Blog do Chico Maia

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Cruzeiro com o dever de casa feito e a possibilidade de encarar bolivianos novamente

Dependendo do complemento da rodada Cruzeiro e Universitário de Sucre podem voltar a se encontrar nas oitavas de final. Foto Super FC

A twittada do jornalista Fernando Rocha ilustra bem o momento do Cruzeiro:

@fernandoroch 

“O time é ruim. Tá capengando… Mas faltam oito jogos pro título. Agora é ooouuutro campeonato. Eu sempre acredito no Cruzeiro!!! Vai que…”

* * *

No futebol tudo é possível e a Libertadores apresenta surpresas a cada edição. Times que se destacam na primeira fase costumam desabar nas oitavas ou quartas de final e muitos que foram mal no início chegaram ao título ou perto dele.

A ficha do jogo:

Cruzeiro 2 X 0 Universitário

Cruzeiro: Fábio, Mayke, Léo, Manoel, Mena; Willians, Henrique (Eurico), Marquinhos, Arrascaeta e Willian (Gabriel Xavier); Henrique Dourado.

Técnico: Marcelo Oliveira

Universitário: Raúl Olivares, Ballivián (Mauricio Baldivieso), González, Ezequiel Filippetto, Jorge Flores, Silvestre; Ribera, De La Cuesta, Cuéllar; Miguel Suárez (Saucedo) e Leonardo Castro (Bejarano).

Técnico: Julio César Baldivieso

Willian, 1 a 0, 37minutos do primeiro tempo

Léo, 2 a 0 aos 11 do segundo

Árbitro: Roddy Zambrano

Assistentes: Byron Romero e Luis Vera, todos do Equador

MA

A Minas Arena destacou o público e arrecadação desta noite no Mineirão


Renúncia não combina com a personalidade do Dr. Gilvan de Pinho Tavares

José Francisco Lemos Filho (à esquerda) desmente possível renúncia de Gilvan após protestos da torcida contra sua gestão no Cruzeiro (Superesportes)

Esta notícia com destaque no Superesportes hoje me surpreendeu porque em momento algum ouvi ou li na imprensa ou de qualquer pessoa próxima ao Dr. Gilvan, dizer que ele tivesse pensado em jogar a toalha. Não é do perfil dele, que já passou por momentos muito piores em termos de pressão, logo no início do primeiro mandato.

* “Vice do Cruzeiro diz que presidente Gilvan está revoltado com ação violenta, mas nega renúncia”

Protestos deixaram presidente irritado, mas não a ponto de renunciar, assegurou vice

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, não quer se manifestar publicamente sobre a ação violenta de alguns torcedores no domingo, após o clássico, quando seu carro foi cercado na saída do Mineirão. O dirigente foi muito xingado e questionado por não ter investido os recursos das negociações da temporada em um armador de criação.

Nesta segunda-feira, um grupo de torcedores de facções organizadas foi à porta da sede administrativa, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte, e protestou novamente contra o ‘desmanche do time de 2014’, a falta de um armador de criação e de um diretor de futebol.

Ouvido pela reportagem, o primeiro vice-presidente e uma das pessoas mais influentes do clube, José Francisco Lemos Filho, admitiu que Gilvan ‘está revoltado’ com o episódio de domingo, mas negou completamente informações divulgadas por conselheiros de que ele possa renunciar. (mais…)


O futebol, as covardias contra quem é bom de serviço e as voltas que a bola dá!

Martin Silva, goleiro do Vasco

Muita gente falando mal do Marcelo Oliveira, inclusive, colegas da imprensa. Injustiça absurda. O Cruzeiro mandou em grande parte do jogo, poderia ter ampliado o placar quando vencia, e em momento algum jogou com o “regulamento debaixo do braço”, como alguns disseram. A verdade é que o Atlético teve dois jogadores fantásticos que liquidaram com a Raposa, que abusou do direito de perder gols: Guilherme e Lucas Pratto.

Levir Culpi fez uma mexida ousada, que deu certo: Guilherme no lugar do Donizete. Tive perdido a classificação, estaria sendo xingado de tudo quanto é nome! O futebol é isso, mas as injustiças e covardia, são sacanagem!

No caso do Dr. Gilvan, quase agredido na saída do estádio por marginais azuis, outro absurdo. Tem sido excelente presidente e tirou o Cruzeiro de um atoleiro inimaginável levando-o a um Bi-brasileiro.

