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O ano em que Cuca arrumou o Cruzeiro, Vanderlei Luxemburgo fracassou no Galo e Mauro Fernandes devolveu o América à Série A

Marcos Rocha (esq.) e Fábio Junior, hoje comentarista da Globo, comemoram gol contra o Sport Recife, na Arena do Jacaré, na campanha que deu o acesso ao Coelho em 2010. Foto: Uol
O ano de 2022 começou com o Galo sem treinador, o Cruzeiro com um uruguaio que busca o seu espaço na prateleira de cima e o América com Marquinhos Santos, cujo contrato vai até o fim do Campeonato Mineiro, podendo continuar ou não.

O treinador certo no time certo, na hora certa é fundamental, mas ninguém tem certeza do que vai ocorrer na temporada de cada um, já que um conjunto de fatores influi para o sucesso, fracasso ou campanha meia boca na sequência. Nem sempre o treinador mais famoso consegue atender as expectativas e muita vezes um desconhecido surpreende e se torna protagonista.

Nesta época do ano, previsões são feitas por jornalistas, videntes, pais e mães de santo e “profetas do acontecido” de toda ordem. Também, há uma fértil plantação de notícias, muito bem trabalhada por agentes de jogadores e treinadores, na intenção de conseguirem bons contratos para seus representados.

Revirando arquivos de fotos e antigas colunas dos meus tempos nos jornais O Tempo e Super Notícia, encontrei uma que tem tudo a ver com essa época do ano e mostra como a história sempre se repete. Mudam as pessoas mas, entra ano, sai ano, o enredo é muito parecido.

Confira essa coluna, do dia 17 de dezembro de 2010. Foi o ano da Copa do Mundo na África do Sul, na qual tive a satisfação de trabalhar com grandes companheiros, a quem aproveito para prestar a minha homenagem, republicando algumas fotos, em Durban, no dia 25 de junho, antes de Brasil 0 x 0 Portugal, último jogo da fase grupos.

No centro de imprensa de Durban, o então editor/chefe do Super Notícia, Rogério Maurício, eu e à direita o Cândido Henrique, que hoje comanda o portal O Tempo.

***

* “Hora de rever profetas e profecias”

Nada pior que o noticiário esportivo desta época do ano, quando as
especulações tomam conta e empresários tentam plantar informações
sobre possíveis aquisições ou dispensas de jogadores de seus
interesses.
A verdade de agora costuma não demorar algumas horas, e de onde não
existia nada, às vezes sai a contratação de algum atleta por uns dos
clubes.

 

Desse jeito

Sempre foi assim, mas agora, com novas mídias, e muito mais rápidas, o
número de notícias se multiplica numa velocidade impressionante. A
internet encurtou distâncias e costuma deixar as notícias velhas em
alguns segundos.

 

Bolas de cristal

Também nesta época do ano os “profetas do acontecido” atacam de todos
os lados. Preveem que os contratados pelo clube tal vão fracassar e
que só fulano ou beltrano “pode” dar certo, porque é assim, assado e
coisa e tal.
Quando a temporada se desenrola e as previsões do profeta de plantão
se mostram erradas, ele arruma uma desculpa e fica por isso mesmo,
porque raramente alguém vai se lembrar do que ele falou na ocasião.

 

Adivinhões

Querer adivinhar o resultado de uma contratação é arriscar cada vez
mais a credibilidade de quem vive de opinar. Não entro nessa, em
relação a treinadores ou jogadores. Só depois de uma sequência de
jogos é possível dizer se foi bom ou mal negócio, em qualquer lugar do
mundo.

 

Um ano depois

Um ano atrás quem arriscaria dizer que Vanderlei Luxemburgo teria no
Atlético um dos maiores fracassos da sua carreira em 2010? Tinha todas
as condições favoráveis para brigar na cabeça nas várias disputas que
teria pela frente, porém, foi demitido depois de uma goleada de 5 x 1
para o Fluminense e deixou o time numa luta desesperada para não ser
rebaixado.

 

O outro lado

A caminho do estádio de Durban, na Praia Milha Dourada, Rodrigo Clemente entre eu e o Rogério Maurício

Na casa onde estava hospedada a equipe do SUPER, em Johanesburgo, durante a Copa do Mundo, o fotógrafo Rodrigo Clemente temia pelo pior para o time dele, o Cruzeiro. Achava que as saídas de Adilson Batista e Eduardo Maluf eram sinais de decadência, e que o técnico Cuca não daria conta do recado. Ninguém, de sã consciência, imaginaria que a Raposa seria vice nacional este ano.

 

Bom exemplo

Os “profetas” deitaram e rolaram nas previsões pessimistas em relação
ao América, que na ótica da maioria, brigaria para se manter na Série
B. Mauro Fernandes era técnico para durar só até o fim do Campeonato
Mineiro, e o ano seria “terrível” para o Coelho.
Pois é! Deu no que deu! Foi um dos anos mais felizes do América nas
últimas décadas.

