Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Reta final do Brasileiro 2023 e o futuro de Felipão, Zé Ricardo e Fabián Bustos no futebol mineiro

Futuro de Luiz Felipe Scolari e sua comissão técnica é incerto (Foto: @Atlético)

Hoje tem Atlético x Fortaleza na Arena do Galo, 21h30 e Inter x América, 19 horas no Beira Rio. Amanhã, São Paulo x Cruzeiro, 20 horas, no Morumbi.

Nossos clubes já deveriam estar pensando é na temporada de 2024 e escrevi sobre isso em minha coluna no BHAZ:

Felipão no Atlético, Zé Ricardo no Cruzeiro e Bustos no América. Com ou sem eles em 2024?”

Faltam ainda oito rodadas para acabar o campeonato mas a maioria dos torcedores está pensando é no que será dos seus times na próxima temporada.


O futebol mineiro não tem muito o que comemorar este ano, já que terminamos de forma frustrante, sem um título de expressão. O Atlético com um dos elencos mais caros do país luta por mísero 6º lugar, fim “honroso” que lhe garante vaga na Libertadores da América.

Depois de três anos o Cruzeiro retornou à Série A e briga por uma posição “honrosa” também. Se ficar até em 16º estará bem porque significa permanência na primeira divisão.


O América gerou enorme expetativa para 2023. Com um time aparentemente bem estruturado, sem passar apertos financeiros, fez boas campanhas no Mineiro, Copa do Brasil e Sul-americana, mas calculou mal o elenco e faltou gás para a maratona da competição mais importante que era o Brasileiro. A queda para a Série B está na contagem regressiva.

O Galo já deveria estar concentrado na remontagem do elenco para 2024, bem como uma nova comissão técnica. Até peço aqui que os atleticanos se manifestem sobre a permanência ou não do Felipão, pois tenho a minha convicção sobre ele: não deveria ser o técnico para o próximo ano. Não vejo nele o perfil de quem montará um time equilibrado, com jovens e veteranos que possam evitar os erros repetidos este ano. Não vejo nele paciência nem energia para aguentar a pauleira que é o calendário do futebol brasileiro, num clube que quer brigar por títulos e não apenas posições honrosas na classificação final. Nas entrevistas ele demonstra isso. Perder em casa para Curitiba e Cruzeiro não o tocam como deveria tocar a qualquer treinador que almeja longa carreira em times de ponta do futebol. Mas ele tem fãs fortes na cúpula que manda no Atlético, portanto, são grandes as chances de ficar.

No Cruzeiro, Zé Ricardo foi contratado para iniciar um trabalho exatamente para o ano que vem e seu contrato será mantido. É um bom treinador e deverá ganhar reforços de verdade, além de gostar de trabalhar com atletas da base.

Foto: @América


Sobre o argentino Fabián Bustos, eu até achava que também deveria ser substituído, mas o americano Marcelo Amorim, que acompanha até treinos do Coelho, o defende com argumentos muito positivos e pede a cabeça é do comando do futebol.

Confira:
* “Chico, o Bustos não é dos piores. Tem dado chance para a base pelo menos e o time compete. Agora com todo respeito, os dirigentes do América fizeram tudo errado e precisam sair.
Senão vejamos: montagem errada do elenco (na primeira rodada, contra o fluminense, alertamos aqui sobre a MÉDIA de idade do time que entrou em campo: 32 anos); guarida para condenado por duplo homicídio; guarida para agressor de mulher; guarida para funcionário que agrediu torcedor no aeroporto; casamento com o Mancini, mesmo todo mundo vendo que não dava mais certo; horrível política de venda de ingressos; venda de mando de campo.
Elenquei os principais. Em relação ao aspecto da venda de mando, já que aceitaram jogar só com torcida do Atlético, fizessem o jogo no Mineirão.
Chico, mesmo com todos os custos, e com a demanda da torcida do Atlético por ingresso mais acessível, se colocassem ingresso a 50 reais, eu te garanto que teriam mais renda do que em Uberlândia sem esse desrespeito aos poucos sócios que temos.
Sou muito grato pelo que fizeram no passado, mas é preciso mudar. Gente nova, que respeite a torcida e que não ache que o clube é deles”.

