Blog do Chico Maia

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A incrível história, apesar de breve, de William Lee, em lições de talento, humildade, e desapego

Amigos e amigas do blog, vejam um bom exemplo dos muitos motivos que me mantém motivado a continuar com este espaço, já que depois de tantos anos no futebol, só ele não dá pra segurar o ânimo. O Alex Sousa (a quem agradeço mais uma vez), que sempre posta ótimas resenhas sobre Cruzeiro aqui, principalmente pós-jogos, nos enviou dicas musicais para animar o fim de semana e uma me chamou a atenção de forma especial. A interessantíssima história de Willian Soares da Silva, mineiro de Belo Horizonte, com ramificações familiares em Bom Despacho. Músico da melhor qualidade, mas que optou por tocar nas ruas de São Paulo. Infelizmente, morreu no início deste mês, de câncer no pâncreas, mas deixou uma história e lições de vida, espetaculares.

Felizmente, teve o reconhecimento ainda em vida e foi reverenciado por internautas e imprensa em grande parte do mundo. Como incontáveis artistas de verdade, dinheiro não era a prioridade na vida para ele. Busquei mais sobre ele e selecionou estes endereços como sugestão para quem quiser conhecer este mineiro que fez história, e morreu tão jovem, aos 46 anos.

Folha de S. Paulo, de 09/07/2017:

* “Mortes: Willian Lee, sultão do suingue do centro de SP”

Julho de 2014, São Paulo tomada pela euforia da Copa no pré-7 a 1. Como tantos artistas que aproveitam a cidade cheia de turistas, um guitarrista vestindo uma camisa da seleção brasileira toca na rua uma versão cover de “Sultans of Swing”, do Dire Straits.

Dos vários vídeos publicados na internet que registram a cena, o mais visto tem 5 milhões de visualizações e boa parte dos comentários em inglês –todos elogiam a execução perfeita do músico.

Nascido em Belo Horizonte, Willian Lee (nome artístico que adotou) entrou na música aos 17, tocando em bares. Em SP, para onde se mudou em 1991, teve bandas cover e de música country, com as quais se apresentou em uma série de cidades pelo Estado. (mais…)


Na conclusão da rodada, resultado surpreendente e perda de posições do Cruzeiro e do Atlético na classificação

Um resultado inesperado pela maioria alterou bastante a classificação do Brasileiro e mostra o quanto a competição está equilibrada, à exceção do Corinthians, que lidera com 10 pontos de frente. O Grêmio venceu o Flamengo no Maracanã e barrou a empolgação rubro-negra, cujo time vinha subindo de produção e na tabela. Aliás, esta 13ª rodada teve oito visitantes “mal educados”, desses que chegam e batem no dono da casa. Em Recife o Sport do Vanderlei Luxemburgo deu sequência à ressurreição  do treinador, que, a continuar deste jeito, já já retorna à prateleira de cima dos “professores” que ficam na lista de espera da queda de colegas nos 10 principais clubes do país. Tacou 3 a 0 na Chapecoense, que começa fletar firme com a Série B. Com essa, são seis vitórias nos últimos seis jogos. O perigo é o Luxa largar os pernambucanos na mão, caso receba uma proposta do Rio, São Paulo ou até Minas Gerais.

LUXA

Nada é impossível no futebol. Ou não?

As novas posições:

CLASSIFICAÇÃO PG J V E D GP GC SG %
Corinthians 35 13 11 2 0 23 5 18 90
Grêmio 25 13 8 1 4 24 14 10 64
Santos 23 13 7 2 4 14 10 4 59
Flamengo 23 13 6 5 2 19 9 10 59
Sport 21 13 6 3 4 19 16 3 54
Cruzeiro 20 13 6 2 5 16 13 3 51
Palmeiras 19 13 6 1 6 16 14 2 49
Vasco 19 13 6 1 6 19 24 -5 49
Botafogo 19 13 5 4 4 14 12 2 49
10° Coritiba 19 13 5 4 4 15 14 1 49
11° Fluminense 17 13 4 5 4 21 21 0 44
12° Atlético-MG 17 13 4 5 4 14 14 0 44
13° Bahia 15 13 4 3 6 17 15 2 38
14° Atlético-PR 15 13 4 3 6 12 18 -6 38
15° Ponte Preta 15 13 4 3 6 12 18 -6 38
16° Chapecoense 15 13 4 3 6 18 26 -8 38
17° São Paulo 12 13 3 3 7 14 16 -2 31
18° Vitória 12 13 3 3 7 12 20 -8 31
19° Avaí 12 13 3 3 7 8 17 -9 31
20° Atlético-GO 8 13 2 2 9 11 22 -11 21

