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Falas do Arana e do próprio Felipão mostram que o técnico do Cruzeiro, Larcamón, brilhou na estratégia

Minha coluna no BHAZ

Foto: cruzeiro.com.br

Larcamón foi mais competente que Felipão. Vitória justa do Cruzeiro

Dois clássicos na Arena MRV e duas vitórias do maior rival. Duas derrotas em três rodadas do Campeonato Mineiro. Com um dos elencos mais caros do país, o Atlético precisa corrigir rumos visando as competições mais importantes da temporada 2024.

Só palavras motivacionais não ganham jogo. As entrevistas do lateral Arana e do próprio técnico Luiz Felipe Scolari, depois da derrota, confirmam que o técnico do Cruzeiro, Nicolás Larcamón, foi melhor estrategista para que o seu time saísse vitorioso da Arena MRV:

Disse Arana: “Pelo time que a gente tem, investimento que a gente tem, a gente tem que se apresentar para jogar mais. Não adianta ficar alçando, alçando, alçando a bola, porque não é assim que se ganha um jogo”.

“É a opinião dele. Eu respeito a opinião dele, mas posso divergir em alguma coisa. Eu acredito e penso que a postura do Cruzeiro não ofereceu a saída de bola que a gente pretendia. Nós trabalhamos na semana a saída de bola. O Cruzeiro não ofereceu chances para que essa saída acontecesse normalmente. Por isso, em algumas situações, a gente alongou a bola”.

Fora de campo, outras estratégias erradas que só serviram para motivar o adversário e dar munição para gozações, como essa que o Juca da Floresta enviou aqui:

“Proibiram torcida; proibiram jornalista; não colocaram símbolo no gramado. Só faltaram combinar do Cruzeiro não ir no jogo. Toca da Raposa 4.”

Para completar os jogadores do Cruzeiro fizeram a “saudação viking” no gramado, diante dos 42.585 atleticanos presentes.

(Foto: twitter.com/Cruzeiro)


Com torcida única, dirigentes de Atlético, Cruzeiro e autoridades mostram incompetência e se rendem aos bandidos

Acordo absurdo das diretorias do Atlético e do Cruzeiro que reafirmam incompetência deles e rendição das autoridades da segurança aos marginais que atrapalham o futebol Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Minha coluna no BHAZ:

Torcida única: “celebração” da incompetência, omissão e falência das autoridades e clubes

Trecho de nota no twitter oficial Atlético: “Galo e Cruzeiro celebraram acordo para que haja torcida única nos clássicos das temporadas 2024 e 2025, válidos pelas competições organizadas pela Federação Mineira de Futebol e Confederação Brasileira de Futebol…”

Significado da palavra celebrar: “promover; fazer uma solenidade; produzir uma festividade de teor pomposo: celebrar um contrato, uma empresa. Comemorar; exaltar algo ou alguém; receber de modo festivo: o povo celebrou as eleições democráticas…”

Além do redator semialfabetizado, isso pode ser chamado também de rendição aos marginais que infernizam o futebol, falência das autoridades públicas que aceitam um absurdo desses, sem nenhuma contestação de Ministério Público, defesa do consumidor, estatuto do torcedor, Polícias, Justiça e etecetera e tal.

E essa incompetência não é de hoje. Apenas se repete. Infelizmente não temos mais nas forças de segurança profissionais como o coronel PM Nilo Sérgio da Silva, que deu grandes exemplos de como fazer a autoridade do estado ser respeitada, nos anos em que foi comandante de Policiamento da Capital.

Recorro à minha própria coluna nos jornais O Tempo e Super Notícia no dia 24 de agosto de 2012, quando o Mineirão estava em reformas e o jogo seria no Independência. De lá para cá só mudaram os nomes dos dirigentes e dos jogadores. A Polícia Militar recomendava torcida única. O Atlético não fazia questão, mas gostava da ideia. O Cruzeiro, mandante, fingia não querer, mas, queria. Confiram:

“Incompetência assumida e falência da autoridade”

Para cada clássico uma desculpa esfarrapada para manter esse absurdo de “torcida única”. Ano que vem, com o Mineirão de volta, haverá alguma outra justificativa furada. Uma vergonha!

O Cruzeiro, mandante do jogo, deveria ter batido o pé e exigido que as forças de segurança do Estado cumprissem com o seu dever constitucional, mas certamente não teve interesse, por achar que apenas a sua torcida pode dar algum ganho dentro das quatro linhas durante os 90 minutos.