 

Tem que rir

Os “profetas” estão entre nós da imprensa e os torcedores. Tudo
registrado em jornais, gravações de rádio, TV e no mundo virtual. Os
torcedores nas comunidades dos clubes e nos comentários enviados aos
tantos espaços da blogosfera. Antes de escrever esta coluna corri os
olhos nos comentários daqueles que me honram com suas participações no
www.chicomaia.com.br e ri muito.

***

Também em Milha Dourada, em mais uma foto do Rodrigo Clemente, preparação para pose e foto automática 

De volta a Joanesburgo, em frente ao Memorial Nelson Mandela, na Central Street, 107 – Houghton/Gauteng

***

Naqueles tempos eu ainda não tinha os endereços no Facebook, Twitter ou Instagram:

www.facebook.com/blogdochicomaia/

https://twitter.com/chicomaiablog

www.instagram.com/chicomaiablog/


O outro lado do fim da “era” Fábio, na ótica de atleticanos, ou: o desfecho de toda arrogância sendo castigada

Algumas opiniões de comentaristas aqui do blog e uma profética coluna do genial Fred Melo Paiva, no Estado de Minas, em 14 de dezembro de 2019, que vale (demais) a pena ler de novo. Repetindo: coluna de 2019

Luís Cláudio

E eis que de repente, a imprensa mineira parou de mostrar os dribles do Fenômeno no Kanapkis. Agora são obrigados a mostrar a rasteira do Fenômeno na torcida azulina e no Dom Fabom.

 

Cláudio Brito

Alegria de arrogante dura pouco, outro dia os caras estavam vibrando com a SAF. Agora aguenta coração!

 

Clovis Mineiro

Eu só sei de uma coisa, todos que tentaram conquistar a máfia azulina desrespeitando o Galo, aconteceram deste “jeitim” Continua a maldição!

 

José A. Filho

Para nós atleticanos, fica na lembrança a sempre costumeira arrogância desse moço. As viradas de costas para nós, os constantes sinal do 6 x 1. A costumeira menção aos nossos (na opinião dele) escassos títulos. Não é de nós atleticanos, a missão de defender essa figura. Nós nunca ficaremos tristes sensibilizados ou aborrecidos com o desfecho da justiça contra a arrogância desse moço. Qualquer declaração de apoio, soa como hipocrisia semelhante à do tal diretor braço direito do tal fenômeno.

 

Sérgio Ricardo

Isso mesmo. Figura arrogante e com a estranha resistência por parte dos técnicos da seleção brasileira de não convocá-lo. Será por quê?

 

* Fred Melo Paiva

Coluna no Estado de Minas em 14/12/2019

Há anos estamos a alertar o Crüzëirö: não tremas. Mas assim como a coroa encarapitada sobre o escudo, como se numa penteadeira, o Crüzëirö deu de ombros para o nosso sinal ortográfico, nosso toque sutil e galhofeiro, ainda melhor porque advindo de uma verdade incontestável dos fatos. Como Fábio, o Crüzëirö deu as costas ao inimigo. O inimigo leal que cansou de avisar sobre os malefícios da soberba e o equívoco da vaidade.

“Quem gosta de título é cartório”, dizíamos, à época das vacas magras, faquires a bem da verdade. Era o nosso jeito de falar que o amor vale mais do que as taças, nós avisamos. Títulos? Papai goxta. Mas o que são títulos diante da foto famosa do jovem time do Galo saindo abraçado de campo depois de perder nos pênaltis, e invicto, o Brasileiro de 1977? Sacanearam o Reinaldo. O título é aquela foto. É possível que você, cruzeirense, ria disso. Este é o seu maior inimigo na Série B: agora, meu amigo, não tem taça, não tem coroa, só o amor salva.

Títulos? Temos também. Durante 42 anos, esperamos pelo título impossível. Ganhamos. Daquele jeito que foi, épico, do tamanho do nosso sonho. A perna esquerda de Deus, o Leo Silva fazendo os 2 a 0 aos 42 do segundo tempo, a arquibancada em sessão de descarrego na igreja evangélica. Não seria exagero botar a coroa, o cedro e o trono sobre o nosso escudo. Mas não colocamos nada – ter a sorte de nascer Galo e ter visto aquilo daquele jeito, depois de tanto sofrimento, é algo que você só imprime na memória, na alma e no coração. Não é a falta de dinheiro que pode acabar com o Crüzëirö. É a simpatia, que embora quase amor, não chega de fato a sê-lo.

Pense no modo como o Galo caiu. Sem oportunismo, e tenho provas, o final do jogo contra o Vasco que decretou nossa queda em 2005 está, opinião própria, entre os três momentos mais bonitos da nossa história. Sessenta mil desalentados a cantar o hino de um jeito que eu nunca vi ele começar. Aos poucos, doído, um tango, um blues, e de repente aquilo vai num crescendo de vozes e lágrimas. Chorei todas as 800 vezes que vi e revi aquela cena, e olha que ela não me dói mais – ela me enche de um orgulho sem tamanho. Na saída do estádio, uma multidão cercou o ônibus do Galo, numa devoção que eu nunca vi. Como uma dor daquele tamanho pôde se transformar naquela explosão de um amor tão colossal?

