Blog do Chico Maia

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Para não esquecer e assimilar: exemplos e imagens que ficam para a história neste Argentina 2 x 2 Holanda

Fotos: twitter.com/FIFAWorldCup

Assim como os croatas e gaúchos, os holandeses são adeptos da máxima “desistir, nunca”.

Mesmo perdendo por 2 x 0, para o um adversário bem superior e muito determinado, eles foram para cima, e o técnico Louis Van Gaal pôs o grandalhão Weghorst, para dar trombada, na base do custe o que custar e deu certo. Dois  minutos depois de entrar, diminuiu o marcador e no tempo extra dos descontos, empatou o jogo.

Para o gol de empate holandês, os “laranjas” montaram uma barreira ao lado da barreira argentina. O batedor da falta, ao invés de chutar em direção ao gol, tocou para Weghorst, que usou braço e corpo contra o zagueiro, para fazer um giro e chutar com precisão para o gol, sem chances para o ótimo goleiro Didu Martinez.

Jogada ensaiada de verdade é isso. E aí é que se vê o trabalho de um técnico de verdade, no dia a dia de treinos de um time.

 

Toda seleção tem um “craque referência”. O da Argentina é Messi, e ele age o tempo todo como liderança, para tudo. Apesar de baixinho, não tem medo de cara feia nem de porrada. Encara. Quando a situação está mais difícil, chama o jogo para si e dá arrancadas que deixam o adversário atordoado. Ninguém sabe se ele vai partir para o gol, se vai dar o passe para um companheiro ou se fará as duas coisas ao mesmo tempo.

Aquilo que o Neymar fez no gol contra a Croácia, o Messi faz umas dez vezes durante os jogos em que está em campo, para uma, duas ou três resultarem em gol.

A entrega e vibração de todos os argentinos é diferente de qualquer seleção. Se “matam” em campo igualmente, puxam e empurram a torcida, numa sintonia impressionante. Do goleiro ao principal jogador do time, incluindo os ex-jogadores que estão aqui e principalmente o torcedor.

Para a cobrança de pênaltis, a estrela e principal batedor foi o primeiro. Para passar confiança e ter mais probabilidades de acerto. Poupá-lo para ser o último batedor, é burrice, e risco de ele nem chegar a bater.

Igual a seleção brasileira fez com o Neymar.

Depois de quebrar a cabeça com muitos treinadores de nome e rodados, a federação da Argentina apostou o terceiro auxiliar de Jorge Sampaoli, logo após a demissão dele, depois da Copa da Rússia. Scalioni fa o “feijão com arroz”, com um ou dois ovos fritos sobre o bife, quando necessário. E convoca os melhores, que devem estar em 100% de suas condições físicas. Por exemplo, buscou para ser o goleiro da seleção, Dibu Martinez, que começou no Independiente, foi contratado aos 17 anos pelo Arsenal, sem nunca ter disputado pra valer um campeonato argentino. Às voltas com contusões, foi emprestado e rodou por vários times menores da Inglaterra, até chegar ao Aston Vila, quando foi notado. Estilo “doidão”, espalhafatoso, do tipo que os torcedores argentinos gostam, está com 30 anos de idade.


Tite errou feio ao não convocar laterais originais e trazer um ex-lateral quase em atividade para o Catar

Times que têm um bom lateral levam grande vantagem sobre os adversários que não têm. Quem tem dois, fica quase imbatível. Mas, Tite, que poderia trazer para o Catar qualquer brasileiro, preferiu improvisar um zagueiro na direita e deslocar um ótimo lateral direito para a esquerda. E Daniel Alves, veio para assistir de forma privilegiada à Copa, com direito a jogar uma partida, inclusive como capitão, em que todos os reservas atuaram como titulares, perdendo para Camarões.

Não me venham dizer que além do Arana, machucado, o Brasil não tem laterais que poderiam estar servindo a seleção nesta Copa. Melhores que Militão, zagueiro improvisado, temos sim. E a Croácia jogou bastante sua força ofensiva pelo lado dele, que além de não conseguir apoiar o ataque, chegou morto de cansaço para a prorrogação.

A maioria da imprensa (eu, inclusive) e torcedores achava que seria fácil, ou menos difícil, passar pela Croácia. Tite com mais craques à disposição, time menos cansado que os croatas, que comeram o pão que o diabo amassou contra o Japão, física e emocionalmente, para conseguir chegar às quartas-de-final nas penalidades.

Pois eles montaram um ótimo esquema defensivo, ocupando bem o campo, partindo para o ataque só na boa, sem dar espaços para os brasileiros mostrarem talento individual e sem permitir contra ataques, além de terem um ótimo goleiro.

Quando atacavam iam com muito perigo e o Brasil tinha que recuar todo para se defender.

Veio a prorrogação e o quadro não se alterava, até que, já no tempo extra, de um minuto, o craque fez diferença. Neymar conseguiu se deslocar para receber, dentro a área, driblou dois e deu a impressão que acabaria com a esperança croata de levar a decisão para os pênaltis.

