Blog do Chico Maia

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Enfim uma boa notícia no dia

Do twitter do jornalista Renato Alves, direto de Brasília:

renatoalvesdf Arruda, com certeza, ficará mais tempo na cadeia. STF adiou o julgamento do habeas corpus, a pedido dos advogados do preso.”

 “


Tem mais vítimas na parada!

Nada justifica violência ou ameaças físicas. Mas toda atividade oferece riscos. Aos 45 anos de idade, atleta vigoroso até outro dia, Ricardo Gomes teve um AVC na madrugada de domingo, claro que relacionado também à pressão de ser técnico do São Paulo e perder um clássico para o Palmeiras. Jogadores, dirigentes, empresários, enfim, tod0 mundo que tem alguma função de destaque no futebol é pressionado, mais ou menos, dependendo do dia e do momento. Jornalista recebe e-mail e contato pessoal o tempo todo, pressionado de todos os lados porque falou bem, falou mal, deixou de falar, exagerou ou falou menos do que devia, de acordo com a ótica ou conveniência do leitor, telespectador, ouvinte, torcedor, cartola, jogador, seja lá o que for. Ameaça é o que não falta!

Árbitros de futebol e seus auxiliares, mais ainda, por questões óbvias.

Recebi e-mail do Ricardo Marcus Guimarães (não confundam com o Annes, dono do BMG), que faz observações pertinentes:

“Ainda sobre o clássico: a Federação Mineira (por meio da Comissão de Arbitragem) e muitos jornalistas estão tentando transformar o trio de árbitros em vitimas. Quando escolhemos uma profissão ou atividade sabemos das dificuldades, desafios, satisfações e problemas que ela pode nos ocasionar. O ‘chororô’ do Jair Albano no programa Turma do Bate Bola de ontem não me convence. Quem foi vítima da arbitragem foi o Galo, principalmente, e nós torcedores que convivemos com os erros recorrentes, inaceitáveis e básicos como a marcação do impedimento no gol do Tardelli.”


Faça-me o favor! Oportunista enchendo o saco!

Ontem recebi um texto que me fez concluir que o sujeito só pode ser ruim da cabeça mesmo. De cara ele diz: “Não sou chegado a futebol, acho uma perda de tempo e não consigo entender o que leva pessoas esclarecidas tornarem-se fanáticas por ele, dedicando tanto tempo e energia a algo tão inútil. Pior do que ele, só o carnaval. Não me interesso, mas respeito, até por que sou minoria e muitos não acreditam que exista alguém capaz de não se interessar por estes dois temas no Brasil. Contudo…”

Ora, ora! “Contudo” uma ova!

Se já começa detonando a atividade da qual eu gosto e que é o meu trabalho, vem mandar e-mail para mim?

Esculhamba na primeira linha com aqueles que gostam, e na sequência vem dizer que “Contudo é difícil ficar indiferente…” e bla bla bla…

Dá vontade de mandá-lo pra algum lugar, mas por questão de civilidade, que ele vá procurar a turma dele, que aliás conheço: é essa gente oportunista, que está de olho nas eleições do próximo outubro, e faz qualquer coisa para aparecer. Esse sujeito, inclusive, foi candidato a vereador ano passado, com votação ridícula.

Realmente não tem nenhuma ligação com o futebol, é ligado ao turismo, e até me assustei quando o vi num encontro do então candidato a prefeito Márcio Lacerda com esportistas durante a campanha de 2008. Passadas as eleições e com o fracasso nas urnas ele se apegou às questões da violência no trânsito e está aparecendo muito nas TVs e jornais, já que os colegas jornalistas ainda não manjaram que estão sendo usados para os fins eleitoreiros da figura.

O negócio do sujeito é aparecer e agora quer entrar no assunto da violência no futebol, que dá repercussão, rende mídia e quem sabe, uns votinhos, né!?

Só que aqui não!

 

E sugiro que os meus colegas da imprensa esportiva fiquem atentos para não cair nessa conversa mole, desse e de tantos que pipocam por aí em ano eleitoral!

Recebo todo tipo de e-mail, principalmente falando de futebol e dou retorno a quase todos. É opinião e informação de todo tipo, convergentes, divergentes, coerentes, absurdas e até lunáticas, mas que ajudam a pensar, reafirmar e rever pontos de vista. Alguns publico na íntegra ou parcialmente na coluna, no blog, outros vão para a seção de debates dos “comentários”, e todos merecem respeito, porque quem escreve gasta seu tempo, e se escreve a você, é porque você é relevante e ocupa um espaço importante na comunicação.