Sábado de festa e reencontros, com direito a ecos de um passado recente de sucessos

Amanhã terei a satisfação e honra de rever e bater papo com dois desta foto. Os ex-goleiros do Cruzeiro Raul e Vitor (no meio, ao fundo), que estarão juntos na festa Tamanduá Country, neste sábado, 15 de julho, no sítio Tamanduá, que fica entre Sete Lagoas e Prudente de Morais. Sob a coordenação do expert em boas festas, Luciano Macaco, o dia promete esquentar o fim de semana com shows da Orquestra de Viola Caipira e banda Canto Livre!

Haja “chá com torradas”… E como diz o Claytinho Nova Vista, “mais chá do que torradas…”  Informações pelo 31 98466 2474.

Nesta foto, de 1976, Raul e Vítor estão chegando ao aeroporto da Pampulha, após a conquista da Libertadores, em Santiago, sobre o River Plate.

Foi publicada em minha coluna de hoje, no jornal Sete Dias, na mesma página desta foto abaixo, de um grande time que o nosso Democrata Jacaré teve, em 1968:

ECOSDFC

Da esquerda para a direita o atual vereador da cidade, Gonzaga, que foi muito bom lateral; o saudoso Brechó, Pedrinho, Luciano Vieira (de Paraopeba, que depois jogou no América e se tornou treinador), Cirinho, que se tornou professor em Sete Lagoas e Ioni; Ivan, Dico, Vantania, Cássio (Cassota, grande cobrador de faltas) e Serenata, que também jogava demais. A partir do dia 29 vamos prestigiar os jogos do Jacaré pela terceira divisão para ajudá-lo a voltar a bons tempos como este.


Solidariedade às vítimas de Santa Margarida, violência, ignorância, futebol e reflexões sobre este blog

O “Bom Dia Minas” acaba de mostrar imagens do vigilante do Banco do Brasil, Leonardo José Mendes, 53, em Santa Margarida, sendo morto covardemente pelos bandidos que aterrorizaram a cidade esta semana, assaltando também o Sicoob e matando o cabo PM Marcos Marques da Silva, de 36 anos. Mais cedo eu tinha visto estas cenas, com mais detalhes, no portal do jornal O Tempo (http://www.otempo.com.br/cidades/imagens-da-c%C3%A2mera-de-seguran%C3%A7a-de-banco-mostram-morte-de-vigia-1.1496403).

É difícil acreditar que estamos vivendo isso em Minas, no Brasil.

image

Parece que estou assistindo aos filmes do velho oeste norte-americano que eu via quando criança, porém, atualizados, e agora aqui, perto da gente. Nasci no interior, frequento e tenho paixão pelo interior de Minas, e sei o quanto um acontecimento desses traumatiza a população local, que sofrerá durante décadas, com essas lembranças. Para os familiares das vítimas, a dor jamais passará. Sugiro que leiam esta sequência de reportagens do portal do O Tempo sobre o assunto, especialmente a que o sobrinho do vigilante assassinado conta os momentos de terror pelos quais passou como refém, obrigado a ajudar os bandidos e vendo o tio sendo morto. Certamente não atirou nos vagabundos porque o sobrinho era usado por eles como escudo humano. Assim como o Cabo PM não liquidou com todos porque poderia atingir os reféns na camionete.

http://www.otempo.com.br/cidades/jovem-foi-obrigado-a-participar-do-crime-e-viu-morte-do-tio-1.1496149

http://www.otempo.com.br/cidades/comemoraram-muito-quando-atingiram-o-cabo-silva-1.1496189

Neste contexto, abri o e-mail do Júnior Alexandrino, que repasso na íntegra, para nossa reflexão, pois se refere ao blog, que me dá muito prazer em manter, mas que tem coisas que amolam. Depois, a minha resposta a ele:

* “Boa tarde, Chico!