As circunstâncias foram outras e não gostaria de desrespeitar a dor do cruzeirense que, por ventura e exceção, seja, vamos dizer, um cruzeirense atleticano. Mas apenas vejam como caímos e como o Crüzëirö caiu. Se tivesse de escolher uma segunda estrela pra botar no nosso escudo, eu escolheria o título da Série B. Por tudo que ele representa sobre amar qualquer coisa que seja em seu pior momento, carregar nas costas, assumir a bronca. Pela lição de humildade, garra e determinação. Ou o cruzeirense aprende a chorar porque ganhou três pontos do Operário ou vai se transformar num time pequeno, mesmo que um dia suba.

A torcida do Atlético sempre torceu… pela torcida do Atlético. Nós. Sempre na primeira pessoa do plural. Celebramos o aniversário do Atlético como o aniversário dos nossos filhos. Gritamos Galo a cada copo que se quebra no chão. Ainda que secretamente, usamos a camisa do Atlético em nossos próprios casamentos, em vitórias extracampo, mas também nas piores derrotas, nos velórios, vai com o filho na maternidade e vai com a gente no caixão, a que veste melhor com o paletó de madeira.

Guardo a suspeita de que o cruzeirense falhou em desenvolver essa parte porque o Crüzëirö nasceu e cresceu em função do Atlético. Nunca ele mesmo – sempre uma reação. Desde os primeiros dias até a nossa Libertadores de 2013. Foi o nosso título que desencadeou a tragédia do lado de lá. Gastaram os tubos, ganharam dois brasileiros, queriam empanar nossa conquista. Acabaram por construir uma dívida que, agora, os engole pelas pernas. De certa forma, o Kalil, involuntariamente, realizou o sonho de acabar com o Crüzëirö.

Feliz 2020 pra quem for capaz! Esta coluna volta ano que vem. Na Série A. Gaaaalooo!

* Fred Melo Paiva

Coluna no Estado de Minas em 14/12/2019


O outro lado do fim da “era” Fábio, na ótica de cruzeirenses que aprovaram a dispensa

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Fábio nunca foi unanimidade, como insistem dizer alguns jornalistas. O diamantinense Rafael Timão, conhecido engenheiro e músico da banda Batcaverna, me dizia ano passado que o irmão dele dizia, antes do rebaixamento, que o Cruzeiro nunca melhoraria enquanto o Fábio estivesse lá, no que ele passou a concordar, quando o clube caiu. Sob o argumento de que, com tanto tempo de casa, o sujeito vira meio “dono”, “            xerife”, interferindo direta ou indiretamente em tudo relativo ao grupo e até nas escalações. Também penso assim, em qualquer time.

Aqui no blog, volta e meia um cruzeirense aparecia para criticar essa longevidade do Fábio. O mais ferrenho é o Alisson Sol, que mora nos Estados Unidos, mas acompanha atentamente o que se passa no futebol brasileiro, principalmente no Cruzeiro.

No post em que eu critiquei a falta de cortesia do diretor Paulo André, que nem cumprimentou o goleiro no dia da degola dele, o Alisson discordou:

“Não estou entendendo mais nada. Querem “profissionalismo”. Mas desde quando alguém que é dirigente de um clube tem que ficar adentrando “salas ao lado” para cumprimentar quem lá está? Talvez o Paulo André sequer soubesse que ele estava na “sala ao lado”. Quantas vezes alguém me disse horas ou até dias depois de uma reunião que alguém que conheci visitou “a sala ao lado”. Eu tenho mais o que fazer e trabalho de fone de ouvido para não ficar escutando conversa “da sala ao lado”!

Até agora, tudo que tentaram apontar de “falta de profissionalismo” na nova administração é mero despeito. Nem tenho a ilusão de que isto vá durar. Se o Benecy não sair logo, aí a coisa toda fica muito suspeita…”

Sobre a história recente do Fábio no Cruzeiro e a saída dele, o Alisson Sol foi mais duro ainda em sua argumentação:

“O Brasil não é um país para amadores…

As pessoas contratam uma empregada doméstica por aproximadamente mil reais. Um prato quebrado e a pessoa é chamada de descuidada. Às vezes pensam em “descontar do salário”. Às vezes até demitem. Chegam a um posto médico e querem furar fila, e se alguém reclama, ofendem funcionários públicos ganhando um ou dois salários mínimos. Alguns até contam a estória depois com orgulho: “Resolvi o problema! Quem este sujeito estava pensando que é!“.?

Uma administração de clube de futebol faz um estranho contrato com um goleiro por um valor de mais de 500 salários mínimos. O goleiro tem um desempenho medíocre. Chamado de “líder” dentro e fora de campo, deixa panelinhas de jogadores literalmente entregarem jogos. Pensavam que depois iriam facilmente recuperar os pontos quando os inflados salários e premiações atrasadas fossem pagos. O clube é rebaixado. O jogador faz um “sacrifício” junto com seu agente: ao invés de 500 vezes o salário-mínimo, aceita receber apenas 250 vezes! Provavelmente, há outros “acordos” por fora. No Brasil, vários jogadores e técnicos recebem parte do passe de promessas do clube nestes acordos. Até preferem assim, pois fica mais fácil levar o dinheiro para um paraíso fiscal em uma venda internacional. Tem técnico aí com participação em metade do time. E a torcida sem “entender” (ou querer ver) porque tem jogador que é escalado não importa a forma física ou técnica.

