Blog do Chico Maia

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O futebol mineiro é grato à Vilma Alimentos, cujo exemplo precisa ser reconhecido oficialmente por Minas Gerais

Todo ano diferentes instituições distribuem medalhas no atacado e no varejo a pessoas que supostamente teriam prestado serviços relevantes ao “povo de Minas”. É “Comenda isso, Comenda aquilo, Medalha fulano de tal, Medalha cicrano” e por aí vai. Algumas, muito justas, outras, para quem não tem nada a ver. Apenas porque atendeu a algum interesse estratégico, localizado de determinado poderoso ou mafioso de plantão. Há também aqueles “medalhados”, novos “comendadores” que receberam tal título por bajularem um chefão com muita competência. No popular: puxaram o saco com muito orgulho e muito amor. A origem disso no Brasil está na vinda da família real portuguesa, em 1808, de acordo com o excelente livro do mesmo nome, do Laurentino Gomes, que recomendo sempre a quem quer entender o nosso país e a nós mesmos. A Corte precisava de dinheiro e distribuía títulos de nobreza: Barão isso, Visconde daquilo, Coronel fulano. Tinha de todo preço e hierarquia, dependendo da “contribuição” do pretenso nobre.

Este parlatório todo para alertar a quem indica essas homenagens de todo fim de ano para que premie a algumas pessoas físicas e jurídicas que realmente merecem. Por exemplo: o que o Grupo Vilma Alimentos tem feito pelo futebol mineiro é fantástico. Uma marca nossa que investe pesado no Atlético, Cruzeiro, América, Tupi de Juiz de Fora e outros clubes do interior. Em tempos bicudos como este, de crise batendo em tudo quanto é porta, a

Vilma merece uma medalha de ouro. Caso nenhum órgão governamental ou legislativo se lembre disso no fim do ano, que a Federação Mineira de Futebol ou mesmo os clubes, façam este reconhecimento público a este grupo e a outras empresas que prestigiam o futebol. O saudoso Domingos Costa, morto tragicamente em acidente aéreo em 2012, quando chegava a Juiz de Fora, deve estar orgulhoso com os seus herdeiros e colaboradores, que estão dando sequência ao que ele fazia tão bem. A Vilma foi o maior patrocinador do também saudoso Minas Esporte, da Band, durante quase 30 anos.

Por falar em Vilma, ela e a Krokero, também do grupo, marcaram presença na final do Campeonato Mineiro para dar um incentivo a mais para as torcidas.

Transmissão ao vivo Twitter

A marca que já vem desde o inicio do patrocínio de Atlético e Cruzeiro em 2015, ativando o apoio aos times através de charges nas redes sociais, resolveu inovar neste jogo fazendo uma cobertura completa da partida em tempo real no Twitter. Os internautas puderam conferir charges dos lances mais emocionantes e polêmicos do jogo e uma ilustração especial em homenagem ao campeão. (mais…)


Em conversa imaginária, torcedor do Cruzeiro alerta Paulo Bento sobre jogadores e a diretoria

Senhoras e senhores, com bom humor e com verdades, o Claytinho do Nova Vista – BH, falou o que a maioria dos cruzeirenses gostariam de falar. Escreve bem e tem criatividade fantástica. Com a devida licença dele, publicarei em uma de minhas próximas colunas no Super Notícia e O Tempo:

* “Liguei hoje direto pro Paulo Bento, novo técnico do Cruzeiro e o alertei de algumas coisas que ele precisava saber… Segue abaixo o papo que bati com ele: (SQN… rsrs )

Trim…Trim…Trim…Trim…

– Paulo Bento: Alô !

– Clayton: Olá Paulo Bento, boa tarde, tudo bem ??

– Paulo Bento: Quem estais a falar ??

– Clayton: Ô Paulo, você não me conhece… Meu nome é Clayton e sou Torcedor do Cruzeiro…

– Paulo Bento: Ora pois… Digas…

– Clayton: Bom Paulo, gostaria de adiantar e facilitar um pouco o seu trabalho… Pra você começar, faz o seguinte… Esquece tudo que a Diretoria te falou do elenco do Cruzeiro e já pede logo umas 04 ou 05 contratações pontuais de jogadores que possam ter qualidade pra chegar e ser titular de imediato !!

