Blog do Chico Maia

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Pior que as duas derrotas na Florida Cup é a ruindade dos jogadores que o Atlético utilizou na disputa

Dois jogos, duas derrotas, nenhum gol marcado em partidas bem ruins de assistir. Este foi o saldo da participação do Atlético na Florida Cup, depois de enfrentar o Rangers da Escócia (1 x 0), quinta-feira, e o Nacional de Medellin, hoje, 2 x 0. O mais triste é que não dá pra ter esperança em nenhum dos jogadores que atuaram nestes jogos. Talvez, apenas o goleiro Cleiton. Uma safra bem ruim neste time C que o Galo levou aos Estados Unidos. Difícil entender o porque do Galo ficar tanto tempo com estes jogadores.


Mais um campeonato estadual, porta da esperança para promessas, famosos, estrelas cadentes e ex-jogadores em atividade

Mais uma ótima “garimpagem” jornalística do Henrique André e do Cristiano Martins para o Hoje em Dia, agora sobre o Campeonato Mineiro que começará na semana que vem. Às vezes é difícil até para nós da imprensa entendermos o que ocorre com determinados jogadores que não dão conta de conduzir bem as suas carreiras e se perdem pelo caminho. Alguns pelas escolhas que fizeram no percurso, outros por causa de contusões, uns por serem cabeças cozidas mesmos e outros fatores como álcool, drogas, questões familiares e por aí vai.

Algumas situações se tornam dramas humanos, pois o futebol é uma arte de safra única para cada um que abraça essa profissão. Tem data de validade, é coisa para jovem, quando todas as tentações possíveis fazem parte do dia a dia. Se a pessoa não tiver convicção do que quer, boa orientação familiar ou de boas companhias, se deixa levar pelos prazeres e facilidades do momento, absolutamente fugaz. Aí, quando o sujeito cai na real, não dá tempo de recuperar, pois o corpo já não dá conta de responder ao que o cérebro quer.

Confira a reportagem:

* “Figurinhas repetidas: velhos conhecidos reforçam times do interior no Mineiro 2018”

Enquanto o volante Bruno Silva e os atacantes Erik e Rafael Moura eram apresentados com pompa pelos três grandes clubes da capital, o meia Ramon saía do banco para tentar evitar a derrota do Democrata diante do Real Noroeste-ES, por 1 a 0, em amistoso disputado na última terça-feira (9) em Governador Valadares.

Bem longe do glamour de outrora, a antiga promessa do Atlético é uma das figuras conhecidas contratadas por times do interior na tentativa de surpreender os gigantes de Belo Horizonte no Campeonato Mineiro de 2018, a partir da próxima quarta-feira (17).

Ramon tem “apenas” 29 anos, mas acumula as mais diversas experiências no mundo da bola. Desde as passagens pela Seleção Brasileira de base e pelo futebol russo até a peregrinação por equipes inexpressivas como o Rio Verde-GO, no qual estava antes de acertar com a Pantera.

Pelos gramados do interior, ele poderá enfrentar o ex-colega Tchô, também formado na base atleticana. Anunciado ontem pelo Tupi, o meia de 30 anos conhece muito bem os estádios mineiros, por ter defendido também América, Boa Esporte e Villa Nova.

A camisa do Leão, inclusive, foi a última do armador, que estava sem clube desde o Estadual de 2017.

Já o goleiro Felipe será um estreante nos campos de Minas. Nome mais conhecido dentre os reforços do interior, o camisa 1 do Uberlândia busca novamente uma retomada após ter vivido momentos de glória no Corinthians e no Flamengo, pelos quais conquistou as Copas do Brasil de 2009 e 2013.

O atleta de 33 anos não disputa uma partida oficial desde março do ano passado, quando o Boa Vista-RJ foi eliminado no Campeonato Carioca e no mata-mata nacional.

