Blog do Chico Maia

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Da decadência à recuperação da credibilidade; o que faz a diferença entre treinadores de futebol

Muito boa reportagem do ESPN sobre Antônio Conte, o treinador que mudou a cara do futebol italiano.

* “Conheça o ‘maluco’ que sangra, xinga, corre mais que atletas e fez Itália virar ‘favoritaça’”

A Itália começou a Eurocopa completamente desacreditada. Antes do torneio, analistas apontavam que a equipe, que tem a maior média de idade do torneio, corria risco de cair até mesmo na fase de grupos. Só que a Azzurra começou ganhando da “ótima geração” da Bélgica, embalou, eliminou a Espanha comendo a bola e chega com tudo para o jogo contra a Alemanha, neste sábado, pelas quartas. Como, então, os italianos foram de candidatos a vexame para “favoritaços” a conquistar a taça?

Segundo os próprios jogadores, tudo por causa de Antonio Conte.

O treinador de 46 anos, que assumirá o Chelsea logo depois da Euro, vem dando uma aula de tática até agora, tendo “engolido” o campeão mundial Vicente Del Bosque na última segunda com seu esquema que mescla a forte defesa da Juventus, um meio recheado de jogadores polivalentes, uma dupla de ataque entrosada e muita raça. (mais…)


Gooolll!!! “Aonde Marco Antônio???”

O repórter e apresentador Marco Antônio Bruck foi homenageado pela Federação Mineira de Futebol (FMF) nesta quinta-feira antes do jogo entre Atlético e Botafogo, no Mineirão.

Uma placa agradecendo os 33 anos de cobertura da FMF foi entregue pelo presidente da entidade máxima do futebol mineiro, Castellar Neto, que agradeceu o empenho diário do jornalista com a verdade e a informação.

Bruck sairá da cobertura diária da FMF, mas continuará na Rádio Itatiaia.


Como disse o Fred Melo Paiva: “Meu Deus, PQP! Esse Cazares joga bola demais!”

E eu e mais um monte perguntamos: o que será que o Aguirre tinha na cabeça para não escalá-lo, hein!?

Um belo jogo no Mineirão, com 36.129 pagantes e renda de R$ 804.255,00.

Logo após o primeiro gol do Atlético, aos seis segundos, twittei: “este gol do Galo fez lembrar o time da Libertadores de 2013, quando boa parte da imprensa dizia que era jogo “na base do chutão. A diferença hoje é que Erazo iniciou e Fred escorou para o Cazares! Em 2013 começava com Victor ou Réver e Jô ou Tardelli escorava!”

O terceiro e o quinto gols atleticanos também foram depois de “chutões”, do Carlos César e Fred, que além de centroavante costuma voltar para armar.

Mas Cazares sobrou em campo, como há muito tempo eu não via uma atuação individual tão brilhante.

FRED

Fred resumiu numa palavra e em duas frases: “Cazares é um gênio; fora da curva, que prazer jogar com esse cara!”.

Marcou gols e ajeitou para Robinho, Fred e Carlos marcarem. Impressionante!

Fora isso, os gols do Botafogo foram também “fora da curva”. Pênalti fruto dessa determinação idiota da FIFA, de que se pegar no braço ou mão, de qualquer jeito é pênalti. Pegou na mão do Carlos César, que estava caindo. Os outros gols, foram de duas bolas despretensiosas, chutadas de fora da área que desviaram no Leonardo Silva e enganaram Victor.

FREDCAZARES

Também está dando gosto ver as demonstrações de união do grupo. As principais estrelas “engraxando” as chuteiras dos colegas das assistências.

ROBINHOCAZARES

Num dos jogos passados foi o Fred, hoje Robinho, e o Fred ainda carregou o Cazares nos braços.


O Galo que não vacile: Botafogo não está morto e aprontou com o Inter em Porto Alegre

Sobre essa foto do Superesportes: o Atlético tem Robinho e Fred; e também Patric e Eduardo!

***

Jogo às 21 horas, Mineirão, com trio paulista na arbitragem, comandado pelo Raphael Claus. O time carioca luta pra sair da zona do rebaixamento e iniciou este objetivo em Porto Alegre na rodada passada ao derrotar o Internacional, que brigava pela liderança, por 3 a 2. Aliás, a última derrota do Galo foi para o Inter, lá!

Os times para hoje:

Victor, Carlos César, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Júnior Urso, Eduardo, Clayton e Cazares; Robinho e Fred.
Botafogo
Sidão, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Emerson Silva e Diogo Barbosa, Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Fernandes e Camilo, Pimpão e Neilton
Técnico: Ricardo Gomes.


