Blog do Chico Maia

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Mbappé é uma mistura de Reinaldo, Romário e Ronaldo

Foto: @fifaworldcup_pt Oficial

O placar do Estádio Al Thuamma registrou a velocidade do artilheiro francês numas de suas arrancadas: 35 Km/h

Ele se finge de morto igual ao Romário, como quem não quer nada com o jogo. Dá arrancadas imparáveis, como o Ronaldo e é fatal como o Rei para finalizar. Com essas virtudes, juntas, preciso dizer mais alguma coisa sobre o principal astro da seleção da França.

Mesmo marcado na cola, o tempo todo por dois ou três poloneses ele conseguiu encontrar espaço para receber e tocar para Giroud abrir o placar e fez dois.

Impressionante. A França é ele e mais dez.

Jogo bom, e a  Polônia teve uma grande oportunidade de abrir o placar, no início da partida. Depois mais duas chances quando já perdia. Só soube aproveitar o pênalti, batido pelo Lewandowski no último lance.

A França vai enfrentar a Inglaterra ou Senegal nas quartas-de-final

Da beira do gramado, do outro lado do campo, o Eugênio Sávio me localizou numa das últimas cadeiras, ao lado da tribuna de imprensa


Com bom trabalho de trio de arbitragem brasileiro, Holanda é a primeira a se classificar para as quartas-de-final

O goiano Wilton Pereira Sampaio, auxiliado pelo também goiano Bruno Pires e pelo paranaense Bruno Boschilia passou despercebido na vitória da Holanda de 2 a 0 sobre os Estados Unidos. E como se sabe, arbitragem boa é a que não chama a atenção. Foi a segunda atuação dele aqui no Catar. A primeira, nos 2 a 0 da mesma Holanda sobre Senegal, na rodada inicial da Copa.

Jogo bom, com grande partida dos norte-americanos, que começaram pressionando muito, mas surpreendidos pelos contra ataques mortais holandeses, que exploram bem demais o jogo pelas laterais. Seus três gols nasceram dali.

Time da Holanda muito bem treinado pelo Louis Van Gaal. Sem nenhuma estrela, mas jogadores aplicados, jogo altamente coletivo e ótima condição física. Vai enfrentar agora o vencedor de Argentina x Austrália.

Neste estádio, Khalifa, o Flamengo perdeu a disputa do título mundial de 2019 para o Liverpool

Único estádio que não é Zero Km na Copa do Catar. Inaugurado em 1976, passou por várias reformas, tem capacidade para 50 mil pessoas normalmente. Na Copa, 45 mil.

Estádio multiuso, com pistas de atletismo e ciclismo, com um grande ginásio poliesportivo ao lado, que serve atualmente como centro de imprensa. Como seria o Mineirinho na Copa de 2014, mas na hora agá, a organização brasileira mudou de ideia. Aqui, ficou ótimo.


A Copa não foi feita só para o Brasil, Argentina e seleções europeias ganharem

Matematicamente Camarões ainda tinha possibilidades de classificar, mesmo tendo a seleção brasileira pela frente na última rodada. Quando tomou conhecimento que Tite escalaria um time todo reserva é claro que os camaroneses tiveram os seus brios mexidos e a motivação aumentada. Não deu outra.

É claro que o técnico Rigoberto Song, que disputou quatro Copas como jogador desta seleção, usou isso no vestiário.

Com o goleiro Epassy pegando até pensamento e a estrela do time,

Aboubakar, inspirado, 1 x 0 para eles, com todos os méritos, já que não houve interferência da arbitragem.

Com os mesmos seis pontos da Suíça, que venceu a Sérvia, por 3 x 2, o Brasil se classificou em primeiro e enfrentará a Coréia do Sul, que hoje ganhou de Portugal e ficou com a vaga que o Uruguai também queria, mas que perdeu no saldo de gols.

A imprensa do mundo inteiro avalia como “escândalos” vitórias como essas: Japão sobre a Alemanha, Tunísia ganhando da França, o Marrocos da Bélgica, a Austrália da Dinamarca e agora Camarões vencendo o Brasil. Uai, não pode?

