Blog do Chico Maia

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Coluna do Anselmo: Motim na Toca existe messssmo!

Coluna do Flávio Anselmo, que estará amanhã em vários jornais do estado

MOTIM NA TOCA EXISTE MESSSSMO

O racha na Toca da Raposa não é invenção de ninguém.Muito menos da Trincheira que primeiro ressaltou o fato. A reação de Adilson Batista insinuando divisão, também, na Imprensa (50% de gente boa e 50% presos a algum tipo de dossiê, segundo ele) é prova que o grupo forte provocou o motim. Os jovens são liderados; os recém chegados ficam de tocaia; os amigos de Batista cerram os dentes com a faca gaúcha entre eles.

Daí Perrela ter aparecido pra desmentir tudo, prestigiar Adilson e anunciar mais negócios.

A milionária transação de Wagner, nos atuais padrões tupiniquins, renderá bom dinheiro ao clube. O meia custará 6 milhões de euros ao Lokomotiv da Rússia e a parte do Cruzeiro não será revelada. Ficará na moita.

A de Gerson Magrão, uma merreca de 220 mil euros, foi anunciada em altos brados. A possível venda do goleiro Fábio por 4 milhões de euros, que Perrela vetou por entender que se trata do único atleta inegociável do elenco, tem o peso das verdades de Alexandre Kalil.

A melhor do Urso Bravo: ‘o Galo teve propostas milionárias por vários de seus craques e não venderá nenhum. Só ano que vem”. Ou seja, tanto lá, como do outro lado da lagoa, tudo não passa de conversa fiada. Se a grana aparecer sai Tardelli, sai Fábio, sai Kleber e, se bobear, sai até o Maluf.

Caso esteja no meu juízo perfeito sou capaz de usar a veemência dos caratinguenses pra repetir que Perrela, dias atrás, disse a mesma coisa sobre Kleber. Agora já estuda a melhor maneira de passá-lo nos cobres por 10 milhões de euros, multa prevista no contrato do craque.

PITACO: Zezé Perrela deu as caras, subiu no tamborete e anunciou: Adilson Batista tá prestigiado; e Kleber só sai por 15 milhões de euros. Nem uma, nem outra afirmação merece crédito…

Em outro espaço de Imprensa da Toca, ou seja, na redação do EM e na mesa de Jaeci Carvalho, o empresário de Kleber, Giuseppe Dioguardi, dizia que por contrato o clube é obrigado a negociar o atleta caso surja uma proposta européia superior a 10 milhões de euros. Convenhamos: 10 milhões e um é proposta superior. Ou não.

A ditadura de Zezé Perrela eliminou o contraditório na Toca da Raposa. Verdade, só aquela que mandam o ex-global ler em nota oficial. Estultice pura essa de afirmar que tem gente vendo fantasma. Pode ser; afinal as as viúvas a gente vê nos gramados dos jogos no Mineirão. Um chororó sem fim por causa da perda da Libertadora. Troço mais enjoado!

Segundo Adilson “há 20 dias nós éramos os melhores do mundo e a gente sabe que é assim que funciona o futebol”. Não corresponde a nenhum comentário que tenha ouvido, lido ou visto. Qual o trouxa diria que o Cruzeiro era, há dias, o melhor time do mundo? E o Barcelona?

Tais declarações sim, como as dos dossiês, representam a falta de equilíbrio e amadurecimento de Adilson Batista. Os mesmos defeitos que o levaram a perder a Libertadores, apesar do elenco, nos dois últimos anos. O bom Eduardo Maluf abordou o assunto mais bravo, ainda, e disse que o Cruzeiro não entraria nessa de grupo dividido, que tem uma ala que não gosta do Adílson. Isso é mentira! É mentira!” Rosnou bravo. “Nós não vamos – disse mais o diretor – aceitar coisas plantadas de fora. Se existisse, eu era o primeiro a ir ao presidente e falar que existe. Ninguém vai plantar coisa que não existe dentro do Cruzeiro”. Maluf jogou pra torcida: ele sabe melhor que ninguém as histórias das multas por expulsão e que pra muitos dos indisciplinados elas não seriam aplicadas em Kleber.

E Maluf conhece este filho de dona Geralda há bastante tempo; desde os tempos em que Eduardo era goleiro frangueiro do Valério, apadrinhado pelo gente boa Liu, presidente do clube. Sabe que não minto.

