Em seu ultimo ano como presidente do Cruzeiro, em 1982, Felício Brandi contratou o então zagueiro Abel Braga, nesta foto publicada pelo Procópio Cardozo no twitter dele. Felício Brandi foi o maior presidente da história da Raposa e um dos maiores do Brasil. Pensava à frente do tempo dele, para dentro e fora dos gramados.
***
A Copa Libertadores da América começou a ser disputada em 1960 e nos seus primeiros 15 anos, o único time brasileiro a conquistá-la foi o Santos, de Pelé, melhor time do mundo na época, em 1962/1963. Depois, só o Cruzeiro, em 1976, conseguiu ser campeão novamente e mesmo assim, enfrentando, além dos ótimos adversários, os esquemas de montagem de tabelas, arbitragens e julgamentos dos comitês da Confederação Sul-Americana de Futebol – CONMEBOL – sempre controlada por dirigentes dos países de língua espanhola. Os clubes argentinos sempre foram e continuam muitos fortes na Conmebol.
Perguntado certa vez sobre os absurdos sofridos nos bastidores pelos clubes brasileiros na competição, Felício Brandi respondeu, sem pestanejar: “Nós falamos, eles hablan”.
E era assim, nas manobras da cartolagem e até mesmo dentro de campo. Até que os clubes brasileiros passaram a cobrar mais da CBD, depois CBF, para que ela brigasse mais pela transparência e lisura da entidade maior do continente. Dentro de campo, tivemos um exemplo claro neste Boca 0 x 0 Atlético, quando o argentino Nacho Fernandez, chegou junto, com firmeza e não deu trela ao árbitro colombiano Andres Rosa, exigindo que ele consultasse o VAR e não recomeçasse a partida antes que a comunicação dele com os operadores do vídeo fosse restabelecida da melhor forma.
Hoje a CONMEBOL soltou nota, ferrando os apitadores de Cerro Porteño 0 x 2 Fluminense e Boca x Atlético, por causa de alegados erros deles, ao não validarem gols dos donos das casas.
Menos mal que a Confederação divulgou o diálogo do VAR com o árbitro de Boca x Atlético. Analisaram na maior parte da conversa a “falta” no Réver e só depois é que viram a verdadeira falta, do Briasco em Nathan, no lance antes:
VAR: “Contato pequeno”
Assistente do VAR: “Pode chegar a desestabilizar”
Árbitro: “Ele é empurrado”
Todavia, o Atlético e demais clubes brasileiros que fiquem espertos, pois, com uma pressão dessas, além da mídia dos demais países, os árbitros certamente “errarão” menos a favor de quem fala português, como antigamente. A começar no jogo da volta, no Mineirão, entre Galo e Boca Juniors.
O documento da Conmebol emitido hoje à tarde, punindo os árbitros de Boca x Atlético; Cerro x Fluminense.
Deixe um comentário para Márcio Luiz Cancelar resposta