Mas desse tipo aí, façam-me o favor!

Com a internet há também aqueles que tentam se esconder atrás de pseudônimos ou tentam o anonimato para fazer acusações a alguém ou escrever asneiras. Uma pena, pois desperdiçam o próprio tempo, não o nosso, que temos mecanismos para ficar alheios a isso.


Violência, irresponsabilidade e inversão de valores

Na íntegra, artigo que recebi do Marcio Amorim, professor universitário, belorizontino e torcedor do América:

“Lendo a sua coluna no jornal O Tempo de segunda-feira, como sempre faço, achei que a sua opinião sobre a violência entre torcidas procede no que se refere à impunidade. Tudo o que fazem é porque sabem que nada vai lhes acontecer de mais sério.
Existem alguns mecanismos, em centros mais evoluídos, que, por exemplo, pegando os responsáveis pela baderna, eles são fichados e impedidos de freqüentar estádios durante um certo período de duração de uma pena pré-fixada. Como? Eles são obrigados a se apresentar uma hora antes do jogo do seu time e são liberados uma hora depois. Sem direito a rádio ou televisão. Se não se apresentam, pela desobediência ou se são apanhados em reincidência, podem ser presos. Não vejo nenhuma dificuldade em implantar isto. Não são medidas cabíveis apenas em primeiro mundo. Basta criar um Centro de Detenção Provisória (detenção desde que seja em flagrante) e um órgão especializado em ocorrências esportivas. Tenho certeza de que a Polícia Militar trabalhou mais antes, durante e depois do jogo Atlético X Cruzeiro do que em todo o período do Carnaval. Como o momento é de reflexão, gostaria de acrescentar que a violência pode nascer de uma declaração infeliz de um dirigente importante de um clube, (dou como exemplo o fato de o presidente do Cruzeiro, antes do jogo, ter feito referências pejorativas ao “enfeite” do Mineirão com flanelinhas. Ficou bonito, mas não é definitivamente papel de pessoa tão importante e razoavelmente equilibrada. A torcida, desde que parta dela, tem todo o direito de fazê-lo. Ele tem a obrigação de ser equilibrado, bem como o outro, que de vez em quando se destempera verbalmente); pode nascer, também, de um erro grosseiro de um árbitro ou auxiliar, como no caso de domingo. Aqui vai uma crítica à péssima preparação técnica dos juízes que estão atuando em nosso campeonato. Por mais que a Federação justifique cada erro, não sei se podemos taxar como simples erros. Alguns, quando apitam jogos do seu clube de coração – e é um direito ter uma simpatia por algum time, como qualquer cidadão – não agem com profissionalismo em alguns lances decisivos (houve no domingo, em uma emissora importante da Capital, um torcedor que garantiu que alguém que participou da arbitragem é funcionário do Cruzeiro. Pelo sim, pelo não e para o bem até dele mesmo, dever-se-ia apurar, porque já é a segunda vez que ouço isto no rádio). Estou me lembrando, rapidamente, de dois lances no jogo Atlético X América. O cidadão que apitou agiu de má fé, tirou a vitória do América e não foi execrado, pelo simples fato de ter beneficiado o Galo. Agora como o Galo foi terrivelmente prejudicado, há todo esse auê até hoje, com entrevistas dos envolvidos, tendo de dar explicações em rádios e tv. É triste saber que alguns insanos ameaçam a integridade física dos juízes, dos auxiliares e de familiares dos envolvidos na arbitragem. Um outro fator,a ingestão excessiva de bebidas e de outras coisas mais, está presente em grande parte das ocorrências. Acontece que não se vendem bebidas no estádio, mas o irresponsável vai bebendo pelo caminho e já chega lá pronto para tudo, menos para torcer civilizadamente. E volta para casa, bebendo. Essa incompetência de marcar jogos para as 22 horas da madrugada ainda vai trazer problemas sérios.
Finalizando, algumas medidas estão ao alcance da Polícia e da Justiça, outras nas mãos dos dirigentes dos clubes, evitando abrir a boca em vésperas de jogos complicados, e outras nas mãos da Federação e do quadro de árbitros, escalando juízes que não tenham simpatia por um dos clubes envolvidos. Basta agir.
Agora, como americano, advirto que estamos a dois pontos do Módulo II e a 11 do primeiro lugar. Aonde se chega mais fácil e rápido? Que o novo treinador faça de conta que nunca ouviu falar em Fábio Júnior e Joãozinho, a nata da ruindade e o retrato fiel do descompromisso com um clube tão tradicional, escalando o que há de melhor, independente da idade. Pelo menos, alguns deles, como o Euller, jogam mais e têm amor pelo clube. Emprestaram o jovem, talentoso e promissor Leo para ter dinheiro para pagar caro pernas-de-pau?!