* Marcelo Amorim

Foto: @ggaleixo/Cruzeiro – Zé Ricardo


Paula Rangel se aposenta e volta a morar em Belo Horizonte

Foto: arquivo pessoal

Comemorando seu retorno às montanhas de Minas, Paula Rangel (centro) recebendo as boas vindas dos jornalistas Régis Souto (esquerda) com a esposa Jane, e Marcos Guiotti, com a esposa Vera, no restaurante República da Esbórnia, Av. Professor Mário Werneck – Estoril.

Não se trata de nenhuma jogadora de futebol nem presidente de nenhum clube. É a grande jornalista que passou os últimos 13 anos em São Paulo, mandando de lá as informações para os noticiários da Rádio Itatiaia.

Depois de 33 anos de profissão, Paula Rangel, uma das melhores do rádio brasileiro se cansou da correria da capital paulista e resolveu voltar a residir em Belo Horizonte de que tanto gosta.

Era uma das mais animadas lideranças da GaloSampa lá, e não deixará a torcida, mas agora, representando-a por aqui.  

Óbvio que na excelente forma em que se encontra não vai parar de trabalhar. Vai encarar trabalhos específicos, dar consultorias e já já soltará livros falando sobre jornalismo e de sua trajetória.

Com ela na foto, dois grandes companheiros da imprensa futebolística: Marcos Guiotti, que comandou durante muito tempo o esporte das rádios Globo/CBN e Régis Souto, ex-Sportv, que faz uma falta danada à nossa imprensa. Um dos melhores comentaristas do país, mas que trocou os microfones pelo marketing político. Foi Secretario de Comunicação da PBH nas duas gestões do Márcio Lacerda. Mas está com saudade do rádio e TV e breve deveremos tê-lo de volta.

Grande frasista e dono de sacadas geniais. Por exemplo, quando a imprensa informa com pompa que um clube contratou mais um “reforço”. Ora, ora, reforço mesmo e só mais uma contratação?

Achei em meus “alfarrábios” (ave Kafunga!) um artigo dele sobre isso e compartilho com as senhoras e senhores:

* “REFORÇO OU CONTRATAÇÃO?”

Hoje, vou contar para vocês uma das minhas criações na crônica esportiva. Não me lembro o ano, mas eu já estava com uma “moralzinha” na TV Horizonte, deve ter sido em 2005 ou 2006. Já tinha algum tempo de casa. Cheguei lá no final de 2002. Participava da bancada do programa Jogada de Classe, comandado pelo apresentador Orlando Augusto e que também tinha dois monstros do jornalismo esportivo do país: os saudosos Fernando Sasso e Willy Gonser, narradores que fizeram história.

Foto: divulgação

A situação ocorreu no início do ano, quando se concentra a maioria das transações de jogadores no futebol brasileiro. Em uma das manchetes de abertura do programa, Orlando falou com entusiasmo. “Time tal contrata mais um reforço para a temporada”. Meu lado publicitário até que gostou da valorização que ele deu ao jogador que estava chegando ao futebol mineiro. Mas meu espírito jornalístico falou mais alto.

Quando terminou a vinheta de abertura e o programa começou pra valer, minha primeira participação foi questionar a manchete do Orlando. Argumentei que ele havia exagerado ao chamar aquele jogador de reforço. Para mim, o currículo do cara não dava a menor pista que ele realmente iria reforçar a equipe. Aquilo estava mais para uma simples contratação.

Orlando gostou da ponderação. E passou fazer a seguinte pergunta sempre quando chegava gente nova no pedaço. E aí? Para você, Régis, é reforço ou contratação? Depois disso, alguns profissionais da crônica passaram a adotar a pergunta. Orlando sempre disse que foi criação minha. Até prova em contrário, tenho o dever de acreditar.

Leia mais: Paula Rangel se aposenta e volta a morar em Belo Horizonte

Eu me lembrei desse episódio porque chegou a tal da janela de contratações no futebol brasileiro. Aliás, não sei porque chamam de janela. Poderiam chamar de período de contratações, temporada de contratações, intervalo de contratações. Mas, não. O futebolês do mundo atual tem como obsessão sempre dificultar a comunicação com o povo.