A experiência dos clássicos anteriores com essa idiotice já mostrou que não tem nada a ver: o Cruzeiro já ganhou do Galo só com a torcida alvinegra presente.

Lamento que a PM mineira não seja mais a que tínhamos até 2010, quando andaram com essa conversa fiada de “problemas de segurança”, e o então chefe do Comando do Policiamento da Capital – CPC – Tenente-Coronel Nilo, fez prevalecer a tradição de competência e destemor da nossa Polícia Militar. Em 2009 comandou pessoalmente as operações que garantiram a final da Libertadores da América, entre Cruzeiro e Estudiantes, da Argentina, sem nenhum problema. Arrancou elogios da imprensa nacional.

Sem balela

Um ano depois, o Cel. Nilo garantiu que o Atlético poderia usar o vestiário e banco de reservas do lado direito das cabines do Mineirão, debaixo da torcida do Cruzeiro; e que a Raposa, idem, no outro lado, sob a torcida atleticana.

Assim foi feito e a autoridade foi respeitada, graças à coragem e eficiência da Polícia Militar.

Sob risco

As coisas mudaram; o Cel. Nilo se aposentou, junto com outros militares dessa linhagem, e o que temos visto é uma Polícia Militar acuada, diante de uma meia dúzia de marginais.

Quando o Estado abre mão do seu poder; por falta de recursos humanos ou materiais, toda a sociedade perde e fica sob risco. Por essas e outras é que os números da violência só aumentam em Belo Horizonte.

Em campo

O clássico, como sempre, imprevisível. O Atlético está em momento muito melhor, mas o Cruzeiro é o Cruzeiro.

Num jogo desses, tudo depende! Montillo estará bem? Ronaldinho Gaúcho e Cia. estarão inspirados e com a mesma garra?

Fábio e Victor fecharão o gol, ou um deles engolirá um frango, desses que acontecem com qualquer grande goleiro?

– – –

O placar foi 2 a 2, pela última rodada do turno e o Atlético mantinha a liderança do Brasileiro, com 43 pontos, um a mais que o Fluminense, que terminou campeão. O Cruzeiro estava em oitavo lugar, 28 pontos. Wallyson fez 1 a 0 para o Cruzeiro, Leonardo Silva empatou, Ronaldinho Gaúcho fez seu mais belo gol da camisa do Galo, e aos 56 do segundo tempo, Mateus empatou para o Cruzeiro.

Curtindo boa vida de aposentado, o Cel. Nilo é o penúltimo à direita, ao lado do Piu. A partir da esquerda, o ex-lateral Mancini, Antônio Carlos Chaves de Rezende (então prefeito de Lagoa Dourada e o ex-meia do Atlético, Lincoln, numa partida festiva do time do PAIA/PMMG, do Cel. Aníbal, em São João Del Rei, em 2017 (Foto: arquivo pessoal do Cel. José Aníbal Fonseca)

A ficha completa:
Data: 26 de agosto de 2012, domingo
Horário: 18h30
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (Asp. Fifa/PE)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Asp. Fifa/MG) e Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG)
Público: 17.901 pagantes
Renda: R$ 482.270,00
Cartões amarelos: Lucas, Borges, Leandro Guerreiro, Montillo e Mateus (Cruzeiro), Pierre, Bernard e Marcos Rocha (Atlético-MG)
Cartões vermelhos: Leandro Guerreiro (Cruzeiro); Bernard e Pierre (Atlético-MG) 

Gols: Cruzeiro: Wallyson, aos 17 minutos do primeiro tempo, e Mateus, aos 56 do segundo tempo; Atlético: Leonardo Silva, aos 48 minutos do primeiro tempo, e Ronaldinho Gaúcho, aos 44 do segundo tempo.
Cruzeiro: Fábio, Léo, Mateus, Thiago Carvalho e Everton (Marcelo Oliveira); Leandro Guerreiro, Lucas Silva (Anselmo Ramon), Tinga e Montillo; Fabinho (Wallyson) e Borges
Técnico: Celso Roth

Atlético: Victor; Marcos Rocha (Rafael Marques), Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Leandro Donizete, Danilinho (Guilherme) e Ronaldinho (Serginho); Bernard e Jô
Técnico: Cuca

Reveja os gols, no YouTube:


E lá se foram mais três grandes figuras: Cecé, Helinho Rabelo e Fábio Vital

Minha coluna no BHAZ:

