Blog do Chico Maia

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Parabéns José Reinaldo de Lima, o “Rei”, 65 anos, hoje!

Tive o privilégio de ser repórter setorista do Atlético, vê-lo jogar e conviver com ele nos treinos e jogos do Galo mundo afora, cheio de prêmios e homenagens pela artilharia e bola que jogava, no Mineirão e qualquer lugar do mundo . . .

. . . como na excursão do Galo à Europa, em 1982. Aqui, depois de um jogo em Salzburgo/Áustria, em dia de folga, em frente à casa onde nasceu o maestro Wolfgang Amadeus Mozart.

Um dos melhores atacantes do futebol mundial. Grande ser humano

Em 1978, depois de mais uma cirurgia no joelho, em Nova York, estava disposto a parar de jogar. Visitado por Pelé, que o convenceu a continuar, e ele jogou mais dez anos

Ano passado, com que satisfação participei, como um dos entrevistadores dele, do programa BH Todo Dia, comandado pelo Elias Sunshine, no Canal Viver Brasil. Da esquerda para a direita. Elias, o Rei, os grandes jornalistas Elton Novais e Nina Abreu, dia 24 de maio.

Parabéns Rei, felicidades sempre!

E que honra estar nessa foto, entre o grande instrumentista Juarez Moreira, o saudosíssimo Bebeto de Freitas (na época Secretário de Esportes e Lazer de Belo Horizonte, o Rei e Aluizer Malab (então presidente da Belotur, durante o lançamento do projeto “A Savassi é da Gente”, em 2018.


A diferença da qualidade de elencos de Flamengo e Palmeiras para os demais grandes clubes brasileiros, mineiros inclusive

Imagem: www.supermercadosbh.com.br

Na página Desporto Universal, uma frase do português Aurélio Pereira, diretor do departamento de recrutamento do Sporting de Lisboa:

“O Cristiano Ronaldo e o Luís Figo, nunca foram campeões de Juvenis, nem de Juniores, foram Bolas de Ouro, essa é que é a diferença. O que eu pergunto é: formação vencedora ou formação de vencedores? Faz toda a diferença.”

Dentre outros, o trabalho do “Mestre Aurélio” ajudou a revelar jogadores como Futre, Figo, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo.

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Uma das discussões em nosso futebol neste início de ano é a diferença da qualidade de elencos de Flamengo e Palmeiras para os demais grandes clubes brasileiros. Especialmente o rubro-negro carioca, que tem torcedores em todos os cantos do país e é líder em arrecadação de publicidade e direitos televisivos, além de produzir e vender jogadores que fazem com que fortunas em euros e dólares encham seus cofres anualmente.

O Palmeiras está no maior centro financeiro do país e também tem revelado e vendido muitos jogadores.

Entre os clubes que não são do Rio e São Paulo, a única chance que têm de brigar, com sustentabilidade, entre os primeiros colocados todos os anos, é investir certo nas categorias de base e conseguir boas negociações com suas revelações. Fora disso, continuarão coadjuvantes, assistindo os mais endinheirados papando a maioria absoluta dos títulos.

No que se refere especificamente a Minas Gerais, temos bons exemplos de acertos e erros nas políticas administrativa, financeira e formação de jogadores dos nossos três representantes na Série A.

O América tem a menor torcida, porém, tem a melhor gestão, enxuta, com custo geral mais baixo, dentro e fora dos gramados. Ótimo trabalho nas categorias de base; acerta na maioria das contratações, erra pouco em suas escolhas e consegue revelar jogadores para compor e recompor o seu elenco, compensando a dificuldade maior de arrecadar com público pagante, publicidade e direitos de transmissão.

Em função do estádio próprio, que será inaugurado este ano, o Atlético resolveu arriscar alto na montagem de um grande time a partir de 2020. Investiu muito para a temporada de 2021, pois precisava voltar a conquistar títulos de expressão e valorizar a sua marca. Aumentou consideravelmente sua dívida, mas não aumentou a arrecadação. Também não tinha e continua não tendo nenhuma revelação das categorias de base para ocupar espaços no time e ser negociado na sequência. O investimento em veteranos caros deu resultados imediatos, com o título brasileiro que não vinha há 50 anos e a Copa do Brasil. A arrecadação continuou inferior aos custos e dentro de campo, em 2022, o time não repetiu o sucesso da temporada anterior. Classificou-se com dificuldade para a Libertadores da América deste ano. A conta chegou e as dificuldades financeiras estão aí. Mas, tem um elenco forte e contratou um treinador que pode fazê-lo voltar a brigar na cabeça. Caso isso ocorra, entrará dinheiro com premiações, bilheteria e publicidade. Ou seja, a bola precisa “entrar na casinha” este ano. Se não, a situação ficará mais complicada ainda.

