Foto do Super FC
O presidente do Atlético agiu bem ao chamar os jogadores e comissão técnica às falas, depois de três derrotas em quatro jogos, além do futebol muito abaixo do esperado. Porém a questão é mais séria. Caso dê uma goleada neste Melgar, quinta-feira, no Mineirão, boa parte da imprensa nacional voltará a dizer que o Galo tem o melhor time do Brasil no momento. E quase ninguém vai alertar que se trata do pior time desta Libertadores.
Aliás, não consigo entender qual o parâmetro que os colegas usam para decretar que um time é o melhor do país, antes de o Campeonato Brasileiro ao menos começar. O Corinthians fez a melhor campanha na primeira fase do Paulista e o técnico Tite enfrentou mais problemas que o Aguirre e o Deivid no Mineiro. Tecnicamente o estadual deles é muito superior ao nosso.
Outro equívoco que tenho notado na avaliação do trabalho do Aguirre é que grande parte da imprensa só se apega a este suposto “rodízio” promovido pelo treinador. Entendo que ele está certo em testar jogadores e formações, mas o maior problema não é este e sim a impotência do time que não conseguiu vencer os adversários da prateleira de cima que teve pela frente até agora. Não me venham com o torneio da Flórida, porque ali era pré-temporada, jogos amistosos.
Depois deste Melgar o Galo terá a URT pela frente. Caso chegue à final, poderá ser campeão ou não em cima do Cruzeiro ou América. Mais um perigo para avaliação do time em relação à sequência da Libertadores e o Brasileiro que está chegando. Ganhando ou perdendo, todos nós da mídia e quase todos os torcedores diremos que “clássico é clássico”, em que tudo pode acontecer.
Não é fácil a posição do presidente atleticano que corre o risco de ser obrigado a mudar de treinador em pleno Brasileiro. Mas se mudar agora e o substituto do Aguirre não for bem será acusado de ter sido precipitado.
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