Tenho dúvidas se realmente fui o criador da diferenciação entre reforço e contratação. Mas uma certeza eu tenho: não fiz escola. Continuo ouvindo muito jogador “marrumeno” ser chamado de reforço. Essa geração mais nova tem uma enorme dificuldade em escutar os mais experientes. E para que o nosso torcedor e a nossa torcedora sejam melhor informados e tenham a real dimensão de quem está chegando ao seu time, vou dar aqui algumas dicas para que todos saibam quem é reforço e quem é contratação.

O ANÚNCIO

Quando anunciam a chegada de um jogador e você tem que ir no Google para saber quem é o cara, pode crer, não passa de uma mera contratação. Quando a novidade já agregou alguma identificação ao nome, aí a situação já muda de figura. Fulano do time tal. O cara já tem uma folhinha corrida, serviços prestados. Já é lembrado por algo positivo que fez na carreira. Com exceção para aquele centroavante argentino, o Palermo. Sempre será conhecido pelos três pênaltis que perdeu em um único jogo.

A CHEGADA

Você já deve ter ouvido a seguinte expressão: “esse aí é de pegar no aeroporto”. Se na chegada do jogador você ouvir isso, pode cravar que é reforço. E com R maiúsculo. Torcida organizada marca presença para receber, a chegada do sujeito chama a atenção do aeroporto inteiro, imprensa vai lá naquela lonjura que é Confins. Já no caso da contratação, a expressão é só “pegar no aeroporto”. Um motorista do clube chega lá com aquelas plaquinhas com o nome de quem ele está esperando. Antes de sair da sede, o motorista dá uma conferida numa fotinha do jogador para não dar muito na cara que o sujeito é um ilustre desconhecido. Se brincar, o time nem manda o motorista. Contrata um Uber para fazer o carreto. Existe até mesmo a possibilidade de alguém ligar pro cara, pedir pra ele tomar um taxi e pegar a nota. O tradicional depois a gente acerta.

APRESENTAÇÃO

Esta é diferença quilométrica. Geralmente, quem apresenta o reforço é o Presidente do Clube. Antigamente, já tacava no sujeito uma camisa de 1 a 11 pra mostrar que ele chegou para ser titular absoluto. Já há algum tempo inventaram esse negócio de numeração até 99. Mais uma das covardias que fazem com o torcedor. Antes, o torcedor sabia que o 2 é o lateral direito, o 6 o esquerdo, o 9 o centroavante. Agora, não. Quem não acompanha de perto o time, fica completamente perdido. Por sua vez, a contratação é apresentada pelo diretor de futebol. No máximo. Alguns microfones pingados na coletiva. A maioria da imprensa vai nas redes sociais do clube para ver o que o camarada disse. Pega imagens e fotos por lá mesmo. E a contratação chega humilde. Fala que veio pra somar. Literalmente, se entrega que é só mais um.

ESTRÉIA

Com raras exceções, o reforço estreia como titular. Estão nele depositadas as fichas para a conquista de títulos na temporada. Se joga bem, já sobe o primeiro degrau para subir da categoria de reforço para ídolo. Se joga mal, a imprensa pede paciência para a torcida. “Ele ainda está em período de adaptação”. “Ainda não está entrosado com o restante da equipe”. “Os companheiros estão descobrindo a sua maneira de jogar”. Inventaram agora uma tal de minutagem. Parece até que instalam um velocímetro nos jogadores. Para o reforço, é um tal de passar pano… Já no caso da contratação é bem diferente. Quase nunca estreia no primeiro tempo. Se joga do meio para trás, só entra se alguém machucar. Se a posição é do meio pra frente, entra geralmente em uma situação rabo de foguete, quando o leite já está praticamente derramado.