– Paulo Bento: Ohh pahh… O Presidente me falou que temos aqui um jovem chamado Alano de muito potencial…

– Clayton: Esquece, ele devia ter esquecido de tomar o remedinho dele. Esse Alano foi enganado pela cigana, que é a mesma que enganou os dirigentes do Cruzeiro… Fraquíssimo…

– Paulo Bento: Huuummmm… Mas ele me disse também de um atacante velocista… Como é mesmo o nome… Ahhh… Elber !! Que é muito bom…

– Clayton: Esquece, Esse Elber é o que chamamos aqui no Brasil, de “lero-lero” que é mais ou menos igual a fala muito e não faz nada… Muito fraco. Até tem velocidade, mas não tem cérebro…

– Paulo Bento: Mas ele me falou também da garra dos jogadores Argentinos que o Cruzeiro tem, só não lembro o nome de todos agora…

– Clayton: Esquece também… Nem se esforce pra aprender e muito menos decorar esses nomes… Porque se juntar todos, você não vai extrair um jogador que preste…

– Paulo Bento: Ai…Ai…Ai… Mas o Campeonato é longo… Vai dar pra gente fazer um bom trabalho…

– Clayton: Não se iluda Paulo… Aqui no Brasil é assim… Os dirigentes te dão um elenco sofrível e se vc não der resultado em pouco tempo, o ruim e o errado na história será vc mesmo… E adeus seu emprego…

– Paulo Bento: Ah é ??? Tô vendo que deveria ter conversado contigo antes de ter assumido essa empreitada…

– Clayton: Bom, mas já que estais aqui o negócio é fazer como te falei… Esquece tudo que a Diretoria te falou… E tudo que a Diretoria ainda vier a falar, vc finge que entendeu e faz tudo ao contrário…

– Paulo Bento: Affff… Vou tentar

– Clayton: E só pra terminar… E já que você tem a fama de disciplinador, aplique também essa mesma disciplina à Diretoria, porque eles precisam muito mais !

– Paulo Bento: Também vou tentar…

– Clayton: Então ta Paulo… Desculpe incomodá-lo… Só queria te dar alguns alertas… No mais, seja bem vindo ao Cruzeiro e a Belo Horizonte e desejo-lhe toda sorte do mundo ! Pois acredite, vc vai precisar !!!

– Paulo Bento: Aaaaiii Jesuisssss… Tchau !”

* Claytinho do Nova Vista – BH

BARCLAYTONDUDU

O Clayton é este aí, de azul, ao lado do Dudu Galomaio, no bar que ele tinha, o  “Sabarás’Bar”, na divisa com Beagá. Eles ficaram amigos através do blog, depois de muita troca de farpas por causa do Galo e da Raposa.


Ótima entrevista do Paulo Bento na chegada ao Cruzeiro e assim como Diego Aguirre, fala em “rodízio” de jogadores

Gostei muito da primeira entrevista coletiva do Paulo Bento. O sujeito é da prateleira de cima também para se manifestar. Sem demagogia, pés no chão, sem salamaleques e falando a verdade: não é fácil iniciar um trabalho quando os concorrentes já estão estruturados, mas ele sabia que teria este desafio pela frente.

Também fala em “rodizio” de jogadores (Ave Aguirre!) para aliviar a carga de tantos jogos do calendário brasileiro e deixar os reservas bem identificados com aquilo que o treinador exige dos titulares:

 

“O calendário obriga um bocadinho a ter essa ideia, a rotatividade (risos). A própria quantidade de jogos em pouco espaço de tempo nos obriga a fazer algumas alterações. Mudar uma quantidade elevada de jogadores pode não ser benéfico. Mas a verdade é que, em alguns momentos da temporada, teremos que mudar. É quase obrigatório da nossa parte.”, disse.

Os companheiros Thiago Prata e Bernardo Lacerda fizeram um resumo do que ele disse, no portal O Tempo:

* “Paulo Bento espera se adaptar o mais rápido possível ao futebol brasileiro e aplicar sua filosofia no time estrelado.”

