Os reservas do Cruzeiro, enxertados por alguns titulares, foram muito bem contra o América e o jogo foi bom até o segundo gol, quando a fatura foi liquidada. O Coelho foi uma decepção absoluta e em momento algum deu alguma esperança à torcida de que poderia reagir.
Este jogo serviu para confirmar o que tem sido dito sobre a excelência do elenco celeste para esta temporada. Tem peças de reposição confiáveis.
O único que está devendo é o Júlio Baptista, que mesmo contra um adversário fraco não conseguiu mostrar futebol que fizesse lembrar o grande jogador que já foi.
Vai concluir o primeiro ano de contrato e ainda não deu o retorno esperado. Foi o maior investimento feito pela gestão Gilvan de Pinho Tavares, que nem conseguiu se tornar titular.
Como o time deslanchou sem ele, as cobranças nem existem.
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Mais preocupante que a segunda derrota consecutiva no Campeonato Mineiro é o fato de o melhor jogador do Atlético contra o Tupi ter sido o Marion, num time que tinha o badalado e caro centroavante André e os rodados Renan Oliveira e Leonardo, que já tiveram todas as oportunidades possíveis, no Galo e em outros clubes, e nunca justificaram a crença depositada neles.
Leo, dois gols de cabeça, quase idênticos na vitória sobre o América
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Intervenções necessárias
A perpetuação de dirigentes no poder é um dos grandes males do esporte no Brasil. Presidentes se encastelam no comando de clubes e federações, só saindo quando morrem ou quando a justiça intervém. Muitas vezes, forçados pela legislação, saem da presidência, mas elegem filhos, esposas, funcionários ou algum outro fantoche. Em Minas, exceção ao Carlão, presidente da federação de vôlei, bem quisto pela maioria, devido à dedicação e boa gestão.
Os demais “donos” muito ruins de serviço; que se mantém no cargo prejudicando o desenvolvimento de modalidades inteiras e milhares de atletas. O Ministério Público resolveu agir na Federação Mineira de Futebol e encurtou o período de Paulo Schettino, cujos mandatos nem foram ruins, mas a alternância de poder é absolutamente necessária.
O futebol dá muita visibilidade a qualquer envolvido, mas há federações cuja situação é muito mais complicada e que precisam de ação enérgica, urgente do MP. O futsal mineiro está estagnado há mais de 30 anos sob comando do mesmo presidente; o tênis, a mais de 20, quase inativo, sem disputas nas diversas categorias, que sobrevive graças ao esforço individual de atletas e alguns outros apaixonados pela modalidade.
* Estas e outras notas estarão em minha coluna no O Tempo, nas bancas!
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