Duas notícias que li nesta tarde de sexta-feira que me fizeram lembrar da atual situação dos três maiores clubes de Minas: “Tiago Nunes recebe quase 70% de aprovação entre gremistas, aponta enquete – Votação no ge iniciou na quarta-feira, quando treinador foi anunciado, e perdurou até a tarde desta sexta”
“Athletico registra superávit pelo sétimo ano seguido, fecha com R$ 134 milhões e bate recorde – Embalado pela venda de jogadores, Athletico supera as perdas causadas pela pandemia e registra um superávit de R$ 134,4 milhões no balanço financeiro de 2020”
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Revelado pelo Athletico-PR, Tiago Nunes fracassou em sua primeira experiência em um clube maior. Não deu conta de preencher as expectativas do Corinthians e durou pouco lá. Vai substituir Renato Gaúcho e chega com aprovação gigante dos gremistas. A situação é simples: o time vencendo, fica tudo ótimo, “céu de brigadeiro”; em caso contrário, será cobrado igual o Cuca está sendo cobrado no Galo atualmente. Caso o time não reaja, o prestígio despenca e a dispensa será inevitável. Por que o futebol é assim, a vida é assim, profissional de qualquer área é cobrado, precisa dar retorno e fim de papo. A fila anda, a vida segue.
Lisca tem prestígio enorme com a torcida americana. Quase unanimidade. Mas se não arrancar bem no retorno do time à Série A, essa “lua de mel” acaba rápido.
Felipe Conceição estava na corda bamba no Cruzeiro, mas venceu o clássico contra o Atlético e quase foi alçado à condição de herói. Se não conseguir resultados satisfatórios na largada da Série B, será demitido igual ao Enderson Moreira, que começou muito bem no mesmo cargo na disputa da B do ano passado.
Sobre o balanço do Athletico, que é chamado de “paraguaiense” pela massa do Galo. Sete anos de balanços positivos, R$ 134 milhões de superávit, “embalado pela venda de jogadores”.
Ora, ora… usa a fórmula que Atlético, Cruzeiro e América usavam até meados dos anos 1980, de revelar e vender jogadores. O América ainda usa a fórmula e está se dando muito bem.
O Galo foi o último a fazer um grande negócio envolvendo jogador da sua base: Bernard, vendido por R$ 77 milhões ao Shakhtar Donetsk. Dinheiro que banca a regularização da dívida do clube com a Receita Federal até 2022 e garante a permanência alvinegra no Profut.
Atualmente investe em Hulck e Vargas e outros menos cotados. Tem alguém pra vender? Não, né?
O Cruzeiro fez bons negócios, vendendo jogadores da base e outros que buscou com “olhar clínico” no país e no exterior, em idade de mercado, especialmente até o mandato do Alvimar Perrella. Depois meteu os pés pelas mãos e está do jeito que está.
O América, com sucessivas administrações sérias e competentes, no futebol e no administrativo/financeiro tem tudo para deslanchar e se tornar um Athletico paranaense das alterosas. Buscou Marcus Salum de volta para ajudar na transformação em clube/empresa. Ele conhece de futebol e isso é fundamental para que um clube não gaste errado e jogue fortunas fora.
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