
Charge de hoje do sempre excelente Duke no Jornal O Tempo.
Mano Menezes tem, normalmente, o time pronto para surpreender em jogadas de alta velocidade. Foram assim os dois gols em São Paulo. O primeiro com uma roubada de bola de Douglas e o segundo com uma falta cobrada rapidamente – com a bola em movimento – que pegou a defesa desprevenida. Foi assim que o time venceu o Fluminense nas quartas-de-final, Santos e São Paulo no campeonato paulista.
Ao Inter resta atacar e para isso, volta a contar com Nilmar. Apesar de ter quase a metade de gols que Taíson tem na temporada (12 a 23), o atacante é o principal jogador do time e foi a ausência mais sentida no mês negativo que viveu a equipe gaúcha. Sem Sandro, machucado, Tite pode optar por Andrezinho, Glaydson ou ainda Giuliano. Glaydson é primeiro volante, Giuliano terceiro homem de meio e Andrezinho, meia mais agudo.
Colocando Andrezinho no jogo, O Colorado ganha criatividade e poder ofensivo, perde em marcação. Guiñazu e Magrão ficam mais atrás, tomando conta do contra-ataque. Com Glaydson ou Giuliano, os dois titulares saem mais pro jogo e o risco de serem surpreendidos é maior, apesar de o time estar mais contido, na teoria.
Por mais que o Inter tente, faça mistério e crie alternativas, é difícil ver o título escapar do Corinthians. Nos mata-matas Fluminense, São Paulo e Santos, o time de Mano foi bem no ataque e na defesa. Os gaúchos, contra Flamengo e Coritiba mostraram falhas que não podem acontecer no jogo de amanhã. Para o Inter tudo tem que dar certo e para o Corinthians tudo tem que ir errado.”
Confira a primeira parte da coluna do Flávio Anselmo, que estará em vários jornais do interior de Minas amanhã:
“Já se falou muito que a noite de quarta-feira é nobre no futebol. Só perde para o domingo. Mas nobre pra quem? O torcedor mineiro já teve esse privilégio. Agora só pode curti-lo se joga contra algum grande da Paulicéia Desvairada ou contra o Flamengo, time de maior torcida no País do futebol. Coisa que o Corinthians, pra desespero global não vai desbancar nunca. Pois bem, na lei orgânica do futebol sul americano (criada no uso e no costume) as competições continentais têm mais peso que as nacionais e estas mais que as estaduais. Tinham, não têm mais. A Rede Globo, dona de todos os direitos futebolísticos no território tupiniquim, inverteu esse quadro. Jogam na quarta-feira, Internacional x Corinthians, na decisão da Copa do Brasil.
2 – A disputa por uma vaga nas finais da Copa Libertadores das Américas, competição bem maior que a Copa do Brasil tanto que o campeão dessa disputa nacional classifica-se para o certamente do continente, porque não tem nenhum time paulista, foi empurrada pra quinta-feira. Qual é o problema? Simples: o confronto de hoje, quarta-feira, será visto por 90 milhões de torcedores, despertando o interesse de divulgação da marca nos megas anunciantes. O de amanhã, Grêmio x Cruzeiro, estará restrito às famigeradas tevês fechadas; e só. Público de uns 10 milhões, se muito. Isso representa desprestígio para mineiros, gaúchos e a Conmembol.
3 – Não confiem, também, nas tevês pagas. A jogada delas pra vender o absurdamente caro pagar-pra-ver é não transmitir direto raros jogos dos mineiros fora de casa. E o pior: não se contentam apenas em não fazer a transmissão; metem o vídeo teipe de uma partida qualquer da tarde, até da segunda divisão, pra Beagá. E os bobões aqui da Província mineira ainda babam atrás das novelas globais, compram seus programas e acham lindo serem passado para atrás.
4 – Ah, ia esquecendo: antes se respeitava o domingo como o dia consagrado ao futebol em Minas, também isso acabou: o mineiro, segundo quer a Globo, terá de acostumar-se a ver o futebol dos seus principais times no sábado à tarde e no tétrico horário das 18h30m. Quem não estiver satisfeito que mude de canal. Mas pra qual?”
Charge da página dois da Folha de SP, de sábado, mostra José Sarney, presidente do Senado
O grande problema do país da Copa de 2010 é quando chega a noite e todo mundo corre para casa com medo de assaltos, tiros e facadas. Muito pior que no Rio de Janeiro, São Paulo ou mesmo na nossa Belo Horizonte, que têm vida noturna intensa e onde normalmente as pessoas sabem onde devem e não devem ir, pelo bem da sua integridade física. Lá, é rara uma casa onde não haja cerca elétrica, câmeras de vídeo, arame farpado e vigias armados. Os melhores hotéis mais parecem campos de concentração, que fazem lembrar os que vemos nos filmes de guerra. Nas ruas, à noite, quase ninguém!
Até hoje só fui a um lugar que passa tanta insegurança, que foi a Venezuela, em 2007, com a desvantagem que no país do Cel. Hugo Chávez predomina a avacalhação, as cidades e estradas são feias, sujas, esburacadas e não há muita coisa para se elogiar. A África do Sul tem estrutura viária muito superior à nossa, as cidades são belíssimas e há atrações turísticas únicas do mundo, como as reservas e parques dos animais mais atraentes que existem na face terra.
Estou de volta à nossa terra depois da cobertura na África do Sul, da Copa das Confederações. Quem leu a nossa coluna diária sabe que abordei não só o futebol, mas também o dia a dia dos sul-africanos e muitas comparações com a nossa Minas Gerais e o Brasil. Muita gente mundo afora vê enormes semelhanças entre nós e eles, na cultura e na economia. Pode ser, mas de modo geral estamos muito melhores que eles na maioria dos pontos comparáveis. No que mais se falou lá o tempo todo eles ganham de nós de 10 x 0: em insegurança.
Essa li na excelente coluna do Fernando Rocha, da Rádio Vanguarda de Ipatinga, no jornal Diário do Aço:
“Se havia alguma dúvida sobre o comportamento antiético de Vanderlei Luxemburgo, enquanto treinador de futebol, Felipão pôs tudo às claras em entrevista ao jornalista Renato Maurício Prado, no “O Globo”: – Técnica e táticamente, o Vanderlei é o melhor. Mas costuma misturar muito as coisas dentro e fora de campo. Eu não consigo engolir essa história de treinador querer ganhar comissão em cima de atletas que ele revelou ou indicou e que depois foram vendidos. Dá margem a milhares de insinuações. Nunca fiz, nem faria. E acho que o Vanderlei também começou a se preocupar muito com outras coisas, como a tal “universidade”(Instituto Wanderley Luxemburgo) que lançou. Mas essa é apenas a minha opinião. Ele é maior de idade, bem-sucedido, faz o que quiser”.