Blog do Chico Maia

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Ingressos a preços Fifa nas mãos de cambistas

Nos pontos de concentração de torcedores aqui em Porth Elizabeth, cambistas vendem ingressos das categorias um e dois pelo mesmo preço que era vendido pelo site da Fifa: 200 e 150 dólares. Alguns até portando cartazes avisando que têm ingresso disponíveis.

Um torcedor brasiliense está “p” da vida porque seis meses atrás comprou ingresso para as semifinais, pelo mesmo site da Fifa, que avisava que só havia para a categoria 1, já que para as demais, mais baratas, já tinham acabado. Deparou-se com cambistas vendendo para as as três categorias, também pelo preço normal: 200, 400 e 600 dólares.


As degolas continuam

Acabo de receber e-mail de pessoa da cúpula cruzeirense informando que Zezé Perrella demitiu mais um nome importante na escala de poder da Raposa: Alexandre Barroso, que comandava as categorias de base.

Depois do Eduardo Maluf, do futebol,  e Antônio Claret, do marketing, vamos ver quem será o próximo.


Investir em meios de hospedagem será um bom negócio para 2014

SAV_1910Atendendo ao editor-chefe do jornal Turismo de Minas, entrevistei Tiago Lacerda, presidente do Comitê Executivo das Copas de Belo Horizonte. Formado em Administração de Empresas, com especialização em Marketing Esportivo, acompanha o tema Copa do Mundo no Brasil há dois anos e está participando do programa de observador da FIFA na Copa de 2010.

Tiago ficou aqui na África do Sul durante toda a primeira fase, até o jogo do Brasil contra o Chile, pelas oitavas de final. Nesta foto do Eugênio Sávio ele concede entrevista ao Álvaro Vilaça, da Rádio Inconfidência, durante solenidade na Casa Brasil, em Johanesburgo.

Retornou a Belo Horizonte e voltará para aqui em função do lançamento oficial da Copa, dia 8 de julho, quando o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, também estará, junto com o presidente Lula e vários Ministros.

Tiago foi o primeiro voluntário a se apresentar para a Copa de 2014 e não recebe nada no cargo que exerce.

Filho de Marcio Lacerda, era e continua sendo o seu braço direito no comando dos negócios da família, antes do prefeito encarar a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em 2008.

Uma pessoa simples e extremamente atenciosa com todos.

Confira em primeira mão a entrevista, cuja publicação no blog foi gentilmente cedida pelo editor do jornal Turismo de Minas, Marden da Mota Couto:

 

01 – Quais os principais proveitos que você tirou com a sua presença na África do Sul durante a Copa?

 

A experiência de acompanhar a Copa de 2010 foi muito proveitosa. Em alguns momentos vivenciei o evento como torcedor e turista comum. Em outros estive como observador oficial da FIFA. Isso foi importante pois tive a oportunidade de ver e ouvir o lado oficial “FIFA” e também o lado do torcedor comum, que as vezes sofre com alguns erros cometidos pela organização do evento. Posso dizer que o principal proveito foi ver erros que podemos evitar em Belo Horizonte, mas também os acertos e as boas ideias e soluções, que poderemos implementar.

 

02 – Como você situa Belo Horizonte em comparação às cidades sedes da Copa na África do Sul?

 

Está muito bem! Posso dizer que nosso sistema de transporte público, após os elevados investimentos (mais de 1 bilhão de reais), será de altíssimo nível, não apenas para o estádio, mas na cidade como um todo. Somos a primeira cidade-sede do Brasil a assinar o contrato de financiamento, no PAC da Copa.

Além disso, nossa prestação de serviço é melhor que na África do Sul, e isto faz uma diferença enorme da percepção dos turistas. Em relação aos estádios, não tenho dúvida que o Mineirão será o melhor estádio da Copa de 2014.

 

03 – Depois de viver a Copa de perto, sua expectativa em torno da importância do evento é a mesma de antes ou mudou em alguma coisa?

 

Depois de acompanhar a Copa das Confederacões em 2009, o Sorteio Final em dezembro, em Cape Town, e agora a Copa, não resta dúvidas em relação ao potencial enorme que uma Copa do Mundo tem, não apenas para melhorar os estádios e a infraestrutura das cidades, mas para desenvolver diversos projetos socias e de marketing na cidade. É a grande oportunidade!