Se fosse assim, nem deveria ter disputa entre todo mundo. As seleções mais famosas competiriam entre elas e pronto.

Neste contexto, faço minhas as palavras do Neo, mineiro de Itaúna, residente há quase 40 anos em Arraial D’Ajuda/BA, onde fundou a Rádio Arraiana 104.9 FM e é um dos pioneiros como empresário da hotelaria.

Ele se fixou exclusivamente na imprensa brasileira:

“Parece que a crônica esportiva brasileira tem dificuldade em perceber que, com exceção do ufanismo do Galvão, e do topete do Pelé, tudo no mundo muda.

Por isso não aceitam que o futebol asiático e africano evoluiu, e que a Copa não foi feita só para o Brasil, Argentina e seleções europeias ganharem. Cada vez que uma seleção como a do Japão ou do Marrocos ganha é aquela gritaria: “zebra, zebra!!”

Ora, se não fosse pras consideradas  “ruins” ganharem de vez em quando, então pra que levar essas seleções pra Copa? Melhor seria fazer duas Copas: uma para os “bons” e outra para os “ruins”.

E daríamos adeus ao que há de melhor no futebol, que é a imprevisibilidade.

Sem falar nas migrações e naturalizações né? Teve uma seleção da França, se não me engano em 2018, que dos 11 que estavam em campo num determinado momento, nove tinham origem étnica fora da Europa.

E alguém já viu algum jogador de origem europeia jogando em seleções asiáticas ou africanas?

E mais: compare as condições em que são formados os jogadores na Europa e nos outros continentes, nas categorias de base.”

Brasil volta a campo contra a Coreia do Sul, segunda-feira, 16 horas no Estádio 974


VAR na Copa, rápido e eficiente, cumprindo o exagero da FIFA. Mas, manda quem pode; obedece quem tem conta pra pagar

Mesmo com o VAR bem operado, dúvidas não deixam de existir, como nesse lance do gol do Japão contra a Alemanha. O olho eletrônico disse que a bola não saiu completamente. Obrigado do jornalista Clésio Giovanni, ex-Hoje em Dia, que me enviou esta imagem captada da TV, imediatamente após a jogada

***

Obrigado também ao Cláudio Nielsen, que fez ótimas observações sobre a rapidez e competência dos operadores do VAR nesta Copa. Concordo com ele em relação à eficiência deles, mas discordo do excesso das determinações da FIFA para a arbitragem apitar pênalti em qualquer bola que bate na mão dos jogadores. O segundo gol que o Uruguai tomou de Portugal é um bom exemplo: o zagueiro tomou um drible desconcertante, a bola entre as pernas, caiu de costas e para se proteger, na queda, colocou a mão no gramado, mas a bola pegou no braço dele e o árbitro deu pênalti. Uma sacanagem. Mas, manda quem pode, obedece quem tem conta para pagar.

* “Fala Chico, bom passeio/trabalho!”
Como você disse que está aproveitando os comentários para usar como pauta, estou muito, muito mesmo, impressionado, com o trabalho e qualidade das imagens que chegam aqui.
Em pouquíssimos segundos, são detalhes dos lances, que geraram dúvidas ou que são para mostrar detalhes.
Imagino que devem ser os melhores profissionais nas suas áreas, pois para quem está acostumado com VAR no Brasil, é de uma agilidade impressionante.
Tomara que a copa sirva de referência para muitas coisas aqui no Brasil.
Tempo de acréscimo nos jogos, nos dois tempos; excelência nos profissionais de imagens, principalmente; que os jovens, jogadores e árbitros, sejam colocados por serem bons ou ótimos, não por terem empresários.
Um colega do blog falou sobre algumas seleções que têm jovens de 18 anos como titulares de suas seleções na copa.
Aqui não podem nem entrar no final dos jogos já definidos.
A Alemanha foi usada como referência após a copa de 2014.
Depois disso nunca mais vingou.
Então, talvez, não exista fórmula para ser campeão, nem se manter.
Último detalhe a acrescentar, antigamente era nítido quando uma seleção era formada quase que por amadores.
Hoje não. Talvez o Catar, por ser convidado.
Costa Rica tomou de 7 e depois ganhou.
O intercâmbio entre jogadores pelo mundo, talvez seja benéfico para o Brasil, pois temos muitos extremamente habilidosos.
Neste ponto, aquele drible no fim da jogada, pode quebrar uma defesa e resultar num gol.
E como diria Tom Jobim:
“Lá fora é bom, mas é uma merda.
Aqui é uma merda, mas é bom.”
Boas cervejas sem álcool aí Chico!
O álcool está todo aqui.”
Abraço.

