O Juiz Federal Lincoln Pinheiro Costa discorda da opinião do Harley Coqueiro no primeiro post sobre este assunto.
Pelo que percebo ele segue a mesma linha daqueles que acreditam na fala do Walter Klark, um dos mentores da Rede Globo, que em seu livro de memórias contou um pouco da sua experiência como vice-presidente de futebol na primeira gestão do Márcio Braga, no início dos anos 1980.
Diz o Klark que “enganam-se aqueles que pensam que não se compra mais árbitros de futebol” no Brasil.
Está no livro “O Campeão de Audiência”.
A opinião do Dr. Lincoln:
* “Chico,
Com todo respeito, essa é mais uma análise superficial, a-histórica, sem enfrentar as verdadeiras causas e contradições do fenômeno.
Comparar campeonato Inglês e Espanhol, cada qual com uns 2 times que disputam o título e o restante, meramente coadjuvante ( e satisfeito com este papel) com o Brasileirão é um erro de método.
Dizer que todos torcedores veem mais erros contra seus times e que os juízes erram contra todos é fazer vista grossa para as estatísticas.
Defender os erros de arbitragem para o futebol “não perder a graça” é chegar à raias da má-fé.
E, curiosamente, o tipo de analista que justifica isso geralmente fica indignado com a corrupção noticiada pela imprensa.
Qualquer análise sobre ‘erros de arbitragem’ que não leve em consideração os interesses políticos e econômicos envolvidos no futebol; que não enxergue a supremacia política e econômica do eixo RJ-SP e, consequentemente, que as entidades que controlam o futebol (CBF/STJD/mídia) têm seu arcabouço institucional desenhado para favorecer aqueles estados chega a conclusões risíveis.
Esse tipo de análise – se divulgado e não debatido – acaba se tornando mais um elemento ideológico para justificar o favorecimento aos interesses do eixo RJ-SP.
Se o autor da análise sabe o que está fazendo (justificando dissimuladamente a corrupção no futebol) está de má-fé; se não sabe, é um inocente útil.
Saudações atleticanas,
twitter.com/lincolnpinheiro
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