Victor voltou depois da cirurgia e foi mal, como todo o time neste vexame diante do Tricordiano. Foto: Super FC
O Campeonato Mineiro começou com uma descrença absoluta da torcida do Cruzeiro no técnico Deivid, e os atleticanos divididos entre crentes e incrédulos em relação ao Diego Aguirre, com ligeira maioria para os desconfiados. As vitórias sem convencer da Raposa aumentavam o contingente de cruzeirenses que gostariam de ver um treinador experiente, de nome, comandando o time. Uma vitória ou outra por placar mais dilatado, a liderança do grupo na Libertadores iam aumentando o cacife do técnico do Galo. O campeonato estadual é isso mesmo, um laboratório para testes e observação de jogadores e também para os chefes deles. O fim da primeira fase deste Mineiro chegou com um saldo muito ruim para o Atlético, que conseguiu perder para o péssimo Tricordiano no mítico Independência por um placar absurdo de 4 a 2. Nenhuma justificativa de tantas dadas por Aguirre após o jogo é aceitável. É voz corrente que o elenco atleticano é muito bom, com titulares e suplentes de ótimo nível. Mas, entre as competições estadual e continental são três derrotas em quatro jogos, e o pior: 10 gols sofridos em quatro jogos. Tem coisa errada aí!
Por outro lado o combatido e desacreditado Deivid obteve nove vitórias e dois empates em 11 jogos oficiais, com um elenco tido como inferior ao do maior concorrente, entre titulares e reservas. Importante lembrar que os adversários de ambos foram os mesmos, nas mesmas condições favoráveis e adversas. Isso precisa ser levado em conta com muita atenção.
De sã consciência ninguém seria louco de dizer que o Cruzeiro está com um ótimo time, comandado por um novo Pep Guardiola do futebol mundial, porque estamos falando de Campeonato Mineiro, cuja qualidade técnica da maioria é sofrível. Mas na comparação entre os dois mais fortes clubes mineiros, o Cruzeiro fez o dever de casa “com louvor”. Aguirre está em débito. Precisa mostrar a que veio.
Os números não mentem e neste caso, nenhum mentiroso inventou nenhum número. O Cruzeiro vai enfrentar o América; o Atlético a URT e os vencedores decidirão o título. Ano passado o Cruzeiro também chegou em primeiro como o melhor geral da primeira fase e terminou fora da final. Vai enfrentar um adversário mais forte que o Atlético e tudo pode acontecer.
Independentemente de quem será o campeão, entendo que a situação dos nossos três integrantes da Série A nacional precisa ser melhor avaliada pelas diretorias, pois nenhum está mostrando futebol que os credencie a brigar na cabeça no Brasileiro. O América para se manter na elite. Aguirre, que era menos contestado que Deivid, mudou de posição e a desconfiança quanto ao trabalho dele se tornou gigante.
Deivid comandou o Cruzeiro em nove vitórias e dois empates em 11 jogos.
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