O Cruzeiro tenta ressurgir do caos no qual foi colocado exatamente por sair da política que o manteve no topo durante décadas. Não revelava jogadores para encher seus cofres, porém, comprava bem. Tinha bons olheiros, apostava em jovens promissores do interior de Minas e do país, revendendo-os muito bem na sequência. Quando passou a apostar em veteranos famosos, sem perspectivas de mercado futuro, começou gastar muito mais do que arrecadava. As consequências, óbvias, dívida nas alturas, calotes, punições da FIFA e rebaixamento. Virou SAF, retornou à Série A depois de três anos e é grande a expectativa em todo o Brasil nessa sua volta, já que foi o primeiro grande do nosso futebol a aderir à essa nova realidade de gestão em nosso futebol.

No passado, o Campeonato Mineiro, servia como laboratório para os três da capital buscarem jogadores de bom potencial. Com a Lei Pelé, que criou enormes dificuldades para a formação de jogadores pelos clubes do interior, o quadro mudou e a sobrevivência da maioria ficou comprometida. Hoje, pouco ou nada revelam e recorrem a veteranos para tentar se manterem na primeira divisão, em um campeonato disputado em menos de três meses.

A Federação Mineira de Futebol deveria reunir os clubes, grandes e pequenos, das três divisões e repensar tudo, da fórmula de disputa do estadual à alternativas que tornem a vida de todos menos difícil. Ideias e sugestões não faltam, mas é preciso que sejam discutidas, em congressos e seminários entre eles, com a participação de especialistas de diversos setores, em especial de marketing e técnicos, como a FIFA faz periodicamente.


E lá se foi o Marcos Dias Machado, ex-presidente do Bela Vista e Clube Náutico de Sete Lagoas

Que tristeza a notícia da morte do amigo Marquinhos do Grupo Santa Helena, ex-presidente do Clube Náutico e do Bela Vista, clubes dos mais tradicionais de Sete Lagoas. Grande liderança empresarial, pai dos amigos Arilton, Airton (Nequinha) e Ariadne, a quem manifesto meus pêsames, extensivo aos netos, netas, demais parentes e a tantos amigos e amigas que ele deixou.

Marquinhos era um amigo de longa data. No dia 19 de outubro do ano passado, publiquei esta foto em minha coluna no jornal Sete Dias:

Ecos do Passado

“A Copa do Catar está chegando. Nesta foto, “chá com torradas” em Guadalajara, durante a Copa do Mundo no México, em 1986. Da esquerda para a direita, Marcos Dias Machado (Grupo Santa Helena), o então árbitro da FMF, saudoso José Alberto Teixeira, Jorginho (de Brasília), o também saudoso Pacífico Campolina de Sá (Campô), Marquinho Cavalinho (Pneus Bandeirantes) e o “locutor” que vos fala.”

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O Bela Vista e o Clube Náutico emitiram notas no início da noite deste domingo. Mais detalhes no site do Sete Dias::

* “Morre Marcos Dias Machado, que será velado no Ginásio Dr. Márcio Paulino”

Marquinhos estava com 82 anos e se encontrava internado Hospital Felício Rocho

Morreu neste domingo, 8 de janeiro, aos 82 anos, o empresário Marcos Dias Machado, o Marquinhos, um dos fundadores do Grupo Santa Helena. Marcos foi presidente do Bela Vista durante oito anos, tendo encerrado o seu mandato em abril de 2022. Ele também presidiu o Clube Náutico de Sete Lagoas.

Natural de Jequitibá, Marquinhos lutava contra um câncer e estava internado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, desde a última Marquinhos deixa os filhos Arilton, Airton, Ariadne, Marcos, Marcelo e Marina. Os três primeiros são os diretores do Grupo Santa Helena. Ele tinha 14 netos.

O velório de Marcos Dias Machado será realizado nesta segunda-feira, 09 de janeiro, de 10 às 16 horas, no Ginásio Dr. Márcio Paulino, na Praça da Feirinha, no Centro de Sete Lagoas.

http://setedias.com.br/noticia/cidade/54/morre-marcos-dias-machado-que-sera-velado-no-ginasio-dr-marcio-paulino/28847


Quem são os candidatos a incomodar Flamengo e Palmeiras em 2023?