Como vai?

Gostaria de parabenizar pelo blog, diariamente o procuro em busca de novidades e parabenizo pela diversidade do conteúdo exposto, nem sempre restringido a clubes de MG (O que confesso que está chato nos dias de hoje as notícias deles).

Chico, uma coisa que observo e realmente me dá pena, são alguns comentários que vejo em cada matéria postada no blog, “adjetivos” para time A, B ou C, comentários que fogem totalmente  dos assuntos, que creio serem cuidadosamente inseridos no blog. Seria tão interessante se alguém ao ler a entrevista do Levir Cupi, pudesse falar sobre suas conquistas, esquemas táticos, etc… Ou ao menos ao ver a matéria sobre seus companheiros de imprensa, puderem falar dos “perrengues” do dia a dia ou de algo sobre a carreira de alguns. Mas não, infelizmente o torcedor “moderno, ou não tão moderno assim”, prefere adotar palavras chulas e incoerentes para desfilar o veneno contra o clube rival ou usuário rival que discordou da opinião anterior.

A pergunta que sempre me faço é: Será que os marginais que frequentam estádio também não são ou podem ser os haters de blogs, redes sociais, etc?

É uma pena ver que o esporte ao invés de unir, cria verdadeiros “grupos separatistas e terroristas”, tão periculosos como os famosos grupos que existem pelo mundo.

Atualmente acesso o blog para ver somente as matérias, comentários não mais, não vale a pena. Que bom será quando as pessoas aprenderem a dialogar, discutir idéias sem ter q ofender o lado A, B ou até mesmo o C (que mesmo sendo neutro de opinião corre risco de ser atingido).

Estamos na contramão da história Chico e me preocupa muito o que está por vir da nossa sociedade, pois o esporte também é um meio de educar, mas está acontecendo totalmente o contrário.

Somos o reflexo dos nossos governantes e os governantes são reflexo da nossa sociedade.

Um Abraço Chico e muito obrigado pela atenção. Me chamo Júnior , tenho 29 anos, Cruzeirense porém realista com as coisas do nosso cotidiano.

Parabéns pelo trabalho, acompanho desde o tempo de Minas Esporte.”

* * *

Obrigado Júnior,

prazer enorme receber seu e-mail, com este teor específico. Confesso que ando num desânimo danado com o Brasil, exatamente por causa desses indicadores apontados por você. Vivemos tempos de burrice e ignorância galopantes, de retrocesso. Alguém já disse que no Brasil, a única coisa que vai pra frente é o atraso. O futebol está totalmente inserido nisso e diariamente confirmamos esta triste realidade. Correspondências racionais como essa sua são cada vez mais raras e te parabenizo e agradeço.

Há comentaristas do blog muito legais, a maioria, porém, há também os que enchem a paciência. Não tenho tempo para ler todos e barrar os imbecis, mas pretendo contratar alguém para isso e impor regras rígidas para evitar agressões de qualquer tipo. Suas dicas são um incentivo pra eu andar logo com isso.

Mais uma vez obrigado e escreva sempre.

Grande abraço,

Chico Maia


Duas vitórias consecutivas convincentes e o retorno ao grupo dos seis com futebol em alta velocidade

Apesar da draga na qual vive o Atlético-PR, foi uma das melhores partidas do Cruzeiro este ano, irretocável. Alta velocidade, passes e tabelas envolventes, e através desses ingredientes saíram os dois gols que garantiram os 2 a 0 na Arena da Baixada. Não deixou o adversário respirar, com destaque mais uma vez para Thiago Neves.