Ele cometeu um erro grave ao não nomear alguém para a vaga deixada pelo Alexandre Mattos. Resolveu assumir também as funções de diretor de futebol, possivelmente movido pela vaidade. E a vaidade exacerbada é o maior mal de qualquer ser humano. Com isso atraiu toda a responsabilidade para si. Ora, ora, ele é o presidente, a instância maior do clube, e precisa de anteparos, que sirvam como “para-raios” nos momentos ruins. Como agora, depois da eliminação pelo maior rival. Tivesse nomeado o Valdir Barbosa ou o Benecy Queiroz como sucessor do Mattos, essa ira dos marginais seria dirigida a um deles e não ao presidente, que precisa ser preservado em qualquer circunstância.

mehl

Fabrício, comentarista aqui do blog pediu que eu lembrasse das cobranças e quase demissão do Rodolfo Mehl (foto), preparador físico do Atlético, quando o time estava mal demais e todos procuravam um culpado. Pois é! Às vezes faltam jogadores de qualidade e é preciso descobrir um culpado; ainda que seja um bode expiatório. O preparador do Galo foi vítima de mais uma dessas covardias que se cometem no futebol, onde a imprensa “especializada” tem grande parte de culpa.

Alexandre Mattos se sentiu desvalorizado pelo Cruzeiro, aceitou proposta para ganhar três vezes mais no Palmeiras e encarou o desafio. Um clube em crise permanente, torcida gigante que cobrava da diretoria, conselheiros/corneteiros que agitam e uma imprensa que cobra 24 horas por dia. Ambiente hostil, mas ele topou.

AMTTOS

Montou um bom grupo que conseguiu o inimaginável: eliminar o Corinthians, considerado pela imprensa paulista como o melhor time da América do Sul. Vai decidir o título estadual com o Santos.

No Rio o goleiro Martín Silva, uruguaio que defendeu o Olímpia, vice da Libertadores em 2013 contra o Atlético, fez uma defesa espetacular contra o Flamengo no primeiro tempo. Na sequência o Vasco venceu e vai decidir o título contra o Botafogo. Martin Silva tirou um peso das costas, se redimindo da bola mal colocada em jogo, contra o mesmo Flamengo, que parou numa poça d’água e originou um belo gol do Alecsandro na vitória do Fla no jogo da primeira fase do campeonato.

DORIVA

Que bom ver Doriva, grande figura humana, excelente volante em seus tempos de jogador, chegando à final do carioca, comandando o Vasco. Ano passado foi, inacreditavelmente, campeão paulista comandando o Ituano. Só pode ser bom demais de serviço!


Radicais e revoltados tentam agredir presidente do Cruzeiro

Foto: Super FC, reportagem do Uol/Espn

Uma covardia, mas o campeonato estadual “não vale nada”, porém quem se perde se ferra e sabe a importância de não perdê-lo. Veja a situação do Dr. Gilvan, que tem sido um ótimo presidente do Cruzeiro.

* “Cruzeirenses revoltados atacam carro e impedem saída de Gilvan do Mineirão” (mais…)


Em tarde de equilíbrio, méritos para Guilherme e Lucas Pratto

Foto: Super FC

O Atlético notabilizou-se em grandes viradas, mas o equilíbrio do clássico se mostrou até no tempo dos gols e nas falhas: 1 a 0 para o Cruzeiro aos nove do primeiro tempo; 1 a 1 aos nove do segundo, e os dois excelentes goleiros falharam: Victor “mancheteou” a fraca cabeçada do Alisson no pé do Arrascaeta, e os reflexos do Fábio o traíram no chute do Lucas Pratto, em cima dele. A garra do William, explicitada no esforço em evitar que a bola saísse para a lateral no 1 a 0, e no sangue escorrendo em sua testa, foram demonstrações da determinação do Cruzeiro em conquistar a classificação para a final. Não teve bola perdida para os comandados do Marcelo Oliveira. A falta de criatividade do Atlético no primeiro tempo foi consertada pelo Levir Culpi no intervalo com a substituição do Leandro Donizete pelo Guilherme. Mexida arriscada, com o enfraquecimento da marcação, mas compensada pelos passes dados pelo Guilherme ao Pratto, tanto no empate quanto no gol da vitória. A entrada do Marquinhos no lugar do Alisson, também no intervalo, melhorou o Cruzeiro, que mesmo com a expulsão do lateral Fabiano, manteve o ritmo. Expulsão esta que obrigou o treinador a tirar Arrascaeta para a entrada do Mayke.