Daqui uns dias a bola volta a rolar e acabam os fins de semana sem futebol. O Milton Neves escreveu na coluna dele no Uol:  “… só vejo dois times com capacidade e elenco para bater de frente com os atuais poderosíssimos clubes da Gávea e do Allianz Parque: Fluminense e Atlético. Sim, e escrevi o nome do Tricolor carioca primeiro por achar que ele será a grande pedra no sapato de Fla e Palmeiras em 2023…”

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Pode até ser, mas não me arrisco nesse palpite. O futebol brasileiro é sempre imprevisível. Todo mundo achava que o Galo repetiria a grande temporada de 2021 em 2022 e deu no que deu.

Ninguém acreditava que o Fluminense fizesse uma grande campanha com aquele “catadão” que ele montou e foi um sucesso.

Gostei da contratação do técnico Eduardo Coudet, que terá um bom elenco nas mãos. O Jair vai para o Vasco. Nacho e Kenon já foram embora. Jogadores, que farão falta. Guga já foi tarde. Fará falta nenhuma, porém, Mariano já não aguenta 90 minutos em alto rendimento. Pelo visto, na base não há nenhum lateral ou outro jogador para ser aproveitado por Coudet.

O Cruzeiro está de volta e vem se mexendo para dar a Paulo Pezzolano jogadores à altura da Série A. Uma incógnita.

O Grêmio fez a contratação mais arrojada até agora ao buscar o uruguaio Luiz Suárez. Mesmo com 35 anos ainda tem muita lenha pra queimar. Artilheiro e muita raça. Vai depender do elenco que está montado. Diferentemente do Cruzeiro, o tricolor gaúcho teve dificuldades para subir ano passado. Incógnita maior ainda.

Antes, teremos os estaduais. Este ano, particularmente especial para mim e para todos que gostam do Democrata de Sete Lagoas, que está de volta, depois de 14 anos.

Força, Jacaré!

A coluna completa do Milton Neves no Uol:

“O time (Fluminense) já estava muito bem encaixado com Fernando Diniz no ano passado, como bem vimos na surpreendente campanha do time das Laranjeiras no Brasileiro. E agora, com os reforços de Keno e Guga, vindos do Galo, a equipe do Rio de Janeiro ficará ainda mais forte.

E o Galo? Bem, o Atlético-MG tem um elenco fortíssimo, como todos sabem. E Eduardo Coudet, que chegou para a vaga de Cuca, é um excelente treinador. Só me preocupa um pouco o fato de o clube não estar bem financeiramente, como nos provam as notícias que temos acompanhado por aí.

Até direito de imagem, 13º e férias o Maior de Minas está devendo. Isso pode complicar a temporada atleticana, é verdade….”

https://www.uol.com.br/esporte/colunas/milton-neves/2023/01/07/flu-e-galo-sao-os-unicos-que-podem-ameacar-os-poderosos-fla-e-verdao-em-23.htm?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_campaign=esporte&utm_content=geral


Descanse em paz, Roberto Dinamite!

Mais um grande ex-jogador que se vai. E uma grande figura humana também. Aos 68 anos, depois de um ano lutando contra o câncer no intestino.

Muito triste!


O direito e o dever de ir ou não a qualquer velório

A jornalista Dorrit Harazim publicou no twitter dela, essa foto com essa informação: @dorritharazim

“David Beckham na fila de 12 horas no velório de sua rainha. Nossos bifeiros de 24 quilates acharam incômodo ir até Santos para se despedir do rei.”

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Tem gente que adora um velório, principalmente daqueles em que há muitos “comes e bebes” e o evento se torna um momento de confraternização e reencontro de pessoas que há muito tempo não se vêm. Eu não gosto. Só vou quando não tem jeito de não ir, pela proximidade familiar ou importância profissional.

É muito pessoal e respeito demais quem também não gosta. Mas, há situações em que aquele velório se torna um dever institucional para alguns, que precisam cumprir com o papel, em nome de uma categoria ou da história.

Caso do Pelé, por exemplo. O futebol profissional brasileiro deve demais a ele, principalmente os grandes clubes e os poucos jogadores que tiveram o privilégio de vestir a camisa da seleção e que foram campeões do mundo.

Ainda que não fossem todos, porém, que se organizassem e nomeassem um para representa-los. Os capitães, por exemplo. Dunga, capitão do Tetra, está por aí. Foi até técnico da seleção. Cafú, o capitão do Penta, não perde nada. Fui moderador de um evento em que ele era a principal atração, promocional da Copa de 2014, em Uberlândia. Claro, que tinha um bom cachê, para os debatedores e para o moderador, né?