“A grande característica do jogador brasileiro é sua relação com a bola e sua grande qualidade técnica. Mas para se ganhar jogos e atingir os objetivos é difícil usar exclusivamente  a técnica. É preciso juntar o fator tático e técnico. É muito importante juntar a técnica com a parte organizacional do grupo e as estratégias em campo”, comentou.

Confira outros tópicos da entrevista de Paulo Bento na Toca II

Jogador brasileiro. “Tive a oportunidade de trabalhar com jogadores brasileiros em Portugal, jogadores adaptados para a exigência do futebol. Os brasileiros tiveram rendimento louvável em Portugal. Então não creio que seja verdade (que haja jogador pouco atualizado)”

Novas ideias. “A gente quer trazer ideias para ajudar a equipe a evoluir, mas temos de adaptar às características do futebol e do jogador brasileiro. O jogador brasileiro nunca perderá a capacidade técnica, então queremos juntar esta capacidade técnica com boa tática. Tudo em um trabalho da comissão técnica, do staff e dos jogadores, para o bem do clube”

Elenco. “Tenho algum conhecimento daquilo que é a equipe, da forma que se tem jogado até aqui. Naturalmente temos de nos adaptar de alguma maneira àquilo que a equipe já tem, mas procurar alterar algumas situações. A equipe tem atuado sempre em dois esquemas táticos, 4-2-3-1 ou 4-3-3. Queremos que o jogador assimile o mais rápido possível a forma de a gente jogar. Este é o desafio, criar uma forma de jogar, uma identidade”

Base. “O Cruzeiro é conhecido também pela filosofia de revelar jogadores, tem qualidade nas categorias de base. É verdade que é um plantel louvável de jogadores jovens, mas o talento e a qualidade não têm idade”

Adaptação. A lingua poderá facilitar de alguma maneira a transmissão da ideia e da mensagem. Isso é ótimo e pode facilitar o trabalho da comissão técnica e dos jogadores

Calendário. Temos 38 jornadas no Brasileirão, assim como na Espanha e na Inglaterra. A grande questão é que na Europa são 38 jornadas para se fazer em dez meses. E aqui se faz em sete meses. E acumulado, com os jogos da Copa do Brasil e do Estadual juntos. Isso vai nos obrigar a pensar nos treinos de outra maneira, traçar uma nova estratégia de pós-jogo de outra maneira. Os prazos parar os jogos não são os mesmos. Existe viagem para fazer. Isso vai nos exigir estar mais atentos”

Contato com os jogadores. “Estes dias têm sido de recolha de informações. Gostaria de deixar meu agradecimento à estrutura do clube, para que a gente possa iniciar amanhã (terça-feira) nosso treino da melhor maneira possível. A partir daí vamos começar a entender melhor os jogadores, com treinos, e vamos nos comunicar com os jogadores”

http://www.otempo.com.br/superfc/cruzeiro/paulo-bento-%C3%A9-apresentado-exigindo-disciplina-no-cruzeiro-1.1300693

 


Caso continue jogando o que jogou contra o Fluminense, o América fará bonito no Brasileiro

Não sei para qual time torce o ótimo locutor Luis Roberto, mas pelo que vi da empolgação dele na transmissão de América 0 x 1 Fluminense, deve ser tricolor. Estou na cidade do Rio resolvendo questões profissionais e vi pela Globo a estreia do campeão mineiro no campeonato nacional. Quando estamos fora de Minas reafirmamos a convicção da importância de termos mais um representante na Série A. Lamentável a derrota americana, mas o time foi bem e perdeu para um ótimo adversário, comandado fora de campo pelo Levir Culpi e dentro pelo Fred, autor do gol e com vontade de jogar. Caso continue jogando com a gana e empolgação desta estreia, o América vai fazer bonito no Brasileiro. Não pode é baixar a guarda, principalmente contra os adversários do mesmo porte, que estarão brigando, assim com ele, contra o rebaixamento.


