Luis Segura é o nome da fera, que luta pra tentar se segurar, numa das maiores crises institucionais do futebol argentino.
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Assistirei esta final entre Argentina e Chile em casa. Mesmo com a eliminação da seleção do Dunga fiquei nos Estados Unidos, por compromissos com os leitores e ouvintes. Mas, até a decisão de terceiro lugar e a final, missão cumprida. Gostei demais de mais essa cobertura internacional. Aprendizado pessoal e profissional. Bom demais comparar a evolução, ou não, do futebol e do jornalismo a cada temporada do calendário dos eventos da FIFA, Conmebol, COI e demais entidades esportivas internacionais.
Com a bola rolando, quase nada foi acrescentado. Destaque para o sucessor do Jorge Sampaoli no comando do Chile, o também argentino Antonio Pizzi, ex-jogador, que igualmente tem raízes “rosarinas”, pois foi técnico do Rosário Central e percorreu caminhos semelhantes aos do Sampaoli. Acrescentou à ótima performance tática chilena, um poder ofensivo que surpreendeu ao México nas quartas de final e que pode dar trabalho ao “rosarino” da gema, Gerardo Tata Martino esta noite em Nova Jersey. Tata continua ídolo do Newell’s Old Boys, como jogador, treinador, revelador do Messi e agora comandante da seleção nacional. Eles não ganham um título importante desde 1993, quando foram campeões da Copa América do Equador. A noite de hoje é fundamental pra eles. Messi com vontade e mostrando a cara, coisa a que nunca foi chegado. Esta semana abriu o verbo contra a direção da Associação do Futebol Argentino – AFA -, comandada pelo ex-vice-presidente e capacho do falecido Julio Grondona, e que segue o mesmo esquema do antigo chefão.
Luis Segura é o nome da fera, que luta pra tentar se segurar, numa das maiores crises institucionais do futebol argentino, contra todos os grandes clubes, inclusive o River Plate, que em princípio foi apoiador. Uma das maiores lideranças opositoras é o Juan Sebastián Verón, ex-capitão e atual presidente do Estudiantes de La Plata, cotado para ser o novo presidente da AFA.
O que vai dar nesta decisão, só depois que a bola rolar e o paranaense Heber Roberto Lopes apitar o fim do jogo em Nova Jersey. Aliás, ele está bem gordo, porém, teve boas atuações nesta Copa América e aparece como “prêmio consolação” ao futebol brasileiro, marcando presença na final de uma disputa que entra positivamente para história do futebol mundial. Só a média de público pagante fala por si: 45 mil até antes das semifinais Vai beirar os 50 mil depois desta noite. É uma região de latinos, maioria de quem torce pelo Brasil e, certamente, por questões sul-americanas, hoje estará contra a Argentina.
Hora de voltar ao país, contas feitas, a favor e contra, a vontade seria seguir de Los Angel4s, meu ponto final, direto pra Paris, cobrir a Eurocopa, que está nas oitavas de final. Que evento! Em 2012 tive esse prazer, motivado mais ainda por ter sido na Polônia e na Ucrânia, países diferentes do nosso dia a dia, que se revelaram fantásticos para mim. A França é muito especial, e apesar dos problemas iniciais de segurança, essa Euro está sendo um sucesso! Daqui há alguns dias estarei cobrindo a Olimpíada, diferente! No Brasil, no Rio, onde tudo poderá acontecer. Até um grande evento!
Os Estados Unidos querem sediar a Copa de 2026 e este é um argumento fundamental. Além da grana publicitária que o mercado norte-americano rende, incomparável ao de qualquer outra praça mundial. Possivelmente vão ganhar essa parada, principalmente porque esse jogo agora é menos nebuloso que antes.