O América não pode entregar os pontos, mas a fama de “caixa de pancadas”, pegou

Oito derrotas em 12 jogos; nove gols marcos e 22 sofridos, lanterna. O América não pode entregar os pontos, mas a fama de “caixa de pancadas” do campeonato já pegou. A cada jogo uma falha, individual ou coletiva, e nova derrota. O Corinthians nem fez tanto esforço para chegar aos 2 a 0 e ainda contou com  a ajuda do árbitro Wagner Reway, da Federação do Mato Grosso.

O primeiro gol foi do Romero, aos nove minutos e a partir daí o jogo ficou em “banho Maria”. O América sem forças para reagir, um ataque morto, e o time paulista sem muita vontade de atacar. Aos 28 do segundo tempo, o apitador deixou o lance seguir, depois que o atacante corintiano, Luciano, ajeitou com a mão dentro da área e ainda se jogou contra o zagueiro Adalberto. Wagner Reway deu pênalti, para Marquinhos bater e garantir a vitória.


Cruzeiro de Paulo Bento é força e velocidade, cuja falta de talentos poderá ser compensada com a chegada do Rafael Sóbis

O Cruzeiro começou muito o jogo e parecia que ia repetir o que fez em Campinas, quando liquidou com a Ponte Preta ainda no primeiro tempo. O técnico Paulo Bento está mostrando essa característica, de chegar com tudo pra cima do adversário logo de cara, visando uma vantagem logo de cara para desnortear o adversário e se aproveitar da situação, administrando o jogo na sequência. Só que ele precisa de um sistema defensivo infalível para segurar os contra ataques e a saída do Henrique, machucado, atrapalhou tudo. Aos 15 minutos o volante saiu direto do gramado para o hospital em Chapecó, onde passará a noite sob observação. Forte pancada na cabeça.

E a partir daí a Chapecoense tomou conta do jogo e bombardeou até empatar aos 41. Pisano fez o gol do Cruzeiro aos seis minutos, depois de uma ótima jogada do Arrascaeta pela esquerda.

O segundo tempo foi mais equilibrado, com muita correria dos dois times, mas sem muita organização. Era na base do “vamos que vamos”. A Chapecoense virou aos 23, numa falta cobrada com perfeição pelo Arthur Maia; o empate do Cruzeiro veio aos 38 com Fabrício Bruno e a vitória da Chapecoense saiu aos 43 através do Kempes, que se aproveitou de um vacilo da zaga.

O Cruzeiro de Paulo Bento é um time de força e velocidade, mas esbarra na falta de mais jogadores de talento, como o Arrascaeta. O problema deverá ser minimizado com a chegada do Rafael Sóbis, uma grande aquisição.


Gente séria no comando da seleção olímpica brasileira

Vi de perto o trabalho do Rogério Micale quando ele dirigiu o Democrata de Sete Lagoas na terceira divisão mineira em 2010. Ele se desdobrava, já que paralelamente comandava também o júnior do Atlético, na parceria feita entre os clubes. Foi quando surgiu o baixinho Bernard, que era reserva do grandão Wendell, tido como futuro craque, mas preguiçoso. Achava que era só entrar em campo, e pronto. Bernard aproveitou as chances que teve e se transformou na venda mais valiosa da história do futebol mineiro.

Possivelmente a seleção olímpica terá mais apoio da torcida brasileira que a principal. A começar pela atitude do Tite, que inteligentemente passou a bola do comando para o Micale, que seria escanteado caso Dunga continuasse. Aliás, já estava fora e fora resgatado pelo ex-treinador do Corinthians, que estabeleceu essa como uma das condições para aceitar o cargo. Além de ser coerente, já que Micale estava no comando dos “olímpicos” há um ano e meio, Tite escapou do risco de se queimar, como ocorreu com Vanderlei Luxemburgo, nos Jogos de Sydney’2000 e Mano Menezes em Londres’2012.

Rogério Micale tem 47 anos de idade, baiano de Salvador, mas seu berço no futebol é o Sul.

Começou em Londrina e depois se destacou no Figueirense, conquistando a Taça São Paulo de juniores em 2008. Contratado pelo Atlético no mesmo ano, onde conquistou a Taça BH duas vezes, dois campeonatos estaduais e dois torneios na Holanda, sempre com os juniores. Em 2011 tentou alçar voo no profissionalismo, contratado pelo Grêmio Prudente-SP, mas três meses depois estava de volta ao Galo.

Rogério Micale Ficou no Atlético até o início do ano passado quando foi contratado pela CBF para o lugar do Alexandre Gallo. É um estudioso do futebol e muito respeitado nacionalmente pelos colegas dele de profissão e dirigentes. Boa praça, bom de prosa, admirador de vinhos e habilidoso no trato com as pessoas, sem abrir mão da personalidade na defesa dos próprios pontos de vista.

