As escalações anunciadas antes da partida mostravam que os dois times buscariam a vitória, fundamental para ambos. E cada treinador surpreendeu com pelo menos uma opção: Mena no Cruzeiro e Patric no Atlético. Levir Culpi deve ter se arrependido porque Patric além de não ter desempenhado o que se esperava dele, ainda colaborou com o Willian, dando passe para que ele marcasse do gol. Mano Menezes, que ainda está conhecendo o elenco, também deve ter se arrependido de ter optado pelo Mena, que provocou uma expulsão que atrapalhou totalmente os planos cruzeirenses.
O Cruzeiro fez ótimo primeiro tempo e fazia jus à vitória. Completo e com o nervosismo do Atlético poderia até ampliar o marcador, mas tomou este golpe da expulsão do lateral chileno aos seis minutos da segunda etapa, obrigando o treinador a mexer no time e na forma de jogar. Levir Culpi tirou Patric e voltou com o Carlos e somente aos 14 pôs Dátolo, no lugar do Rafael Carioca. Com lançamentos e enfiadas de bola precisas, o argentino melhorou o time e o treinador deve ter feito o mea-culpa: ao invés de Patric, deveria ter começado o jogo com Dátolo.
O maior responsável pelo gol do Cruzeiro foi o Patric que proporcionou o contra ataque pegando Leonardo Silva já saindo pro jogo. À queima roupa, o chute do Willian surpreendeu Victor com a bola passando sob suas pernas. Aos 45, do pé esquerdo do Dátolo saiu a cobrança do corner que proporcionou o gol do Carlos. Aos 46, Willian bateu até bem o pênalti, mas Victor foi mais feliz.
Nos lances discutíveis o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden foi bem: aos 15 minutos a bola pegou na mão do Leonardo Silva dentro da área. Uma ala dos árbitros apita pênalti neste tipo de situação, Vuaden é da ala que não apita. Jemerson agarrou Willian fora da área, mas só o soltou depois que ele entrou lá. Pênalti, sem dúvida.
Jogo nervoso, mas muito bom de se assistir, pela vontade e empenho dos dois times. O Atlético teve mais volume de jogo, porém o Cruzeiro foi mais consistente e muito mais perigoso em seus lances de ataque. Possivelmente, se não tivesse perdido um jogador aos seis minutos do segundo tempo, poderia ter colhido um resultado melhor, já que precisaria alterar a forma de jogar.
Lamentavelmente, pra variar, confusão muitas horas antes do jogo quase nas ruas de Belo Horizonte quando marginais dos dois lados se encontraram e a selvageria comeu solta, conforme mostrou o portal Terra:
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