Novo enorme engano. Uma só jogada genial de um craque às vezes é pouco para batalhas tão complicadas e erros estratégicos na montagem do time, como os cometidos por Tite

Comandados pelo experiente e frio Modric, 37 anos de idade, os croatas não se abalaram, continuaram tocando a bola e chegaram ao empate. Nos pênaltis, voltaram a mostrar mais frieza e absoluta competência, contando com os erros de Rodrygo e Marquinhos em suas cobranças.

Agora, Tite e cia., arrumam as malas e voltam para casa. Que Daniel Alves toque pandeiro para a delegação para animar o amargo retorno ao Brasil.

Croatas mostraram frieza e determinação impressionantes e seguem com todos os méritos na Copa

Nos pênaltis foram mais eficientes ainda

Méritos para os atuais vice-campeões do mundo


Ricardinho das embaixadinhas está no Catar para quebrar seu próprio recorde: 48 horas sem deixar a bola cair

Ricardinho veio com a esposa Luciane e o filho Pedro. Vai bater o próprio recorde aqui: 48 horas sem deixar a bola cair e depois entregar a bola para o Emir do Catar

Me encontrei com ele e família no metrô de Doha.


Casagrande encara atuais e ex-jogadores em defesa de suas opiniões

No intervalo da goleada do Brasil sobre a Coreia do Sul, no estádio 974, eu, entre Cosme Rímoli, do R7, blogueiro de esportes mais acessado do Brasil e o Casagrande, agora comentarista do Uol

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O ex-atacante está de bem a vida por aqui e nem aí para a contestação que vem sofrendo de jogadores, ex-jogadores e parte da imprensa por causa de suas cobranças e posições políticas.

No portal Metrópoles, os detalhes desse bate-boca:

* “Casagrande detona Tiago Leifert e responde ex-jogadores: “Covardes””

O ex-jogador e colunista criticou nomes como o ex-goleiro Marcos e ex-jogadores Kaká, Rivaldo, Ronaldo e Roberto Carlos

Um dia depois de Vampeta, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, ter revelado que o elenco vencedor daquela Copa do Mundo ficou insatisfeito com os comentários de Walter Casagrande, que os acusou de distanciamento do torcedor, o ex-atacante e comentarista respondeu em sua coluna no UOL os chamando de “covardes”.  (mais…)


O cerco ao cigarro e aos fumantes também é grande por aqui

Nos estádios do Catar, espaço para fumantes

O cerco aqui também é pesado contra o fumo


Numa ilha artificial no Catar, uma lagoa que faz lembrar a mais central de Sete Lagoas

Na ilha artificial The Pearl, construída no mar onde havia a maior exploração de pérolas no Catar, uma lagoa de água salgada que faz lembrar a Lagoa Paulino, de Sete Lagoas

A principal diferença é que há arranha céus em um dos lados


Sistema defensivo de Marrocos beirou a perfeição. À Espanha faltou um jogador de talento especial

O Marrocos fez história ao eliminar uma das favoritas ao título e com todos os méritos. Soube se defender, atacou só na boa, sem riscos e foi brilhante nos pênaltis. Para furar retrancas, só mesmo numa falha individual ou coletiva, ou então, quando se tem um jogador especial, ou um craque, que num único lance põe algum companheiro na cara do gol ou faz o gol. Ainda que seja um batedor de faltas, mas quando a retranca não tem falhas, time comum não consegue fazer gols. É o caso da Espanha.

Ganhou de 7 a 0 da Costa Rica porque os costariquenhos acharam que poderiam vencer o jogo e foram para o ataque.

O goleiro marroquino Bounou nasceu no Canadá, mas de pais do Marrocos. Pegou dois pênaltis e joga na Espanha desde 2012. Jogou no Atlético de Madrid, Zaragoza e Girona, atualmente pertence ao Sevilla, onde está desde 2019. Tem 31 anos de idade.

Na Espanha, o técnico Luiz Henrique pôs em campo o Pablo Sarabia, no finalzinho, só para que ele bater pênalti, “especialista” que é. Foi o primeiro a errar.

Torço muito para uma seleção africana ser campeã do mundo algum dia. Mas, não acredito que este time do Marrocos passe das quartas. Tem muita raça e é aplicado taticamente, mas não resiste a um adversário de um nível melhor duas ou três vezes consecutiva. Deve se despedir nas quartas de final. Mas já entrou para a história.

É o futebol. Vida que segue!

Na tribuna de imprensa, um jornalista peruano veste camisa de protesto contra o VAR. Lá também tem muita gente incomodada com essa invenção.