A entrada do Guilherme foi fundamental ao Atlético. Além de arrumar o time mostrou que poderá proporcionar muitos gols ao Galo na sequência da temporada, nessa sintonia com o argentino Lucas Pratto, um artilheiro de faro afinado, principalmente quando recebe bolas açucaradas como estas neste clássico. Além de ser um centroavante que busca o jogo.

A final do campeonato é uma incógnita, em função da instabilidade do Galo, que alterna ótimas e péssimas apresentações. A cada jogo depende de qual Atlético estará em ação: o lerdo ou o elétrico.

* * *

Passado o clássico, que mexe com todos os mineiros, as atenções retornam aos jogos que Atlético e Cruzeiro terão na busca da classificação às oitavas de final da Libertadores da América, contra o Colo-Colo e Universitário de Sucre. O Galo embalado pela performance contra o maior rival; o Cruzeiro motivado pela necessidade de recuperar seu prestígio com a própria torcida.

* * *

Os campeonatos estaduais continuam sendo questionados nos principais centros do futebol brasileiro. A conclusão óbvia é que eles servem às federações e principalmente aos dirigentes da CBF, entidade cada vez mais rica em contraponto a clubes cada dia mais endividados e enfraquecidos. Mas garantem os cargos dos cartolas.


O coração dividido do Rui Guimarães lá em Santa Catarina

“O técnico de futebol tem que ter consciência de que o paraíso é vizinho da porta do inferno”. A frase é do mineiro da gema Rui Guimarães, professor de Educação Física e ex-treinador do Atlético, Cruzeiro, América e vários clubes do interior. Hoje é comentarista de prestígio na imprensa de Santa Catarina, depois de dirigir e conquistar títulos com os maiores clubes do estado. Conheço bem o Rui e sei o tanto que ele sente falta de Minas Gerais e das mineiridades. Morar num estado maravilhoso, onde se deu bem profissionalmente e escolheu para viver. Mas morre de saudades das nossas montanhas. Comparo-o ao outro Guimarães, mais próximo de mim do que dele (geograficamente): o grandisíssimo João Guimarães Rosa, de Cordisburgo, médico, diplomata, mas acima de tudo poeta e mineiro.

Mas, prossegue o Rui, numa carta (sim, ainda existe carta escrita à mão e postada com seldo e tudo o mais) que me enviou via correios: “…por isso meu amigo, optei por este ofício de comentarista, que lida com análises dos fatos. É bem melhor, vive-se mais, ganha-se bem menos e curte-se mais a vida. Em contrapartida, depois de conviver com grandes craques é duro comentar esses ‘botocudos’ com suas limitações escancaradas…”

Rui foi alvo de uma grande reportagem do jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, ano passado, sobre Atlético x Cruzeiro, que decidiam a Copa do Brasil 2014. Numa foto em página inteira ele aparece com uma camisa metade para cada lado. Daquele paraíso que a nossa maior dupla vivia a este mau começo em 2015, muita coisa mudou em cada time, mas a rivalidade permanece, inalterada, radical. Ao ponto de um campeonato estadual, cuja fórmula e conceito representam um grande atraso, balançar o treinador que perde o título, seja quem for. Este confronto é um campeonato à parte.


A paixão que move este clássico!

Obrigado ao Vinícius Dias (jornalismo PUC/MG) que nos enviou duas reportagens que ele fez sobre essa magia que envolve Atlético e Cruzeiro. No blog dele, “Toque Di Letra”, relatou as histórias de uma atleticana e um cruzeirense, e o que fazem para manter acessa a paixão pelos seus times do coração:

* Aos 80 anos, vovó atleticana coleciona artigos do Galo e sonha em ir ao Horto

Devota de São Victor, Helena destaca paixão à primeira vista pelo Atlético e comenta relação: ‘perdendo ou ganhando’, diz

Vinícius Dias

A paixão pelo Atlético está registrada em um espaço reservado na estante da sala. Naquele cantinho, Helena Vieira da Silva, de 80 anos, reúne itens dos mais diversos tamanhos, desde escudos a lembranças do clube. A coleção ainda tem a caderneta datada de 1980, com autógrafos de ídolos como Reinaldo, Procópio Cardozo e Luizinho, pôsteres de títulos recentes da equipe e uma camisa oficial utilizada na temporada 2013, presente do ex-jogador Marques Abreu. “Perdendo ou ganhando, eu vou ser sempre atleticana”, afirma a itabiritense.

