Já assisti muitos jogos do Atlético ao lado do Eduardo Costa (Rádio Itatiaia) e família, na tribuna do saudoso Mineirão, pré-Copa. Gostei demais do depoimento que ele deu ao Jefferson, da Itatiaia Vale do Aço, sobre o Galo na vida dele:
* “Eu sou de uma família cujos pais avós, tios, primos, irmãos, todos os parentes, meus seis irmãos; todos os parentes; todos, são cruzeirenses. Mas tinha um rapaz que morava com a gente, que trabalhava com o meu pai, entregando leite; o meu pai era caminhoneiro, leiteiro.
Num belo dia, eu lá com os meus nove, dez anos, ele falou:
__ Vou ao Mineirão, vamo?
Eu falei, “vamo”.
Cheguei ao Mineirão, lá na geral evidentemente, porque não tinha dinheiro para um lugar mais forte, e de lá eu ficava olhando era para a torcida, não olhava para o jogo direito. E fiquei encantado. Ainda hoje! Sou atleticano, é fato, mas eu sou muito impressionado é com a torcida do Atlético. Do jeito como os caras tratam futebol.
Tenho duas filhas, uma ficou cruzeirense, e a outra atleticana comigo. Não sou do tipo fanático, não tenho ido mais a campo de futebol, porquê… fico triste quando a massa não canta o hino nacional, porque tem a palavra Cruzeiro nele, fico muito triste, acho que deveria cantar; fico muito triste com muita violência, não tolero essas tais de organizadas…
Mas o essencial, que eu queria dizer é que a torcida do Atlético é um negócio único. E aquela campanha da Libertadores, com aquele “eu acredito, eu acredito, eu acredito”, eu ouvi de alguém de entende de sociologia que aquilo é algo muito forte; diz que aquilo é uma corrente de fé tão violenta, mas tão violenta que vai quebrando barreiras. Os caras perdem pênaltis, o nosso goleiro defende e dá no que deu!
O Atlético é um negócio e s p a n t o s o , não tem nada parecido no mundo do futebol; mas não tem em lugar nenhum.
Veja só: nós estamos na era do panelaço; panelaço contra o Bolsonaro, panelaço a favor do Bolsonaro, e os caras resolvem marcar para hoje à noite, 8 e 13, e 13 é Galo, 8 e 13, um “hinaço”; cantar o hino da janela; e eu imagino a quantidade de gente que vai estar cantando o hino esta noite neste Estado de Minas Gerais.
A maioria desafinada é claro, né? Mas este é o Galo, É uma paixão! Que na verdade, na verdade não tem muita definição não, né?
É Galo!
Aqui é Galo.
Abraço”
Eduardo Costa
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