  • Cláudio Nielsen

Valeu demais a pena a Copa ter vindo para esta parte do planeta

Falou-se demais em “legado” que a Copa do Mundo de 2014 deixaria para o Brasil. Em Minas, não deixou nada. Em Doha, sim. Por exemplo, este parque, Al Bidda”, quase no centro da cidade.

***

Diz Nelson Rodrigues que “dinheiro compra até amor verdadeiro”. Pois, bem!

Não há a menor dúvida quanto aos métodos que o Catar usou para conseguir convencer os delegados da FIFA a votarem pela realização da Copa do Mundo aqui. A votação foi em 2010 e pouco mais de um ano depois, estourou o “FIFA Gate”, com a prisão de delegados e presidentes de federações das Américas do Sul e Central, África e Ásia. José Maria Marin, presidente da CBF foi um deles. Está tudo em muitos detalhes numa ótima série da Netflix, de apenas quatro episódios: “Esquemas da FIFA”. Vale demais a pena assistir.

 

Grana demais II

Por outro lado, valeu demais a pena também a Copa ter vindo para esta parte do planeta, onde os costumes e valores são completamente diferentes do nosso mundo. E só com a presença enorme da imprensa aqui para muita coisa inaceitável ser denunciada e obrigar aos governantes do Catar e países da região a começar a enxergar que o mundo mudou e que muita coisa que ocorre aqui não pode mais continuar. Sabemos que grandes mudanças acontecem devagar, mas a realização da Copa aqui, certamente vai dar um empurrão para que as coisas se desenvolvam mais rapidamente.

 

Pressão em movimento I

Algumas mudanças já aconteceram, como por exemplo, mulheres já podem frequentar um estádio de futebol. Em princípio, seria permitido só no período do Mundial, mas agora o governo já anunciou que deverá permitir permanentemente. Enquanto no mundo todo as mulheres ocupam posições cada vez mais importantes, por estes lados são tratadas como seres inferiores, sem direitos, só servem para procriar.

 

Pressão em movimento II

Com tantas mortes em acidentes de trabalho e péssimas condições aos trabalhadores, que a mídia denunciou, as organizações de defesa dos direitos humanos passaram a cobrar, e por causa de tanta pressão, finalmente o governo do Catar estipulou um salário mínimo de 250 dólares e diz que está fiscalizando para que as empreiteiras contratadas passem a dar condições de trabalho decentes aos operários da construção civil.

As jornadas de trabalho são malucas, em que o sujeito tem que trabalhar até 12 horas por dia, num calor que beira os 50 graus. O salário estipulado é uma mixaria para os padrões daqui, mas já é melhor do que antes, quando era similar a escravidão.

 

Onde a pressão não adianta

Algumas mudanças dificilmente vão acontecer, mas que não afetam a dignidade de um ser humano, como a proibição do consumo de bebidas alcóolicas e consumo da carne de porco. Por questões religiosas, isso é sagrado para eles e a população é acostumada desde o início da civilização. Estrangeiro é que reclama, mas todos são passageiros por aqui. Quem mora no Catar sabe que é assim e fim de papo.