Tá que chega a hora de mais uma noite de autógrafos do Marias Chuteiras. Arnaldo Vale, líder da Rádio Ceasa, Kleber Valadão, meu ídolo, e Talardo José dos Santos, pai de todos já confirmaram presença no Bar do Alexandre – ex-publicitário – na rua Rafael Magalhães esquina com Paulo Afonso, no Santo Antônio pra testarem as geladas e os tira-gostos da casa. Livros não; já comprou uns 30 cada. Mãos abertas esses meninos.

Atenção Santelmo e Flávio Júnior: vamos acionar as tchurmas porque o papai comprou carro novo e não tem o dinheiro da entrada.

Também confirmaram João Veras, Eduardo Viegas, Maria Ercília Viegas, Junior Viegas, Aloísio Drubsky; novo desembargador Eduardo Machado, me desculpa a falha e apareça. A turma do Hoje em Dia, liderada pelo Carlos Lindemberg, Editor Chefe, e mais Leopoldo José, Rogério Perez, com caneta nova pra distribuir seus próprios autógrafos, o editor Pérsio Fantin, Julia Prazeres e Haroldo Lemos que deixaram de viajar de férias pra prestigiar minha noitada e uma pá de leitores que me pedem uma nova chance duma noite de autógrafos. Aproveitem que tá acabando.


Cruzeiro e Coritiba na história

CRUZEIRO X CORITIBA

 

 

RESUMO ESTATÍSTICO

 

TOTAL DE JOGOS: 33

Vitórias do Cruzeiro: 14

Empates: 12

Vitórias da Coritiba: 7

 

TOTAL DE GOLS: 94

Gols do Cruzeiro: 55
Gols da Coritiba: 39

 

 

CAMPEONATO BRASILEIRO

As equipes se enfrentaram 25 vezes pelo Campeonato Brasileiro com nove vitórias do Cruzeiro, 11 empates e cinco vitórias do Coritiba. O ataque cruzeirense marcou 40 vezes e a defesa sofreu 30 gols.

Primeiro Jogo pelo Campeonato Brasileiro:

8/8/1971 – Cruzeiro 2 a 0 (em Curitiba, pela 1a rodada da 1a Fase. Gols de Tostão e Lima).

Recordes do Campeonato Brasileiro

– Maior número de pontos ganhos (100) – Brasileirão 2003

– Maior número de vitórias (31) – Brasileirão 2003

 

 

PRIMEIRO JOGO

1/11/1969 – Empate 1 a 1 (em Curitiba, pela Taça de Prata).

  

 

ÚLTIMO JOGO

31/8/2008 – Empate 1 a 1 (em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro).

 

 

MAIOR RESULTADO

1/5/1981 – Coritiba 5 a 1 (em Curitiba, pelo Torneio do Governador).
19/9/1998 – Cruzeiro 4 a 0 (no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro).

 

ESTÁDIO COUTO PEREIRA

Cruzeiro e Coritiba se enfrentaram 15 vezes no estádio Couto Pereira. O Cruzeiro conquistou cinco vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Ao todo, o ataque cruzeirense marcou 24 gols e a defesa sofreu 22.

