Em quase todo jogo de futebol a maioria dos gols sai em função de alguma falha individual e nesta final da Libertadores não foi diferente. O que importa é o “conjunto da obra”; quem erra menos e quem aproveita melhor as poucas oportunidades que surgem ou a genialidade de um craque que faz com que o “sobrenatural de almeida” entre em ação, como diz o imortal Nelson Rodrigues.
Primeiro, é importante frisar a justiça da conquista. O Flamengo de ótimos jogadores e um excelente treinador, foi determinado e galgou jogo a jogo para chegar lá. Nesta final, a defesa errou no gol que tomou e o River também errou, com Lucas Pratto encebando e perdendo a bola no gol de empate e o zagueiro Pinola na virada.
Mas para que tudo isso acontecesse houve um cenário, que foi muito bem explicado, de forma simples pelo Marcelo Godinho, que o destino quis que se tornasse um mestre da odontologia, mas que jogou muita bola e conhece do assunto. De Governador Valadares, residente em Vila Velha-ES, onde é professor da Universidade Federal, resumiu bem a conquista do flamenguista nesta tarde em Lima:
“O River Plate subestimou o Flamengo a partir dos 35 do segundo tempo. O jogo estava ganho, já que o time argentino tinha conseguido anular todas as peças e jogadas estratégicas do Flamengo, jogando com muito êxito, de forma fora de série, de tirar o chapéu. Aí quis matar o jogo, na ânsia de fazer 2 a 0. Tirou os jogadores de criação do meio de campo, tirou marcador e pôs atacantes. Começou tomar contra-ataques, sempre com um jogador do Flamengo a mais. Não deu outra. De repente, o time brasileiro que não jogou nada nesta final, à exceção do Bruno Henrique, virou o jogo se aproveitando desses contra-ataques e na eficiência do Gabigol no aproveitamento das oportunidades surgidas. Terminou o jogo parecendo que jogou muito.”
Pois é! Marcelo Galhardo hoje se deu mal nas substituições. De “bestial” deve estar sendo chamado de besta neste momento pelos torcedores do River.
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