Voltando à vaca fria: para a empregada doméstica, para o porteiro do prédio, para o lixeiro, para o policial, para o atendente do posto médico, e para o funcionário do estádio, nenhuma homenagem. Para um goleiro que já recebeu mensalmente mais que o salário de todos somados, além de vários outros benefícios, querem homenagens, que o agente decida valor e tempo de contrato, etc. Não é o futebol brasileiro que está falido. É a decência!”

Alisson Sol


A nova realidade do Cruzeiro, os protestos dos torcedores e o outro lado da saída do Fábio

Imagem: Danilove Sports/youtube.com

Ronaldo e o braço direito dele, Paulo André, não moram aqui. Protestos na Toca da Raposa ou na Praça Sete não os incomodam nem perturbam o sono deles. A gritaria de uma boa parte da imprensa mineira, muito menos, principalmente porque quase toda a imprensa nacional, tratou a saída do Fábio como normal, para a nova realidade do clube.

O então presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues alardeava que o Cruzeiro seria a “primeira SAF” do futebol brasileiro, como se isso fosse um troféu. Pois é!

Em tempo recorde, após a aprovação pelo Conselho Deliberativo, já apareceu um “comprador”. Aí foi a torcida quem soltou foguetes, já que o dono da primeira SAF do Brasil seria “ninguém menos” que Ronaldo, que retornaria o Cruzeiro ao seu patamar, com investimentos “fenomenais”. Acabava o “cabuloso” e chegava a era “fenomenal”.

Também em tempo recorde, a realidade bateu à porta, a ficha caiu, e como caiu.

A dívida que também era fenomenal, aumentou, com números que o Ronaldo não teve conhecimento antes de assinar a compra. Também não sabia que as maiores receitas já tinham sido antecipadas. Direitos de TV e patrocínio máster da camisa, já eram!

Negócio é negócio e ao invés de desistir, pois ainda havia tempo, o “Fenômeno” resolveu fazer um “choque de gestão”, fenomenal, e mandou cortar toda gordura possível, além  de pensar, urgente, nas fontes de arrecadação.

O dono da primeira SAF verde e amarela é cidadão do mundo e mora no exterior, no Rio e em São Paulo. Era aguardando em Belo Horizonte para uma recheada agenda, no dia do aniversário do clube, dois de janeiro. Seria a chegada triunfal do “Messias”, para anunciar as boas novas e os novos tempos da primeira SAF. Ainda que ele ficasse algumas horas nas montanhas da capital mineira, a simples vinda era motivo de festa no mundo azul, com recepção preparada no aeroporto, foguetes, buzinaços e tudo que os grandes salvadores da pátria merecem. Parecia até que Ronaldo voltaria a jogar futebol, como nos tempos em vestiu a própria camisa cinco estrelas.

Mas (tem sempre um mas, né?), o danado do vírus foi quem entrou em campo, escalado para evitar constrangimentos. Virou moda, sempre que alguém quer escapar de reuniões e encontros incômodos, alega que pegou o vírus, ou melhor ainda, está sob suspeita.

Claro que não deve ter sido o caso do ex-craque, não é? Apesar de ele nunca ter demonstrado qualquer gratidão ou feito um gesto de carinho em relação ao Cruzeiro e a Belo Horizonte, depois que se tornou  estrela internacional, agora ele é o dono do clube que o revelou, certo?.

Fogos guardados para a estreia do time que estava sendo montado por Vanderlei Luxemburgo e Alexandre Matos, no Campeonato Mineiro, que  este ano não teve os direitos comprados pela Globo e nenhuma rede de TV. E que time, hein!? Com Fábio, 41 anos, Jaílson, 40; alguns outros veteranos, mais uns desconhecidos e o que sobrou do time que escapou da Série C do Brasileiro nas últimas rodadas da B em 2021.

No dia seguinte à frustrada visita do dono, a primeira SAF do futebol brasileiro começou colocar em prática o “plano de negócios”, que toda empresa que se preze tem que ter. Cortar custos desnecessários e criar fontes de receita. O principal produto de comercialização da SAF é jogador de futebol, que para ter mercado precisa ser, preferencialmente, jovem. Zezé e Alvimar Perrella já diziam que era preciso vender três ou quatro jogadores por ano para manter a máquina funcionando. E funcionava. O Dr. Gilvan mudou a fórmula e passou a investir em veteranos. Ganhou títulos, mas não vendeu ninguém. As contas continuaram chegando e o dinheiro para pagar, não. Aí veio a gestão Wagner Pires e deu no que deu. Posto para fora com a turma dele, foi substituído por um Conselho Gestor que deixou como herança, seis pontos a menos, na tabela de classificação da primeira Série B disputada pelo clube em sua história, cumprindo punição da FIFA por calote. E chegou a ser dito na época que o dinheiro para pagar a tal dívida estava garantido.