Obrigado ao fotógrafo Leo Drumond que nos presenteou com essa foto do seu acervo gigante: em 1983 o então prefeito Marcelo Cecé (centro) prestava homenagem a um dos principais jogadores do Atlético daquele início de década, o ponta direita Catatau, sete-lagoano, que começou a carreira no Ideal. Eu era repórter da Rádio Capital e tive a honra de ser incumbido da entrega do Diploma de Mérito da Prefeitura de Sete Lagoas. À esquerda o então Secretário Municipal de Esportes, Paulinho Maciel e à direita o vereador Fábio Cabral (falecido em 2002), que viria a se tornar vice-prefeito de Cecé, no segundo mandato dele, entre 1997 a 2000. Atualmente Catatau é um grande empresário em Campinas/SP, dono de uma fábrica de papelão. Cecé continuava atuante no mundo empresarial, completou 88 dia 8 de janeiro.

Fim de férias e a luta recomeça, com mais luto

No dia 4 de dezembro de 2016, prazer estar com o Fábio Vital no Programa Meio de Campo, da Rede Minas. À esquerda Guilherme Piu (na época do jornal Hoje em Dia, hoje na Itataia), Fábio Vital (Rádio Inconfidência e Rede Minas), o então comandante do programa Orlando Augusto, eu, e o Marcos Guiotti, na época da Globo/CBN

Uns dias no Sul da Bahia (entre Corumbau e Arraial D’Ajuda) e péssimas notícias, sobre as mortes do jornalista Fábio Vital, dia 20, do amigo atleticano Helinho Rabelo, dia 27, e do ex-prefeito de Sete Lagoas, Marcelo Cecé, dia 28. secretário do PDT Vital tinha 43 anos de idade, era da Rádio Inconfidência e Rede Minas.

Helinho Rabelo tinha 62 anos, era militante histórico do trabalhismo, brizolista, secretário do PDT, estava curtindo a vida, morando na Serra do Cipó. O pai dele era o José Maria Rabelo, grande jornalista e militante histórico do trabalhismo também. Nos deixou em 29 de dezembro de 2021, aos 93 anos.

Marcelo Cecé foi o maior prefeito de Sete Lagoas, responsável pela modernização urbana da cidade, pela ida de grandes indústrias, dentre elas a montadora Iveco, que mudou a cara da economia de toda a região. Ele estava com 88 anos.

Morando há quase 10 anos na Serra do Cipó, Helinho (esquerda) tinha incontáveis amigos lá, como o Gesner Belisário, que foi um ótimo secretário municipal de Turismo de Santana do Riacho.
Aliás, de lá, o Eustáquio Miranda, o Taquinho da Pousada Chão da Serra, me enviou essa mensagem falando do velório, em Belo Horizonte: “Vim a BH para despedida dele.
Foi triste pela perda desta pessoa que por onde passou só deixou amigos.
Foi emocionante. Tocaram até o hino do Galo na despedida…”


Às famílias e incontáveis amigos, meus sentimentos e a gratidão eterna pela convivência com eles.
Até um dia!
Quarta-feira estarei de volta às atividades.


Maior novidade na primeira rodada do Mineiro foi o Itabirito. Vejamos a próxima

A vitória do Patrocinense sobre o Galo e a goleada do América sobre o Pouso Alegre, com cinco gols de um só jogador (Mastriani) também foram notáveis, porém, o Itabirito conseguiu um feito especial. Clube profissional mais novo de Minas e um dos mais novos do Brasil, fundado já como SAF em 2022, foi a Governador Valadares e venceu o Democrata por 3 a 1. Ganhar da Pantera lá nunca é fácil, ainda mais por um placar desses.

O Democrata é um clube abraçado pela cidade e pela região. Essas fotos, feitas por mim, segunda-feira passada, são um exemplo disso. Camisas e outros objetos do time vendidos no comércio local. Neste caso, no Coelho Diniz, uma das maiores redes de supermercados do estado.

Nessa mesmice de sempre do campeonato estadual, ninguém tem dúvida que os três da capital estarão nas semifinais, restando saber quem será o do interior a tentar estragar a festa “capitalina” deste ano.

Aparentemente, poderá ser o Athletic de novo, mas quem sabe? Vejamos como será a performance do Itabirito e demais na segunda rodada, que começa daqui a pouco com Cruzeiro x Athletic, em Sete Lagoas, 16h30.

