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Ciclovia em país subdesenvolvido é missão quase impossível

Na melhor das intenções o prefeito Marcio Lacerda aposta em ciclovias por toda a cidade na esperança de que a população ande mais de bicicleta.

Mas isso é atividade para sociedades evoluídas ou em cidades de pouco tráfego; dificilmente dá certo em grandes cidades de países subdesenvolvidos como o nosso. A maioria dos motoristas e motociclistas não respeita a sinalização nem uns aos outros, quanto mais bicicletas.

Os que resistem e tentam sofrem, como o vereador Adriano Ventura (PT), que tem o hábito de ir pedalando, do seu bairro, Barreiro, para o trabalho na Câmara Municipal, em Santa Efigência.

Ontem, foi atropelado, por volta das 13h30, na Avenida Tereza Cristina. Não corre risco de morte, mas machucou bastante.

Segundo a assessoria dele, o Samu levou mais de uma hora para chegar.

Pois é! Dinheiro roubado por mensaleiros petistas, tucanos e etecetera poderia melhorar o atendimento da saúde no país todo.

ADRIANO

O vereador Adriano Ventura enquanto aguardava socorro.


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Comentários:
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  • Marcos 2014 disse:

    Infelizmente não há políticas públicas de um transporte coletivo viável a todos e muito menos incentivo ao uso de bicicletas com segurança. Ainda mais em Belo Horizonte, cidade onde transporte coletivo e trânsito são dois dos seus ‘infernos astrais’. Pedalar por aqui, somado com o relevo acidentado da cidade, é impraticável.

  • Paulo Torres disse:

    Ciclovias podem sim ser implantadas de forma bem-sucedida em países em desenvolvimento. Bogotá – que como a Taça Libertadores nos lembra todo ano, tem um relevo bem acidentado – é um exemplo disso: http://www.espiritooutdoor.com/ciclovias-em-bogota-uma-experiencia-que-deu-certo/

    Mas ciclovias não são soluções mágicas. Nem o BRT, nem o metrô, trem, monotrilho, nem a abertura de avenidas e vias expressas. A solução é tudo isso junto, é ter diferentes modais de transporte que sejam integrados e complementares.

    Ninguém quer que a população toda de BH pedale do Santa Amélia até o Belvedere, por exemplo, mas apenas que seja possível a qualquer um pedalar em segurança do Santa Amélia até uma estação de metrô/BRT onde haja um bicicletário, e de lá seguir em transporte coletivo.

  • Renato César disse:

    Curiosidade sobre este caso. Li uma reportagem que falava que o atropelamento aconteceu por volta de 12:30. Ligaram 192 e 193, mas o atendimento só foi prestado por volta de 14:30.

    A demora teria ocorrido devido à dificuldade de definir se o acidente acontecera em Contagem ou Belo Horizonte. Pasmem, mas já passei por isto.

    Presenciei um atropelamento (dois carros faziam um “racha” e um deles perdeu o controle, atropelando um ciclista uns 50m na minha frente). Liguei várias vezes para SAMU, Bombeiros e Polícia, mas ninguém compareceu.

    Esperei de 14h (horário do acidente) até as 17h (quando o rapaz atropelado desistiu de esperar), mas ninguém foi pelo mesmo motivo: não sabiam se era Contagem ou Belo Horizonte!

    O vereador deve ter conseguido contato com algum Secretário Municipal, com o prefeito ou com algum outro político para que fosse atendido. E o caso dele era mais grave pois estava ferido.

  • marcelosat disse:

    andar de bicicleta ou “pedalar uma bike” como se diz hoje é bom D+, Faz bem pro corpo e pra mente. Mas querer que ciclovias cortando uma cidade de altos e baixos como BH sejam uma forma alternativa de deslocamento é querer demais e jogar pra uma plateia sem muito miolo na cabeça…..
    BH já tem uma estrutura viária que mal comporta a frota motorizada que circula. Estreitar mais as vias para favorecer as bicicletas, imaginando que um motorista vá largar seu carro na garagem pra seguir de bike não é nem ser romântico – é ser tolo.
    Claro que seria super legal todos de bike, mas vejam agora mesmo nesse “friozinho” de 40º a sombra, voce indo de bike pro trabalho….. Uma delicia chegar pingando naquele escritório refrigerado né……… E passar o resto do dia com aquele suor condensado na roupa……. ahh para……