Eleito, começou a “era SSR”, que se mostrou, desde os primeiros dias, despreparado para a missão. Ao invés de colar nos cruzeirenses de verdade, independentes, como o Pedro Lourenço, que punha e põe dinheiro para manter o Cruzeiro de pé, recorreu a esta aventura de clube/empresa, que diga-se, ele é um dos autores do texto aprovado no Congresso Nacional.

Pode até dar certo no Cruzeiro e nos clubes que optarem por isso, mas até lá, frustrações, revoltas e perrengues, como estes que a torcida cruzeirense está passando, vão ocorrer.

Se o time fizer uma boa campanha no Mineiro e conseguir o acesso à Série A este ano, toda essa revolta será esquecida e Ronaldo será glorificado no fim do ano. Caso ele fique de saco cheio e ver que vai ser difícil ganhar dinheiro com a SAF, vende para a outro e saudações. Estamos numa nova realidade, e como diz o Fernando Rocha, grande colunista do Diário do Aço, de Ipatinga, “fecha o pano”.


Cruzeiro solta nota oficial esclarecendo a saída do Fábio. Pecou só na comunicação ao seu principal cliente, que é o torcedor

O detalhe mais importante deste Comunicado Oficial do Cruzeiro sobre Fábio é a palavra “sustentável”, no que a SAF Cruzeiro  tem razão:  “As decisões no Departamento de Futebol visam a construção de uma equipe competitiva, sustentável e que esteja a altura da grandeza do clube…”

Ou seja, não existe comprador para jogador de 41 anos de idade.

A falha na história toda foi do departamento de marketing, que trabalhou mal esta situação com a torcida. Afinal, ela é que põe dinheiro, pagando ingressos, se associando, comprando pacotes de TV, material  esportivo e tanto souvenir com a marca do clube.

O Comunicado completo, publicado agora há pouco no site:

* “O Cruzeiro esclarece à sua torcida pontos importantes sobre a não renovação do goleiro Fábio. É fundamental lembrarmos que o Cruzeiro tem um desafio imenso de reorganização que precisa ser planejada e executada considerando a sobrevivência da entidade. Nesse sentido, a reestruturação precisa ocorrer em diversos campos: financeiro, organizacional, administrativo e, claro, esportivo. Muitas decisões não são populares mas precisam ser adotadas.

O projeto esportivo que vem sendo implantado considera critérios técnicos e a constituição de um plano de longo prazo para a instituição. As decisões no Departamento de Futebol visam a construção de uma equipe competitiva, sustentável e que esteja a altura da grandeza do clube. Foi exatamente um projeto nessas condições que foi apresentado ao goleiro de 41 anos, que o negou.

A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário. Os termos desta proposta não foram aceitos pelo atleta e seu agente.

O Cruzeiro, desde o início e com enorme respeito, deixou claro que a proposta  respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube. Fundamental esclarecer que o desejo do Cruzeiro era de ampliação de vínculo, embora não pelo mesmo prazo desejado pelo atleta. A proposta era de que Fábio pudesse, em campo, ao longo do Campeonato Mineiro, se despedir da torcida como ele e a própria torcida merecem. Inclusive, o Cruzeiro segue aberto para que inúmeras homenagens extracampo aconteçam.

Não é mais possível aceitar um perfil de administração que fez tantos clubes chegarem a um cenário de inviabilidade. O Cruzeiro tem clareza de que não há outra forma de manter a história de um dos maiores clubes de futebol do mundo que não seja com uma gestão responsável, com colaboradores e atletas que estejam plenamente alinhados a esse pensamento.”

https://www.cruzeiro.com.br/noticia/show/19282/comunicado-oficial


Paulo André, braço direito do Ronaldo: de líder do “Bom senso futebol clube” a carrasco frio e desrespeitoso do Fábio no Cruzeiro

Foto: Cruzeiro

Tudo bem que empresa é empresa, custo/benefício é custo benefício. Achar que um jogador/funcionário não atende mais às expectativas da casa é uma coisa, mas daí a constrangê-lo em sua saída é covardia.

O respeito nas relações humanas não pode deixar de existir. Empresas sérias, pequenas, médias ou gigantes, têm suas diretorias e gerências de recursos humanos que tratam com dignidade seus funcionários, principalmente na despedida, em especial daqueles que se tornaram símbolos da corporação durante os muitos anos de grandes serviços prestados.

Uma das maiores reclamações do Fábio nesta saída do Cruzeiro foi a frieza do ex-colega dele, em 2015, o então zagueiro Paulo André. “Não teve sequer a consideração de me cumprimentar, sendo ele um ex-companheiro de clube”, disse Fábio.

Que coisa! O mesmo Paulo André (em foto do Facebook) que conquistou a simpatia de muita gente Brasil afora com o movimento entre os jogadores profissionais intitulado “Bom senso futebol clube”, que durou de 2013 a 2016, sendo  ele um dos fundadores e das principais lideranças, inclusive.