Brasil 4 x 1 Coreia do Sul. Como diria Ronaldinho Gaúcho: “Quando está valendo ‘tá valendo’”

Homenagem a Pelé, depois da goleada

No intervalo do jogo, 4 x 0, uma amiga perguntou: “Nós que estamos bem ou eles é que são ruins demais?”. Respondi que as uas coisas, mas como diria o saudoso comentarista “de peito aberto”, Flávio Anselmo: “o Brasil colocou a Coreia do Sul no lugar dela”.
Das seleções da prateleira de cima, Argentina, França, Inglaterra e Holanda já tinham apresentado as suas credenciais e mostraram que na hora do “pega pra capar” elas estavam prontas e passaram por cima de seus adversários, teoricamente mais fracos, sem maiores dificuldades. Nada de surpresas, apesar de alguma resistência dos adversários.
Faltava o Brasil e o time correspondeu plenamente, com um detalhe importante: diferentemente das outras que venceram as oitavas de final, o time do Tite não passou aperto em momento algum contra a Coreia do Sul. Aos 11 minutos á estava 2 x 0, gols do Vinícius Jr., aos sete, e Neymar, de pênalti, sofrido pelo Richarlison, aos 11.
Aos 29, Richarlison ampliou, depois de belíssima jogada que ele mesmo iniciou. Lucas Paquetá fechou a fatura do primeiro tempo, aos 36.
O segundo tempo foi para cumprir tabela, administrar e se poupar para enfrentar a Croácia, que teve de correr muito, no tempo normal e prorrogação, e vencer nos pênaltis o Japão. Os coreanos marcaram o gol de honra aos 30 minutos.

Agora a Croácia, sexta-feira, ao meio dia.


Lá como no Brasil, “oba-oba” e ufanismo dominam os comentários na TV

TV ligada no Centro de Imprensa do Estádio 974, durante a vitória da Croácia sobre o Japão, nos pênaltis

Obrigado ao Alisson Sol, mineiro que reside nos Estados Unidos, escreveu falando sobre a postura da imprensa norte-americana no trato com a seleção deles. Bem semelhante ao que ocorre no Brasil:

* “Falando um pouco da cobertura da Copa, o ufanismo dos “analistas” que pouco analisam é incrível. Na TV Americana, a seleção era apresentada como a geração de ouro antes do jogo com a Holanda. Parecia que os EUA iam entrar em campo para receber medalhas. Só esqueceram de combinar com o adversário, cheio de grandes jogadores e tendo, na minha opinião, um dos melhores técnicos da História do Futebol. Deu no que deu. Pior destes “analistas” é a cara-de-pau. Antes do jogo, esta era a melhor chance história dos EUA, pois tinha uma geração de ouro, e o time mais jovem (na média) entre os restantes da Copa. Assim que a Holanda fez o primeiro gol, começaram a falar que o time teve maior desgaste do que o adversário da primeira fase, e estava mais cansado. A Holanda faz o segundo gol antes do intervalo, e dizem que o time relaxou pensando em ir para o intervalo “perdendo de pouco”, e teve um momento de desatenção. Os EUA fazem o seu gol, e dizem que “agora veremos o poder de reação do jovem time dos EUA”. Isto dura apenas alguns minutos, pois logo a Holanda faz o terceiro gol, e já começam a falar da semente plantada nesta copa para que o time chegue bem ao próximo evento, que será em casa, na “Copa da América do Norte”. Era de deixar o Galvão Bueno parecendo moderado…

Creio que a imprensa brasileira está cometendo o mesmo erro ao avaliar o time da Coréia do Sul. É realmente um time mediano, mas bem treinado e aplicado. E conta com o Son, que é realmente excepcional, e vão estar jogando a partida da vida. Se o Brasil entra com este negócio de achar que o gol vai sair a qualquer momento, e aquela preguiça do time, que parece só acordar no segundo tempo, pode ter uma surpresa desagradável.”

* Por Alisson Sol

No Centro de Imprensa do Estádio 974, eu, Luiz Prósperi , de São Paulo e Júlio Filho, da Gazeta do Paraná


Mbappé é uma mistura de Reinaldo, Romário e Ronaldo

Foto: @fifaworldcup_pt Oficial

O placar do Estádio Al Thuamma registrou a velocidade do artilheiro francês numas de suas arrancadas: 35 Km/h

Ele se finge de morto igual ao Romário, como quem não quer nada com o jogo. Dá arrancadas imparáveis, como o Ronaldo e é fatal como o Rei para finalizar. Com essas virtudes, juntas, preciso dizer mais alguma coisa sobre o principal astro da seleção da França.

Mesmo marcado na cola, o tempo todo por dois ou três poloneses ele conseguiu encontrar espaço para receber e tocar para Giroud abrir o placar e fez dois.

Impressionante. A França é ele e mais dez.

Jogo bom, e a  Polônia teve uma grande oportunidade de abrir o placar, no início da partida. Depois mais duas chances quando já perdia. Só soube aproveitar o pênalti, batido pelo Lewandowski no último lance.

A França vai enfrentar a Inglaterra ou Senegal nas quartas-de-final

Da beira do gramado, do outro lado do campo, o Eugênio Sávio me localizou numa das últimas cadeiras, ao lado da tribuna de imprensa