Micale demonstrou essa personalidade em sua entrevista coletiva na CBF, ontem, ao ser perguntado se Neymar será o capitão do time. Quem não o conhece pensou que ele fosse bajular o atacante do Barcelona. Nem pestanejou e respondeu que há vários convocados com perfil para ser capitão e que conversará com todos, especialmente com Neymar, para depois decidir a quem dará essa missão de capitão da seleção na Olimpíada.

 


O que faz a diferença para o futebol ser melhor ou pior

Agradeço e destaco o que o Alexandre Assis que escreveu, sobre Diego Aguirre no San Lorenzo, a bola jogada e o comportamento de jogadores estrangeiros e brasileiros:

* “É o melhor emprego que existe, o cara é demitido por improdutividade no outro dia está empregado de novo e carregado por uma nova torcida. Luxa, que foi dispensado da 2ª divisão chinesa, já já treinará um grande daqui do Brasil. Mano Meneses espera ansioso por novos fracassos de Bento.
Cléber Machado, ontem, exaltava o equilíbrio do Brasileirão, so que não, coincidentemente times da frente foram prejudicados pelos árbitros, quem sabe na próxima rodada serão os beneficiados. Ai dá Ibope!
Meu Deus, quanto jogo bom na Eurocopa, futebol moderno, toques de primeira, potentes chutes de fora da área, sem firulas, valorização da posse de bola, sem maiores catimbas, fair play, estádios cheios. Muito bom!
Nossos “patrícios” muito se assemelha ao nosso futebol. Assim como o Brasil, Portugal é seleção de um jogador só. Menos mal que aos trancos e barrancos está classificado.
Como a Itália sabe crescer dentro de uma competição, mas contra a Alemanha, será uma final antecipada. Jogaço!
O jogador Éder da Itália, se jogasse no Brasil, não seria convocado nem se formassem 10 seleções, principalmente se ainda jogasse no Criciúma. Lá na Itália é importantíssimo para o esquema do técnico Conte.
É de impressionar o Nacionalismo e o Coletivismo vistos na Eurocopa. Uma empatia muito grande entre atletas e torcidas. Jogadores e torcedores ovacionam extasiados suas bandeiras e ainda não ouvi casos de xenofobia. O esporte tem que ser assim!
Fiquei comovido com a desolação e tristeza do Messi, enquanto no Brasil, os caras perdem e saem sorrindo do campo de jogo. Logo após as derrotas vão às baladas. São cada festa de gosto duvidoso… É cada entrevista carregada do famoso “tô nem ai”. Nosso futebol precisa de uma limpa a começar pelo primeiro escalão.”

* Alexandre Assis


Argentinos também vão conhecer o “rodizio”: Aguirre já trabalha no San Lorenzo!

Diego Aguirre (DT): El uruguayo, ex entrenador de Peñarol y Atlético Mineiro, se convirtió en el sucesor de Pablo Guede.

Diário Olé, da Argentina: http://www.ole.com.ar/futbol-primera/mercado-pases-river-boca-racing-independiente-san-lorenzo_0_1591641019.html

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É o time do Papa Francisco! Quem sabe pinta um milagre e lá funcione!?

 


Esta rodada mostrou a dificuldade e imprevisibilidade que é o Campeonato Brasileiro

Antes da primeira rodada, o site torcedor.com apontou o Santa Cruz, junto com América, Ponte Preta, Chapecoense e Vitória, como um possível “Leicester” do Brasileiro 2016.

Boa parte da imprensa paulista já dava o Palmeiras como campeão até esta 11ª primeira rodada, como se estivéssemos no segundo turno. Tomou a sapecada do Cruzeiro, que saiu da lanterna ao golear a Ponte Preta fora de casa e agora já almeja brigar entre os quatro primeiros. O Galo também estava na zona do rebaixamento, mas bastaram alguns “reforços” que eram dele mesmo, para emendar três vitórias consecutivas e chegar perto dos primeiros. Erazo, Douglas Santos, Dátolo e principalmente Cazares, deram outra cara ao time. Contando ainda com boas atuações do Clayton, que finalmente começou mostrar serviço.

O Grêmio que brigava na cabeça, perdeu em casa para o Vitória, que lutava para sair da zona da degola. E agora voltou a perder, fora de casa, para o Atlético-PR, que também não está lá essas coisas. Pior fez o Inter, que poderia ter assumido a liderança com a derrota do Palmeiras, mas conseguiu perder no Beira Rio para o Botafogo, que nem assim, saiu da zona do rebaixamento. A Chapecoense foi o último a perder a invencibilidade este ano, mas tomou de 5 a 1 do Sport, que com essa vitória saiu das últimas posições. O Santa Cruz começou embalado, liderou a disputa durante três rodadas e chegou a ser citado como um possível “Leicester” brasileiro. Entrou na lista dos quatro últimos e terá sérias dificuldades para sair de lá.

Campeonato completamente equilibrado nas partes de cima e de baixo da classificação.