Dando uma olhada nos jornais que não li enquanto estava viajando, vi uma informação que vale a pena repassar e comentar. As fortunas movimentadas no futebol, crescentes a cada ano, tornam impossível a resistência ao vil metal. Até o Barcelona, que até agora vinha resistindo, finalmente se rendeu. Notícia do caderno de esportes da Folha de S. Paulo, de sábado, dia 11: Dando uma olhada nos jornais que não li enquanto estava viajando, vi uma informação que vale a pena repassar e comentar. As fortunas movimentadas no futebol, crescentes a cada ano, tornam impossível a resistência ao vil metal. Até o Barcelona, que até agora vinha resistindo, finalmente se rendeu. Notícia do caderno de esportes da Folha de S. Paulo, de sábado, dia 11:
Barcelona enfim vende sua camisa
ESPANHA
Clube catalão estampará agora o nome da Qatar Foundation
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Barcelona se rendeu. A camisa que historicamente era fechada para patrocinadores e que se dava ao luxo de exibir o nome do Unicef nos últimos anos vai ter agora um patrocínio clássico.
O time espanhol anunciou um acordo com a Qatar Foundation para a próxima temporada. Pelo contrato, o Barcelona deverá lucrar até 170 milhões de euros até 2016.
Segundo o vice-presidente do clube, Javier Faus, as cifras do histórico acordo de patrocínio são 30 milhões de euros por cada uma das próximas cinco temporadas (de 1º de julho do ano que vem até 30 de junho de 2016). Ainda haverá um bônus por título que pode chegar a 5 milhões de euros, além de outros 15 milhões de euros por “direitos comerciais”.
Ficou acertado que o nome do Unicef continuará na camisa do Barcelona. A Nike deverá fazer em até um mês a nova camisa do clube com Qatar Foundation e Unicef.
O parceiro comercial do Barcelona ficou também de desenvolver projetos tanto com o Unicef quanto com a Fundação FCB, do time catalão. O atual campeão espanhol, que tem os três melhores jogadores do mundo no ano, segundo a Bola de Ouro, terá que fazer um amistoso por temporada, com o seu time principal, para atender a Qatar Foundation.
O Barcelona destacou que o acordo foi feito sem o pagamento de comissões. Não houve intermediários, como muitas vezes acontece em negociações no futebol.
O clube, em comunicado, também ressaltou a junta diretiva do Barcelona aprovou por unanimidade em uma reunião extraordinária a parceria inédita. Segundo Javier Faus, juridicamente o acordo não necessita ser ratificado por uma assembleia geral, uma vez que em 2003 já foi aprovado o uso de publicidade na camisa do time.
Apesar disso, Faus admite que o tema seja debatido nas próximas assembleias do clube, que tinha a camisa “limpa” como um orgulho.
Agora, a honra é ter o mais vultoso contrato de publicidade. O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e representantes da Qatar Fundation falam em “melhor acordo da história do futebol”.
Em crise, time se rende ao país da Copa-22
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Uma das razões para o Barcelona ter vendido sua camisa foi a crise financeira por que passam tanto a Espanha quanto o próprio clube.
Segundo Javier Faus, vice do time catalão, a situação financeira “agora é menos complicada”, mas ela levou o presidente Sandro Rosell a “colocar à disposição da junta diretiva todas as suas relações e conhecimentos comerciais dos últimos anos”.
Historicamente ligado à Nike e amigo de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Rosell tem contato antigo com o Qatar, especificamente com o centro técnico Aspire. Indagado se Rosell ainda tinha negócios no Qatar, Faus respondeu: “Pergunte a ele”.
O Barcelona virou embaixador da Copa de 2022 no Qatar já em um acordo de intenções em agosto. Segundo Faus, como não houve intermediário, “entre 5% e 7% em comissões” ficará com o clube. O dirigente defendeu o contrato com um emirado absolutista, algo estranho em alguns setores do clube.