CRUZEIRO X CORITIBA

RESUMO DO CONFRONTO

JOGO

GP

X

GC

MOTIVO

DIA

MÊS

ANO

ESTÁDIO

CIDADE

1

1

x

1

Taça de Prata

1

Nov

1969

Belfort Duarte

Curitiba

2

2

x

0

Campeonato Brasileiro

8

Ago

1971

Belfort Duarte

Curitiba

3

3

x

2

Campeonato Brasileiro

19

Nov

1972

Belfort Duarte

Curitiba

4

0

x

0

Campeonato Brasileiro

23

Set

1973

Mineirão

Belo Horizonte

5

1

x

0

Amistoso

30

Jan

1975

Mineirão

Belo Horizonte

6

1

x

0

Campeonato Brasileiro

28

Ago

1975

Mineirão

Belo Horizonte

7

2

x

1

Campeonato Brasileiro

19

Set

1976

Mineirão

Belo Horizonte

8

1

x

5

Torneio Gov. Ney Braga

1

Mai

1981

Couto Pereira

Curitiba

9

1

x

2

Campeonato Brasileiro

31

Jan

1985

Couto Pereira

Curitiba

10

2

x

3

Campeonato Brasileiro

13

Mar

1985

Mineirão

Belo Horizonte

11

3

x

0

Campeonato Brasileiro

8

Nov

1987

Couto Pereira

Curitiba

12

2

x

0

Campeonato Brasileiro

15

Dez

1988

Couto Pereira

Curitiba

13

0

x

0

Campeonato Brasileiro

23

Set

1989

Couto Pereira

Curitiba

14

0

x

0

Campeonato Brasileiro

14

Nov

1996

Mineirão

Belo Horizonte

15

0

x

0

Campeonato Brasileiro

23

Set

1997

Couto Pereira

Curitiba

16

4

x

0

Campeonato Brasileiro

19

Set

1998

Mineirão

Belo Horizonte

17

2

x

2

Campeonato Brasileiro

15

Ago

1999

Couto Pereira

Curitiba

18

1

x

2

Copa Sul Minas

30

Jan

2000

Couto Pereira

Curitiba

19

3

x

0

Copa Sul Minas

6

Fev

2000

Mineirão

Belo Horizonte

20

1

x

1

Campeonato Brasileiro

19

Nov

2000

Durival de Brito

Curitiba

21

2

x

0

Copa Sul Minas

17

Mar

2001

Couto Pereira

Curitiba

22

3

x

0

Copa Sul Minas

21

Mar

2001

Mineirão

Belo Horizonte

23

2

x

3

Campeonato Brasileiro

19

Ago

2001

Couto Pereira

Curitiba

24

3

x

1

Copa Sul Minas

3

Fev

2002

Mineirão

Belo Horizonte

25

1

x

3

Campeonato Brasileiro

30

Out

2002

Couto Pereira

Curitiba

26

4

x

3

Campeonato Brasileiro

16

Abr

2003

Couto Pereira

Curitiba

27

2

x

2

Campeonato Brasileiro

20

Ago

2003

Mineirão

Belo Horizonte

28

0

x

3

Campeonato Brasileiro

4

Jul

2004

Mineirão

Belo Horizonte

29

1

x

1

Campeonato Brasileiro

6

Out

2004

Couto Pereira

Curitiba

30

2

x

2

Campeonato Brasileiro

21

Jul

2005

Mineirão

Belo Horizonte

31

3

x

0

Campeonato Brasileiro

25

Out

2005

Couto Pereira

Curitiba

32

1

x

1

Campeonato Brasileiro

1

Jun

2008

Couto Pereira

Curitiba

33

1

x

1

Campeonato Brasileiro

31

Ago

2008

Mineirão

Belo Horizonte

Fonte: Assessoria de Imprensa do Cruzeiro


Ainda há famosos contra a safadeza

Ao contrário de muitas figuras nacionalmente conhecidas, como o escritor Carlos Heitor Cony, o jurista Saulo Ramos e outros, aparecem famosos indignados com a situação de José Sarney e sua turma. Veja o que escreveu ontem, na Folha de S. Paulo, a colunista Barbara Gancia: BARBARA GANCIA

 

Pede indenização, Sarney, pede!

Só faltou Sarney se dizer vítima dos militares e requerer indenização nos moldes das de Ziraldo e Cony


 