 

Monarquia absolutista

O Catar é governado por uma monarquia absolutista, regime de governo que acabou no mundo ocidental nos séculos XVII e XVIII. É como se a família do Emir fosse a dona de tudo, já que o poder passa de pai para filho e eles controlam com mão de ferro, o governo e a justiça, sem parlamento para “incomodá-los”.

 

Bom demais da conta

O dia a dia no Catar está sendo ótimo para quem está cobrindo a Copa ou veio apenas para torcer e fazer turismo. País moderno, de tecnologia super avançada e que funciona de verdade. Melhor telefonia móvel que já vi na minha vida, onde 5G é 5G mesmo, ligação não cai nunca, fala-se de qualquer lugar, transmite-se mensagens de voz e vídeo com a mesma rapidez e qualidade.

 

Tem de tudo, e caro

Nas lojas, supermercados e serviços em geral, encontra-se de tudo. Neste mundo globalizado, os mesmos produtos que temos nas prateleiras das grandes e pequenas cidades do Brasil, são encontrados aqui, porém, a um custo muito maior. Quase o dobro na maioria das coisas.

“São QR Code”: tudo aqui é nessa base. Com o QR Code, tudo se resolve. Sem ele, você passa aperto

Quase 20 dias aqui e só tomei um copo de cerveja com álcool (a R$ 75,00). Já “desinchei” e perdi os quilos que meus queridos endocrinologistas, Dr. Jader Resende e Dra. Bruna Resende, viviam me cobrando a perder. Enviei esta foto para eles. Espero ganhar nota 10 nos próximos exames

  

Engana-se quem pensa que não há vendedores ambulantes dentro dos estádios da Copa. Como nos tempos do antigo Mineirão, eles passam com cerveja geladíssima e não perdi a oportunidade de experimentar a Budweiser sem álcool, a R$ 44,00

Parque, Al Bidda”, quase no centro da cidade. Espetacular. Enorme, com quadras de basquete, tênis, futebol. Pista de bike e outros atrativos

Os banheiros se parecem com templos

Com estação de metrô que não fica perto, fica dentro do parque. Incrível

Impressionante a torcida argentina, nunca vi nada que se compara, no Brasil e nem em lugar nenhum. Aqui, reforçada pelos indianos, que se dividem entre Brasil e eles

Metrô lotado de torcedores, mas todos abrem espaço para as mães que entram com suas crianças nos carrinhos e eles dormem o sono dos justos e inocentes, apesar do barulhão dos cânticos, cornetas e demais instrumentos musicais

 

Ecos do Passado

O grande repórter Afonso Alberto, com quem tive o prazer de trabalhar nas rádios Capital e Inconfidência, e com quem estou nessa foto, em frente ao Estádio Delli Alpi, em Turim, durante a Copa da Itália em 1990. Mais exatamente no dia em que o Brasil foi eliminado pela Argentina, nas oitavas de final, gol do Caniggia, passe do Maradona

 

* Esta é a minha coluna que estará amanhã nas páginas do jornal Sete Dias, de Sete Lagoas, que terça-feira, 29, completou 31 anos de existência


“O Tite, com vários milhões em conta, escuta desaforo em tudo quanto é língua em jogo de Copa do Mundo”

Em foto da @CBF_Futebol Oficial, Tite com Gérson “Canhotinha de Ouro”, da Copa de 1970, durante Fluminense e Fortaleza, pela Copa do Brasil, este ano, numa cabine de rádio do Maracanã

Obrigado ao Ives Sousa, que nos brindou com este comentário aqui no blog:

* Com o seu Adenor e qualquer outro treinador a pressão existe e é necessária.

Ainda mais depois da próxima sexta, com Ederson, Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles; Fabinho, Bruno Guimarães e Rodrygo; Antony, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli.

É tudo ou nada.

A diferença é o financeiro.

O Tite, com vários milhões em conta, escuta desaforo em tudo quanto é língua em jogo de Copa do Mundo.

Coitado é o nosso Paulinho Guará que precisa escutar aquelas barbaridades em ótimo português naquele calor da Arena.

Aécio esqueceu de combinar o ar condicionado quando reformou o “Nogueirão”.