TORCIDA

No comportamento da torcida a diferença também é gritante. Logo no primeiro jogo o reforço é recebido com musiquinha na arquibancada. Se não der tempo de inventar uma original, vai o batido “olelê, olalá, fulano vem aí e o bicho vai pegar”. Se o reforço der sinal que vai chegar a ídolo, em pouco tempo surge uma saudação personalizada. Nesse quesito, a chance de uma contratação ser homenageada com musiquinha na arquibancada é a mesma que você tem de ler textos curtos aqui neste espaço.

Portanto, estão aí boas dicas para você ter a noção de quem está chegando. Vai por mim. Margem de erro próxima de zero, menor que qualquer pesquisa eleitoral. Se ainda tiver alguma dúvida, pode perguntar aqui. Trago a sua resposta em menos de três dias. E não cobro nada.

Você pode estar se perguntando se não existe nada em comum entre o reforço e a contratação. Claro que tem. Pode ser reforço, contratação, craque ou perna de pau, todos adoram a declaração de amor mais falsa que eu conheço: beijar o escudo.

(mais…)

Regulamentação das apostas e punições a peixes pequenos

Foto: Instagram/VitorMendes

Minha coluna no BHAZ:

Apostas regulamentadas e as punições por manipulação de resultados

Nenhuma novidade sobre o assunto, que apesar de tão sério não gera tantas pautas na grande mídia. Investigativas, nem pensar, né? No país do faz de conta já está em vigor a lei que regulamenta o trabalho do mercado de apostas no futebol brasileiro que movimenta bilhões.

As autoridades “responsáveis” garantem que o texto prevê cuidados anticorrupção, lisura e transparência. Como por exemplo, o Inciso V do artigo 35-G que veda a participação, “direta ou indireta, de pessoa que tenha ou possa ter qualquer influência no resultado de evento real de temática esportiva objeto da loteria de apostas de quota fixa. Isso inclui dirigentes e atletas. Proprietários, administradores, gerentes e funcionários das próprias casas de apostas que também estão proibidos de apostar, além menores de 18 anos e agentes públicos”.

E prevenção contra testas de ferro, laranjas e coisas tais? Tem? E como se fiscaliza isso?

Enquanto isso, jogadores da prateleira de baixo continuam sendo punidos por negociar cartões, expulsões e outras coisas.

Hoje, por exemplo, o zagueiro Vitor Mendes, 24 anos, emprestado pelo Atlético ao Fluminense teve o contrato rescindido pelo clube carioca. E o Galo também não quer saber mais dele. Rescindiu o contrato que duraria até o fim de 2024.

Pode ser o fim da linha para um jogador jovem e de bom potencial. Já tinha tomado gancho de 720 dias, mais multa de R$ 70 mil do STJD. Fazer o quê? Errou tem que pagar. E fica a expectativa se algum dia vão apresentar um peixe graúdo, jogador famoso, árbitro ou dirigente apanhado na rede. Quem viver verá!

Nascido em Belém do Pará, Vitor Mendes foi revelado pelo Santos, emprestado ao sub-20 do Atlético em 2018 e reemprestado para vários clubes como Boa Esporte, Figueirense, Juventude e Fluminense.

Ele defendia o Juventude e foi acusado pelo Ministério Público de Goiás, de receber R$ 5 mil para tomar um cartão amarelo contra o Fortaleza no Brasileiro do ano passado.


Em campeonato por pontos corridos todo jogo é uma decisão

Foto: reprodução/TV – @GaloAustralia

Minha coluna no BHAZ;

Paranaense empatou em casa e o Atlético está em sexto; a vaga da Libertadores

Após os jogos do domingo pela 30ª rodada a Galo Austrália twitou: @GaloAustralia “Se não fosse aquela sequência péssima que tivemos…”
E eu respondi: @chicomaiablog Cartolagem, comissões técnicas e jogadores se esquecem que em campeonato por pontos corridos todo jogo é uma decisão. Ponto perdido não é recuperável, já a partir da primeira rodada

Pois é. O Galo fez o dever de casa contra o Fluminense, 2 a 0, sábado e ficou torcendo para o Athletico não vencer o São Paulo na Arena da Baixada. O jogo terminou 1 a 1. Pablo abriu para os donos da casa e Pablo Maia empatou para os paulistas.
Galo em sexto lugar com 49 pontos, recebe o Fortaleza, quarta-feira, 21h30; paranaense em sétimo, 48, vai ao Itaquerão, também na quarta, enfrentar o Corinthians, às 19 horas.