Companheiro de Felipe no título de 2013 pelo Rubro-negro, o volante Amaral também tenta recuperar a melhor forma depois de um ano parado. Após passagem pelo Vitória com direito ao troféu do Campeonato Baiano de 2016, o jogador de 29 anos decidiu dar uma pausa na carreira devido a problemas familiares.

Agora, sem as antigas trancinhas vermelhas no cabelo, será uma das muitas caras novas do reformulado Boa Esporte.

O Villa Nova, por sua vez, anunciou a chegada do atacante Daniel Morais, ex-América e Cruzeiro. O jogador de 31 anos rodou por diversas equipes pequenas até chegar ao Paraná Clube, pelo qual disputou apenas duas partidas na campanha do acesso à elite nacional na última Série B.

Por fim, a URT contará com o meia Eduardo Ramos na busca pelo troféu estadual ou, ao menos, o tricampeonato do interior. Vencedor da Série B de 2008 pelo Corinthians, o armador de 31 anos estava no Remo-PA havia três temporadas.

À beira do campo

O rosto mais conhecido, porém, não estará dentro das quatro linhas, e sim na área técnica. Campeão da Copa do Brasil de 1993 pelo Cruzeiro e do Mineiro de 2000 pelo Atlético, entre outros, o ex-meia Ramon Menezes comandará o Tombense no Estadual.

No ano passado, ele esteve à frente do Guarani de Divinópolis na reta final da competição, sem conseguir evitar o rebaixamento para o Módulo II.

http://hojeemdia.com.br/esportes/figurinhas-repetidas-velhos-conhecidos-refor%C3%A7am-times-do-interior-no-mineiro-2018-1.588395


61 anos do Rei. Homenagens Brasil afora. Zico no Sportv: “Reinaldo seria o jogador que mais se aproximaria de Pelé…

 

Faço minhas as palavras deste também fantástico jogador, Zico: @SporTV:

“Reinaldo seria o jogador que mais se aproximaria de Pelé, se não tivesse tantos problemas de joelho.”

Esse jogava uma barbaridade!

Parabéns, Reinaldo!

***

Pelo que jogou e pelo ser humano sensacional que você sempre foi!


Wanderley Luxemburgo está bravo com quem diz que ele e outros mais rodados estão ultrapassados. Com razão!

Continuo considerando-o um dos melhores do Brasil, mas discordo da justificativa que ele dá para o fato de não estar empregado em um clube da prateleira de cima. Ele se considera discriminado pela idade. Está com 65 anos. Tenho certeza que não é isso que provoca o sumiço de grandes propostas e sim as polêmicas nas quais ele se envolveu ou foi envolvido. E são muitas, né?

Mas ele tem razão quando diz que parte da imprensa fez colar a ideia errada de que treinador brasileiro não presta, que não se moderniza e etecetera e tal. Há grandes treinadores, novos e velhos de idade, como sempre houve em nossa história. Essa valorização exacerbada do futebol europeu e seus “professores”, embalada pelo “futebol comercial” da grande mídia (como diz o José Luiz Gontijo) está jogando o futebol brasileiro para a prateleira de baixo no mundo, devolvendo-nos ao “complexo de vira-latas”, como diria o Nelson Rodrigues. Semana passada a contratação do Felipe Coutinho pelo Barcelona ganhou mais espaço na imprensa brasileira que os nossos clubes, em Minas então foi uma festa. Atlético e Cruzeiro ficaram em cantos de páginas e rodapés. O América reduzido a algumas linhas e o interior do estado continuou inexistindo. E olhem que o Campeonato Mineiro está prestes a começar, hein!?

Neste embalo, vejo os nossos clubes gastando fortunas nas categorias de base sem ter o retorno proporcional. Também pudera: os dirigentes dessas bases mandam buscar jogadores para testes lá “nos cafundó” do país, no Nordeste, São Paulo, Rio, Sul e etecetera, se esquecendo da própria Grande BH e interior, que sempre foram minas férteis de grandes jogadores. É só consultar a história, antiga e recente. Mas buscar longe rende mais para muita gente. Como diria o saudoso Leonel de Moura Brizola: “são os ‘interésses’ inconfessáveis”.

