Pois é, na fórmula dos pontos corridos qualquer jogo é decisivo e o Atlético que deixou de somar dois pontos contra o fraco Goiás, precisa vencer o empolgado e emergente Grêmio hoje no Mineirão. Com muita gente na cola os atleticanos ficaram ligados no Corinthians x Sport, secando os paulistas, mas não teve jeito; eles venceram por 4 x 3 em um jogaço na Arena deles. Aí vêem os questionamentos e teorias conspiratórias: “um árbitro paulista (Luiz Flávio de Oliveira) ajudou o Corinthians ao marcar pênalti no lance da bola que bateu no braço do volante Rithely”.
Não entro nessa! Sempre achei um absurdo essa orientação da FIFA/CBF de que os árbitros devem apitar pênalti em qualquer bola batida no braço de um defensor dentro da área. Na maioria dos lances assim, só se amputassem o braço do jogador para que a bola não pegasse. Ridículo, e a maioria dos árbitros dá pênalti, injustamente. Mas todos os clubes são vítimas disso em um jogo ou outro. Entendo que o Luiz Flávio Oliveira errou a favor do Corinthians neste lance, mas poderia ter sido a favor do Sport, do Atlético, Cruzeiro, enfim, qualquer clube, vítimas dessa idiotice da FIFA/CBF, e sem força para acabar com isso, desunidos que são na luta pelos interesses comuns.
Luiz Flávio precisa fazer novos testes da vista
* * *
Quanto a um apitador ser do estado de um dos clubes envolvidos na partida, também é ordem que vem de cima e os clubes não questionam. Diz a CBF que se o sujeito é do quadro da FIFA, está limpo, é neutro, internacional, e bola pra frente. Também penso assim, mas que sempre haverá polêmica. A origem disso está no já distante 1981, Serra Dourada, quando o José Roberto Whight aprontou aquela a favor do Flamengo contra o Atlético pela Libertadores da América. Um carioca apitava um jogo decisivo de um clube carioca e fez lambança. A partir daí colocou todos os colegas de profissão dele sob suspeição de “juiz de embaixada”. E a suspeição permanece até hoje.