E que encontro fantástico esse da galera da Manchete para a Copa de 90 retratado pelo Gil Pinheiro lá do alto do prédio da rua Russel.

Só consegui lembrar da proeza do João Saldanha de ir para a Itália de tudo quanto é jeito.

Que força o Saldanha! Que coragem!

É parte da sabedoria do Brasil que ainda resiste.

Que precisa estar cada vez mais presente no espírito brasileiro na Copa, seja no jornalismo ou nos gramados artificiais do Catar.

Abraços, Chico e leitores.

Ives Sousa

– – –

João Saldanha foi um grande comentarista esportivo do país e técnico da seleção até à véspera da Copa do México em 1970. Comunista convicto e militante, foi substituído por Zagallo, a mando do presidente General Médici.

Morreu quatro dias após a final da Copa da Itália em 1990, num hospital de Roma. Fumante inveterado, estava com sérios problemas de saúde e proibido pelos médicos de viajar para aquela Copa, para a qual estava credenciado para cobrir pela Rede Manchete. Fugiu do hospital, contrariou a família e aos médicos, viajou no peito para a Itália. Comentou alguns jogos, mas pifou durante. Internado, morreu de enfisema numa UTI.

O “Nogueirão” ao qual o Ives se refere, é a Arena do Jacaré, cujo nome oficial é Estádio Joaquim Henrique Nogueira, homenagem ao doador do terreno, grande fazendeiro da região de Sete Lagoas, de tradicional família democratense.


Ecos do Passado: contra Camarões, Brasil de Tite poderá repetir feito de 32 anos atrás, da seleção do Telê Santana

Isso não tem a menor importância em relação à briga pelo título desta Copa, mas para quem adora estatísticas, vai lá: desde 1986, no México, a seleção brasileira não consegue passar às oitavas de final da Copa do Mundo sem tomar gols. Pode ser que aconteça novamente, caso não tome contra Camarões, no último jogo dessa fase, sexta-feira, no Estádio Lusail.

Em 1986 a seleção era comandada por Telê Santana, e tinha em Elzo (nesta foto sendo entrevistado pelo Afonso Alberto, com a minha participação), um paredão à frente da zaga, junto com Alemão.

O time era: Carlos, Josimar, Júlio César, Edinho e Branco; Elzo,  Alemão, Sócrates e Júnior; Muller e Careca. Os reservas: Leão e Paulo Victor (goleiros), Edson (lateral), Mauro Galvão e Oscar (zagueiros), (lateral), Falcão, Silas, Valdo e Zico (meio-campo); Casagrande e Edivaldo (atacantes).

Zico, em recuperação de contusão grave no joelho, quase nem foi à Copa. Toninho Cerezo foi cortado por contusão, porém, poucos dias depois estava jogando pela Sampdoria, da Itália.

Na primeira fase o Brasil venceu a Espanha por 1 x 0, Argélia 1 x 0 e Irlanda do Norte 3 x 0.


Hoje, o grande Lelio Gustavo vai implantar umas safeninhas, pra voltar ao batente daqui uns 15 dias

Foi visitado ontem pelo cruzeirense Alex Elian, a quem agradeço pelo envio da foto, no Hospital Vera Cruz.

Sucesso aí, caro Lelio!


As quatro primeiras seleções garantidas e a encruzilhada de Tite

Depois do 1 x 0 sobre a Suíça, Tite se confraterniza com o filho, que é integrante da comissão técnica dele na seleção. Está certo, mas está errado. Um pai precisa fazer tudo pelo filho sim, porém, como diz a surrada e sempre atual frase: “À mulher de César, não basta ser honesta, tem que parecer honesta”. Neste país dos compadrios, das “patotas”, dos privilégios a parentes e amigos, não é um bom exemplo. Logo o Tite que adora passar a imagem de ético, politicamente correto. Por mais competente que seja o filho, e dizem que é excelente, não precisava disso. Uma hiper exposição, à toa.

