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BMG está mudando sua política de patrocínios e sairá das camisas dos clubes

Satisfeito com o resultado já obtido, BMG está saindo das camisas dos clubes e deve ficar apenas no Atlético, Cruzeiro e América.

Não vai por o seu nome no Itaquerão, porque além de caro, só funciona como propaganda se a Globo divulgar.

Essas informações foram dadas pelo Márcio Alaor, vice-presidente e um dos principais executivos do banco, em entrevista à Folha de S. Paulo: 

* “BMG quer sair aos poucos das camisas”

ENTREVISTA
Banco, no entanto, pretende aumentar investimento em percentuais dos direitos de jogadores

 

Marca mais exposta nas camisas dos times do país em 2011, o BMG, do vice-presidente Márcio Alaor, já atingiu seu objetivo e quer “sair aos poucos” do patrocínio no futebol, diz o executivo. O investimento caiu de R$ 66 milhões, em 2011, para R$ 39 milhões neste ano. (BERNARDO ITRI)

 

Folha – O BMG deixou de patrocinar São Paulo, Vasco e Sport. Vai sair do patrocínio?
Márcio Alaor – Vamos saindo gradativamente. Já atingimos o nosso objetivo. Temos uma pesquisa que mostra que o BMG é, hoje, a terceira marca ligada ao futebol mais lembrada pelo torcedor, na frente de Coca-Cola, Nike… Mas temos que ficar na lembrança do consumidor. Não conversamos [se vamos sair], mas eu acho que vamos continuar. Em Minas, provavelmente, vamos ficar.

Qual é o investimento em patrocínio de clubes?
[O investimento] era de R$ 66 milhões em 2011. Agora é de cerca de R$ 39 milhões.

O BMG atingiu seu objetivo mais rápido que o esperado?
Muito mais. A gente era o 130º na lembrança do torcedor. Somos terceiro. Pensávamos em atingir o objetivo em, no mínimo, três anos e, no máximo, cinco. Foi em dois.

Como foi a entrada do BMG no futebol?
Em 2009, fomos convidados a patrocinar a final do Campeonato Mineiro, entre Atlético e Cruzeiro. Fizemos. Não dava para patrocinar um clube só, senão dividiria o Estado. E deu uma repercussão acima da expectativa. Aí falamos: “Vamos avaliar a possibilidade de patrocinar alguns clubes estratégicos e ver quanto fica”. Começamos a ver que, com esse patrocínio [de camisas], não mudaríamos muito o valor de R$ 60 milhões, que já gastávamos por ano com mídia. E pensamos: “Poxa, vamos ter a oportunidade de estar no horário nobre em todas as televisões”. Quando vimos os preços, fomos ao Flamengo e fechamos a manga. Foi coisa de louco. Nesse meio tempo, fechamos com o Cruzeiro e Atlético por mais um ano. E foi com o América-MG que começamos a entender o futebol como investimento.

Qual tipo de investimento?
O América propôs uma parceria. Fizemos o patrocínio de camisa e no futebol, nos juniores. Escolhemos lá três jogadores e colocamos um dinheiro. Foi espetacular. Dentre esses jogadores, estava o Danilo [ex-Santos], que foi vendido por uma fortuna para o Porto. Daí começamos a ser procurados por outros times oferecendo 10%, 20% de jogadores mais jovens.

O banco segue uma cartilha para investir nos jogadores?
Não temos mais do que 50% de nenhum jogador. Normalmente, temos 10%, 20%. Normalmente, queremos vendê-los na segunda janela de transferências [depois que o atleta se vai para um clube-ponte, um ano]. Dá tempo de o jogador render no clube e depois ser vendido bem. Mas somos flexíveis.

Outros investidores dizem que o lucro com jogadores é consequência.
Para a gente, futebol é negócio. Compramos o percentual de jogadores para ter lucro. Os clubes sabem disso. Temos 70 jogadores. Criamos um fundo, registrado na CVM (Comissão de Valores Imobiliários). Em 2011, ele cresceu 72%. Abrimos o fundo em 2010 com US$ 12 milhões, e hoje tem US$ 50 milhões.

Vocês pretendem investir em naming rights?
Já fizemos. Compramos o Campeonato Mineiro, mas não tem retorno. Se a Globo não falar, é inviável. O Andres Sanchez [presidente licenciado do Corinthians] foi ao banco e falou sobre comprar os naming rights do Itaquerão. Mas o preço é muito alto. O Itaquerão vai se chamar Itaquerão. As pessoas não vão chamar de BMGzão (risos).


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Comentários:
13
  • Juca disse:

    Tem é que exaltar uma empresa que investiu tanto no futebol brasileiro e principalmente mineiro.

  • Juca disse:

    Quanta gente falando bobagem aqui nesses comentários. Óbvio que voce nunca vai ver alguém que tenha conta corrente no BMG, pois eles não trabalham com isso. Eles são focados em empréstimo consignado, são líderes nesse segmento, e devem ter mais de 10% dos aposentados e funcionários públicos do Brasil como seus clientes. O motivo de voce não conhecer nenhum é que ninguém costuma sair espalhando que está endividado, mas quando precisam de dinheiro sabem quem devem procurar, e vão atrás do BMG.