Amanhã, Itabirito x Vila Nova, no Independência, 11 horas. Às 16, Atlético x Democrata-GV, na Arena do Galo. Pouso Alegre x Tombense, às 17 em Pouso Alegre e Ipatinga x América às 20 horas no Ipatingão.

Uberlândia x Patrocinense encerram a segunda rodada, segunda-feira, às 20 horas.

Estou curtindo uns dias de folga em Arraial D’Ajuda/BA, que inclusive tem uma torcida animadíssima do Atlético, a Arraial Galo, que tem o Barega, como um dos fundadores. Para conhecer, só entrar no www.instagram.com/arraialgalo

Retorno quarta-feira.

Enquanto isso, curtam alguns comentários feitos sobre a primeira rodada aqui no blog e sobre o vice do Cruzeiro na Copa São Paulo:

Marlon Brant

Chico, boa tarde. Resultados mais que normais, Cruzeiro lutou muito, jogou com raiva e querendo a vitória, e foi contemplado com um gol no final, Itabirito jogou na empolgação, mas o Pantera não é mais o mesmo, Athetic continua sendo uma grata surpresa e seu time parece que chegou com salto alto, pensando que o resultado ia sair quando os caras quisessem mas não avisaram o Patrocinense que fez dois e pelo que ouvi nos comentários podia ter feito mais. Mas Cruzeiro, Atlético, América e mais um (Athetic acredito mais uma vez) estarão no quadrangular final, isto é fato. Mas a noticia mais importante é o aniversário de uma dos dez maiores jogadores que vi jogar no mundo, parabéns ao Doutor Eduardo, grande ídolo, gênio, craque acima da média, grande colunista e uma pessoa fora da curva. Não o conheci pessoalmente, mas admiro seu futebol. Para mim, existem oito monstros do futebol mundial em MG, Tostão, Dirceu Lopes, Joaozinho, Piazza, Eder Aleixo, Reinaldo, Luizinho e Cerezzo. Meu respeito eterno a estes ai e olha que deixei muita gente boa para trás. Abraços !!!!!!

Marcio Borges

Chico, vi o jogo do Cabuloso e pra mim, tirando o Matheus Pereira, foi tudo igual o ano passado. Custou a ganhar do Vila e sofreu com ataques perigosos. Os laterais estavam desprotegidos mas ai tem explicação. Colocar Palacios como zagueiro é pedir pra passar aperto contra qualquer time. Bom que teve gol de menino da base o que dá moral para continuar utilizando os crias da toca.

Jerônimo

Zaga tomando dois gols de bola aérea?
Lateral direito que não marca e não ataca?
Ataque sem velocidade?

Vou apenas repetir o comentário que fiz na semana passada: expectativa zero.
Com esse elenco desfalcado e com esse técnico cabeça dura… já era.

Concordo com o colega sobre o ano de 2024 do Galo: expectativa zero.

Amadorismo da gestão dos 5 Rs + Felipão + oba oba da torcida + elenco com ex-atletas (Jemerson, Mariano e Vargas) = mais um ano de decepções.

Cadê os jogadores da base?
Cadê um bom lateral direito?
Cadê um bom atacante velocista?
Cadê um bom zagueiro central?

Fica claro que o problema do Galo não é falta de dinheiro ou excesso de dívidas e sim….falta de gente que conheça de futebol para administrar o clube

Jesum Luciano da Silva

Não falei que iam chorar depois do leite derramado, um time que fala que será uma potência com tanto de jogador trabalhando lá, não poderia ter enviado alguém para olhar as condições do gramado? para perder poderiam ter enviado os reservas, agora os problemas são os mesmos, fomos a melhor defesa do brasileiro 2023, por causa do Everson, pois não temos lateral direito e os zagueiros são uma beleza, se acham os tais, mas não marcam ninguém, agora esperar edenilson render algo, só queria saber como conseguem contratar tanto jogador com validade vencida, tão falando num Luiz Henrique, não era melhor ter ficado com o keno ou ter tentado o soltero, mas tem coisas no futebol que ninguém explica.

Antônio da Silva

Felipão vai “cair” abraçado com o Jemerson!

Alisson Sol

Vamos ignorar que há uma enorme diferença entre jogar futebo ainda jovem, quando é praticamente uma diversão, e depois quando vira “trabalho”. Sem falar na súbita disponibilidade de dinheiro, algo para o qual a maioria dos jogadores não está preparada.