Voltando à reclamação do Vanderlei Luxemburgo, um belo exemplo para quem diz que treinador acima dos 60 anos está ultrapassado é o Zezé Moreira, que conduziu o Cruzeiro ao título da Libertadores de 1975. Quando, aos 68 anos, foi anunciado como o novo técnico, o presidente Felício Brandi tomou porrada de todo jeito. A imprensa quase toda dizia que o Felício também estava “gagá” e que o Cruzeiro estava retrocedendo. Pois o “seu” Zezé foi quem soube utilizar da melhor forma os jogadores que tinha à disposição e “modernizou” a forma do time jogar. Ficou quase três anos no cargo e entrou para a história como um dos melhores treinadores que já passaram pelo futebol mineiro.

Confira a entrevista do Luxa, publicada hoje pelo SuperFC:

* ‘Existe preconceito no futebol com os mais velhos’, diz Luxemburgo

O treinador está sem trabalhar desde que deixou o Sport, em outubro do ano passado.

Agência Estado

Vanderlei Luxemburgo está bastante incomodado. A situação do futebol brasileiro e a busca por se espelhar no modelo europeu levaram o técnico de 65 anos a reclamar bastante durante a cerca de uma hora de entrevista exclusiva ao Estado, na última terça-feira. Sem trabalhar desde que deixou o Sport, em outubro do ano passado, o treinador afirmou que profissionais da idade dele têm sofrido rejeição depois da Copa do Mundo de 2014

Quando vai voltar a trabalhar? (mais…)


A hipócrita campanha para que o atacante Robinho não seja contratado por nenhum clube

Não tenho a menor compaixão com bandido, de nenhuma espécie. Estuprador então, deveria ter tratamento pior que as leis atuais preveem. Condenado a nove anos na Itália, Robinho (ex-Santos, Atlético, Milan, Real Madri, Manchester City) garante que não participou do estupro coletivo do qual é acusado e pelo qual foi julgado em primeira instância. Recorreu. É o rito judicial, em que pese, por mais absurdo que pareça, caso seja condenado em última instância lá, não poderá ser extraditado, já que a nossa Constituição não permite extradição de brasileiro nato.

O que me incomoda é o tratamento que o Robinho está recebendo por vários setores, inclusive da imprensa. Ouvi esta semana um colega de rádio do Rio, fazendo discurso que fazia lembrar os inquisidores do Século XV, Tomás de Torquemada, principalmente. O sujeito xingava até o São Paulo por estar negociando com Robinho e defende que nenhum clube deveria ao menos conversar com o jogador, cuja carreira já está perto do fim, em função da idade. Ou seja: acusado, não pode exercer a profissão dele, que tem data de validade.

Uma hipocrisia típica do Brasil, que assiste pela TV e redes sociais políticos circulando com malas de dinheiro roubado impunemente e seus mandatos preservados.

Abrimos os jornais e lemos, hoje, por exemplo: “Corregedor do CNJ analisa caso em que filhos advogam – O corregedor nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, não se declarou impedido e relata no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) uma representação feita por um cliente de seus filhos.

Os advogados Anna Carolina e Otavio Noronha, filhos do corregedor, defendem o prefeito de Bacabal (MA), José Vieira Lins (PP), que tenta reverter condenação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), de outubro, por improbidade administrativa, dano ao erário público e, como consequência, a suspensão de direitos políticos por três anos…”

Ou, abrimos jornais do ano passado e nos deparamos com supremos absurdos como este: “Padrinho de filha de Barata, Gilmar Mendes não se considera impedido de julgar empresário de ônibus – Segundo assessoria do ministro, não houve pedido formal sobre impedimento dele – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou na quinta-feira, por meio de sua assessoria, que não sentiu necessidade de se declarar suspeito para julgar o habeas corpus para libertar o empresário de ônibus Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Teixeira.