  • Emmanuel disse:

    Para os bem menos informados, o banco BMG eh um banco de seguimento de consignados e por falar nisso o maior banco de consignados, por esse motivo não tem correntistas.

    Acho que ao invés de criticar o que deve ser feito e levantar da cadeira e bater palma para a grande jogada de marketing do BMG, aparecer em nas camisas dos timrs de futebol, você aparece no horário do jogo (globo), aparece a propaganda na hora do treinamento, aparece nas entrevistas, de toda forma esta aparecendo.

    A familia do BMG são empreendedores e em qualquer seguimento serão os melhores, porque fazem com planejamento.

  • Carlinhos Xavier disse:

    chico, sou leitor assiduo do seu blog e só posso parabeniza-lo pelo excelente trabalho.
    Aproveitando a materia sobre os investimentos do BMG, acredito que voce ja tenha visto a materia do blog do Paulinho, onde ele expõe abertamente as falcatruas de Luxemburgo. segue o link quem sabe lhe renda um bom assunto.

    http://blogdopaulinho.wordpress.com/2012/01/18/bicheiros-negociatas-documentos-falsos-saiba-como-vwanderleiy-luxemburgo-esta-pegando-dinheiro-do-flamengo/

    Continue com o sucesso!!

  • Clayton Batista Coelho ( "Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH" ) disse:

    Ops… *Sangue-Suga..

    rs

  • Clayton Batista Coelho ( "Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH" ) disse:

    Banqueiro…

    Sangue-Sussa…

    Sugaram o que podia, agora partem para novos “corpos”…

  • Zé Carlos disse:

    Feliz 2015

  • Zé Carlos disse:

    Ai que saudade do tempo que eu ia na Ranieri, lá na rua dos Caetés, comprava uma camisa preta e branca e tinha que costurar o escudo em casa… A camisa era de puro algodão, durava “até acabar”… custava o que seria hoje, eu imagino, uns 20 ou 30 reais, não faziamos propaganda de graça pra ninguém… Apenas torciamos para o time do coração; “by the way” estou em recesso enquanto esse “turco” for presidente.

  • Fernando disse:

    Alguém ja viu um cliente desse banco BMG? É só lembrar quem é o dono, e o que ele ja fez pelo futebol mineiro (especialmente para o Galo). É duro!

  • Alisson Sol disse:

    O Banco Laranja quer ficar na lembrança da população por que? Não é banco para você ir abrir conta e aplicar seu dinheiro (não conheço sequer uma pessoa com conta neste banco).

    Enfim, um executivo de banco acabou de afirmar o que já estou afirmando aqui há tempos: se você quer lavar dinheiro, compre o passe (ou parte do passe) de dezenas de jogadores de futebol, pois é preciso que apenas um deles dê retorno. E assim o dinheiro do Valerioduto e outros “dutos” dos quais não sabemos fica limpinho, limpinho…

  • Lincoln Pinheiro Costa disse:

    Chico,

    Esse modelo de negócio que o futebol possibilitou após a Lei Pelé inviabiliza a formação de times perenes. Os chamados investidores – na verdade são especuladores, pois só visam ao curto prazo – só se interessam pelo lucro fácil e rápido. Para eles, quanto mais transação, mais lucro.
    Fico imaginando se o Juca Kfoury, que tanto criticava a lei do passe, comparando-a à escravidão, estava de boa-fé ou era lobbysta dos empresários que passaram a ser donos do futebol.
    Em um post abaixo você reclamou do apoio das estatais a times cariocas e paulistas. Concordo com sua crítica, mas o BMG, empresa mineira, também paga mais aos times de lá do que aos de cá.
    “Mas é uma empresa privada”, poderá dizer alguém. Respondo: e os benefícios fiscais, os contratos que o banco tem com o poder público?
    Outra coisa: o BMG tem participação em jogadores de diversos times. E a tentação de combinar resultados?
    Vamos a um caso prático: com a transferência do Montillo abortada (pelo menos até agora), não só o jogador perde e fica insatisfeito. O BMG também deixa de ganhar. Quem garante que ele não fará corpo mole?
    twitter.com/lincolnpinheiro

  • mauricio souza disse:

    É por isso que o crucru cair não era negócio para o BMG. Achou melhor premiar os jogadores do galo, por aquela derrota 6X1. A proposito, o Leonardo Silva, disse que trabalhou na férias. Deve ter tido o trabalho de descontar os cheques e repassar para a rapasiada do galo.

  • Luiz Antonio Miranda disse:

    Chico,

    Acompanho sua coluna a muito tempo.Sou tio do Rafael Moura e da Amanda( She-Ha), sua irmã, do fut.feminino do Galo.
    Tive o privilégio em 1971, ver meu time ser Campeão Brasileiro.
    Tenho, na minha àrea de trabalho(PC), uma pasta reservada para arquivar seus comentários.Quero participar com a Amanda.numa campanha que ela começou, e foi à Brasilia, para tal, na maior divulgação do futebol feminino no Brasil.
    Anexei, para estudar depois, sites do Barcelona, Seleção Japonesa(atual campeá Mundial feminina), e outros,que abordam essa questão do esporte feminino…conto com seu apoio.

    Felicidades e muita saúde em 2012.
    Luiz A.Miranda