https://bhaz.com.br/noticias/esportes/o-galo-fez-o-dever-de-casa-contra-o-fluminense-2-a-0/


Depois de vitória sobre o Fluminense, Atlético em dia de secar o paranaense. América quase na B

Foto: Pedro Souza/Atlético

Minha coluna no BHAZ:

Galo em sexto, seca o Athletico; América tem outra virada e quase na Série B

O Atlético fez um segundo tempo muito bom e Paulinho voltou a balançar as redes da Arena MRV, duas vezes. Chegou aos 49 pontos, subiu para a sexta colocação, e torce para o Athletico/PR não vencer o São Paulo na Arena da Baixada, hoje às 16 horas. O time paranaense tem 48 pontos.
O técnico Fernando Diniz poupou a maioria dos jogadores do Fluminense, pensando na final da Libertadores no próximo sábado contra o Boca. Apenas o goleiro Fábio e o volante André iniciaram a partida.
Na quarta-feira o Galo volta a jogar em casa, recebendo o Fortaleza às 21h30.

Mastriani em foto do @América

Enquanto isso, no Independência, o América tomava a nona virada no campeonato. Chegou estar à frente no placar duas vezes, mas o Grêmio se impôs, teve melhor condição física e venceu por 4 a 3.
Faltando nove rodadas para o fim da competição, o Coelho está na contagem regressiva para o rebaixamento. Lanterna com apenas 19 pontos.
Rodriguinho abriu o placar para o Coelho, o uruguaio Mastriani foi destaque mais uma vez, marcando dois gols, mas o sistema defensivo voltou a fraquejar nos momentos finais da partida.
O Grêmio chegou aos 50 pontos e subiu para a quarta colocação.


O futuro do Atlético/SAF/empresa a partir do próximo dia 1o

Minha coluna no BHAZ – Fotos: redes sociais

Atlético se torna SAF dia 1º. Vem aí a era clube/empresa

Sempre muito bem informadas, Dimara Oliveira e Paula Coura deram em primeira mão no TempoSports que a partir do dia 1º de novembro será oficializada a Sociedade Anônima de Futebol do Atlético, que passa a gestão do futebol para Galo Holding, que terá 75%. A SAF fica com a Arena MRV, a Cidade do Galo e todos os “ativos” do futebol, ou seja jogadores do mirim ao profissional, injetando inicialmente R$ 600 milhões e devendo se responsabilizar pela dívida cujo montante ainda não foi anunciado. 

Os principais acionistas da empresa são Rubens e Rafael Menin (67,9%), Ricardo Guimarães (10,2%), FIP – Fundo de Investimentos (10,9) e FIGA – Fundo de Investimentos, 10,9%.

Com o clube ficam 25% e apesar de o presidente não ter direito a apitar nada no futebol, a função continua cobiçada, já que comandará os clubes sociais (Labareda e Vila Olímpica), além da sede de Lourdes. Também há a “liturgia do cargo”, com convites para tudo, influência nos bastidores, holofotes e etecetera e tal. Aliás, assim como no Cruzeiro ontem, daqui alguns dias haverá eleições no Galo e a disputa promete ser acirrada também.

E os donos do Atlético terão decisões difíceis a tomar nos próximos dias: quem será o principal diretor executivo, quem comandará o futebol e por consequência quem será o treinador.

A expectativa da torcida é que haja muitas mudanças porque quem está lá vem gastando muito com retorno não proporcional aos gastos. A mesma pressão que Ronaldo está tomando no Cruzeiro, para montar um time competitivo será tomada pelos proprietários alvinegros. Aliás, já começou, como mostram essas fotos de faixas espalhadas noite passada nas redondezas da sede de Lourdes.

A esperança que tenho se resume no fato de os donos serem atleticanos e morarem na maior parte do tempo em Belo Horizonte. Certamente são e serão mais sensíveis aos apelos e protestos da torcida, e às críticas e observações da imprensa.