Mano Menezes tem mexido no time, técnica e taticamente. Assim será até quando ele achar que descobriu a formação ideal. Duas vitórias consecutivas, jogando bem e mesmo assim não dá para cravar que seja uma ascensão “sustentável”, já que a instabilidade tem sido uma marca este ano, também no Cruzeiro. Os próximos jogos dirão, mas aparentemente o Cruzeiro vai se firmar.


Mais uma atuação ridícula, erros inaceitáveis e outra derrota dentro de casa de um dos times mais caros do futebol brasileiro

Não é de hoje que liguei as minhas esperanças neste time do Atlético no “piloto automático”. Mais precisamente naquela dificuldade toda de passar pela URT na semifinal do Campeonato Mineiro. Que sufoco que foi!

Na sequência, mais quatro bons jogos, contra o Cruzeiro e pela Libertadores da América, que deram alguma esperança de dias melhores, mas logo logo novas recaídas e esta horrorosa marcação de passo, voo de galinha, que só decepciona a torcida. Um dos elencos mais caros do Brasil, apresentando estrelas decadentes que ganham muito dinheiro e não dão o resultado que se espera delas, nem o retorno do investimento.

Tantos pênaltis perdidos, tantas falhas coletivas e individuais que terminaram em derrotas e perdas de pontos de forma absurda, sobretudo em casa.

O ambiente fica ruim, jogadores falam mais do devem publicamente, o treinador fica perdido e não aparece um dirigente com pulso para impor a ordem e consertar as coisas.

Mais uma derrota ridícula no Horto e prefiro repetir quatro opiniões de companheiros, com quem concordo totalmente: Andre Rizek‏ @andrizek

“Galo ficou com dó do Vanderlei machucado? Foi fair play não chutar uma bola no gol?Derrota maiúscula, mesmo com toda a qualidade do Santos.”

Héverton Guimarães‏  @hevertonfutebol

“Atlético ñ consegue sufocar nenhum adversário. Time ñ vibra e ñ encanta; é lento, previsível,displicente e não cria sinergia com a torcida.”

Carlos Cereto‏  @carloscereto

“Constatação: o Santos melhorou com a saída de Dorival Junior e o Galo é irreconhecível no comando de Roger .”

E Victor Martins‏ @victmartins

“E o Atlético jogou mais de 15 minutos contra um goleiro que mal conseguia mexer e não deu um chute a gol.”


Lucas Silva volta à condição de titular em momento decisivo da carreira

Foto de Daniel Teobaldo/Cruzeiro

De acordo com os setoristas que cobrem o Cruzeiro o técnico Mano Menezes começará com ele esta noite, 21h45, contra o Atlético-PR, em Curitiba. Que ele aproveite bem a oportunidade e mostre o futebol que jogou quando foi promovido dos juniores. As contusões e outros problemas de saúde passaram a fazer parte da vida dele, pouco antes da ida para o Real Madri, onde não deu certo. No retorno, ainda não fez nenhuma grande partida, que fizesse lembrar os seus bons momentos como titular do time.

Obviamente está animado e fala com otimismo de voltar a formar dupla na frente da área azul com Henrique, outro que tem sido muito contestado por parte da torcida cruzeirense.

Lucas Silva disse ao site do Cruzeiro: “Já entendi como o Mano gosta que eu atue e ele também sabe como eu atuo. Então, a tendência é que as coisas saiam como o desejado. Não tenho preferência de jogar pela esquerda ou pela direita, já joguei em ambas. Quero ajudar o time. Tenho um entrosamento muito bom com o Henrique, conheço muito bem o estilo de jogo dele, o que facilita. E também os outros volantes, com os quais venho treinando. O Henrique é um jogador muito importante, dá equilíbrio ao time, coordena e comanda o nosso meio-campo. E também é o nosso capitão”.