Será que possível que ninguém destes times juniores venha a ter sucesso no profissional? Ou algum cruzeirense se lembra de um ou dois jogadores destes times que subiram e tiveram sucesso, nem que seja por um ano?

Raul Otávio Pereira

Chico, seu levantamento é importante mas, na minha opinião, me desculpe, é incompleto.

Não são somente os times que chegam à final que revelam jogadores. Os demais, que ficam pelo meio do caminho, também apresentam boas novidades.

Mas fixando a atenção apenas a esse recorte – as quatro finais das quais o Cruzeiro participou, nos esquecemos dos anos em que o time ficou pelo meio do caminho – o cenário não me parece bom.

OK, Guilherme e Gomes, jogadores acima da média mas nunca unanimidades e nem craques consumados. Alguns outros tiveram carreiras regulares, mas apenas de sucesso pessoal, e outros nem tanto. Quantos desses finalistas simplesmente desapareceram ?

Mais importante ainda, nessas quatro finais estamos falando de quantos jogadores com algum destaque ? Dez, no máximo. É muito pouco.

A Copa São Paulo já acabou para o Cruzeiro, independentemente do resultado de hoje. As atenções se voltam para o que acontecerá com os jogadores desse elenco – serão vendidos ? Virarão titulares no próprio Cruzeiro – e depois vendidos ? Vão construir uma carreira “lado B” nos times intermediários do país ? Serão emprestados, vendidos por ninharia e eventualmente construirão uma carreira de sucesso em algum outro grande brasileiro ?

São muitas dúvidas.


Boas surpresas na primeira rodada do Mineiro e o exagero do Galo em culpar o gramado de Patrocínio

Minha coluna no BHAZ:

O Patrocinense se empenhou mais e mereceu a vitória, de virada sobre o Atlético, que reclama do gramado do estádio Pedro Alves do Nascimento (Foto: atletico.com.br)

A maior surpresa foi o novato Itabirito ir a Valadares e vencer o Democrata. Outra surpresa foi o placar lá: 3 a 1. Fica a expectativa quanto a sequência do time da terra do Telê Santana na competição. Se vai brigar pelas primeiras posições ou se essa vitória foi apenas fruto de empolgação de estreia na primeira divisão.


A vitória do Cruzeiro em Nova Lima merece ser comemorada. Afinal, é um dos nossos clássicos mais antigos e ganhar do Vila Nova no alçapão dele nunca foi fácil. Matheus Pereira foi o jogador mais elogiado, pela bola que jogou e pela liderança exercida em campo. Pelas entrevistas pós-jogo ficou claro que uma das características positivas do técnico Larcamón é dar liberdade para jogadores criativos se movimentarem como acham melhor. Parece ter sido o caso neste 2 a 1.

@Cruzeiro


O Tombense era franco favorito em casa contra o Uberlândia, mas o placar foi 2 a 2, muito bom para o “verdão” do Triângulo.
Na volta à primeirona estadual o Ipatinga perdeu em São João para o Athletic, 2 a 1. Resultado normal, já que tudo indica que o time sanjoanense deverá repetir as boas campanhas dos campeonatos anteriores.
Em busca do pentacampeonato o Atlético perdeu na estreia para o Patrocinense. Nada de anormal para começo de temporada, principalmente na casa do adversário. Derrota de virada, com dois gols tomados de bolas cruzadas pelo alto. Falhas que andaram desaparecidas da defesa atleticana, que voltaram. Motivo para o técnico Felipão ficar atento e corrigir.


A lamentar, a reclamação exagerada do Atlético, tipo “escândalo” levantado contra o gramado do estádio de Patrocínio, que realmente estava alto, mas que não foi o responsável pela vitória do Patrocinense.
Hoje o América estreia, no Independência, contra o Pouso Alegre, às 19 horas. Vejamos como será a nova cara do Coelho, comandado pela aposta de técnico Cauan de Almeida, de 34 anos de idade.

E hoje é aniversário do Tostão, homenageado pelo Cruzeiro nas redes sociais:

@Cruzeiro

“Gênio, craque, ídolo. O maior artilheiro da história do Cruzeiro completa 77 anos hoje. Nosso campeão da Taça Brasil de 66, titular absoluto da seleção tricampeã do mundo de 70. Eternamente na história celeste. Feliz aniversário, Tostão! E muito obrigado.”