Patético! Abraços!”


Leo Silva: exemplo da competência dos olheiros do Cruzeiro

Mais um exemplo da competência dos olheiros do Cruzeiro. Depois de rodar tanto o zagueiro Leo Silva poderia estar em um time da prateleira do meio ou de baixo.

Hoje é um dos melhores da posição no país e importantíssimo no esquema do Cruzeiro.

Vejam o histórico dele:

Nome completo: Leonardo Fabiano da Silva e Silva
Posição: Zagueiro
Data de nascimento: 22/7/1979
Local: Rio de Janeiro-RJ
Altura: 1,92m
Carreira: América-RJ (1999-202); Brasiliense (2002-2003); Bahia (2004); Palmeiras (2005); Portuguesa (2006); Juventude (2007); Al-Wahda-EAU (2007-2008); Vitória-BA (2008)
Títulos: Campeonato Brasileiro Série C (2002), pelo Brasiliense; Campeonato Baiano (2008), pelo Vitória-BAcruleosilva_wa_2302100005Foto: Washington Alves/VIPCOMM


Galvão Bueno vira vinho e Traffic entra no ramo de grandes shows

* Da coluna do Ancelmo Góis de hoje, no O Globo:

Vinho Bueno

Em agosto, Galvão Bueno lançará uma marca de vinho com seu nome.
O vinho Bueno será produzido nos vinhedos gaúchos de propriedade do locutor.

Grandes shows

O empresário J. Hawilla, com negócios na área esportiva e de imprensa, vai entrar pesado na promoção de grandes shows.
Esta se associando a um conhecido empresário que traz estrelas internacionais.

* http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2010/02/23/a-coluna-de-hoje-268591.asp


Torcedores do Cruzeiro e Milton Neves esquentam bate boca no twitter

Torcedores do Cruzeiro e o jornalista Milton Neves estão no maior bate-boca desde ontem e hoje o mineiro de Muzambinho, radicado há muitos aos em São Paulo, deu uma apelada em seu twitter:

milton_neves “Agora estou saindo do ar em protesto à cruzerada complexada e masoquista q não larga de meu pé e q não sai de meu blog e twitter”


Jornalistas do Lance! são condenados a indenizar árbitro de futebol

Todo cuidado é pouco!

* Do site Comunique-se:

Jornalistas do Lance! são condenados a indenizar árbitro de futebol

Da Redação

A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão que condena os jornalistas do jornal Lance! Carlos da Silva Monteiro e Eduardo Tirone a pagar indenização por danos morais ao árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, acusado, em uma reportagem do veículo, de ter superfaturado passagens em dois jogos.

Os textos publicados em 2007 usava uma fonte para a acusação. “Olho nele: Gutemberg superfaturou passagens em dois jogos; Inscrito em 2004, Gutemberg, contrariando determinação da entidade, está atuando em jogos das séries A e B do Brasileiro com o nome inscrito na lista de devedores” da Serasa. Em outro texto: “Segundo informações apuradas pelo Lance!, os desafetos de Gutemberg desconfiam que ele esteja apitando em situação irregular, contando com a conivência de alguém. Outra hipótese é que o árbitro tenha conseguido adulterar o documento”, dizem as reportagens.

No entendimento da 10ª Câmara, por votação unanime, os jornalistas não se aprofundaram na investigação da denúncia antes de publicá-la. “A circunstância de mencionar a fonte, não isenta os jornalistas de perquirirem a veracidade daquilo que está sendo divulgado. Exige-se aí, um mínimo de responsabilidade, não se podendo aceitar qualquer comportamento açodado e leviano por parte dos profissionais da imprensa.”, disse o desembargador Celso Luiz de Matos Peres.

Atendendo a parcialmente ao recurso interposto pelos jornalistas, o desembargador reduziu o valor dos honorários sucumbenciais, de 15 para 10% do valor da condenação, que é de R$ 10 mil. Ainda cabe recurso da decisão.