 

04 – Quais os setores de uma comunidade ganham mais com a realização de uma Copa?

 

O Turismo é a área que mais tem a ganhar. Se considerarmos todos os investimentos que serão feitos, não apenas pensando na Copa, mas principalmente no legado, este segmento da economia vai crescer muito. A qualificacão dos trabalhadores será importante e vital para continuarmos sendo a cidade da boa convivência e da hospitalidade. Além disso, as crianças podem sair ganhando muito com os projetos educacionais e esportivos que a FIFA e seus parceiros apoiam. Vamos desenvolver alguns projetos nesta área.

 

05 – Depois de presenciar uma Copa, se você fosse empresário do turismo em Minas Gerais, em que mais investiria visando retorno em 2014?

 

Veja bem, sem considerar a Copa, eu investiria na ampliação e melhoria da rede hoteleira. Hoje já há uma carência, não apenas em BH, mas em todas as sedes. Se levarmos em conta a copa, e é claro que tem que pensar neste evento e também nas Olimpíadas, não há dúvidas que quem investir neste setor não irá se arrepender. Belo Horizonte será uma cidade muito mais conhecida no mundo todo, e nosso turismo de negócios e de lazer crescerá cada vez mais.

 

06 – Você acha que será possível executar todo o projeto BH 2014 ou teme que haja cortes?

 

Nosso projeto está muito bem estruturado e planejado. As grandes obras, como a modernizacão do Mineirão e os investimentos em mobilidade, irão ocorrer com 100% de certeza. Além disso temos projetos de requalificacão de algumas áreas urbanas. Os outros também ocorrerão, pois temos muitos parceiros interessados já nos procurando. 

 

07 – A ideia é focar mais em turistas de alguma região do Brasil ou do mundo?

 

Penso que além dos turistas brasileiros, os turistas latino-americanos devem ser atraídos, pois esta será a Copa da América do Sul. É claro que faremos algumas ações para atrair os Europeus também.

 

08 – Existe algum plano especial para atrair mais estrangeiros para Belo Horizonte em 2014?

 

Sim. Um dos nossos principais projetos é o de atração de grandes seleções para se basear em Belo Horizonte e no interior do Estado. Temos muitas vantagens para conseguirmos isto. Clima, posição geográfica, estrutura de centros de treinamento, etc. Atraindo grandes seleções, os torcedores destes países também virão para cá.

 

09 – Até 2014 teremos duas eleições no Brasil: este ano e em 2012. Até que ponto isso pode influir nos preparativos para 2014?

 

Elaboramos um planejamento estratégico integrado, entre Prefeitura de BH e Governo de Minas, para profissionalizarmos nosso projeto. Temos certeza que a política não irá atrapalhar um projeto tão importante para a cidade e o Estado.

 

10 – Temos o Comitê Municipal e o Estadual para 2014. Como vocês estão fazendo para não haver conflitos de funções?

 

O planejamento que mencionei é a grande ferramenta. Ali definimos as responsabilidades, quem cuida do que. Isto está funcionando bem e a relação entre os dois governos é perfeita. Trabalhamos 100% integrados.

 

Tiago Lacerda e Ricardo Teixeira admirando a vitrine de_BH

Nesta foto, recebendo o presidente da CBF e Comitê Organizador da Copa de 2014, Ricardo Teixeira, no estande de Minas Gerais, na Casa Brasil.


Beiradas

Com este título, nota na coluna Painel FC, da Folha de S. Paulo de hoje, mistura ironia com expectativa para falar da grande presença de gente do governo de Minas e da Prefeitura de Belo Horizonte aqui na África do Sul.

“Beiradas
A maior delegação é a de Minas Gerais, que tem representantes em quase todas as áreas, como comunicação, marketing e segurança, perambulando para “aprender” com o país da Copa e divulgar a cidade de Belo Horizonte “para o mundo”.”


BMG substitui Bonsucesso no Montes Claros: detalhes com o Christiano Jilvan

Depois de substituir o Banco Bonsucesso como principal patrocinador do Cruzeiro, o BMG deu outra no concorrente e assumiu o seu lugar no vôlei de Montes Claros, que encantou o Brasil na última Liga Nacional.

Em seu excelente blog, o companheiro Christiano Jilvan, de Montes Claros, dá detalhes interessantes.