SEMPRE que ouço a expressão “ex-presidentes”, lembro-me daquela quadrilha de surfistas, um com a máscara do Reagan, outro do Nixon, outro do Ford, que assaltava bancos naquele filme com Patrick Swayze e Keanu Reeves em que o malucão do Gary Busey arrasa.
“Point Break” virou clássico dos anos 90 e, na minha cabeça de alfinete, criou uma associação peculiar entre ex-presidentes e malfeitores. Pois, na quarta-feira, quando me reclinei no sofá com um saco de pipocas de micro-ondas para assistir ao discurso do nosso José Sarney, nem me lembrava mais de que um dia eu havia assistido ao filme em questão.
Mas foi só o senador pelo Estado do Amapá (!) começar a falar, que logo a imagem dos surfistas com as máscaras de látex se fez presente, como se o quintal da minha memória tivesse sido invadido pela estátua do Borba Gato.
Vem cá: a Itália não instituiu a figura do ex-presidente que automaticamente, salvo renúncia, vira senador vitalício? E o Chile e o Peru não copiaram a ideia? Após o término de seu mandato como chefe de Estado, o presidente da República vira senador sem direito a voto e passa a dar bons conselhos e a emprestar sua experiência ao país. E não se fala mais em novas aventuras na busca pelo poder.
Não seria melhor ver os ex-presidentes tapuias se tornarem senadores vitalícios a suportar um senhor na casa dos 80 anos que não consegue domar seu apego pelo poder? Não seria mais apropriado para um membro da Academia Brasileira de Letras, que já está com mais um romance em andamento, ter a oportunidade de ir cuidar da vida, digamos, acadêmica, do que ficar às voltas com essa coisa pedestre de encaixar o namoradinho da neta nos bastidores do serviço público?
Não seria mais salutar vê-lo apenas aconselhar a seus pares do que sermos submetidos ao discurso de alguém que esteve ao lado do regime militar desde o primeiro momento, foi eleito indiretamente, apoiou o AI-5 e agora vem querer nos passar a ideia de que era praticamente um guerrilheiro do Araguaia? Só faltou Sarney se dizer vítima dos militares e requerer uma indenização nos moldes das de Ziraldo e Cony.
A verdade é que nós não merecemos ter a nossa inteligência pisoteada como foi nos 50 minutos em que Sarney usou o plenário para discursar. Para começar, seus colegas da Academia Brasileira de Letras devem ter cuspido chá para todo lado, tamanha a pobreza de sua oratória. Mas isso é problema dele. Problema nosso são as mentiras. Umas de rolar de rir, como quando ele disse que o Plano Real nasceu daquela trapalhada miserável que ele perpetrou em seu governo, o Plano Cruzado. Se tivesse algum juízo, Sarney perderia essa parte do seu legado debaixo de algum lençol maranhense.
Mas o que eu gostei mesmo foi de ouvir que ele se encontrou com o Zuleido Veras, da Gautama, “apenas três ou quatro vezes”. Você, meu nobre leitor, já se encontrou com Zuleido Veras? Pois é, nem eu. Vale lembrar que, enquanto Sarney contava vantagem no plenário, outro ex-presidente, Bill Clinton, voava de volta para os Estados Unidos com as duas jornalistas americanas que ele ajudou a livrar das garras do ditador Kim Jong-il.


Paralisação que enche a paciência

Tudo bem que ficar parado mais de uma semana, sem jogar, permite a recuperação de jogadores, mais treinos táticos e até a regularização de quem está chegando. Mas, que enche a paciência, enche!

No frigir dos ovos pode haver mais perdas que ganhos quando o time fica na situação na qual se encontra o Atlético no campeonato. Jogos adiados, vendo os concorrentes diretos somar pontos, e a consequente maior pressão por vitórias nos jogos adiados.


Hora de ativar o plano B

Uma visão diferente da situação do Cruzeiro vem da Inglaterra. Do Alisson Sol, correspondente informal do nosso blog. Vale a pena ler:

 “Olá Chico,

Já havia escrito há algumas semanas que há certamente algumas desavenças no grupo do Cruzeiro. Mas nada além do que normalmente ocorre em qualquer grupo de pessoas. Infelizmente, boa parte da imprensa tenta dramatizar qualquer situação, e há gente confundindo a profissão de Jornalista com a de Jornaleiro. Há poucas semanas, “jornalistas” dramatizavam a gripe suína na Argentina, e sugeriam até que o Cruzeiro não fosse para a primeira partida da final da Libertadores. Estranhamente, ninguém sugere um boicote da seleção brasileira à partida pelas eliminatórias da Copa, a ser realizada na cidade de Rosário. Muito estranho. Segundo o site que mantém estatísticas da doença, http://flutracker.rhizalabs.com/, La Plata tem até hoje um único caso fatal, enquanto Rosario tem 44 casos fatais. Dramatizar parece ser mais fácil do que investigar.

Voltando ao Cruzeiro, não há motivo algum para desespero. É preciso agora ser realista, e ativar o “Plano B”. A administração do clube deve planejar as metas para 2010, e começar o “post mortem” de 2009 o quanto antes. O time deve se preocupar em alcançar logo uma boa posição no Campeonato Brasileiro, de forma a poder se preparar para a disputa da Copa do Brasil no próximo ano. Vários jogadores precisam ser vendidos, e o clube precisa dar experiência a jogadores de divisões de base durante a reta final do Brasileiro. Quanto ao Adílson, eu acho que ao garantir o treinador “até o final do ano”, o presidente talvez tenha dado uma boa indireta a respeito deste seu ciclo no clube.