Coritiba se aproveitou de um Cruzeiro que ainda não tem time nem esquema definidos

Obrigado ao Alex Souza, que fez uma ótima resenha da estreia do Cruzeiro no Brasileirão:

* Coritiba 1 x 0 Cruzeiro
Estádio Couto Pereira – Curitiba/PR – 1421:00Maio2016 – Sábado.
1ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2016.
Arbitragem: Jean Pierre Gonçalves Lima-RS com auxílio de Fabrício Vilarinho da Silva (GO-Fifa) e Rafael da Silva Alves (RS).
Cartões amarelos: Kleber (Coritiba); Henrique, Lucas, Léo (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: Lucas e Romero (Cruzeiro).
Público/Renda: 6.028 pagantes 6.426 presentes R$143.630,00.

1º Tempo – Cruzeiro sem saber o que fazer com a posse de bola.

Mesmo jogando na casa do adversário o Cruzeiro conseguiu manter a posse de bola na maior parte do 1º tempo, contudo, velhos problemas se repetiram, ou seja, passes errados, constantes toques para os lados e nenhuma capacidade de tomar iniciativa ofensiva, tanto é que pouco perigo levou ao gol do Coritiba.

Aos 7 minutos Kleber, numa jogada manjada de ultrapassagem, lançou uma bola nas costas de Sanches Miño e Dodô ficou cara a cara com o goleiro Fábio, que evitou gol certo com ótima defesa. A 10 minutos, num raro lance certo do ataque mineiro, Pisano recebeu bola na esquerdado ataque e acionou Élber na área, contudo o chute saiu sem direção.

Já o Coritiba procurou explorar a fragilidade defensiva do lado esquerdo da defesa do Cruzeiro, onde Sanches Miño errava passes e era facilmente envolvido sempre que a jogada era naquele setor. Aos 36 minutos uma bola foi levantada na área do Cruzeiro, do lado esquerdo do ataque do Coritiba, e Fábio esboçou uma saída do gol, refugando no meio do caminho, contudo, ninguém do time paranaense chegou em condições de concluir.

2º Tempo – Cruzeiro perde o jogo por burrice. (mais…)


Cazares mostrou de novo que em condições normais tem que ser titular absoluto do Galo

Nem parecia que era o time reserva do Atlético contra o Santos, campeão paulista, sem apenas dois titulares. Todos os jogadores escalados por Diego Aguirre jogou bem neste 1 a 0 contra o Santos no Independência. Cazares foi o melhor de todos, inclusive marcando o gol da vitória, aos 14 do primeiro tempo. Jogou demais o baixinho; tomara que se enquadre e faça o trabalho dele, impecável.


Brasileiro começa hoje para Atlético e Cruzeiro em situação parecida; o América amanhã

Tem cabimento deixar Rafael Carioca e Junior Urso fora desta estréia contra o Santos?

Ora, estão suspensos e não poderão jogar contra o São Paulo pela Libertadores quarta-feira!

E o Uilson começar como titular, como está previsto? Com Giovani no banco?

Para com isso, seu Aguirre!

Hoje tem:

Atlético x Santos, Independência, 18h30

Coritiba x Cruzeiro, Curitiba, 21 horas.

Amanhã o América estréia, no Independência, 16 horas, contra o Fluminense.

Começa hoje o Brasileiro e a nossa dupla mais famosa em situação embaraçosa. O Cruzeiro com técnico interino, aguardando a incógnita que é o português Paulo Bento, competente, porém pegando o barco entrando mar adentro. Ninguém sabe o que poderá acontecer. Se começar vencendo, “céu de brigadeiro”; em caso contrário, mesmo destino do Deivid, porque o futebol é assim e os resultados estão em primeiro lugar.

No Atlético a sensação é semelhante. Como se o Diego Aguirre fosse um técnico “interino”. Grande parte da torcida não quer saber dele, há rumores de novo treinador sendo conversado e o uruguaio continua dando motivos para essa desconfiança que impera sobre a competência dele para comandar um clube da prateleira de cima como o Galo.

Qualquer ponto é decisivo desta primeira à última rodada. Poupar jogadores em qualquer jogo é um sério risco de tiro no pé. 

Atlético: Uilson (Giovanni), Gabriel, Edcarlos, Tiago e Carlos César; Lucas Cândido, Eduardo, Carlos Eduardo e Cazares; Pablo e Clayton.
Técnico: Diego Aguirre.

SANTOS: anderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno e Ronaldo Mendes; Paulinho e Gabriel.
Técnico: Dorival Júnior.