Se souberem contratar profissionais competentes para os lugares certos, o Galo pode se dar bem. Não é fácil. Só dinheiro não significa times campeões. O Flamengo, Corinthians e o próprio Atlético são ótimos exemplos.


Cruzeiro respira aliviado e elege “Rei da Inglaterra”

Foto: @Cruzeiro – Coluna do BHAZ

As vitórias sobre o Atlético e Bahia deram sossego ao técnico Zé Ricardo e aos jogadores para trabalharem mais tranquilos, sem aquela pressão terrível de antes do clássico.

Faltando nove rodadas, 27 pontos em disputa o Cruzeiro precisa de oito, mas até com mais sete deve se livrar da possibilidade de degola. São cinco jogos fora: Fortaleza, São Paulo, Coritiba, Goiás e Botafogo. Quatro em casa: Internacional, Vasco, Athletico/PR e Palmeiras.

Interessante fora de campo foi a disputa acirrada pela presidência dos 10% que sobraram do antigo clube. Três grupos brigando por este pedacinho: uma chapa apoiada pelo atual presidente, Sérgio Santos Rodrigues e duas de oposição. Uma ligada ao Conselho Gestor que assumiu o comando após a renúncia do Wagner Pires e outra apoiada por Zezé e Alvimar Perrella.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Natural de Viçosa, o médico pediatra Lidson Faria Potsch Magalhães foi eleito presidente com 234 votos contra 178 dados a Ronaldo Granata, que foi vice-presidente de Wagner Pires de Sá.

Nome tradicional na política do Cruzeiro, dr. Lidson é Conselheiro Nato há mais de 30 anos e associado do Cruzeiro desde 1969. Compõem a chapa com ele, o engenheiro Clemenceau Chiabi, primeiro vice-presidente, e Waldeyr Estevão, ex-diretor da Sede Campestre, segundo vice. Apoiados pelo dono da SAF, Ronaldo, eles comandarão os 10% da Raposa de 2024 a 2026.

É como eleger o Rei da Inglaterra. Cargo de muito glamour, que rende bons convites para festas, mordomias, aparições em TVs, rádios, jornais e redes sociais. No futebol, não apita nada.


As duas caras do Atlético de Luiz Felipe Scolari

Foto: @Atlético

Coluna no BHAZ: https://bhaz.com.br/noticias/esportes/pretendia-se-que-a-arena-fosse-o-caldeirao-de-um-galo-quase-imbativel-la-dentro/

Tem o time que perde feio em casa para o então lanterna do campeonato, Coritiba e para o maior rival, Cruzeiro. E tem o que vai a São Paulo, ganha do Palmeiras, na capital, e do vice-líder Bragantino, no interior.

Mas ambos são inconfiáveis. Faltam jogadores à altura na defesa, meio e ataque. Uns por falta de condição técnica, outros porque já estão com a data de validade vencida, mesma situação também do treinador.

Ambos vão enganando os torcedores mais apaixonados, que não se revoltam com duas derrotas absurdas dentro daquele que pretendia-se que fosse o “caldeirão” de um Galo quase imbatível lá dentro. Comandados por um treinador frio, calejado, acostumado com tudo no futebol, que não mostra indignação ao ser derrotado em casa por dois adversários tão emblemáticos: o lanterna e o “cabuloso” na fase em que ele se encontra.

E quando se pensava que Felipão tivesse arrumado a defesa, o ponto mais fraco do time, ela volta a mostrar a sua ruindade. Como bem lembrou o tradicional atleticano Eduardo de Ávila: “… o gol do Bragantino: debaixo das pernas do Rever, ganha na corrida do Fuchs e passeia em cima do Jemerson…”


Ingresso até de graça. Promoção do América chama a atenção dos gaúchos

Imagem: @América

Minha coluna no BHAZ:

Amargando a lanterna e depois de tomar mais uma virada no Brasileiro, Athletico 3 x 2, o América tenta injetar ânimo em sua torcida e a promoção de preços de ingressos para o jogo de domingo contra o Grêmio no Independência, chamou a atenção da torcida gaúcha, como mostra o site Grêmio Avalanche: “América-MG toma medida INÉDITA de público para jogo contra o Grêmio”

A equipe mineira receberá o Tricolor no estádio Independência, em Belo Horizonte, em um jogo válido pela 30ª rodada da Série A do Brasileirão 2023. No entanto, o que torna esse evento verdadeiramente especial são as iniciativas tomadas para cativar seus torcedores.