Dona Helena

http://toqdiletra.blogspot.com.br/2015/04/aos-80-anos-vovo-atleticana-coleciona-artigos-do-galo-sonha-ir-horto.html

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* Por azul e branco, desenhista ‘oficial’ enfrentou tios atleticanos e distância

Nascido em Volta Redonda, Emerson superou barreiras para

cultivar paixão pela Raposa, que hoje se mistura à profissão

Vinícius Dias

Os traços firmes capazes de unir em um painel histórico craques das mais diversas gerações, como Sorín, Tostão, Dirceu Lopes, Fábio, Alex e Raul Plassmann, estão estampados nos centros de treinamento da Raposa, na sede administrativa e também no Mineirão. As artes de Emerson Carvalho de Souza, mais conhecido como Camaleão, são sucesso absoluto entre a China Azul. Há 12 anos, a vida profissional do desenhista caminha lado a lado com a paixão pelo Cruzeiro.

Painel - Camaleão

http://toqdiletra.blogspot.com.br/2015/04/por-azul-e-branco-desenhista-oficial-enfrentou-tios-atleticanos-e-distancia.html


Um feriadão e tanto!

O feriadão começou da melhor qualidade. Eu queria estar em Conceição do Mato Dentro, mas o clássico me impediu. Sem problemas!

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A minha roça aqui perto, quase em Capim Branco é também, boa demais da conta, e no caminho tem o Haras Neves, onde está rolando o encontro da turma do Martminas. Depois, por recomendação do meu cunhado Nonô, tive que ir a Sete Lagoas buscar algumas promoções do Epa, que realmente estão imperdíveis.

Na volta, passei na porta do famoso “Bar do Peitudo”, uma das referências maiores do futebol de Sete Lagoas e da minha vida pessoal e profissional, no grande “Garimpo”, bairro equivalente ao Santa Teresa ou Floresta em Beagá. Vi o Jackson, e parei.

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Passou um filme na minha cabeça! Um dos maiores camisas 10 e 8 que já vi jogar. Meu começo como repórter. Ele, o Vicentão e o Celso foram os melhores jogadores que vi jogar antes de me tornar repórter em Belo Horizonte. E por mais absurdo que pareça, ainda comparo-os a estes que tenho visto e entrevistado desde de que me tornei alguém na imprensa. Que me perdoem os argentinos, mas Vicentão continua sendo o maior 10 que eu vi jogar. Era do Textil, o time da Cia. Cedro e Cachoeira, essa grande tecelagem nacional, que resiste bravamente a todas as investidas chinesas e etecetera e tal. Pelé, só vi e vejo em filmes; portanto,sem discussão!

Apesar de ser sinônimo de Bela Vista, o maior rival do Democrata, Jáckson é uma figura especial. Jogava muito. Hoje é um grande papo; contador de histórias que algum dia virará livro!

Ele tem nove irmãos, mas a irmã Celinha virou destaque: única cruzeirense, e radical!

Faz a cabeça de todos os sobrinhos e agregados a se tornarem cruzeirenses. Lamentavelmente ela foi embora antes que eu fizesse essas fotos, mas há um detalhe fundamental na história que a incomoda: ela jogou no time feminino do Atlético e foi uma grande artilheira. História para ser contada no futuro neste blog!


Um dos melhores da história, entrevistado por um grande jornalista

El, el, el . . . vai que é tua Taffarel!

Gente boa demais da conta. Figura humana das melhores que conheci no futebol. Concedeu entrevista via Skype ao Henrique André, amigo jornalista com quem tive o prazer de trabalhar na BH News TV.

Sai neste domingo no Hoje em Dia!


Verdade verdadeiríssima do Duke sobre o bate-boca de momento entre os cartolas do Atlético e do Cruzeiro.

Hoje, no Super Notícia!

Enquanto os times mostram futebol da pior qualidade os dirigentes do Galo e da Raposa conseguem desviar a atenção do que realmente importa.