Uma tentativa de se formar um sindicato de verdade entre os jogadores brasileiros. Defendia dentre outras coisas “Fair Play Financeiro e; participação nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol”.  O slogan que o marcou era :”Bom Senso Futebol Clube, Por um futebol melhor. Para quem joga, Para quem torce, Para quem transmite, Para quem patrocina. Para quem apita. Por um futebol melhor para todos”.

Hoje soa como hipocrisia, demagogia e trairagem, para quem defendia “fayr-play financeiro” e agora nem cumprimenta um ex-colega de profissão. Que defendia “participação (dos jogadores) nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol” e agora, como principal executivo de um grande clube, descarta um ídolo como uma laranja chupada.

Que coisa feia.

De certa forma, Fábio deu o troco à altura na carta que escreveu se despedindo da torcida:

* “Querida Nação Azul,

Perdão por esses dias de silêncio. Tentei, com todo o meu coração, permanecer no Cruzeiro.

Sempre fui transparente e vocês saberão a verdade agora.

Meu desejo é permanecer até dezembro de 2022.

A renovação do meu contrato foi acertada com o Clube através do presidente Sérgio Rodrigues em novembro de 2021, que inclusive anunciou publicamente, faltando apenas as assinaturas dos documentos negociados.

Mas essa nova administração não me deu mais essa opção.

Quero deixar claro que aceitaria a readequação no novo teto salarial, mas essa nova administração também não me deu essa opção.

Sempre estive pronto para ajudar o Cruzeiro, inclusive me readequando à nova realidade, o que já fiz em outros momentos de dificuldade do Clube.

A minha relação com vocês será eterna e está gravada na minha memória e no meu coração.

O meu carinho por vocês é gigante e a maneira que tratam a mim e minha família é algo que levarei para o resto da vida com imensa gratidão.

Só Deus sabe o que estou sentindo nesse momento. O Cruzeiro sempre foi para mim muito mais que meu trabalho, foi minha casa, minha família, minha vida.

Estive com vocês em todos os momentos, desde os mais felizes, até os mais difíceis. Nos últimos anos trabalhei ainda mais duro, orava todos os dias entregando nosso Clube a Deus para que nosso Cruzeiro voltasse ao lugar onde vivi meus melhores momentos, com muita alegria, com muita paz, com muito prazer em trabalhar. Fiz de tudo dentro e fora de campo para que de minha parte não faltasse o empenho necessário no objetivo de retornar à Série A.

Sobre as informações que estão circulando, informo que, ainda nas minhas férias, no dia 28/12, recebi o comunicado da diretoria pedindo uma reunião assim que eu voltasse.

Compareci no dia 4 de janeiro no horário marcado para ouvir a diretoria: de todo meu coração, segui para o Clube feliz e tranquilo aberto a escutar e ajudar no que fosse preciso, mas, para minha surpresa, a atual diretoria foi clara que não desejava contar comigo desportivamente para 2022. Na reunião estavam presentes o diretor executivo, Pedro Martins, e Gabriel Lima, representando a atual gestão.

Paulo André, que estava na sala ao lado, não teve sequer a consideração de me cumprimentar, sendo ele um ex-companheiro de clube.

Em nenhum momento da conversa me deram a opção de continuar.

Não fico triste pela minha história e amor ao clube, pois sei que meu amor e respeito ao Cruzeiro Esporte Clube nunca se apagarão, mas fiquei triste porque me sinto pronto para trabalhar e ajudar ainda mais o Cruzeiro.

Lutei, insisti e tentei, infelizmente em vão!

Deixei claro que sempre estive disposto a receber dentro do teto salarial, inclusive aceitando reduções do novo contrato acertado para 2022 com o Presidente Sérgio Rodrigues e ficar dentro do novo teto estipulado, mesmo assim, em vão.

Meu único pedido foi que meu contrato se encerrasse em Dezembro de 2022 dentro do teto que está sendo praticado.

Sei o que passo em cada jogo, em cada volta pra casa, em cada lágrima de dor em ver nossa luta em voltar para a Série A. Não me deram nem a opção de receber dentro do teto e muito menos ajudar o Clube no Campeonato Brasileiro. Não me deram outra opção que não fosse finalizar minha vida no Cruzeiro ao final do Campeonato Mineiro.

Me disseram que qualquer outro cenário estava inviabilizado e que eu não faço parte do planejamento esportivo para 2022.

Os 3 meses que me ofereceram de contrato só aumentariam a minha dor da despedida. Ajudar a levar o Cruzeiro de volta à Série A era meu maior sonho, queria muito tentar, multo mesmo, dói escrever isso, me perdoem de coração por não ser possível, sei a dor que eu e 9 milhões de torcedores passamos, dando nossas lágrimas nosso suor e nossa torcida e dedicação para voltarmos no lugar de merecimento da grandeza do Cruzeiro.

A SAF do Cruzeiro quer encerrar minha carreira imediatamente, mesmo estando em plenas condições físicas e técnicas para continuar jogando em alto nível e ajudando o Cruzeiro.