Em 2013, o ministro e a mulher, Guiomar Mendes, foram padrinhos de casamento da filha de Jacob Barata Filho com um sobrinho de Guiomar. Segundo a assessoria de imprensa do ministro, o casamento “não durou nem seis meses”. Pelas regras de suspeição, um juiz não pode atuar em processo por motivo de foro íntimo – que poderia ser, por exemplo, por amizade ou inimizade em relação a uma das partes envolvidas.

Ou, esta, do início do ano passado: “Rio – Cinco dos sete conselheiros e um ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram presos pela Polícia Federal na Operação Quinto do Ouro, que investiga desvios para favorecer integrantes do órgão e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). José Gomes Graciosa, Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu….”

Se preferirem, temos este comentário, hoje, no blog do Orion Teixeira: “Do ponto de vista do estado democrático, está garantido o direito de defesa e vale para qualquer cidadão, mas do ponto de vista político e da administração pública, nem o chefe do DETRAN de Minas, delegado César Augusto Monteiro Alves Júnior, nem a ministra nomeada para o Trabalho, Cristiane Brasil, são cidadãos comuns. Cristiane foi nomeada ministra do trabalho e César Augusto para a chefia do Departamento de trânsito de Minas. Condenada por violar direitos trabalhistas de seus motoristas, ela terá que conduzir a reforma trabalhista em tempos de terceirização e que é contestada pela própria justiça trabalhista; e ele, que teve a carteira recolhida por somar 120 pontos em infrações, terá que fiscalizar o trânsito e punir os infratores. É um desgaste imenso e desnecessário para ambos os governos…”

Por falar em estupro, que tal, também essa, de hoje, em toda a imprensa nacional? “caso Cristiane Brasil assuma a vaga de ministra do Trabalho, sua vaga na Câmara será ocupada por Nelson Nahim (PSD-RJ), condenado em 2016, a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável e foi preso duas vezes por exploração sexual de menores…”

Mas, na visão de muitos, Robinho não pode nem exercer a profissão dele, mesmo sem condenação definitiva.

E vida que segue!


Com calma, pés no chão e dentro das condições possíveis o América está se armando bem para a temporada 2018

Em foto do Globoesporte.com, Aylon, 25 anos, atacante que chegou a ser apontado como futura estrela do Internacional, estava no Goiás e quer recuperar prestígio no Coelho este ano.

Estou gostando da movimentação do América na montagem do seu grupo para a temporada que está prestes a começar. O retorno do Marcos Salum para a linha de frente do futebol foi excelente, assim como a manutenção da comissão técnica comandada pelo Enderson Moreira, logo depois do acesso à Série A, em novembro. A partir daí, as dispensas e contratações “pontuais”, em comum acordo, entre treinador e diretoria, com tempo, sem atropelos.

Dentro das condições financeiras do América, chegaram o lateral esquerdo Carlinhos (foto, ex-Goiás e Coritiba), o lateral-direito Aderlan, zagueiro Matheus Ferraz (Santos, Sport Recife, Goiás), volante Matheus Sales (Bahia), os atacantes Capixaba (Atlético), Rafael Moura (Atlético) e Aylon (Internacional e Goiás). Manteve o goleiro Fernando Leal, lateral-direito Norberto, zagueiro Messias, volante David, os meias Renan Oliveira e Gérson Magrão, além do atacante Luan.

É time para dar trabalho no Mineiro e brigar em ótimas condições para se manter na Série A nacional de 2019.


Rogério Ceni tenta recomeçar o projeto de se tornar treinador onde deveria ter começado

O Estadão dedicou uma página da edição de ontem ao ex-goleiro que tentou iniciar a carreira de técnico justamente no São Paulo. Foi à “lua pensando que era queijo” e se deu mal, mesmo com todas as suas exigências atendidas pelo clube paulista. Mas não desistiu da ideia e aceitou proposta do Fortaleza para desenvolver um trabalho lá. Pelo que a reportagem mostra, está sendo bom para as duas partes, na estruturação profissional do clube cearense. Se os resultados dentro de campo forem satisfatórios o final da história será feliz para todos. Aguardemos.