***

Coritiba: Elisson (Wilson); Ceará (Reginaldo), Luccas Claro, Juninho e Carlinhos; João Paulo, Alan Santos, Thiago Lopes (Juan) e Vinícius; Negueba e Kléber. Técnico:Gilson Kleina

Cruzeiro: Fábio; Lucas, Léo, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño; Henrique, Lucas Romero, Pisano, Elber e Allano; Willian. Técnico (interino): Geraldo Delamore

 


Cazares apronta e Aguirre balança, mas a culpa é da imprensa, como sempre . . .

Eu e as senhores e senhores do blog temos o privilégio de ler em primeira mão a coluna do Fernando Rocha, que sairá amanhã no Diário do Aço de Ipatinga.

Aqui está:

  • No Galo, o presidente Daniel Nepomuceno foi à Cidade do Galo e concedeu entrevista onde prá variar  culpou a imprensa pela “boataria”, dando conta de possíveis desvios de comportamento do equatoriano Cazares. Sobre o futuro do técnico Diego Aguirre, caso o clube seja eliminado da Libertadores  pelo São Paulo nesta quarta-feira, o presidente do Galo, que também é vereador em BH, imitou o personagem de Saulo Laranjeira, Deputado João Plenário: – Vhsgsfxbn cxbsbsbsnxnx shgsgfdhrykk…. (Fecha o pano!)
  • O técnico interino do Cruzeiro, Geraldo Delamore, na sua breve passagem pelo comando celeste, concedeu algumas entrevistas desastrosas, sobretudo quando admitiu que o recém-contratado, Robinho, sofreu uma lesão muscular por culpa dele, que o pôs para treinar antes da hora. Robinho foi contratado junto ao Palmeiras como uma solução para a camisa 10 e até hoje não pode estrear. Outra pérola de Delamore foi dizer que o time atual do Cruzeiro “está em formação”, mesmo após cinco meses de treinos e jogos.

Boa sorte

A semana que passou foi atípica, muito diferente ao que  estamos acostumados, pois o noticiário político acabou superando o esportivo, e apareceu mais do que os jogos das quartas de final da  Libertadores, Olimpíadas, deixando em segundo plano até o início do Campeonato Brasileiro nas séries A e B.

Outro tema importante, que também passou batido, foi a contratação do técnico português, Paulo Bento, pela diretoria do Cruzeiro, deixando sua torcida entre otimista e desconfiada, neste último caso um sentimento muito próprio de nós  mineiros aqui desses grotões.

Depois dos “7 a 1” , alguns dos maiores clubes nacionais, contrataram técnicos de países vizinhos como a Argentina, Colômbia e Uruguai, em busca de novidades táticas, pois é fato que os nossos “professores” estão ultrapassados conceitualmente, pararam no tempo,  além de pedirem pequenas fortunas mensais de salário.

Mas a diretoria do  Cruzeiro foi ainda mais ousada, indo buscar na matriz européia, onde está o que há de melhor no futebol mundial, contratando por dois anos o ex-técnico do Sporting Lisboa e da Seleção de Portugal na última Copa do Mundo.

Necessário dizer que Paulo Bento não dirige uma equipe desde que deixou a seleção de seu país em 2014, além disso não possui no currículo nenhum título de expressão, mas sua chegada ao futebol brasileiro significa uma novidade interessante, e ao contrário da aposta de alto risco feita no inexperiente Deivid, agora as chances de dar certo são boas.

Claro que irá indicar reforços, pois o elenco atual do Cruzeiro é fraco e precisa ser qualificado, mas o grande empecilho, que pode inviabilizar o projeto celeste,   é  a falta de paciência da sua exigente torcida, ansiosa por títulos, cujo humor pode se alterar caso as vitórias não aconteçam de imediato.

Nesta coluna ou nos comentários pela Rádio Vanguarda,- desde antes do “7 a 1”- ,  tenho defendido a contratação de técnicos estrangeiros pelos nossos clubes e Seleção Brasileira, portanto, torço para que a aposta celeste no português Bento dê certo.