Somente Deus pode determinar nosso tempo.

Em 2021, fiquei fora somente de um jogo. Durante 18 anos, podem pesquisar quantos jogos fiquei fora, nunca pedi pra me ausentar, nunca faltei treino, sempre dediquei meus dias com suor e amor, não se deram ao trabalho de buscar informações sobre meu histórico como atleta.

A história que construí no Cruzeiro foi repleta de títulos, mas sobretudo de respeito à instituição, de muito trabalho e suor.

São 976 jogos pelo clube.

Dito isso, informo a vocês, com o coração apertado, com lágrimas e dor, que eu preciso aceitar que não contam comigo no clube, mesmo sabendo que fiz tudo que poderia, aceitando me enquadrar no novo patamar salarial e generosamente equacionando toda a dívida que o Clube tem comigo relativo a pagamentos atrasados.

Mostrei total disponibilidade em negociar o débito de anos anteriores, mas, infelizmente, não fui ouvido.

Deixo aqui meu agradecimento à Nação, a cada um dos funcionários do clube e a todos aqueles que, de alguma forma, fizeram parte dessa linda história.

Amo vocês!

Obrigado nação, obrigado Cruzeiro Esporte Clube por anos de muito carinho e respeito.

Estou torcendo e orando por vocês!!!

Meu amor e respeito pelo Cruzeiro e por vocês sempre permanecerá.

976 vezes, Obrigado!

Muito, muito obrigado!!!

Gratidão, Cruzeiro Esporte Clube e Nação Azul. Serão eternos na minha vida.

Eu e minha família choramos neste momento, mas gratos e confiantes que Deus nunca nos desampara.

Conto com o carinho e respeito de vocês nesse momento tão difícil.”

Fábio


Ao reduzir despesas e enquadrar até o Fábio, o novo Cruzeiro sinaliza que quer mesmo acabar com a farra financeira que imperava no mundo azul

O Cruzeiro agradeceu ao Fábio em suas redes sociais: @Cruzeiro: “Chegou a hora de dizer adeus. O ídolo que por tantos anos, tantos jogos e com tanta vida nos representou embaixo das traves, como se fosse cada um de nós da Nação Celeste, não estará mais ali, em campo.”
***
Assim como a maioria dos grandes clubes brasileiros, o Cruzeiro parecia uma estatal, daquelas graúdas, que arrecadavam fortunas, mas o dinheiro não dava para nada, pois além da grana costumar sumir misteriosamente, tinha que custear folhas de pagamento enormes (inclusive com gente que não tinha o que fazer lá) e garantir mordomias inacreditáveis aos seus “executivos”.

Essa onda de SAF no Brasil produz este efeito positivo inicial de dar uma moralizada no assunto. Todo real que sai precisa ser justificado. Na nova “era Ronaldo”, a turma dele está mostrando a que veio, sem tomar conhecimento se é treinador, dirigente ou jogador famoso ou “intocável” da torcida. O primeiro a receber bilhete azul foi o diretor Alexandre Matos, depois o técnico Vanderlei Luxemburgo e agora, certamente por consideração pelas defesas que já fez pelo time, o goleiro Fábio, 41 anos, recebeu um ultimato: se enquadra na nova realidade de salários do clube ou recebe uma placa de agradecimento e vai bater em outra freguesia. Foi o que ocorreu.

O perfil do grupo que está sendo montado é coerente com o objetivo de 2022, que é retornar para a Série A. Treinador jovem, da escola uruguaia de “sangue nos olhos” até em  treinos, e muita disposição. Uma mescla interessante de jogadores: uns experientes, com a pretensão de ressuscitarem e se recolocar no mercado da bola; outros, jovens promissores, querendo “estourar” e ganhar a vida. Em princípio, sem nenhuma estrela ou “dono” do time, desses que ninguém ousa mexer em sua panela. Pode dar certo.


O técnico ideal para o Atlético neste momento. Façam suas apostas

Em foto publicada no jornal Lance, um dos cotados, o português Carlos Carvalhal, 55 anos, do Braga, cuja multa para sair é de 2,5 milhões de euros

Escolher o treinador certo é fundamental para uma temporada bem sucedida. Não é tarefa fácil. O Atlético investiu alto em Jorge Sampaoli, que exigiu grandes contratações, montou um bom time, que teve começo arrasador no Brasileiro de  2020. Mas o ritmo de jogo com tanta intensidade exigida de todos os jogadores era e é impossível de se manter em todos os jogos. No decorrer do campeonato o time sentiu a condição física e não chegou ao título. Ficou a lembrança de partidas memoráveis, mas também de jogos muito ruins. Era 8 ou 800. Além do mais o técnico argentino não conseguiu arrumar a defesa. Do time campeão de 2021, neste setor, ele só não tinha o zagueiro Nathan, que era do Galo, emprestado ao Atlético-GO, que o Cuca mandou buscar. Mariano melhorou aa forma física e resolveu o problema da lateral direita. Ou seja, dois bons treinadores em sequência, adeptos do sistema ofensivo, que se completaram. E o Galo ganhou!