Enquanto isso, vale a pena saber os primeiros passos do ex-goleiro na nova experiência:

* “Rogério Ceni tem carta branca para ‘revolucionar’ no Fortaleza”

Clube acata pedidos do ex-são-paulino, muda estrutura e mexe até no cardápio dos atletas

Lauriberto Braga, especial para O Estado de S. Paulo

Desde 26 de dezembro de 2017, Rogério Ceni vem provocando grandes transformações como técnico do Fortaleza. O ex-goleiro recebeu praticamente carta branca da diretoria para colocar em prática o que imagina ser o ideal por sua longa vivência no futebol, seja dentro ou fora de campo. No ano em que o clube completa 100 anos, os dirigentes se orgulham do projeto “Centenário Ceni”. (mais…)


Mano Menezes segura a onda da conversa fiada de “melhor elenco do Brasil”

Este papo começa na imprensa do “eixo”, muito mal informada sobre o que ocorre nos demais estados fora do contexto “Rio-SP”. A imprensa regional vai na onda e leva as torcidas a acreditarem na falácia. Começam os campeonatos regionais, os grandes de cada praça, naturalmente, atropelam os coitados do interior, ficam com o título e vice-campeonato e vão para as disputas que realmente valem na temporada iludidos. Seus torcedores, mais iludidos ainda. O Atlético embarcou nessa nos dois últimos anos, com treinadores pouco rodados por aqui ou “juvenis”.

Semana passada essa conversa surgiu em São Paulo, no Palmeiras. Perguntado, Alexandre Matos espertamente passou a bola pro Cruzeiro, dizendo que o melhor elenco deste ano está na Troca da Raposa. No que foi prontamente contestado por Mano Menezes na primeira entrevista que concedeu, afirmando que, no papel, o grupo é bom, mas se será vencedor, só o dia a dia poderá dizer, já que se trata de uma “construção”.

Das contratações “pontuais” até agora, considero o volante Bruno Silva a melhor aquisição cruzeirense, que substitui Hudson, que foi muito bem ano passado, mas retornou ao São Paulo. Fred é a contratação de maior impacto midiático, por razões óbvias, e vai querer mostrar serviço. Uma incógnita. O lateral Edilson preenche uma das principais deficiências do time de 2017, que é na lateral direita. Marcelo Hermes é aposta do próprio Mano. Jogou no Grêmio, não foi bem no Benfica, mas tem predicados de marcação e apoio que agradam ao treinador, que aposta nele para substituir Diogo Barbosa.


No afã de fazer média com diretorias e torcidas, grande parte da imprensa continua chamando qualquer contratação de “reforço”.

Só considero reforço aquele que depois de alguns jogos mostra serviço, seja jovem, veterano, famoso ou desconhecido. O resto é perfumaria, conversa pra enganar trouxa, oba-oba puro.

O Atlético anunciou hoje a contratação do zagueiro Maidana, que vem do São Paulo, depois de contratação polêmica ao Criciúma e cuja temporada ano passado foi vitoriosa, ajudando no acesso do Paraná à Série A.

Soma-se a outras cinco aquisições do Galo para este ano: Samuel Xavier, Arouca, Erik, Roger Guedes e Ricardo Oliveira.

De todos, o que mais gostei até agora foi do Ricardo Oliveira, artilheiro que sempre se cuidou dentro e fora de campo e que certamente acrescentará muito ao Galo. Arouca jogava muito, até se machucar seriamente. Resta saber como estará depois de duas cirurgias no tornozelo.


Questões éticas no futebol, ou “farinha pouca, meu pirão primeiro…”

Também pode ser aquela da “pimenta nos olhos dos outros é refresco…”. Dia 11 de outubro, returno do Brasileiro, o zagueiro Rodrigo Caio vê a bola ultrapassar a linha mas dessa vez não alertou ao árbitro que mandou o jogo seguir . O Atlético venceu o São Paulo no sufoco, apesar desse vacilo da arbitragem comandada por Heber Roberto Lopes, de Santa Catarina.