Chilavert continua com a língua nervosa: não se arrependeu da cusparada em Roberto Carlos, chama Ruggeri pra porrada, xinga Maradona e admite ser candidato à presidência do Paraguai

O Regi Galo/BH e o José Eduardo Barata disseram que estão gostando dessas entrevistas de treinadores para serem discutidas aqui. Então, vejam esta que encontrei ontem, no Diário Popular, de Buenos Aires, do José Luiz Chilavert, um goleiro que fez história no futebol mundial. Nunca foi técnico. Depois que parou se tornou empresário em vários ramos de atividade. Paraguaio destemido dentro e fora dos gramados, apaixonado pelo país dele e por grandes polêmicas. É desses que só encarava e encara brigas com “pesos pesados”, do futebol e da política. Tive a satisfação de entrevistá-lo na concentração paraguaia, no hotel na cidade de Santa Cruz De La Sierra/Bolívia, durante a Copa América de 1997, na véspera da derrota deles para o Brasil, 2 a 0, pelas quartas de final. Dois anos antes ele fora eleito o melhor goleiro do mundo.

Esta entrevista de domingo ao jornal argentino tem o texto em espanhol, mas dá pra entender tudo. Qualquer dúvida é só acionar o tradutor Google ou o www.tradukka.com .Vale a pena. Além de futebol, ele fala da geopolítica da América do Sul. Acusa o Brasil, a Argentina e o Uruguai de roubarem e dizimarem o Paraguai, incentivados e apoiados pelo Reino Unido no fim do Século XIX, uma verdade que os livros de história estão aí para confirmar:

* “José Luis Chilavert: “Desafío a Ruggeri a pelear a cinco rounds en la cancha de Vélez”

– Por Pedro Fermanelli

En un extenso mano a mano con DIARIO POPULAR, el histórico arquero paraguayo se acordó de sus viejos enemigos pero también habló de Macri, del Papa, del kirchnerismo y hasta de sus aspiraciones políticas: dice que se presentará a elecciones en su país si un candidato socialista tiene chances de ganar

 

—¿Están sobrevalorados los buenos?

—Lo que pasa es que, con mi cara, es más fácil hacer el papel de malo. Ayuda mucho. Pero el bulldog tiene una apariencia mala, horrible, y en realidad es más sano que el Quaker. El tema es que cuando lo pateás una, dos veces, el perro te muerde. Yo siempre me tracé metas en la vida; quiero triunfar en todos lados y digo lo que pienso, no lo que la gente quiere escuchar.

—¿Y qué quiere escuchar la gente?

—Mirá: la sociedad no te da nada. La gente busca el lugar donde estar cómodo y también busca su entorno. Yo no estoy de acuerdo cuando hablan de que Maradona cae en el mundo de la droga por los que lo rodean. La sociedad te saca cosas. Lo llevo a la política: ¿cómo se entiende que todos los políticos, que supuestamente estudiaron, cuando llegan al poder nos roban todo? Llámese Paraguay, Argentina, Brasil. Y después se presentan otra vez como candidatos y los votan. Eso quiere decir que parte de la sociedad está enferma.

—¿Hay alternativas?

—Hay que buscarlas…

—Lo digo porque el discurso de la antipolítica ganó mucho terreno, ¿pero de dónde salen los dirigentes?

—De la sociedad. Por eso digo que la sociedad es la que te saca cosas. Pero si yo tengo un manager que me roba, no voy a seguir con él. Eso demuestra que no crecemos. Las leyes están para cumplirlas, pero en Latinoamérica cada uno quiere hacer funcionar la ley como le convenga. Hay dos sistemas en el mundo: el capitalismo y el socialismo. Yo te pregunto: ¿de cuál te podés recuperar si fracasás? (mais…)


Que bom ver o América embalado na Série B, com sete jogos de invencibilidade

Vencendo na raça e na individualidade quando o coletivo não consegue superar o adversário, como foi neste jogo de hoje contra o Boa. Renan Oliveira, que tem atuado muito bem, sentiu um problema muscular na coxa e teve de ser substituído pelo Ruy, que resolveu o problema. Marcou dois gols, um deles, espetacular, de fora da área e garantiu a permanência do Coelhão na terceira posição, caminhando com uma aparente sustentabilidade para a sonhada volta à Série A 2018.Fruto do trabalho do Enderson Moreira, que certamente terá de resistir a mais propostas de clubes da atual Série A, que demitirão treinadores e ficará doido atrás daqueles que estão se destacando na B, como ele.