As informações são do Consultor Jurídico.

* http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D55014%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D1217451664%26fnt%3Dfntnl


Estamos mal, mas podemos piorar!

Ouvi esta manhã na CBN e é importante que o público saiba como andam a cultura e conhecimentos gerais de autoridades que têm grande poder de interferência em nossas vidas. Aconteceu em São Paulo, como acontece em qualquer lugar do Brasil. Em Belo Horizonte não faltam lamentáveis exemplos como este.

Foi um comentário do Juca Kfouri, falando da violência no futebol paulista.

“Os números já são conhecidos: um morto e 20 feridos.

Este é o saldo da guerra entre as gangues que vestiam as cores de Palmeiras e São Paulo no domingo que passou.

Nada a lamentar em relação a quem morreu e a quem se feriu porque, desta vez, ao menos, nenhum inocente foi atingido.

Mas, mais uma vez, ficaram demonstradas a ausência e a incompetência do Estado para por fim a estas batalhas.

Ouvido pela ESPN Brasil, o promotor de Justiça encarregado do tema disse que a “Inglaterra só acabou com a violência quando a Rainha Margareth Tatcher interviu”, confundindo a Rainha Elisabeth, que foi quem interveio, com a primeira-ministra, além de pisotear na última flor do lácio, inculta e bela.

Em bom português, vamos de mal a pior.”

* Está também no blog do Juca: http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2010-02-21_2010-02-27.html#2010_02-23_11_39_29-9991446-0


Belorizontino tem dificuldades para adquirir ingresso na Itália

A violência no futebol é um problema mundial e cada país adota medidas de acordo com as suas conveniências. Recebi e-mail do amigo, Marco Antônio Falcone, belorizontino, produtor de uma das melhores cervejas brasileiras que conheço, a Falke Bier (www.falkebier.com.br) . Ele foi visitar o filho Tiago, que estuda na Itália e quis assistir a um jogo do Campeonato Italiano sábado passado.

Veja que interessante e depois  do e-mail do Marco leia o desfecho da história:

“Amigo Chico Maia, 

Estou em Roma, para visitar o Tiago. A Alitalia extraviou minha mala de roupas e até agora não consegui reavê-la. Mas o absurdo a que me refiro não é este, mas relativo ao futebol. Quando montamos nossa agenda, vimos que havia uma brecha para assistirmos o jogo entre Roma e Catânia, no estádio Olimpico. Desde semana passada que o Tiago tem tentado comprar o ingresso, sem sucesso. As negativas se baseiam no preceito que apenas moradores de Roma podem adquirir ingressos para o jogo. Mesmo provando através de documentos sua frequência na Universidade de Sapienza, não admitiram vender os ingressos.

Hoje ele conseguiu uma declaração de residência (pois como sabe ele realmente reside na cidade) e foi até o ponto de venda credenciado. Conferiram e atestaram a veracidade, só que não pôde comprar, pois para o segundo ingresso (o meu), também havia a necessidade de comprovação de residência em Roma. Acredita nessa loucura? O país do Berlusconi está chegando às raias da xenofobia! Ou seja, não é só no Brasil que acontecem coisas estapafúrdias. Temos algumas mais ridículas, como a proibição da cervejas nos estádios. 

No mais, em termos de cervejas especiais, a Itália vai muito bem. Acompanhe no culturacervejeira.com que aos poucos estou postando o passo a passo.

Um grande abraço e Pão e Cerveja!”

Marco Falcone

* No dia seguinte o Marco e o Tiago telefonaram para contar mais detalhes e esclarecer: as autoridades italianas acabaram vendendo o ingresso para o Marco, depois que constataram que ele era um turista e não um torcedor do Catânia disfarçado. É uma das formas deles evitarem brigas entre as gangs organizadas de lá.

E olhem que a cidade de Catânia fica na ilha da Sicília, a quase 600 km de Roma!

O Marco compreendeu que não foi xenofobia e sim medidas de segurança, inclusive com as devidas explicações das autoridades de Roma, e ficou de escrever novamente sobre a experiência no belíssimo estádio Olímpico.

* E o colaborador do blog, Benny The Dog, acrecentou: “Como sabem, algumas torcidas por causa de episódios de violência no passado, não podem acessar estádios como visitante. Há dois anos, torcedores do Catánia provocaram a morte de um policial.”