A propósito, se campeão, ao treinador tudo quanto é elogio, bajulação e puxa-saquismo. Um gênio, um espanto, etecetera e tal. Caso não seja, o grande vilão da história já está descoberto. Tite que “leva filho para própria comissão técnica”, que leva para a Copa, “Daniel Alves, um ex-jogador em atividade, 39 anos de idade, tinha que dar nisso”.

O futebol é assim, porque a vida é assim. Aos vencedores, tudo; aos perdedores, ferro na boneca.

Holanda, Senegal, Inglaterra e Estados Unidos, se classificaram nesta terça-feira. Equador, Catar, Iran e País de Gales as primeiras a voltar pra casa. Hoje tem Argentina x Polonia; México x Arábia Saudita, Tunísia x França, Austrália x Dinamarca.

A Copa esquenta a partir de agora.

Passado e presente de Copas que li hoje, gostei, repasso e indico os endereços no facebook:

Museu da Pelada

A foto da semana relembra o timaço da Rede Manchete escalado para a Copa do Mundo de 1990, na Itália!

 

Bola na Trave

– Há 11 anos, a mãe de Jamal Musiala tirou uma foto da frente do autocarro da seleção alemã com Jamal que na altura tinha apenas 8 anos.

– Hoje, Musiala repetiu a fotografia, desta vez com 19 anos e já a fazer parte e a ser titular na seleção alemã no Campeonato do Mundo.

Até dá gosto ver como Musiala joga e brinca com a bola!

 

Conferência de Imprensa

“A África tem 55 países e merece mais vagas no Mundial. Nunca houve um ponto de partida onde todos têm as mesmas hipóteses no começo. É muito difícil evoluir com apenas 5 vagas. Se você tem 13 vagas, como na Europa, você tem a possibilidade de crescer mais rápido.”

DOHA, QATAR – NOVEMBER 24: Otto Addo Head Coach of Ghana sings the Nationa Anthem prior to kick off in the FIFA World Cup Qatar 2022 Group H match between Portugal and Ghana at Stadium 974 on November 24, 2022 in Doha, Qatar. (Photo by Youssef Loulidi/Fantasista/Getty Images)

– Otto Addo, treinador do Gana

 

Museu da Pelada

No dia 28 de novembro de 2016, há exatos 6 anos, caía o avião da Chapecoense que matou 71 pessoas. Vale lembrar que o time estava prestes a viver o momento mais glorioso de sua história ao disputar sua primeira final internacional! Nunca serão esquecidos!

 

Guilherme Frossard

@guifrossard

Fim da instituição jogo da Copa às 7h. A partir de amanhã, o primeiro horário de jogo é ao meio-dia. E aí?

Graças a Deus! 39,7%

Eu tava curtindo! 66,1%


Pena que não foi por um placar mais dilatado, pois merecia. Sem Neymar, time joga mais coletivamente

Fica mais à vontade, mais solidário, a bola passa em mais pés. É um time mesmo, e não 10 jogadores jogando em função de um só, quando o Neymar está em campo. Que é craque, não se discute, mas personalista demais, só pensa nele. De repente, assistir de fora a uma vitória dessas, pode ter sido bom pra ele. Enxergar que esporte coletivo tem que ser solidário, todos dependem de todos.

O primeiro tempo foi fraco, por causa de um erro que o próprio Tite viu que cometeu e antes de acabar a primeira etapa, já começava consertar: mandou Rodrigo, atacante do Real Madri se aquecer, para entrar no segundo tempo no lugar do Paquetá. Aí, foi outra coisa. Parecia que o time tinha soltado o freio de mão. Aos 20 minutos, Vinícius Jr. marcou um gol, impedido, corretamente anulado pelo VAR. Aos 37, Casemiro, gigante em campo, marcou e valeu.

Estádio 974, construído com conteineres, que serão doados depois da Copa 

Ronaldo, dono do Cruzeiro, assistiu no estádio, ao lado do ex-lateral Roberto Carlos

O desespero do  técnico da Suíça, no momento do gol do Casemiro