Riascos disse ao Saamuel Venâncio, durante a transmissão da Itatiaia, que não pode atrapalhar a felicidade dele para jogar “nessa merda aqui”. Demitido imediatamente, nem volta com a delegação.
O time deu uma melhorada considerável com a entrada do Rafinha no lugar do Allano, mas isso aos 43 minutos, quando já perdia de 2 a 0 para o Fluminense. Até então o Cruzeiro estava irreconhecível, prestes a tomar mais um gol a qualquer momento. Teve mais posse de bola, mas este detalhe é apenas mais um dado para as estatísticas dos comentaristas das TVs apresentarem durante os seus shows de intervalo ou pós-jogo. Dado que raramente reflete a realidade da partida ou a eficiência de um dos times. O Fluminense foi melhor na qualidade do passe, nas finalizações e em seu sistema defensivo, bem ao estilo Levir Culpi. Um time operário.
No segundo tempo o jogo foi mais equilibrado com o time carioca explorando os contra ataques, se aproveitando da necessidade cruzeirense de empatar o jogo. Aos 22, Paulo Bento tentou Riascos no lugar do argentino Ábila, que estreou com um chute perigoso no fim do primeiro tempo. O semblante fechado do colombiano ao entrar era bem diferente daquele vídeo onde ele aparece em uma festa, que viralizou na internet. Destacou-se pelo cartão amarelo que tomou aos 33 e pela ofensa ao clube na entrevista depois do jogo. O futebol ruim, sem criatividade, serviu para mostrar que o uruguaio De Arrascaeta, suspenso pelo terceiro amarelo, faz uma falta impressionante ao time.
Vencer ou vencer
Guillermo Schelotto, ex-ídolo e atual técnico do Boa Juniors, ficou irritado ao ser perguntado se o time dele tinha a obrigação de vencer o equatoriano Independiente Del Valle, no jogo da volta na Bombonera. Claro que tinha, mas perdeu e foi eliminado na semifinal da Libertadores. Marcelo Oliveira vive situação semelhante para esta noite de segunda-feira contra o Coritiba, no Independência.
O time paranaense ocupa a 18ª posição na classificação. O Galo, mesmo com um elenco muito bom, no papel, ainda não se explicou este ano. Mesmo com tantos desfalques, espera-se mais do time e o Marcelo já teve tempo suficiente no cargo para mostrar algo diferente daquilo que ficou do antecessor Diego Aguirre.