Cruzeiro em quatro finais da Copa SP: quem brilhou e quem foi “foguete molhado” entre estes finalistas

Minha coluna no BHAZ:

Quem brilhou e quem foi “foguete molhado” entre os finalistas com o Cruzeiro na Copa SP

Ao bater o Flamengo por 2 a 1 o Cruzeiro se garantiu na sua quarta final da Copa São Paulo. Foi campeão em 2007, vice em 1996 (perdeu para o América, 2 x 1) e em 2002, derrotado pela Portuguesa por 1 a 0.
Vai disputar o título depois de amanhã, às 15h30, contra o Corinthians (que venceu o Novorizontino), no Itaquerão. Seria no Pacaembu, mas as obras de reforma não foram concluídas a tempo.


Missão cumprida, pois na final tudo pode acontecer. O mais importante o time conseguiu, que é chegar à finalíssima. Certamente porque tem bons jogadores e boa comissão técnica. A concorrência é muito forte.
E aí? Quantos jogadores vão se sobressair, ser úteis ao profissional, dar alegrias à torcida e retorno financeiro à Raposa? Será que vai sair algum craque dessa “ninhada”?

Foto: @Cruzeiro – No time finalista da Copa SP 2024, vários jogadores de enorme potencial, além do técnico Fernando Seabra. 


O técnico Fernando Seabra é muito elogiado por quem acompanha a base de perto. Ele usou na partida contra o Flamengo: Otávio, Carlos Gómez (Victor Jesus), Pedrão, Bruno Alves (Rhuan Gabrie), João Gabriel; Henrique Silva (Gui Meira), Jhosefer, Xavier (Kelvin); Tevis (Ruan Índio), Fernando (André) e Arthur.
O time campeão de 2007 era dirigido por um treinador que se deu bem na profissão: Enderson Moreira, que nunca fica desempregado.
A conquista foi sobre o São Paulo depois de 1 a 1 no tempo normal e 6 a 5 nos pênaltis.
Confira os placares e quem fez os gols em toda a campanha:
Cruzeiro 2 x 0 Portuguesa, gols de Guilherme
Náutico-RR 0 x 6 Cruzeiro – gols de Guilherme, Vinícius 2, Márcio, Aldo e Jonathas
Amparo 1 x 1 Cruzeiro, gol de Luiz Fernando
Cruzeiro 3 x 2 Corinthians, gols de Guilherme e Anderson 2
Cruzeiro 2 x 1 Vitória, gols de Jonathas e Vinícius
Cruzeiro 6 x 2 São José-SP, com três gols de Guilherme, Wellington, Carlos e Pablo
Na semifinal, 5 a 4 sobre o São Bernardo-SP, gols do Anderson, Jonathas 3 e Márcio. Na final
1 a 1 com o São Paulo 1 x 1, gol do Anderson e 6 a 5 nas penalidades.
O time da final: Rafael; Aldo (Marcos), Maicon, Wellington e Anderson; Paulinho Dias, Carlos Magno, Carlos (Luis Fernando) e Guilherme; Vinícius (Simões) e Jonathas.
O maior destaque, que rendeu alegrias e dinheiro foi o Guilherme, que depois passou por vários cubes do Brasil e do mundo, inclusive com participação importante no título do Atlético da Libertadores da América de 2013. Ainda joga, agora no Cianorte, do Paraná.
Jonathas jogou pouco tempo no profissional, mas rendeu dinheiro, vendido ao futebol europeu. Anselmo Ramón foi bem no próprio Cruzeiro, campeão brasileiro em 2013. Está com 35 anos e joga no CRB.
O goleiro Rafael, ótimo jogador, aos 34 anos, faz sucesso no São Paulo, depois de penar na reserva do Fábio no Cruzeiro, e bater de frente com Jorge Sampaoli, na sua ida para o Atlético, porque o treinador argentino preferia Everson, que sabia jogar “com os pés”.
O zagueiro Maicon também se destacou, rodou o mundo e atualmente está no Vasco.
Em resumo, a safra foi boa.
Em 1996 uma final sensacional entre mineiros e o Cruzeiro foi derrotado pelo América, que tinha um timaço e era dirigido pelo Ricardo Drubsky. O zagueiro William, que depois faria sucesso no Grêmio e Corinthians, abriu o placar, Rinaldo marcou o segundo e Da Silva diminuiu para a Raposa.
• Outro destaque do Coelhãozinho foi o lateral Evanílson, vendido ao Borussia Dortmund, da Alemanha.
O Cruzeiro tinha como técnico o Vantuil Rodriges. O time da final: Rodrigo Posso; Marquinho, Derlam, Lúcio Mauro e Alex; Dante, Léo (Gu) e Missinho; Picoto (Jefferson Feijão), Da Silva e Dê (Nado).
Na final de 2002 o Cruzeiro perdeu de 1 a 0 para a Portuguesa, com um time que teve como destaque o goleiro Gomes (revelado pelo Democrata de Sete Lagoas), campeão brasileiro de 2003, sucesso depois, também, no PSV Eindhoven/Holanda, Tottenham e Watford/Ingaterra. Um dos goleiros do Brasil na Copa da Alemanha em 2006.
O treinador naquela final era o Ney Franco, que escalou: Gomes; Cleiton, Emerson, Irineu e Marcos Túlio (Paraguaio); Mancuso (Alemão), Jardel, Wendell e Walter Minhoca; Diego (Eraldo) e Kanu.

