Pouco mais de um mês atrás passei pela rua José Duarte de Paiva, quase no centro de Sete Lagoas, e a emoção bateu forte. Parei o carro e fiquei olhando para os equipamentos e operários que erguiam uma enorme obra no local.
Foi ali que comecei a minha vida de repórter, aos 11 anos de idade. Ali comecei a gostar do Democrata Futebol Clube; onde fiz as primeiras reportagens, paralelamente onde jogava no juvenil e depois júnior do Jacaré. Onde ajudei até como auxiliar de roupeiro, no time amador do clube. O roupeiro titular era o Toquinho (irmão do Fred, zagueiro do Atlético nos anos 1980), então meu colega na 5ª série do Ginásio Industrial, que levou-me a participar do mutirão de ajuda ao Democrata, que tinha saído do futebol profissional.
Ali, assisti o jogo final do campeonato mineiro de 1989, quando o Atlético foi campeão, derrotando o Democrata, com quase 10 mil pessoas se amontoando nos muros e torres dos refletores, numa noite de quarta feira.
Ali, vi o Telê Santana bravo, em 1988, depois de uma derrota de 3 x 2, na maior zebra da Loteria Esportiva daquele ano. Telê ficou furioso com o anti-jogo, quando o técnico do Jacaré, Vicente Lage, o “109”, mandava bolas da arquibancada, fazendo a partida ser paralisada a todo instante.
Pois é! O tempo passa, e aquele que foi o estádio da minha vida, o agora saudoso Duarte de Paiva, está virando um dos maiores hipermercados do interior de Minas.
Acabei de receber convite do Grupo Bretas para a inauguração, nesta sexta feiras, às 8 horas.
Aliás, foi o negócio da vida do Democrata, que com o dinheiro do Bretas, ergueu a Arena do Jacaré, que será palco do futebol mineiro em 2010.
Vida que segue!
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