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Finalmente um exemplo positivo de uma autoridade política

De vez em quando um bom exemplo

O que deveria ser o normal, tornou-se virtude no Brasil, e já que é assim, parabéns ao Ministro Paulo Bernardo, que não deu “carteirada” e nem usou da sua condição de autoridade do primeiro escalão da república para obter privilégio.

Ano passado tive que passar por essa tal reciclagem e enfrentei o mesmo que ele está enfrentando agora, para renovar a minha habilitação.

A notícia saiu nos principais veículos de imprensa do país e essa é do “Estadão”:

* “Paulo Bernardo volta às aulas”

Com 30 pontos na carteira e há 2 anos sem habilitação, ministro fez ontem curso no Detran

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BRASÍLIA – Em uma sala do primeiro andar da Escola de Educação de Trânsito de Brasília um aluno ilustre assistia ontem, discretamente, à sexta aula do programa de reciclagem para motoristas que perderam a carteira. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, há dois anos sem habilitação, decidiu aproveitar as férias para retomar o direito de dirigir.

Na sua sala, a maior parte dos cerca de 50 alunos não sabia que o colega era ministro até a reportagem do Estado chegar. O assunto, no entanto, virou piada quando os colegas entenderam quem era o senhor grisalho sentado na primeira fila.

“Se até ministro tem aqui, a lei está funcionando. Quem sou eu para reclamar”, disse um dos presentes, arrancando risadas dos colegas.

Paulo Bernardo contou que perdeu a carteira há mais de dois anos, quando passou dos 30 pontos em infrações – o limite máximo é de 20 pontos. Ao ser notificado pelo Departamento de Trânsito (Detran), entregou a carteira e, afirmou, não dirigiu mais. Em Brasília, usava o motorista do ministério. Em Curitiba, entregava a direção para sua mulher, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

“Tinha de fazer o curso, mas cadê tempo?”, disse. “Agora aproveitei as férias.” Ao sair do curso, pegou uma carona e fez piada sobre o colega que saiu do prédio do Detran dirigindo apesar de, obviamente, estar sem carteira.

Apertado em uma carteira pequena demais, o ministro parecia concentrado no que dizia a instrutora, mas reagiu com bom humor ao ser fotografado. Alguns colegas, no entanto, preferiram sair da sala para não correr o risco de aparecer em uma foto como infratores. A maioria também perdeu a carteira por excesso de pontos.

Paulo Bernardo reconhece que suas infrações são principalmente excesso de velocidade e falar ao celular enquanto dirige. Justifica que em Curitiba, sua cidade natal, a fiscalização é muito rígida. Tem certeza que alguns pontos não são seus, mas conta que não contestou e agora é tarde. “A responsabilidade é minha. E é melhor fazer logo do que tentar dar jeitinho. Isso nunca funciona”, disse.

Reciclagem. O curso do Detran é feito em oito dias úteis de aulas, das 8h às 11h30. O motorista revisa as leis de trânsito, aprende sobre direção defensiva e tem noções de primeiros socorros. Ao final dos oito dias – Paulo Bernardo termina na próxima quarta-feira -, é preciso acertar 70% das 40 questões da prova. Se isso não acontece, há uma nova chance. Mais um fracasso e o motorista precisa fazer todo o curso de novo.

Paulo Bernardo não é a primeira presença ilustre na Escola de Trânsito de Brasília. Há quatro anos e meio, o campeão de Fórmula 1, Nelson Piquet, também foi pego fazendo o curso. Piquet tinha 128 pontos na carteira, de acordo com o Detran. Mas o piloto garante que seus mesmos eram apenas 28.

* http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,paulo-bernardo-volta-as-aulas,820716,0.htm

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