Sampaoli rompeu o contrato para voltar a trabalhar na Europa. No Olympic Marselha. E o Atlético conseguiu fechar com Cuca, que era rejeitado por grande parte da massa. Mais por causa da pisada na bola no Mundial de Clubes, do que pela sua competência.Agora a vontade é trazer Jorge Jesus, que ao que tudo indica, quase impossível. Também adepto do jogo ofensivo, certamente acrescentaria ao que seus dois antecessores deixaram de bom. Com a possível negativa do JJ fica o dilema da diretoria, que não pode errar como o Flamengo errou no sucessor do Jesus. Optou pelo catalão Domènec Torrent, 59 anos, que tinha de importante no curriculum, ter sido auxiliar no Barcelona B, no Barcelona A, no Bayern de Munique e no Manchester City. Dirigiu o New York City, que não vale como referência e depois o Flamengo. Ou seja: olho ruim dos avaliadores rubro-negros, uma aposta que deu errado.

Já o Palmeiras teve “olho clínico” e foi competente na avaliação do português Abel Ferreira, 43 anos, que também era inexpressivo em termos de curriculum no que se refere a clubes da prateleira de cima. Foi técnico do Sporting B, do Braga B, depois do principal do Braga e comandou também o PAOK, da Grécia, antes de vir sucesso no Brasil e na América do Sul com o time paulista.

A nacionalidade é o que menos importa nessa história. O Atlético precisa ter “olho clínico” e de repente  gastar até muito menos do que gastaria com um Jorge Jesus ou Carlos Carvalhal. Há treinadores “emergentes” de enorme potencial, como o Abel Ferreira, na Argentina, em Portugal e na Espanha. Mas, para comandar o Galo precisam ter mentalidade tática semelhante ao Cuca e Sampaoli. Também precisa vir de “”mala e cuia”, trazendo mulher, filhos, sogra, papagaio e cachorro na bagagem para fincar o pé na Cidade do Galo e em Belo Horizonte, pensando e vivendo o clube e as competições que tiver pela frente o tempo todo.

Nada contra treinadores brasileiros, mas neste momento, qualquer um chegaria sob desconfiança e frustração pelo fato de o Atlético ter criado essa expectativa de um nome de respeito do exterior.


Novo treinador do Galo virou novela e mais nomes são especulados; até Renato Gaúcho, de novo!

 O argentino Sebastián Beccacece (esq.) do Defensa y Justicia,  foi auxiliar de Jorge Sampaoli nas seleções do Chile e da Argentina. Foto: www.alairelibre.cl/noticias/deportes/rusia-2018

Jorge Jesus está “catimbando” demais. Os atleticanos que se manifestam não querem saber de Renato e outros bons nomes são sugeridos.  Gostei dos comentários e sugestões de tradicionais participantes aqui do blog, e concordo:

* Carlos Henrique Costa

“Técnico? vai lá na Argentina e encontra um…

JJ quer trazer mais 9, além dele.
O Galo não pode cometer o mesmo erro que fez com Sampaoli.
O outro português, a multa é alta, e o Atlético não vai comete loucuras.
Becacecce seria bom; Coudet também.
O que não pode é ficar refém de treinador.
Renato Portaluppi é marqueteiro, preguiçoso, não gosta de treinar, e só vai no papo. É motivador;
só isso, e técnico tem que ser estrategista, como o português do Palmeiras”.

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* Júlio César Ramos

“Atlético está cogitando Renato Gaúcho!? PQP!!”

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Às 11h36 o Renan Rodrigues protestou:

“Neste momento, a Band faz pesquisa por Renato Gaúcho no Galo. Coisa de empresário… A torcida do Galo não gosta de Renato Gaúcho!”


Raça impressionante, Godin ainda tem bola e fôlego para substituir muito bem a Junior Alonso

Foto: Asociación Uruguaya de Fútbol/AUF

Para um profissional que se cuida, dentro e fora de campo, como ele, os quase 36 anos de idade (16 de fevereiro) não significam tanto. Uma liderança autêntica, que une e acrescenta aos elencos que compõe. Exceção ao Cagliari/Ita, onde ficou menos de dois anos e naufragou, com todo o time, em um grupo cheio de problemas com a diretoria.

Zagueiro artilheiro, capitão da seleção uruguaia, foi o autor do gol da vitória contra a Itália, que classificou a seleção deles para as oitavas de final da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Foram eliminados pela Colômbia. Jogou muito na Copa da Rússia, em que o Uruguai foi eliminado nas quartas de final, pela França, que na sequência foi a campeã do mundo.

Seria muito útil ao Galo, pela experiência, pela bola que ainda joga e pela liderança que é.

Em 2015 o jornalista José Ignacio Fernández Navarro, escreveu sobre a vida dele, no livro “Diego Godín; coraje, corazón y cabeza”, 327 páginas, que adquiri em Montevidéu em 2019, mas que está na fila aguardando a leitura. Caso ele venha para o Galo, será chegada a hora de ler.