Acessem www.devenetaonline.blogspot.com


É Copa, mas a vida continua

Uma amiga de Belo Horizonte acabava de chegar a Johanesburgo para a sua primeira Copa do Mundo no país anfitrião. Comentou que achou interessantíssimo que os comissários de bordo da companhia Aérea South African, todos, usavam a camisa amarela e verde da seleção deles, e depois reclamou: “Não estou sentindo clima de Copa!”. Perguntei o que ela esperava e ela pensou, pensou e não soube responder. Estávamos na Mandela Square, ponto alto da confraternização de estrangeiros e sul-africanos aqui. Restaurantes e lojas lotadíssimos, decorados com temas da Copa, ruas embandeiradas e música para todos os gostos, em alto volume.

Perguntei também se ela tinha observado a estrada que liga o aeroporto internacional ao centro da cidade. Disse que sim e que gostou demais das bandeiras de todos os países que disputam a Copa, em formas de enormes estandartes, pendurados em todos os postes, nas laterais e canteiros centrais das pistas. Em seguida perguntei se ela achava que tudo isso que estava presenciando era normal no dia a dia de Johanesburgo, dos sul-africanos ou de qualquer país em época normal. Pensou, pensou e concluiu com ar de vitória: “Ué, é mesmo! Isso tudo é por causa da Copa, né!?”.

Pois é! Muita gente acha que “Clima de Copa” é um carnaval 24 horas, em todos os cantos do país que a promove. Nada a ver. O ritmo de carnaval acontece realmente, mas nas imediações dos estádios em dias de jogos e determinados pontos de encontro espalhados pelas cidades sedes e vários outros locais.

O ritmo muda muito, mas nem tanto, pois a vida continua e tudo tem que continuar funcionando.


Pé na estrada

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 Os torcedores passeiam pelo país enquanto aguardam o jogo da sua seleção. Normalmente chegam um dia antes no local da partida, e vão embora no dia seguinte, em busca de um outro atrativo turístico até o próximo jogo. Essa foto feita pelo Eugênio Sávio, é um bom exemplo. Foi feita hoje, enquanto percorríamos os 1.070 KM de Johanesburgo a Porth Elizabeth, onde Brasil e Holanda jogam amanhã.

Sábado, novo destino!

 As cidades que exploram melhor o turismo é que se dão muito bem em situações como essa. De modo geral, quem veio para a África do Sul, se hospeda, faz festa e gasta muito dinheiro é na região da Cidade do Cabo e nas cidades vizinhas às reservas e parques de animais selvagens.

O movimento é diurno, já que com algumas exceções, bares e restaurantes fecham muito cedo.

Onde há cassinos, como o caso de Durban, a noite é mais longa.


Tudo depende!

Brasil e Holanda farão um jogo bem ao estilo de um Atlético e Cruzeiro, nervoso e imprevisível. Em condições normais dá Brasil, que tem melhores jogadores e um time melhor montado.

Mas clássico é clássico e onde, tudo depende! Se o craque está num bom dia, se o perna de pau vai jogar mais que o normal, se a “jabulani” vai aprontar mais uma das suas com um dos goleiros, ou se o “Sobrenatural de Almeida” entrará em campo.


Muquifos

Em Porth Elizabeth estou imaginando a mesma situação que Belo Horizonte deverá passar em 2014: até os “hotéis” da Rua Guaicurus serão disputadíssimos e cobrarão 10 vezes ou mais o preço que cobram normalmente.

A cidade tem 1,5 milhão de habitantes e quem chegou na véspera do jogo de hoje, se virou na base do “salve-se quem puder”.

Muquifos da pior qualidade cobrando os olhos da cara, e quem não quiser, que durma na rua.


Parece mentira, mas é verdade!

O dia quase todo foi na estrada, de Johanesburgo a Port Elizabeth.

Saimos às 7h30 e chegamos às 17h30, depois de seis paradas: duas para abastecer e quatro para obras nas estradas. São 1.070 KM, mas nessas estradas daqui, é simples para quem está acostumado a fazer BH/Arraial D’Ajuda!

Apesar que essa estrada até Porth Elizabeth não ser tão boa quanto a de Durban. A foto é do Eugênio Sávio.

OBRASNAJOBURGPORTELIZABETH