Outro grande adversário na final de depois de amanha será a torcida do Corinthians, que recebeu os agradecimentos do clube, ontem, pela presença contra o Novorizontino. – Foto: @Corinthians


Os campeonatos estaduais precisam existir, mas em formato completamente diferente

Minha coluna no BHAZ:

Mesmice da pior qualidade. Estaduais já estão rolando. O Mineiro vem aí!

Dureza é aguentar a imprensa nacional achando que o Brasil se resume a São Paulo e Rio de Janeiro. Os programas de rádio, TVs e agora internet só falam dos times de lá. Uma praga.


Os campeonatos estaduais precisam existir, mas em formato completamente diferente. No mundo, tudo evolui, mas o futebol brasileiro não altera as fórmulas tacanhas destes estaduais, que, do jeito que são, só servem para atender aos interesses dos dirigentes das federações, de alguns comandantes de clubes e do monopólio da rede de TV que detém os direitos. Assunto para outras conversas nossas por aqui.


Dentro de campo são campeonatos que pouco ou nada acrescentam. Antigamente os times do interior eram mais competitivos, tinham bons jogadores, formados por eles mesmos, que os revendiam pós-campeonato, principalmente para os maiores clubes do próprio estado. Com a lei Pelé, os clubes do interior perderam essa condição para os atravessadores, batizados mais tarde como “agentes FIFA”. Hoje, são eles quem mandam, no mundo todo.


Em estados em que apenas dois clubes normalmente ficam com o título, perder o campeonato significa crise à vista, com demissão de treinador, irritação da torcida e recomeço às vésperas da primeira rodada da principal disputa, que é o Brasileiro.
Também é um inferno para as arbitragens. O vice-campeão acusa pesadamente os apitadores, auxiliares e agora o VAR de ter beneficiado o adversário e que o departamento de árbitros é uma “máfia” a serviço daquele que ganhou o título.


O clube do interior melhor colocado geral ao fim da disputa vai acusar os árbitros e a FMF de sempre ajudar os times da capital.


Aí, somos obrigados a ouvir canastrices como a do Tite, de que o campeonato carioca é melhor entre todos os estaduais. Demagogia e hipocrisia neste país é mato. O ex-técnico da seleção deveria continuar aposentado. Assim pouparia nossos ouvidos de ter de registrar as sandices deles.
Sobre as perspectivas do Galo, Raposa e Coelho, também é assunto para outro dia.


Cruzeiro atropela Santos e segue às quartas de final, com destaque para goleiro, zagueiro, volante e atacante

Foto: Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão

Os elogios são de quem conhece muito futebol: Ronaldo Peláu, que foi um dos maiores goleadores do futebol amador que já vi jogar, nos anos 1970/80.

Cruzeirense, curtindo vida boa de bem aposentado no mesmo bairro da minha infância, Boa Vista, em Sete Lagoas. Assiste tudo de futebol na TV e está ligado na Copa São Paulo sub-20.

Depois dos 3 a 0 ontem sobre o Santos, ele nos deu a honra de enviar este sucinto e claro comentário, do jeito que ele era em campo: “Amigo 3 a 0. O Cruzeiro tem 4 bons jogadores. O goleiro, zagueiro, volante e atacante: Otávio, PEDRÃO,  Xavier e Fernando.”

Ronaldo Pelau

Como realçou em caixa alta o nome do Pedrão, é porque o viu como principal promessa entre os citados.

Mas o eleito melhor da partida pela organização da Copa SP foi o atacante Fernando, autor do primeiro gol.

