilidade nas operações de higienização dos animais para o processo produtivo”, diz trecho do documento.

Ex-deputado já é investigado

A Polícia Federal já investiga a suspeita de enriquecimento ilícito de Zezé Perrella. Trata-se de um inquérito referente à gestão do cartola no Cruzeiro Esporte Clube. Em maio do ano passado, o deputado e o irmão dele, Alvimar de Oliveira Costa, foram acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda do jogador Luisão.

A investigação mostrou que o jogador foi negociado com a equipe Central Espanhol Futebol Clube, do Uruguai. O valor da transação foi de US$ 2,5 milhões. O problema, apontado pela Polícia Federal, é que, pouco tempo depois, o clube de Montevidéu vendeu Luisão para o Benfica por quase US$ 1 milhão a menos. A suspeita é de que a negociação com o Central Espanhol tenha sido de fachada para esquentar dinheiro sem origem declarada. Existe ainda uma segunda investigação na PF para apurar suspeita semelhante na venda do volante Ramires para o Benfica, em 2009.

Como deputado estadual, Perrella teria a chance de ganhar R$ 1 milhão no mandato, somando salário, auxílio moradia e outros benefícios. Ainda assim, terminou o mandato com uma declaração de bens de R$ 490 mil. Fontes do meio político disseram que existe a possibilidade de Itamar Franco ser convidado, no fim do ano que vem, para reassumir a presidência do Conselho Administrativo do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Desta maneira, Perrella assumiria a vaga de Itamar no Senado. O senador foi internado na última semana em São Paulo para tratar de uma leucemia.

No site da Assembleia Legislativa consta que a profissão de Zezé Perrela é empresário. “Atua nas áreas da agricultura e agroindústria, em especial no comércio de carnes”, diz o perfil oficial de Perrella.

Irritado com a abordagem do Hoje em Dia para falar do patrimônio pessoal, o ex-deputado Zezé Perrella (PDT) informou que a fazenda Guará vale mais de R$ 60 milhões. “Ela vale muito mais. Não é só isso”, disse. O presidente do Cruzeiro ameaçou a repórter e prometeu retaliação. “Estou doido para pegar um jornalistazinho assim, igual a você. Isso vai ter volta. Vai ter retaliação”, afirmou. Ele disse que doou todos os bens para os filhos “há oito, nove anos.”

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/noticias/politica/zeze-perrella-pdt-tem-patrimonio-invejavel-que-o-tre-desconhece-1.286981


América pagou caro por errar gols demais

O placar não refletiu a realidade desses 3 x 0 do Vasco sobre o América, que foi guerreiro o tempo todo.

O problema do Coelho foram as oportunidades perdidas, logo no início do jogo com o Fábio Junior e principalmente Eliandro.

Era melhor em campo, obrigando o goleiro Fernando Prass, a fazer ótimas defesas, quando o Carleto fez um pênalti desnecessário, que permitiu o Bernardo abrir o marcador.

Aí teve que se abrir mais ainda e levou mais dois gols, um no início do segundo tempo e outro na fase dos descontos.

Luciano entrou no segundo tempo e melhorou bastante o time.

A arbitragem do alagoano Francisco Carlos Nascimento, bem como dos seus auxiliares, o também alagoano Pedro Santos de Araújo e o sergipano Cleriston Cley Barretos Rios, não teve com o América a mesma boa vontade que teve com o time carioca.

Apitou o pênalti do Carleto, que existiu, sem vacilar. Mas também invalidou um gol do do Coelho, que foi lícito, mas o homem do apito deu impedimento; sem pensar duas vezes.

A sensação que dava é que o trio de arbitragem estava doido para pedir uma camisa autografada do Vasco, mesmo sendo time quase todo reserva.

Foi o segundo jogo do “Expressinho” do Vasco, que já havia vencido o Ceará, na primeira rodada, em Fortaleza.