O técnico do Cruzeiro também tem bons argumentos em sua defesa, como apresentados pelo jornalista Cleyton das Graças Ferreira, não militante na imprensa esportiva, mas muito bom em seus textos. Confira:
“Bom dia.
Sou cruzeirense e confesso que estou sem paciência com parte da torcida que fica só cornetando o Adílson como se ele fosse o único culpado.
Pense no melhor time do Cruzeiro no momento, com todo mundo inteiro: Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renam; Fabrício, Henrique, Paraná e Gilberto; Kléber e Welington Paulista ou Guerron. Quantos estavam em condições de jogo nessas duas últimas rodadas? Pense no time que o treinador teve que colocar em campo nessas duas últimas rodadas. Agora pense no banco de reserva. Dá até medo. Com todo respeito aos jogadores, mas estava cheio de zé ninguém. Era um ou outro que salvava. Ele tem sua parcela de culpa, afinal é ele quem escala, mas daí a jogar toda responsabilidade nas costas dele é demais.
A torcida está com o futebol apresentado pelo Cruzeiro durante a Libertadores na cabeça, mas quantos estão faltando? Quantos já foram embora?
A verdade é que o Adílson teve que remontar a equipe. E o píor, com jogadores bem inferiores tecnicamente.
Não dá pra ficar mirando só no treinador. Como ele mesmo diz: “tem que ter paciência”.
Nós, cruzeirenses, temos que acordar para a realidade da nossa equipe. O Cruzeiro nunca teve um plantel maravilhoso como alguns imaginam.
Pode ser melhor que o da maioria dos clubes que disputam o brasileiro, mas cheio de falhas. Há quanto tempo o torcedor cobra um lateral esquerdo? E o direito pra substituir o Jonathan? E o atacante pra jogar com Kléber? E o camisa 10?
Plantel que tem Soares, Thiago Ribeiro, Thiago Heleno, Jeancarlos, Wellington Paulista, Vanderlei, Rômulo, entre outros é plantel de time campeão? Vendo esse monte de bonde que o Adílson tem a sua diposição, será que só o treinador está errado? Acredito que não.
Pra terminar, acredito que teremos mais surpresas. Deve ter mais gente “pulando” nessa janela de tranferência.”
Abraços,
Cleyton das Graças Ferreira
Belo Horizonte – MG
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