O genial escritor americano, Arthur Muller, na peça chamada “O Preço”, criou o diálogo de um velho judeu, protagonista, após fechar um de seus negócios. Um jovem gentil que a tudo assistia diz à ele: “Boa Sorte!”. O velho, no alto de sua sabedoria,  responde-lhe: – Ah!… boa sorte a gente só sabe muito tempo depois.

  • Paulo Bento é dos poucos treinadores no mundo que tem o curso máximo da Uefa. Na Europa, para trabalhar como técnico de futebol, o individuo tem que fazer no mínimo um curso básico, reconhecido pela entidade máxima que organiza o futebol no continente. Aqui no Brasil, ao contrário, qualquer curioso pode virar treinador, sobretudo se tiver no currículo alguma passagem como jogador profissional.
  • A maioria dos nossos técnicos, chamados de “professores” pelos atletas, são arrogantes, prepotentes,  e se acham os melhores do planeta. Pensam que sabem tudo e não precisam estudar táticas, estratégias, psicologia de grupo, pois se consideram acima do bem e do mal. O resultado se reflete na péssima  qualidade do futebol   apresentado pelos nossos principais clubes. A única jogada ensaiada que ensinam aos seus pupilos é o velho “chuveirinho” ou cruzamentos na área, a tal bola parada, chutões,  além de incentivarem  as faltas táticas, que enfeiam o espetáculo.

Hoje tem clássico decisivo em Minas, mas não é só a Lei Pelé que está matando os clubes do interior

O twitter informa:

AméricaFCTO ‏@AmericaFCTO 

É às 16:00h, o grande clássico do interior de Minas Gerais: Democrata x América-TO. Vale o título e vaga no Módulo I”

Com o mundo empresarial cada vez mais apertado e em tempos de crise econômica o “mecenato” se tornou uma espécie em extinção. Foi-se o tempo em que endinheirados punham dinheiro à vontade em clubes de futebol simplesmente porque torcem por ele. Todo mundo precisa de retorno.

Meu querido Democrata de Sete Lagoas, 103 anos de existência, está fora da terceira divisão estadual deste ano, que começa daqui umas semanas. Falta de dinheiro.

Você liga a TV, e em todos os canais possíveis se fala dos campeonatos europeus e até da China de uns tempos para cá. Jornais e portais da internet falam a mesma coisa e dos campeonatos estaduais além do Brasileiro que começa hoje. Isso na mídia nacional e também de Minas.

Infelizmente raras linhas ou raros minutos de rádio e TV são dedicados ao futebol do interior mineiro.

Isso ajuda a matar os clubes que antes abasteciam Atlético, Cruzeiro e América com grandes jogadores. Sem divulgação, nem torcedores e principalmente potenciais patrocinadores ficam sabendo de jogos, de atletas, das competições, enfim. E, como se sabe, “o que não é visto não é desejado”. Uma empresa que patrocina alguma coisa quer que a marca seja vista, obviamente ou que ele apoio dê algum retorno, ainda que institucional.

Pelo menos a imprensa oficial, através das TVs estatais poderiam prestar este serviço aos clubes do interior. Alguns anos atrás sugeri ao colega de Faculdade de Jornalismo, dos tempos da Fafi-BH, hoje Uni, Hugo Teixeira, que a TV Minas fizesse uma parceria com a FMF para que pelo menos um jogo da segunda e terceira divisões, fosse transmitido a cada rodada. Audiência garantida e visibilidade para os patrocinadores dos times que não têm espaço na mídia convencional. O Hugo era o diretor da estatal mineira. Levantou uma série de dificuldades técnicas, operacionais e financeiras, mas ficou de pensar e depois me retornaria. Nunca retornou. E ele era um dos fortes da comunicação do então governador Antônio Anastasia.

Este é apenas um componente da história que poderia ajudar a viabilizar os campeonatos e clubes do interior de Minas e do Brasil. Com mexidas nas fórmulas de disputa e o empenho da FMF em baixar taxas, tudo poderia ser melhor. Se cada instituição fizesse alguma coisa, nasceria um mutirão que garantiria o mínimo para a sobrevivência digna de todos. Mas até para que este debate ganhasse corpo é fundamental que a mídia mineira entre no assunto.