Minha opinião sobre o maior erro da administração do Cruzeiro este ano: ainda estão achando que estão lidando apenas com jogadores de futebol. Só mesmo a imprensa mineira para acreditar ainda em “complô de vestiário”, liderado por jogadores com nível de primeiro grau (o que não escrevo de forma alguma em detrimento dos jogadores, em sua maioria trabalhadores e geralmente fonte de renda para grande parte de suas famílias). Até há pouco tempo, dirigentes de clubes negociavam diretamente com jogadores, ou com os pais dos mesmos, ou “empresários” amadores. Hoje em dia, a maioria dos jogadores são gerenciados por empresários muito bem preparados, alguns com mestrado e até doutorado em administração. Jogador algum vai se aliar a um colega de profissão, em detrimento dos conselhos de seu empresário. Pode até faltar disciplina tática dentro de campo. Mas jogador desobedecendo seu empresário geralmente tem sua carreira terminada bem antes das contusões. Em um time em que a maioria dos jogadores veio até mesmo de outros estados, só mesmo torcedores bastante inocentes para ainda acreditarem que jogadores vão tentar derrubar o técnico para poderem “ficar à vontade no clube”. Pelo contrário: tem jogador que provavelmente está forçando expulsão até para se indispor com a torcida, facilitando sua negociação.

Alisson Sol”


Decifrado um dos códigos do Adilson Batista

Adilson Batista gosta de dar entrevistas cifradas, em códigos, mandando recados que só ele sabe para quem são.  Uma chatice, mas, é o estilo dele.

O jornalista Marcelo Bechler Machado acredita que desvendou um desses códigos do treinador. Confira:“A venda do jogador que não evoluiu com Adilson.

Na entrevista de quarta-feira, quando consegui terminar minha pergunta à Adilson Batista, o técnico disse que fez vários jogadores evoluírem no Cruzeiro (pura verdade), à exceção de um, mas que não citaria o nome.

No dia seguinte, o presidente Zezé Perrella anuncia a venda do jogador. Wagner. O camisa 10 disputou o Campeonato Brasileiro de 2005 à 2008, sendo que no primeiro ano jogou como ala após a saída de Athirson. Em 2007, chegou durante a competição porque estava no futebol do Oriente Médio. Nas duas outras temporadas foi Bola de Prata da Placar.

O meia poderia ser o jogador mais importante do Cruzeiro nos últimos anos, mas não amadureceu. É um dos que jogam mal longe do Mineirão e tem dificuldades com marcação individual.

Adilson tentou fazer Wagner ser o que se espera dele, não conseguiu. Os problemas do armador entram na conta das explicações evasivas do técnico durante as entrevistas como “tentamos corrigir algumas situações durante o jogo” ou “temos que administrar situações internamente”, “só quem está lá dentro, no dia a dia para saber”. As frases não são só sobre Wagner, mas são também. A culpa parece muito mais do jogador do que do técnico.

O bom meia que poderia ser ótimo ainda tem 24 anos, pode crescer. Mas na Rússia vai ser difícil.

* Só discordo do Marcelo quando ele diz que o Wagner tem “apenas” 24 anos e que pode crescer. Nessa idade, já chegou aonde podia.

Leia mais em www.blogdemarcelomachado.blogspot.com


Cada vez mais difícil

Frequentar o Mineirão já foi um dos grandes prazeres dos mineiros, mas a prática está ficando cada dia mais difícil. Veja o relato que recebi do Glayson, torcedor do Cruzeiro, que esteve lá, quarta feira:

“É com muita tristeza e indignação que nesta hora relato algumas tristezas ocorridas na partida entre Cruzeiro x Atlético-PR, nesta quarta-feira, 05/08. E olha que não quero falar exatamente sobre o futebol, até porque o Cruzeiro é muito maior do que tudo de ruim que está ocorrendo e, com certeza, voltará a triunfar.

Mas, o motivo da minha revolta, razão pela qual resolvi me manifestar, é a grande babaquice que alguns idiotas que se dizem torcedores proporcionaram: em determinado momento da partida, duas facções de torcidas no mesmo clube entraram em desacordo de opiniões. Até aí tudo bem, mas a partir do momento que a torcida Máfia Azul, avançou em direção a outra em menor número, logicamente o pânico foi geral. Muitos torcedores, que não tinham nada com a confusão, com filhos de colo, mulheres, idosos, etc…, cada um tentando se safar da ira de um bando de deliquentes.

E a polícia !!!??? Não tinha… apareceu mais ou menos 15 minutos após o fato e nada fez.