Desde a manhã de quarta-feira (25), os ingressos para a partida estão à venda e, surpreendentemente, o clube alviverde decidiu adotar uma política de gratuidades e preços acessíveis. Para os sócio -torcedores, há descontos excepcionais visando levar um público melhor para o campo.

Os associados dos planos Jovem, Americano e VIP, que já possuem o direito do acesso garantido, também terão permissão para adquirir um ingresso por apenas R$ 5, com acesso para dois setores. Outra curiosidade é que, quem possui o plano Bala, uma categoria sem custos do clube, terão entrada gratuita pelo portão 6.

A medida busca levar o máximo de adeptos e simpatizantes para as arquibancadas. Hoje, segundo o Ranking CBF, o clube mineiro possui a pior média pagante do campeonato e a 39ª melhor entre as quatro divisões. Em 30 jogos, foram 97.100 pagantes no Horto, tendo assim uma média de 3.237 por partida.

 Diferente dos valores para os mandantes, os gremistas poderão adquirir suas entradas no valor de R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). A venda para os gaúchos está prevista para ter início nesta quinta-feira (26) às 19h, com pagamento por PIX e exclusivamente de forma online…”

https://www.gremioavalanche.net/news.asp?nID=124811


Os três mineiros e e as perspectivas diferentes para 2024

Imagem: divulgação

Minha coluna no BHAZ:

Faltando dez rodadas para acabar este Brasileiro, Atlético, Cruzeiro e América já deveriam estar pensando e agindo visando 2024. Possivelmente só o Coelho deve estar com a cabeça na próxima temporada, fazendo auto avaliação, juntando os cacos, lambendo feridas e conversando com possíveis nomes para assumir comissão técnica e substituir as muitas peças que precisarão ser trocadas no elenco. Não vi nada de diferente neste técnico Fabián Bustos e acredito que não seja o camarada certo para remontar o Coelho. Gostaria inclusive que americanos que acompanham o time mais de perto se manifestassem aqui.

Há informações seguras de que Marcus Salum anda muito abatido, mas todos sabemos do amor que ele tem pelo América e que não largaria o barco com o clube nesta situação. Errou na formação do grupo deste ano mas continua sendo o melhor e mais lúcido dirigente do futebol mineiro. Vai dar a volta por cima.

O Cruzeiro fechou contrato com Zé Ricardo até o fim de 2024 e deve honrar o compromisso. Pegou o elenco já montado, por Paulo Pezzolano e Pepa, está fazendo o que pode para segurar o time na Série A e foi contratado para dar uma cara nova ao time, principalmente utilizando jogadores formados na base.

O Atlético é uma incógnita no que se refere ao futuro. Em vias de transformação em SAF, não sabe ainda quem será o homem forte do futebol, quem será o chefão da empresa, o famoso “CEO”, se Felipão fica ou não fica, e nem quanto terá para gastar em 2024, porque a previsão é de que o orçamento será bem baixo em relação aos últimos anos. Terá que renovar muito o elenco, composto atualmente de muitos veteranos que não dão mais conta do recado e alguns muito fracos em determinadas posições, como lateral direita e meio campo.

Se a SAF vai dar certo ou não é outra incógnita. Os futuros donos do Atlético precisarão escolher muito bem quem comandará a empresa e o futebol, pois ao torcedor só interessa isso: o time. Essa turma que está lá é fraca. Mesmo gastando a fortuna que gasta ganhou apenas o Campeonato Mineiro este ano e ano passado, com o time eliminado precocemente da Copa do Brasil e Libertadores da América, além de bater cabeça na escolha de treinadores.

Alguém pode dizer que essa turma ganhou também da Recopa 2022, ok! E o Brasileiro de 1937! Ah, tá!