Sábado tem o Guarani de Campinas, vice-líder com dois pontos a mais, no Independência, 16h30.

A classificação da disputa:

CLASSIFICAÇÃO PG J V E D GP GC SG %
Juventude 26 13 7 5 1 20 8 12 67
Guarani 25 13 8 1 4 17 12 5 64
América-MG 23 13 6 5 2 16 8 8 59
Vila Nova-GO 23 13 6 5 2 17 12 5 59
Internacional 21 13 5 6 2 16 9 7 54
CRB 20 13 6 2 5 12 13 -1 51
Londrina-PR 19 13 5 4 4 20 17 3 49
Ceará 18 13 5 3 5 14 12 2 46
Santa Cruz-PE 18 13 5 3 5 17 16 1 46
10° Goiás 17 13 5 2 6 16 18 -2 44
11° Brasil de Pelotas 17 13 5 2 6 15 20 -5 44
12° Paraná Clube 17 13 4 5 4 12 11 1 44
13° Criciúma 17 13 4 5 4 13 14 -1 44
14° Boa Esporte Clube 16 13 4 4 5 10 14 -4 41
15° Oeste 16 13 3 7 3 11 13 -2 41
16° Paysandu 14 13 3 5 5 10 11 -1 36
17° Luverdense 13 13 2 7 4 16 19 -3 33
18° Figueirense 12 13 3 3 7 16 20 -4 31
19° ABC 12 13 3 3 7 12 20 -8 31
20° Náutico 6 13 1 3 9 10 23 -13 15

 


De molho há sete meses e aguardando uma boa proposta, Marcelo Oliveira conta como montou o time vitorioso do Cruzeiro e o que deu errado no Atlético

Foi numa longa entrevista em ótimo trabalho da turma do Superesportes. Através dela é possível entender várias situações tanto do Galo quanto do Cruzeiro, apesar de o Marcelo se utilizar de muitas mensagens cifradas e não descer do muro para responder de forma mais objetiva e corajosa a várias questões. Vale a pena conferir:

* “Marcelo Oliveira abre o jogo: Atlético, Cruzeiro, críticas, feitos, polêmicas e futuro”

Em conversa com o Estado de Minas/Superesportes, técnico fala sobre vários assuntos polêmicos e revela sua pretensão profissional para o futuro

Roger Dias /Estado de Minas Bruno Furtado /Superesportes Renan Damasceno /Estado de Minas

Com dois títulos brasileiros pelo Cruzeiro e uma Copa do Brasil pelo Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira entrou para a galeria dos técnicos mais vencedores do país recentemente. Apesar disso, o mineiro de 62 anos está longe do futebol há sete meses, desde que foi dispensado pelo Atlético antes da finalíssima da Copa do Brasil, contra o Grêmio. Nesse período, teve propostas de clubes, mas não aceitou. Ele não descarta investir no mercado alternativo (Oriente Médio, China ou Japão) ou mesmo voltar a trabalhar no país. “O técnico não se pode dar ao luxo de escolher mercados. Vou trabalhar em algo que me chame a atenção, desperte a chance de fazer algo produtivo”, afirma Marcelo, que revelou ter tido problemas com Dagoberto na Raposa, há três anos, e o afastou do grupo. O treinador também disse não ter mágoas pela demissão no Galo, clube do qual foi ídolo nos anos 1970 e 1980. Na entrevista ao Estado de Minas/Superesportes, o treinador fala sobre as ambições para a continuidade da carreira e conta sobre os bastidores do sucesso no Cruzeiro.

Como estão sendo estes sete meses acompanhando o futebol mais à distância? Como tem sido essa reciclagem e busca por novos conhecimentos?