Falam tanto no estatuto do torcedor, não pode vender cerveja, cobram ingresso de crianças com menos de 01 ano, o estacionamento, o flanelinha, etc…

E estamos firmes, porque como eu que acompanho todos os jogos, existem muitos, porém já existiram muito mais, e hoje eles não se aventuram. Me pergunto: Até quando resistiremos???”

E eu também pergunto: a quem recorrer?


Coluna do Flávio Anselmo: TÁ ESCRITO NÃO TÁ PREVISTO

Coluna do Flávio Anselmo, publicada hoje em vários jornais do estado:

“No programa da Alvorada/FM, do qual, também, me despeço esta semana, profetizei terça-feira que o Cruzeiro terminaria a 17ª rodada entre los caídos. Errei por pouco. Adivinhação? Nada. O que tá escrito nas estrelas, não tá previsto nas vãs consciências. O time horroroso escalado por Adilson Batista deu novo vexame em casa, diante de 15 mil torcedores, sem nenhuma novidade: treinador indeciso e falho; atacantes sem pontaria, defesa falha, Fábio sofredor e duas expulsões.

Perder deste Furacão puxado pra minuano gaúcho e, de quebra, com o velho delegado Antônio Lopes no comando, dá pra pedir o boné. Os azuis ficaram livres de Gerson Magrão, mas vão aguentar Athirson, desinteressado e p.da vida, até o final do ano. E o Sorin? O gato comeu.

Parecia que a noite seria cruzeirense: o Furacão teve um expulso no primeiro tempo. Mas a vontade dos celestes de entregar o jogo e lascar a vida de Adilson Batista mudou tudo: a turma descontente com o técnico entrou em campo. Logo depois Bernardo foi expulso.

Kleber – sonhando com a lua de mel na Europa- teve recaída no segundo tempo. Acabou no chuveiro mais cedo.

Adilson, também, fez

bem a sua parte: anunciou Diego Renan na direita e colocou Elicarlos; na lateral esquerda, Athirson, com a preguiça de sempre. E a escalação de Gil em detrimento de Neguete, Luizão e Vinicius? O ambiente continua quente na Toca: ou a diretoria, conforme a Trincheira já avisou, age, ou a torcida reage. Dá pra esperar que Adilson, também, recupere-se da perda da Libertadores; mas ele precisa de rever os conceitos de proteção aos amigos.Desgraça pouca é bobagem, realmente. Vejam: o Cruzeiro custou a ficar livre de Magrão, vendido ao Dínamo de Kiev, na Ucrânia – time de Guilherme e Leandro Almeida, sem poder comemorar. Foram 2,2 milhões de euros, dos quais o time da Toca só leva 10%.

O restante da grana vai para os bolsos de um grupo secreto de investidores (50%), para o Ipatinga (30%) – estranho, muito estranho – e o próprio atleta (10%). Nessa colcha de retalhos que a Lei Pelé inventou os clubes levaram naquele lugar.

Palmeiras, líder, e Atlético, agora terceiro colocado, não diminui em nada a importância desta partida na próxima quarta-feira, dia 12, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Tanto assim que no segundo dia de venda antecipada foram comprados 14.633 ingressos. A Massa nem um pouco perdeu a graça da convivência com a liderança.

Celso Roth vai perder tempo à toa: no lugar de Diego Tardelli a melhor opção é Renan Oliveira. Seria ótimo, também, que o pessoal desinformado parasse de dizer ao torcedor que Renan é armador. Que nada! Renan Oliveira tem sempre de ficar bem perto do gol. É, portanto, atacante.

PITACO: “Se eu achar que não sou útil pego meu bonezinho e vou pra casa descansar, curtir a vida” de Adilson Batista, após o vexame de quarta-feira. É, por isso, que o time deixou de vencer: nem o comandante tem mais compromisso.”


A Arena do Jacaré em discussão 1

Meu conterrâneo Paulo Henrique Leão, enviou pertinentes observações sobre a “casa” dos nossos três maiores clubes em 2010. Respondi a ele, também via e-mail, e publico o papo na íntegra, para que o público fique melhor informado sobre a situação. Vale a pena conferir, neste e no próximo post: 

“Bom dia Chico! 