Na coluna Bola na Área, deste domingo, no Diário do Aço, de Ipatinga, o Fernando Rocha, aborda um dos temas mais falados pela imprensa em 2017: um jogador deve ou não deve ser honesto quando a arbitragem errar a favor dele e ele tem consciência do erro? Cita o caso do Jô que marcou gol com o braço contra o Vasco e fingiu de bobo. Fernando recordou o caso do zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, que livrou a cara do próprio Jô, que estava tomando um cartão injusto contra ele. Aí me lembrei deste mesmo zagueiro, que no jogo contra o Atlético no Independência, viu a bola entrar e ficou caladinho, deixando o árbitro seguir o lance.

Sufoco danado e o Galo venceu por 1 a 0, de forma suadíssima.

Veja a coluna do Fernando:

* “Arbitragem polêmica”

Uma das grandes polêmicas do futebol em 2017, foi registrada no jogo em que o Corínthians, em sua Arena,  venceu o Vasco da Gama por 1 x 0, com um gol visivelmente irregular marcado por Jô com o braço, o que abriu-lhe o caminho para conquistar o título.

Estranho que o jogador um pouco antes havia elogiado o zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, por ter sido honesto e avisado o árbitro no clássico entre os dois times rivais, sobre um cartão aplicado a ele erradamente, o que fez o assoprador de apito voltar atrás na sua decisão, beneficiando o Corinthians.

Mas neste lance, do gol malfeito com o braço, Jô disse na maior cara de pau, que não notou onde a bola havia batido, antes de entrar nas redes vascaínas. Fez o discurso do mau-caratismo tradicional que reina neste país.

Desde que foi implantado pela CBF o tal “sexteto”, ou seja,  com os tais “árbitros de linha” posicionados  atrás dos gols, o que onera substancialmente as despesas de cada partida, as críticas ao trabalho da arbitragem se avolumaram mais ainda.

Outro caso de grave erro registrado ocorreu na vitória do Botafogo por 2 x 1 sobre o Macaé, no Campeonato Carioca do ano passado, onde o juiz de linha de fundo, também apelidado de “vigia” pelo ex-árbitro e hoje comentarista da Globo, Arnaldo César Coelho, estava a um  ou no máximo dois metros de distancia do lance, mas nem assim enxergou irregularidade no gol da vitória botafoguense, onde a bola havia saído pela linha de fundo antes do cruzamento para o gol ilegal de Vinicius Tanque.

Qual o sentido?

A dona CBF até hoje não anunciou precisamente quando irá utilizar os recursos eletrônicos, pelo menos nos jogos mais importantes, decisivos, de suas competições oficiais.

Estava previsto para o segundo semestre de 2017, mas nada disso aconteceu e até agora ninguém sabe ao certo, quando o sistema será posto em prática, como maneira de diminuir os erros da arbitragem, que influenciam diretamente no resultado dos jogos.

Agora, fico aqui pensando com os meus botões, enquanto tomo a uma água de côco gelada e aprecio as ondas do mar na bela  Ilha de Guriri quebrando na praia: a opção da  CBF pelos “árbitros de linha”, os tais “vigias”, atrás dos gols, teria sido por razões econômicas?

Acho que não. Afinal de contas a entidade máxima do nosso futebol, cujo presidente está praticamente banido pela Fifa em razão de denúncias de corrupção, divulgou ter arrecadado  mais de R$ 1 bilhão em 2017. O que seria então?

Enquanto isso, ficamos todos sem saber o que faz essa tal figura atrás do gol, qual a função desse personagem ali, olhando, assistindo de forma privilegiada o jogo o tempo todo atrás do gol, mas quando é preciso sua intervenção não vê nada. Fica alí olhando o quê? (mais…)