Tudo o que você faz que pode agregar ao trabalho feito é importante. Uma das formas que penso de reciclar é avaliar o próprio trabalho. Fiz três reuniões com minha comissão técnica para discutir nossos últimos trabalhos, o que foi bom e deu muito certo e o que pode ser melhorado. Essa comissão trabalha comigo há seis anos, quando conquistamos muita coisa. É sempre possível agregar e melhorar o trabalho. Vejo e analiso muitos jogos, gosto também de ler. A princípio, tive o interesse de sair do país para fazer cursos. Mas, ou eu fazia um curso curto, que não aproveitasse tanto, seria mais para dizer que eu fiz, ou muito longo, que confrontaria com meus interesses no momento. Precisava de tempo com minha família, para ficar mais em casa e fazer coisas que não vinha fazendo. Esses seis anos foram intensos, com finais de Copa do Brasil, disputa de Brasileiro, campeonatos estaduais e Libertadores. Estava ausente de casa e precisava desse tempo. Mas não voltei por iniciativa própria, porque tive propostas que achei não ser interessantes no momento.

Qual será o Marcelo Oliveira que vai voltar ao mercado? Renovado, com novas visões, ideias, ou o mesmo que teve o auge?

Não terá diferenças substanciais, até porque esses seis últimos anos foram muito bons. Conquistamos seis títulos, fomos a seis finais de Copa do Brasil, sempre trabalhando na ponta com clubes diferentes, Coritiba, Cruzeiro, Palmeiras e finalmente o Atlético. Por tudo o que aconteceu, essa última passagem no Atlético criou uma expectativa imensa em todos para conquistar o título nacional, mas infelizmente não conseguimos por uma série de dificuldades. Mesmo assim, conseguimos o quarto lugar, que valia uma vaga na Libertadores, colocação que o Atlético não tem hoje. E também a decisão da Copa do Brasil. Claro que uma ou outra coisa a gente muda. A postura dos times que treinei sempre foi ofensiva, com times técnicos. Conseguimos isso bem no Coritiba, Cruzeiro e em algum momento no Palmeiras. O time jogava muito para a frente, sendo um dos melhores ataques do país. Em relação à postura profissional, vou seguir sendo honesto, correto, leal, intenso e tratando os jogadores com muito respeito e criando bons ambientes, porque isso é um fator básico para chegar às conquistas.

Depois do trabalho no Palmeiras, a mídia passou a criticá-lo duramente em relação ao esquema tático previsível, à proposta de jogo sempre igual, aos chutões e cruzamentos. Isso te atrapalhou no Atlético e na sua recolocação no mercado?

Seria pouco inteligente da minha parte se eu mudasse a postura em relação aos meus dois trabalhos anteriores. No Coritiba, foram dois anos com um dos melhores ataques do Brasil, jogando com toques, rapidez e envolvimento, sendo um time altamente ofensivo. Tanto é que goleamos todos os clubes que foram a Curitiba nos enfrentar. Posteriormente, no Cruzeiro, éramos considerados um time que atacava muito, que mais finalizava, conquistando título brasileiro de forma antecipada. Então, por que eu mudaria minha postura? Será que enjoei de ser um técnico que faz o time jogar e gosta do futebol bem jogado? Claro que não. Não foi possível fazer da mesma forma, pela característica dos jogadores e pelo número de contusões no Palmeiras e no Atlético. Isso atrapalha muito o trabalho. Nunca você tem a mesma escalação frequente, que gera um entrosamento maior. As críticas têm sido assim mesmo. Não tenho interesse e tempo para ver todas. Não sei se eu tenho debatido com um ou outro comentarista, falado de alguma coisa que não soou bem, que foi assumido ou absorvido por outros colegas. Os trabalhos foram normais. Ninguém consegue resultados em sete meses, num grupo que você não montou, o que é importante. Por isso, os técnicos europeus têm uma cota para investir e buscam os jogadores que querem para montar um grupo e um time. No Brasil, ficamos pouco tempo, rodamos em clubes sem montar elenco, sem escolher faixa etária, característica técnica e física. Tudo isso implica para se conseguir um bom trabalho. Tive quatro propostas de fato e uma especulação. Internacional, São Paulo e Santos especularam meu nome, o que não se concretizou. Também deixei de trabalhar por vontade própria. Não sei o que isso pode significar na avaliação dos dirigentes, que trabalham muito com opinião de imprensa e rede social. De repente, num projeto bom, vou ter condição de mostrar tudo o que fizemos. (mais…)