Enquanto isso vamos nos virando para saber notícias deste outro mundo do futebol. A reta final do Mineiro da segunda divisão, que a FMF chama de Módulo II e um jogo especial em Governador Valadares entre o Democrata Pantera e o América de Téofilo Otoni, tradicional clássico regional que vale vaga na primeirona do ano que vem.

Uberaba e Mamoré se enfrentam em Uberaba e também brigam por uma das vagas.

O site Globo.com tem informações básicas:

http://globoesporte.globo.com/mg/futebol/mineiro-modulo-2/

Já a terceira divisão mineira (chamada de segunda) tem um ótimo canal que é o site do Vitor Lima Gualberto, um jovem de Fora de Fora, tarado pelo assunto que mantém um site atualizadíssimo. Este moço merece uma homenagem do futebol mineiro.

Confira:

http://segundonamineira.com/site/

Segundona Mineira 2016 têm grupos e fórmula de disputa definida

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (10), na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), ficou definido, entre todas as equipes participantes, os grupos e a fórmula de disputa. (mais…)


E o nosso grande Roberto Abras anuncia que vai se aposentar

Ótima reportagem do Fernando Almeida para O Tempo com o repórter Roberto Abras, um dos ícones da imprensa brasileira, sinônimo de Rádio Itatiaia. Grande camarada, com quem aprendi muito e sou muito grato. Interessante é que o autor da reportagem, Fernando, é filho do médico Ronaldo Carvalho, que trabalhou no Atlético nos anos 1980, auxiliar do Dr. Neylor Lasmar, outra grande figura.

Kafunga dizia que quem quisesse homenageá-lo que o fizesse enquanto ele estivesse vivo, porque depois de morto homenagem nenhuma vale nada para o homenageado. E pedia votos para vereador como homenagem. O Roberto pode seguir o exemplo do velho Kafa: será candidato a uma cadeira na Câmara de Belo Horizonte e quem quiser homenageá-lo, chegou a hora:

* “Após 54 anos no rádio, repórter Roberto Abras anuncia aposentadoria”

Radialista de 74 anos vai se afastar dos microfones no fim deste ano; são 43 anos cobrindo o Atlético pela Rádio Itatiaia

FERNANDO ALMEIDA*

Ele marcou uma era do jornalismo esportivo em Minas Gerais. Após 54 anos de história na Rádio Itatiaia, Roberto Abras confirmou que irá se aposentar no fim deste ano. São 43 temporadas cobrindo o Atlético, mas o radialista começou sua cobertura esportiva no América e tem também o respeito do rival Cruzeiro, que, inclusive, já lhe concedeu uma homenagem.

Em entrevista exclusiva ao Super Notícia, publicada na versão impressa do último domingo, Abras conta um pouco de sua trajetória, além de histórias que o marcou durante seu tempo de setorista do Galo. Para finalizar, ele passa o bastão na Itatiaia para o repórter Claudio Rezende, a quem rasga elogios, e deixa clara sua felicidade ao saber que seu nome sempre estará na Cidade do Galo – a sala de imprensa do CT recebeu o nome Roberto Abras em sua homenagem.

ROBERTO ABRAS
Profissão: radialista
Nascimento: 29/3/1942
Local: Ribeirão Bonito (SP)
Onde mora: Belo Horizonte, desde os 6 anos de idade

Como foi a sua formação jornalística?
Eu estou na rádio (Itatiaia) há 54 anos, e na minha época rádio não tinha curso de jornalismo. Eu morava na rua Bonfim, onde fui criado, e a rádio ficava a três quarteirões da minha casa. Eu fiz amizade com o Emanuel Carneiro, meu amigo, meu irmão, e com o Maurílio Costa. Comecei lá, fazia um plantão, zapeava alguma coisa. De repente, surgiu a oportunidade de ficar ouvindo jogos do Rio e de São Paulo nas jornadas da tarde. Eu ouvia um gol de lá e levava para o Emanuel. Nisso foi indo e tem 54 anos que eu estou lá e já fiz de tudo por lá.

Você lembra exatamente de datas?
A entrada foi logo no início de 1962. Depois, no começo de 1963, Januário Carneiro, falecido, que era o diretor-presidente, assinou a minha carteira.

Quando foi sua grande virada que te levou a ser repórter? (mais…)