Falei sobre a imprensa esportiva de BH no post anterior, porém, determinados pecados não são só em Minas.
Estou para mostrar aos senhores esta coluna da “Ombudsman”, da Folha de S. Paulo, desde o dia 22 de janeiro, onde ela critica a cobertura mal informada, na base do “chutômetro” e pouco compromissada, do próprio jornal em relação à Copa SP e às categorias de base de modo geral.
Para quem não sabe, a função do “Ombudsman”, é criticar o próprio jornal, pela ótica do leitor.
Em Minas, nenhum veículo tem este tipo de colunista. No Brasil, creio que só a Folha:
“SUZANA SINGER”
O fracasso que não veio
A caixinha de surpresas do futebol aprontou com a Folha. No início deste mês, o caderno “Esporte” decretava na capa: “Abandono”. “Copa São Paulo de futebol júnior, que começa hoje, escancara o fracasso das categorias de base do Corinthians na administração Andres Sanchez.”
Só que os “menores abandonados” do Parque São Jorge venceram o campeonato que revelaria o seu desamparo. No final de uma campanha que o próprio “Esporte” reconheceu como “irretocável” -oito vitórias em oito jogos-, o Corinthians bateu, na quarta-feira passada, o Fluminense em um Pacaembu lotado.
No dia da partida, o caderno continuava especulando: afirmava que os torcedores não deveriam ter esperança de ver os destaques da base reforçando a categoria principal, porque o Corinthians prefere “torrar dinheiro em contratações e ignorar os talentos lapidados no próprio quintal”.
A tese durou apenas 24 horas. Na quinta-feira, a reportagem sobre a vitória enumerava cinco jogadores cotados para subir e dizia que “os frutos dessa conquista devem aparecer em breve entre os profissionais corintianos”.
“Adivinhação é para os místicos, notícia tem de ser dada com base em fatos”, recomendou, sabiamente, o leitor Cléssio Costa, 46, administrador de empresas de São Paulo (SP).
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