Foto: Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão

Hoje o América enfrenta o Corinthians às 21h35 em Marília. Poderá ir pela terceira vez consecutiva às semifinais da competição. Pena que não sabe utilizar a sua base no time profissional.


Fica sempre a esperança que o América aproveite melhor as suas revelações

Minha coluna do BHAZ:

Ano passado o “Coelhãozinho” (os americanos matam quem falar ou escrever Coelhinho) foi vice-campeão da principal competição sub-20 do país. Com um bom time e talentos promissores, perdeu o título para o Palmeiras, numa final por 2 a 1.


Mas, enquanto Abel Ferreira aproveitou vários jogadores em mais uma vitoriosa temporada do Palmeiras, o América se valeu de veteranos manjados e foi rebaixado para a Série B do Brasileiro.
O Coelho tem tradição em revelar bons jogadores, na mesma proporção em que não sabe aproveitá-los no time profissional, que é a principal razão de existir do clube.

Este ano, faz boa campanha de novo e vai enfrentar o Corinthians pelas quartas de final, nesta quinta-feira, 21h35, em Marília. Nas oitavas, bateu o Ituano por 2 a 1. O Corinthians passou pelo CRB com uma goleada de 6 a 1.

Foto: @Cruzeiro
Daqui a pouco, 19h30, o Cruzeiro enfrenta o Santos, na Arena Barueri, pelas oitavas de final, depois de eliminar a Portuguesa, por 1 a 0.


Para quem ainda são sabe, o Atlético dançou na segunda fase da disputa.


Itabirito mandará seus jogos no Independência este ano, em 2025, possivelmente, na Arena Telê Santana

Em 2007, um ano após a sua morte Telê se tornou estátua, homenagem da cidade de Itabirito, por iniciativa da prefeitura. Alvo de vandalismo (teve a bola roubada), como ocorre em todo o Brasil com esculturas como essa, foi restaurada em 2021 (Foto: Prefeitura de Itabirito/Divulgação)

Minha coluna no BHAZ:

O Itabirito F. Clube no dia do acesso à primeira divisão. Primeiro time 100% Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Brasil, cujas 100% das ações pertencem a um único investidor, que é o empresário Maycon Pereira (Foto: Otávio Silva/FMF)

Caçula da primeira divisão mineira deste ano, o Itabirito F. Clube, vai mandar seus jogos no estádio Independência no campeonato que começa dia 24, quarta-feira. A estreia será em Governador Valadares, contra o Democrata Pantera, às 20h30. Mas, para 2025 o desejo é jogar em casa, diante da sua torcida, que tanto apoiou o time na terceira e segunda divisões em 2022 e 2023, no acanhado atual estádio da cidade, Dr. Alberto Woods Soares, conhecido como Campo do União.


Dentro do projeto de recuperação da infraestrutura e implantação do Centro Municipal de Esportes e Lazer, a prefeitura de Itabirito fez um acordo com o União Sport Clube, desapropriando o estádio de forma amigável, para uma reforma completa.


Terá a capacidade aumentada para 5 mil torcedores e ganhará o acréscimo do nome de Telê Santana, o filho mais ilustre de Itabirito, um dos treinadores mais emblemáticos do Brasil e do mundo, que nos deixou em 21 de abril de 2006, aos 74 anos.

A exemplo do Athletic de São João Del Rei, o Itabirito é uma SAF de sucesso, que foi criada em 2022 e chegou imediatamente à primeira divisão de Minas, conquistando o acesso em dois anos consecutivos.
Sustentado por empresas e patrocinadores privados, conta com a boa vontade do prefeito Orlando Caldeira (Cidadania), do Secretário Municipal de Esportes, Raphael Rondow, e o apoio institucional e logístico da prefeitura.


O mascote do clube é o Gato do Mato, cuja apresentação foi feita durante a maior festa popular de Itabirito, a Julifest, em agosto de 2022. Na ocasião, o prefeito Orlando Caldeira pronunciou: “Apaixonemos pelo Gato. É uma projeção enorme que estamos fazendo, como São João del Rei fez com o Athletic, como o Tombense com Tombos, o América, com Teófilo Otoni

(Foto: sounoticia.com.br)

Secretário Municipal de Esportes, Raphael Rondow (esq.), prefeito Orlando Caldeira, e o procurador Alexandre Sampaio, representante do União, na solenidade de entrega das chaves do antigo estádio à Prefeitura de Itabirito, em 17 de agosto de 2023 – Foto: itabirito.mg.gov.br