Eles estão sempre em contato. Sempre vão a eventos da CBF, Conmebol e principalmente FIFA. No Catar, tinha um punhado lá.

Recentemente, Kaká, o “bom mocinho”, reclamou que os ex-jogadores brasileiros não são devidamente valorizados. Concordo. Então, ele deveria ter dado o exemplo, aproveitado o velório do Pelé para dar mais eco a essa reclamação. Os mais de mil repórteres que estavam ansiosos por entrevistas no velório do Pelé, repercutiriam o protesto dele para o mundo inteiro.


Quando Pelé foi chamado de Rei pela 1ª vez, em 1958

Obrigado ao Petrônio  Souza, grande escritor e poeta, parceiro do fantástico Toninho Horta em incríveis saraus de música e poesia “Nos Caminhos da Estrada Real”. Ele nos enviou um artigo sensacional do Nélson Rodrigues, que é uma aula de história, de futebol e de jornalismo, quando Pelé tinha apenas 17 anos e já dava grandes sinais de que o mundo estava prestes a ver um fenômeno dentro nos gramados do futebol.

Nélson tinha uma concorridíssima coluna semanal na revista Manchete, em que destacava um personagem da semana. Nessa, em 1958, batizou Pelé como “Rei”.

Confira:

* “Depois do jogo América x Santos, seria um crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade [Albert] Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.
O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?” Ele respondeu, com a ênfase das certezas eternas: — “Eu.” Insistiram: — ”Qual é o maior ponta do mundo?” E Pelé: — “Eu.” Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção que ninguém reage, e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.

Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompeia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!” De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para a frente, e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe, ao encalço ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompeia e encaçapou de maneira genial e inapelável.

Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, de certeza, de otimismo que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível na formação de qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e, mesmo, insolente, que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas de pau.

Por que perdemos, na Suíça, para a Hungria? Examinem a fotografia de um e outro time entrando em campo. Enquanto os húngaros erguem o rosto, olham duro, empinam o peito, nós baixamos a cabeça e quase babamos de humildade. Esse flagrante, por si só, antecipa e elucida a derrota. Com Pelé no time, e outros como ele, ninguém irá para a Suécia com a alma dos vira-latas. Os outros é que tremerão diante de nós.”

* Texto de Nélson Rodrigues publicado na Manchete Esportiva de 8 de março de 1958:


Parabéns Cruzeiro Esporte Clube, 102 anos, hoje!

É muita história e muita gente a ser lembrada na construção desse gigante. Mas a história conta que este foi o time da grande arrancada.
O do início da década de 1960, que destronou o Santos, com Pelé e tudo.
***
Com essas ótimas imagens e lembranças postadas pelo twitter Cruzeiro em fotos/@fotos_Cruzeiro , a nossa homenagem a um dos maiores e  mais importantes do futebol brasileiro e por consequência, do mundo.
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“Tudo começou no dia 2 de janeiro de 1921, por desportistas da colônia italiana de Belo Horizonte, com o nome de Società Sportiva Palestra Itália que anos depois se tornaria Cruzeiro Esporte Clube. Raça, força, glórias, títulos e superação, tudo isso define o que é ser Cruzeiro”
“Nos anos de 1976 e 1997 o Cruzeiro conquistava a glória eterna . . .
 
. . . se tornando bicampeão da Libertadores da América
. . . 2003 Foi um ano mágico! 0 melhor ano da história do clube.
2003 Foi um ano mágico! 0 melhor ano da história do clube. Naquele ano o Cruzeiro conquistava a Tríplice Coroa, aquele time de 2003 vc já assistia o jogo com a certeza da vitória. O time de Vanderlei Luxemburgo, Alex, Aristizábal e entre outros era sinônimo de raça.”
“Em 2019 o Cruzeiro foi rebaixado pela primeira vez na sua história e enfrentou o calvário da série B por três anos seguidos. Isso não manchou sua história, apenas fortaleceu para que o gigante voltasse ainda mais forte.”
“Em 2022 com um time modesto mas que demonstrou muita raça em campo, o Cruzeiro conquistou o acesso a elite do futebol e retornou para onde nunca deveria ter saído.”

Parabéns Rivelino, 77 anos, hoje. Maior ídolo do Maradona no futebol

Durante a Copa de 2014, Maradona e Rivellino no programa ”De Zurda”, da TV argentina. Foto/Divulgação

Roberto Rivelino faz aniversário hoje. Jogou demais, no Corinthians, Fluminense e  na seleção, principalmente na conquista do tricampeonato no México em 1970.