Tenho acompanhado no noticiário que os clubes da capital querem jogar na Arena o mínimo possível. Até entendo o lado deles, mas cá entre nós: alguém acreditava que aquele projeto “mega-audacioso” do Independência – em área habitacional, sem estudo de impacto ambiental, de custo (recursos públicos) elevado e considerando-se as leis pertinentes – ficaria pronto tão rapidamente? Levantar um estádio em moldes europeus, no bairro Horto, em menos de um ano e ainda seguindo a burocracia (infelizmente necessária) parece loucura. Será que ninguém desconfiou disso desde o início? 

O noticiário tem destacado demais as dificuldades de se levar jogos para Sete Lagoas – distância, deslocamento, capacidade reduzida, prejuízos aos clubes, etc. Não via ainda ninguém falando dos pontos positivos – acesso por duas estradas, fácil deslocamento a partir da Toca ou Vespasiano, acesso direto de Confins sem passar no hipercentro, praticidade do Estádio e facilidade em reformá-lo, menor custo da reforma para os cofres públicos, atrativos turísticos da cidade, etc. 

Reclamam dos prejuízos aos clubes, mas tenho visto poucas reclamações sobre os prejuízos que esta Copa 2014 trará ao país. A promessa do Ricardo Teixeira da não necessidade de recursos públicos é quebrada diariamente. Ficaremos com a conta para pagar – e olha que já estamos no “cheque especial” há muito tempo. Com certeza algumas famílias vão ficar três ou quatro gerações sem precisar trabalhar após receberem os “dividendos” da Copa. Não é de se estranhar que governos e oposições, direitas e esquerdas, em todas as esferas, vibraram bastante com a escolha de nosso país. 

Saudações! 

Paulo Henrique”


A Arena do Jacaré em discussão 2

O Paulo Henrique tem toda razão, mas é normal a apreensão das pessoas de modo geral em relação à saída do Atlético e do Cruzeiro do Mineirão. Os clubes cariocas foram para o buraco quando o Maracanã ficou fechado para as reformas visando o Pan’2007 e isso gerou um trauma em Belo Horizonte, devido ao medo da história se repetir aqui.

O próprio governador Aécio Neves manifestou essa preocupação numa conversa conosco, da diretoria da AMCE, em um encontro no Palácio da Liberdade recentemente. Como setelagoano, conhecedor da logística que envolve a Arena do Jacaré e da região, tentei tranqüiliza-lo, passando as seguintes informações:

01 – Em termos de público pagante, Atlético, Cruzeiros e América vão se surpreender, pois dificilmente algum jogo deles terá pequena assistência, por menos importante que seja a partida. Além dos torcedores que vão se deslocar da Capital, as pessoas estão se esquecendo que Sete Lagoas, com os seus 220 mil habitantes, é a cidade pólo que exerce influência econômica e social, diretamente, sobre 18 cidades. De Pompeu, a 110 km a Oeste, a Santana do Pirapama, a 90 km a Leste, envolvendo uma população de quase 800 mil pessoas. Milhares de apaixonados por futebol dessa região sempre sonharam ver de perto um jogo do Galo, da Raposa, do Coelho e de tantos clubes famosos, mas nunca se animaram a ir ao Mineirão, pelas dificuldades e medo que são passados pela imprensa.

02 – A Arena é um estádio novo, inaugurado em 2005, onde cabem hoje 20 mil pessoas. Reformada, com capacidade para 25 mil, vai ser transformada num estádio espetacular, modelo nacional, por questões adicionais simples: acesso fácil pelas Br-040 de um lado e MG-424 (via Pedro Leopoldo) por outro. Fica na Avenida Perimetral, que é a “Contorno” da cidade, a mesma utilizada pela desafogar o trânsito do centro de Sete Lagoas. De Belo Horizonte lá não se gasta mais que uma hora.

03 – Muita bobagem tem sido dita sobre o assunto por pura desinformação. Quem se dignar a ir lá, verá isso. Que prejuízo os clubes terão? A média anual de público deles será maior que atuando no Mineirão. No atual brasileiro, o Atlético estava com média de quase 50 mil pagantes, devido a essa ótima campanha, porém, bastaram duas derrotas consecutivas, que caiu quase pela metade, no jogo contra o Coritiba. Sem falar que campanha como essa, não tem sido comum na vida do Galo. A última foi na Copa União de 1988, lembram? Nem no vice-campeonato de 1999, foi tão regular em termos de números de pontos ganhos. 

04 – O Aeroporto de Confins está mais próximo de Sete Lagoas do que do centro de Belo Horizonte.