Além de ter sido marcada pelo título do Cruzeiro, esta foi uma rodada diferente na história do Brasileiro, de repercussão mundial, por causa do protesto silencioso dos jogadores no apito inicial dos árbitros: cruzaram os braços durante um minuto, bagunçando inclusive a cabeça de muitos repórteres, locutores e comentaristas.
Em Salvador o pessoal da Globo chegou a dizer que seria uma “homenagem póstuma” a alguém. Depois de algum silêncio na transmissão, e certamente, com algum colega soprando no ouvido, veio a informação correta.
Nos canais pagos e nas rádios as notícias de que haveria este protesto começaram a ser faladas antes de a bola rolar nos jogos das 19h30.
Esta foi a segunda fase do protesto já que todos os jogadores entraram juntos nos gramados segurando faixas com os dizeres: “Por um futebol melhor para todos”, e “Amigos da CBF: e o Bom Senso?”.
No São Paulo x Flamengo o protesto foi diferente: avisados pelo árbitro Alício Pena Junior, que todos receberiam cartão amarelo em caso de cruzamento dos braços depois do jogo iniciado, eles deram chutões na bola de seus campos de defesa, durante um minuto, e só depois começaram o jogo pra valer.
Dentre as reivindicações, querem que se coloque em prática, duas básicas: férias de 30 dias e mais 30 dias de pré-temporada.
O fim disso tudo, todos nós sabemos: se a Globo topar, tudo bem. Caso contrário tudo continuará como está.
A CBF não tem poder para nada nessa história. Os clubes vivem na base do “cada um pra si e Deus para todos”; cada um defende o seu lado, dando espaço para a Globo manobrar no jeito que ela quiser, já que ela é quem paga a conta de todos.
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