Diego Maradona disse em várias entrevistas que se inspirou muito nele, canhoto que também era: ‘Foi um dos maiores de todos os tempos, e quando eu digo isso as pessoas ficam surpresas. Não sei o porquê. Era a elegância e a rebeldia em pessoa para entrar em um campo de futebol. Ele também se rebelava contra os poderosos. Me apaixonei pelo jogador e me seduzi pela pessoa quando o conheci.”

Como pessoa, Rivelino é educadíssimo e sempre solícito. Tive o prazer de entrevistá-lo depois que parou. Como no dia dessa foto (acima), durante a Copa de 1986, no México, no estádio Azteca. O fotógrafo foi o saudoso comentarista Alair Rodrigues, na  época, companheiro de Rádio Inconfidência. Como podem notar ele não era muito bom de “mira”. Até acertou o foco da câmera, mas cortou a cabeça do Riva. Naqueles tempos a gente só ficava sabendo se as fotos ficaram boas depois de revelar o filme e  copiar o negativo, dias, semanas ou até meses depois.

Alair Rodrigues é o primeiro à esquerda, ao meu lado. Infelizmente se foi em maio de 2012. À minha direita, os também saudosos José Alberto Teixeira (que foi muito bom árbitro e comentarista) e o Vilibaldo Alves, grande locutor esportivo de Minas, nos anos 1960/70/80. Estávamos chegando ao Azteca, estádio da Cidade do México, palco da abertura e encerramento das Copas de 1970 e 1986.

No Youtube, vale a pena ver uma ótima entrevista do Maradona falando sobre o Rivelino:

https://www.youtube.com/watch?v=6t5VKxHtBZ8


Tudo está no seu lugar! Obrigado por 2022 e que 2023 seja melhor ainda para todos nós!

Termino 2022 muito satisfeito. Copa do Mundo é a realização de quem trabalha com futebol, seja jogador, treinador, dirigente ou comunicador. Este foi o ano da minha 10ª presencial, masculina, mais a feminina de 2019, na França. São 11 coberturas de mundiais de futebol, portanto.

Obrigado ao mestre Eugênio Sávio, que me presenteou com essas fotos, na orla de Doha e no Centro de Imprensa, o maior e mais eficiente de todas as Copas da história.

Nestas últimas horas do ano, agradeço mais uma vez a vocês que me prestigiaram com a companhia no blog, no Instagram/chicomaiablog, twitter, facebook e por onde mais escrevi e falei. Conto com todo mundo novamente no ano que chega e desejo tudo de melhor a vocês e famílias em 2023 e sempre.

De 2022 só lamento a perda de amigos e amigas queridos, além de grandes personalidades do país e do mundo nas mais diversas áreas. No mais, com saúde tudo se resolve.

Força e otimismo para todos e todas no ano novo!

Encerro todos os anos em Conceição do Mato Dentro, representada aqui por essas fotos da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e do Bom Jesus de Matosinhos (acima) e da nossa turma de uma pelada que está na faixa de quatro décadas de existência.

A confraternização desse ano foi na Band Arena, do Pico e Claudinha.

Não poderia faltar homenagem a Pelé, lembrado pelo multi artista Paulo Virgílio – Grilo . .

. . . que escreveu na camisa

Em Conceição, o encontro de várias gerações

Oportunidade de rever amigos que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo

Quase todo mundo em forma (de barril)

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No Clube Social, o ex-prefeito Reinaldinho Guimarães e o cunhado João Bosco

Na casa do Joaquim Costa (esq.), amigo a quem devo a honra de ter me tornado Cidadão Honorário Concecionense em 1986. De boné, o Dr. Dênio Pires Silva, companheiro de primeira hora na cidade, e o Dr. Matheus, gente boníssima, grande médico e empresário. genro do Joaquim.

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E que esta música do Benito di Paula, de 1976, norteie a vida de todos nós em 2023:

“Tudo está no seu lugar”

Tudo está no seu lugar
Graças a Deus, graças a Deus

Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus

Tudo está no seu lugar
Graças a Deus, graças a Deus
Não devemos esquecer de dizer
Graças a Deus, graças a Deus

Quero ver o sorriso estampado
bem na cara dessa gente
Quero ver quem vai, quem fica
Ou quem chega de repente

Quando chego do trabalho
Digo a Deus, muito obrigado
Canto samba a noite inteira
No domingo e feriado (mais…)